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Sleevaabene PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATOLICA DO PARANA ARQUITETURA E URBANISMO ~ LABORATORIO DE CONFORTO. CONFORTO AMBIENTAL INTRODUGAO AO CONFORTO VISUAL ‘ARQ. HENRIQUE DOMINGOS BONGESTABS. INTRODUGAO .. OBJETIVOS DO Go ‘ALUZ COMO ESTIMULO AMBIENTAL. AILUMINAGAO E ATIVIDADES..... FATORES LIGADOS AO MEIO FiSIO ILUMINAGAO ARTIFICIAL... FATORES LIGADOS AO EDIFICIO z CRITERIOS DE CONFORTO VISUAL COMPATIBILIZAGAO DA LUZ NATURAL E ARTIFICIAL .. PSICOLOGIA DA PERCEPGAO VISUAL E ILUMINACAO. CONCLUSAO.. - REFERENCIAS BIBLIOGRAFICA: weVoUKaa ey 1.1 NTRODUGAO “A visio, Por ocupar cerca de 87% de atividades entre os cinco sentidos, nos da a impressio de que a realidade é 0 que vemos. A visdo nos permite ver todo e qualquer movimento, até a longa distancia. Tem como primeira missao instintiva a de localizar e reconhecer qualquer coisa que venha a afetar nossa seguranga. Desde 0 inicio, o primeiro ato da visdo é enxergar a configuracao de tudo ao nosso redor e reconhecer imediatamente se algo constitui um perigo ou se afeta nossa sobrevivéncia”. (OKAMOTO, 1996) No enfoque do trabalho do profissional de arquitetura ndo esta em jogo a sobrevivéncia humana em seu. sentido extremo, mas o planejamento de espacos que propiciem as pessoas convivéncia com qualidade superior de vida. Espagos que oferecam conforto ambiental, salubridade e seguranca para seus usuarios e neste quadro, a jiuminagao possui um papel fundamental Para o homem, como para todos os animais diumos, 0 pré-requisito basico para a percepedo visual de um ambiente é a existéncia da luz e luz em uma certa medida. Com uma iluminacao deficiente os olhos nao podem erceber bem nem forma, nem cor, nem espaco oU movimento. Como contrapartida visual de outro estimulo animador - 0 calor - a iluminagao também interpreta para os olhos o ciolo vital das horas, do passar dos dias e das, estagies rei pesquisas sobre conforio visual ldm sido dirigidas para 0 campo espectio da efiéncia visual, especialmente na andlise de execugao de tarefas que requerem 0 uso preciso da visdo. Entretanto, 0 papel da visao na apreensao do mundo e dos seus significados exige a ampliagdo desta abordagem por sua importéncia na compreensao da maneira como 0 ser humano percebe @ interpreta os espacos de sua existéncia, temas de interesse da Psicologia Ambiental e da Arquitetura. 1.2 OBJETIVOS DO CONFORTO VISUAL conforto visual tem tido como principal objetivo, 0 atendimento das exigéncias do olho na execugao de taretas, visuais. De fato, condigdes satisfatérias de iluminagao séo fundamentais em qualquer situacao que envolva 0 uso da viso, seja para o trabalho, para o lazer ou para a simples contemplagao. De outro lado, a expressividade dos edificios e também esta diretamente ligada as caracteristicas do meio iluminado, natural ou artificial. Da mesma maneira, a seguranca e o sentimento de seguranca das pessoas passa diretamente pela forma como os espacos que utilizam so iluminados. Condigées funcionais requeridas no uso eficiente da visdio, expressividade dos espagos e questées de seguranga devem ser, portanto, abordados em um processo compreensivo das quest6es ambientais relacionadas com a luz. 1.3 ALUZ COMO ESTIMULO AMBIENTAL ‘Como estimulo, a luz caracteriza-se por sua intensidade, core distibui¢go espacial: = Intensidade luminosa: definida pela poténcia emitida pela fonte luminosa, medida em uma dada diregao do ‘espaco; = Cor: aspecto da percepedo visual pelo qual o observador distingue diferengas na composigo espectral da radiagao luminosa, identificadas pelas cores do espectro visivel;, = Distribuigdo espacial: propriedade da luz de se difundir no ambiente, de acordo com a posigéo e as caracteristicas da fonte luminosa, | __ A ago estimulante da luz envolve 0s seguintes aspectos a serem considerados nos sistemas de ‘luminago, sejam natural (\uz solar) ou artificial, para 0 estabelecimento das condigses de conforto: = Quantidade de luz: determinada pela quantidade de energia luminosa incidente sobre uma superficie. um fator fundamental para a capacidade do olho humano discriminar detalhes. Aclaramento ou iluminamento é a grandeza que define o nivel de iluminacao e é medido em lux; * Distribuigdo da luz: determina a forma como a energia luminosa é distibuida om um ambiente. Pode sor homogénea quando o nivel de iluminamento é constante @ heterogénea, quando o nivel varia ao longo do espago. Em muitas atividades como em uma sala de aula, por exemplo, a iluminagao sobre o plano de trabalho deve se homogénea e nao deve produzir sombras projetadas. Em outros casos, pode-se ter uma iluminacao localizada sobre a érea de trabalho e uma iluminagao geral, mais fraca no ambiente; + Distribuigéo de lumindncias: a lumingncia (ou briho), 6 determinada peta intensidade com que as superticies emitem ou refletom a luz. Quando a luminancia de uma superticio ou de uma fonte de luz 6 2 ‘muito intensa em relagdo & iluminago do seu entorno, pode obrigar 0 olho a um esforeo muito grande de adaptacdo as diferencas de intensidade da luz ‘no campo da visdo, provocando 0 eleito de deslumbramento ou ofuscamento. Focos de luz muito intensos, contrastes acentuados entre luz € sombras, 0 céu claro visto através de janelas e o contraste entre cores claras e escuras, sé0 exemplos correntes de situagdes possiveis de criar condigdes potenciais de ofuscamento, que podem provocar, inclusive, cegueira momentanea; * Cor da luz: 0 padréio de cor de luz “oficial” do olho humano & a luz branca do sol. Sob a luz solar percebemos a cor dos objetos como natural. Luzes com composigéo espectral diversa da solar - como lampadas de merccrio e de sédio utiizadas em iluminagao publica por sua alta eficiénoia - alteram a cor “padréo luz do sol" dos objetos, inclusive a da propria pele humana, 0 que poderd parecer estranho ou desagradavel e criar um “cima” que pode dar aos ambientes um aspecto antinatural, desagradavel ou real. 1.4 ILUMINAGAO E ATIVIDADES ‘As necessidades de iluminacao dos ambientes que abrigam esto relacionadas com as exigéncias das tarefas visuais, tais como: = _Oagrau de atengao e concentracao requerido; as Phe = Onivel de detathes a discriminar; "A jelocidade de execucdo da tarefa; + Aduragao da tarefa; = As exigéncias de reproducéo de cor. Quanto maiores as exigéncias das tarefas visuais, mals apurados sao os critérios de conforto a serem atendidos em relacdo ao aclaramento das areas de atividades, a distribuigdo da luz, a auséncia de contrastes de luminancias @ a qualidade da reprodugo de cores. ‘A natureza da atividade - trabalho, lazer, repouso - ¢ 0° principal fator a ter influéncia sobre a tolerancia das pessoas a deficiéncias do meio iluminado, mas geralmente de forma menos enfatica que a tolerancia a um ‘ambiente térmico descontortavel ou muito nuidoso. 1.5 FATORES LIGADOS AO MEIO FISICO Como fonte de luz, 0 meio ambiente fisico contribui com a iluminagao natural proveniente do sol. O espectro da energia radiante emitida pelo sol varia de ondas curtas (ultravioleta) a ondas longas (infravermelho), ‘ocupando a luz visivel apenas uma pequena parte na banda da radiacao solar. DISTRIBUIGAO ESPECTRAL DA LUZ SOLAR,

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