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14 a 16 de outubro de 2015
Maringá – Paraná
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30 INTRODUÇÃO
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58 METODOLOGIA
59 Materiais
60 Os produtos químicos utilizados no presente trabalho foram de pureza analítica:
61 dióxido de Titânio (Kronos); hidróxido de Sódio (Vetec); Sílica SiO2 (AEROSIL 380);
62 Semente de zeólita ZSM-5 (SR98 - cedida pelo CENPES, Petrobrás); sulfato de alumínio
63 Al2(SO4)318H2O (Synth); Álcool etílico (Synth); corante azul reativo (RB250 – cedido pela
64 Sintex tinturaria); lâmpada de vapor de mercúrio 250W (ECP) e 2 agitadores magnéticos
65 cilíndricos de 2x1cm e 5x1cm (comprimento x diâmetro).
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68 A síntese de zeólita ZSM-5, ou MFI, de razão Si/Al igual a 30 foi realizada pelo
69 método sol-gel em que foram utilizadas 178,65g de água desionizada, 1,5g de semente de
70 ZSM-5, 15g de SiO2, 2,83g de Al2(SO4)318H2O, 3,6 de NaOH e 11,5g de álcool etílico. A
71 mistura foi homogeneizada por 20min e em seguida inserida em uma autoclave a uma
72 temperatura de 170ºC por 4 dias, em seguida filtrada, secada e calcinada por 5h à 500ºC.
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74 Preparação Do Catalisador
75 O catalisador foi preparado por deposição física. A zeólita e o TiO2 previamente secos
76 à 100ºC por 24h foram pesadas para 12% (m/m) de catalisador, colocadas em um balão
77 volumétrico adicionado água desionizada até cobrir o material. Em seguida secou-se
78 completamente em um rotaevaporador a 70ºC sob vácuo e depois seco em estufa a 100ºC por
79 12h. O catalisador foi calcinados a 500ºC por 5h.
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81 Caracterização Do Catalisador
82 A análise de difração de raios-X (DRX) foi realizada usando um difratômetro de raios-
83 X Bruker D8 Advance, 2θ de 5° a 85°, radiação CuKα, 0,24º/min na varredura, 40kV e 50 mA
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93 Ensaios Fotocatalíticos
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112 Nas linhas de difração do DRX foram identificados os picos referentes a zeólita ZSM-
113 5 e ao óxido metálico semicondutor, TiO2, indicadas por “Z” e “T” na Figura 1,
114 respectivamente. Uma leve redução da cristalinidade pode ser visualizada para com os picos
115 de ZSM-5 localizado em 2Theta igual a 23°, isso pode ser justificado pela perda de material
116 zeolítico amorfo durante o procedimento de preparo dos catalisadores suportados. Os picos
117 referentes ao TiO2, 12% em massa suportada na ZSM-5, confirmaram 100% da fase anatase,
118 não indicando, portanto, mudança de fase ou formação de outro composto devido ao não
119 controle da atmosfera de calcinação.
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121
122 Figura 1 – Difratograma da amostra de zeólita ZSM-5 de razão Si/Al igual a 30 e do
123 catalisador 12%TiO2/ZSM-5.
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125 De acordo com a análise textural (Tabela 1) foi identificada uma leve redução da área
126 total BET, do volume e diâmetro dos microporos, isso pois houve uma boa distribuição das
127 partículas do óxido metálico na superfície do suporte. O ligeiro aumento da área de
128 microporos foi devido a lixiviação do material amorfo durante o procedimento de preparação
129 dos catalisadores suportados como comentado na análise das linhas de difração de raios-X. O
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130 valor negativo da constante “C” está coerente com o padrão zeolítico discutido por Schmal
131 [6], dado que a análise BET não se aplica a materiais microporosos, oferecendo, portanto,
132 uma estimativa dos parâmetros texturais, não se enquadrando, assim sendo, em nenhuma das
133 isotermas principais.
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SBET Vmicr
Ref. Smicr Dp C Band gap
(m²/g) (cm³/g)
ZSM-5 294 232 0,14 7,8 -96,2 4,6
TiO2/ZSM-5 292 241 0,13 6,4 -135,2 3,3
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137 A energia de band gap (Tabela 1) de valor igual a 3,3 para o catalisador
138 12%TiO2/ZSM-5 indica que a presença do óxido metálico reduz a energia de band gap do
139 suporte zeolítico e assim deslocando o catalisador suportado para uma possível ativação mais
140 próxima do espectro do visível.
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ZSM-5
12% TiO2/ZSM-5
1,0
Intensidade (u.a.)
0,5
0,0
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145 No FTIR, Figura 2, pode ser verificado vibrações estruturais do tipo Si-O em 502cm-1
146 e os picos entre 500-850cm-1 ligações do tipo Al-O. O pico em 846cm-1 pode indicar
147 vibrações relativo a SiO4 tetraédrico. Em 1594cm-1 vibrações moleculares indicam a presença
148 de água adsorvida na superfície do catalisador. Todos os picos foram também encontrados e
149 discutidos por Zhang em seu trabalho [7].
150 Nos testes fotocatalíticos (Figura 3), ambas reações, independentemente do tamanho
151 do agitador magnético utilizado, resultaram em uma quase completa mineralização do
152 poluente ao término das 5h de reação, contudo o teste com agitador magnético de tamanho
153 maior indicou 98% de degradação em 2h de tratamento. O menor tempo para completa
154 mineralização da solução sintética de corante RB250 se deve ao maior movimento das
155 camadas da solução de corante proporcionado pelo agitador magnético de 5cm de
156 comprimento em comparação com o de 2cm. O maior movimento dessas camadas na direção
157 do raio do reator do tipo béquer promove a suspensão do catalisador para o seio do fluído,
158 facilitando, assim, a maior penetrabilidade da luz e consequentemente a ativação mais ágil do
159 catalisador. A degradação lenta obtida com a utilização do agitador magnético de 2cm de
160 comprimento foi devido ao fato do catalisador ter decantado e se posicionado na região de
161 volume morto do reator, dificultando sua ativação pela radiação, dado que ela necessita
162 penetrar todo o volume superior do reator para atingir o catalisador. Neste caso, portanto,
163 somente a fotólise estaria efetuando atividade na degradação do corante, como pode ser visto
164 na Figura 3, dado pela grande proximidade entre as curvas.
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0,5
C/Co
0,0
0 2 4 6
Tempo (h)
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173 Figura 3 – Gráfico dos testes fotocatalíticos com o uso dos agitadores magnéticos de 2 e 5cm.
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177 CONCLUSÃO
178 Para testes fotocatalíticos o tamanho do agitador magnético deve ser superior a 80%
179 do diâmetro do reator tipo béquer, isso pois proporcionará o movimento de todas as camadas
180 de solução em tratamento favorecendo a suspensão do catalisador no seio do fluído e por
181 conseguinte sua ativação por radiação. Com um agitador magnético inferior a 80% o diâmetro
182 do reator, a força exercida pelo movimento do fluído não é suficiente para carregar o
183 catalisador, deixando-o estacionado e dificultando sua ativação, dado que a radiação teria de
184 penetrar um volume alto para conseguir, agindo, nesse caso, somente a fotólise na degradação
185 do corante.
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187 REFERÊNCIAS
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189 Heterogeneous catalytic degradation of phenolic substrates: Catalysts activity. J. Hazard.
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192 2002. Comparison of different advanced oxidation processes for phenol degradation.
193 Water Res. 36, 1034e1042.
194 [3] PERA-TITUS, M., GARCIA-MOLINA, V., BAÑOS, M.A., GIMÉNEZ, J., ESPLUGAS,
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202 X and zeolite Y. J. Phys. Chem. B 101 (1997) 3115–3121.
203 [6] M. Schmal. Catálise Heterogênea. 2011, 1, 287.
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205 for the enhanced photocatalytic activity of TiO2/HZSM-5. Journal of Molecular Catalysis
206 A: Chemical 372 (2013) 6– 12