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1.10 Fem gerada por uma espira em um campo magnético uniforme a uma
velocidade constante ........................................................................................... 12
4.12.3 Utilização de motores síncronos para corrigir fator de potência ..... 107
1
pesquisar sobre o assunto e então dois físicos franceses Jean-Baptiste Biot e Félix
Savart foram capazes de deduzir uma lei que descrevia matematicamente o campo
magnético que era gerado, lei essa que passou por vários estudos e modificações
e quando foi finalizada, passou a ser conhecida por Lei de Biot-Savart.
I . dL â
⃗ =
𝑑𝐻 𝑋
4𝜋 𝑟 2
Onde:
2
1.2 Densidade de campo magnético, campo magnético ou indução B
• fora do ímã, as linhas saem do pólo norte e se dirigem para o pólo sul;
• dentro do ímã, as linhas são orientadas do pólo sul para o pólo norte;
3
No caso de um imã em forma de ferradura, as linhas de campo entre as superfícies
paralelas dispõem-se praticamente paralelas, originando um campo magnético
uniforme. No campo magnético uniforme, todas as linhas de campo têm a mesma
direção e sentido em qualquer ponto. A figura 1.4 mostra essa situação. Na prática,
dificilmente encontra-se um campo magnético perfeitamente uniforme. Entre dois
pólos planos e paralelos o campo é praticamente uniforme se a área dos pólos for
maior que a distância entre eles, mas nas bordas de um elemento magnético há
sempre algumas linhas de campo que não são paralelas às outras. Estas
distorções são chamadas de espraiamento.
Se um material não magnético, como vidro ou cobre, for colocado na região das
linhas de campo de um ímã, haverá uma imperceptível alteração na distribuição
das linhas de campo. Entretanto, se um material magnético, como o ferro, for
colocado na região das linhas de campo de um ímã, estas passarão através do
ferro em vez de se distribuírem no ar ao seu redor porque elas se concentram com
maior facilidade nos materiais magnéticos, como mostra a figura 1.5. Este princípio
é usado na blindagem magnética de elementos (as linhas de campo ficam
concentradas na carcaça metálica não atingindo o instrumento no seu interior) e
instrumentos elétricos sensíveis e que podem ser afetados pelo campo magnético.
4
Figura 1-5 _ distribuição das linhas de campo em materiais magnéticos e não magnéticos
Materiais magnéticos como o ferro, níquel, aço, cobalto e ligas desses materiais
têm permeabilidade de centenas e até milhares de vezes maiores que o vácuo.
Esses materiais são conhecidos como materiais ferromagnéticos.
µ
µ𝑅 =
µ𝑜
5
onde:
⃗ = µ. 𝐻
𝐵 ⃗,
Onde:
6
Considerando a definição acima, o fluxo magnético é então dado por:
∅ = ∫ 𝐵. 𝑑𝑆
Onde:
S: área [m2]
𝑙
ℛ=
µ. 𝑆
onde:
7
⃗ . 𝑑𝑙 = µ. 𝑖
∮𝐵
Onde:
l: comprimento do caminho
µ: permeabilidade do meio
i: corrente elétrica
⃗ . 𝑑𝐿
∮𝐻 ⃗ = 𝑁. 𝐼
𝑓𝑚𝑚 = 𝑁. 𝐼
Onde:
8
1.8 Lei de Faraday e Lei de Lenz
𝑑∅
𝑒=− [𝑉]
𝑑𝑡
∅ = ∫ 𝐵. 𝑑𝑆 [𝑊𝑏]
𝑒 = 𝐵. 𝑙. 𝑣 [𝑉]
9
mostra a relação entre a variação de fluxo em um condutor imerso em um campo
magnético e a tensão induzida nesse condutor.
Exemplo:
A Figura 1-8 mostra o sentido da fem induzida no condutor. Esse sentido, que é
explicado pela lei de Lenz, pode ser definido utilizando a regra de Fleming, ou regra
da mão direita para o sentido convencional de corrente:
10
A Figura 1-9 exemplifica o efeito da Lei de Lenz:
11
1.10 Fem gerada por uma espira em um campo magnético uniforme a uma
velocidade constante
A medida que o movimento continua, admitindo que o sentido de giro seja horário,
o condutor ab e o condutor dc vão gerando fem, em função do corte das linhas de
campo que ocorre e esse valor vai aumentando (ou diminuindo) de acordo com o
seno do ângulo que o movimento do condutor faz com o campo magnético.
O condutor ab gera uma fem de sentido contrário ao condutor dc, de forma que a
resultante dos dois é a mostrada na Figura 1-11.
12
2. CIRCUITOS MAGNÉTICOS
13
2.1 Saturação, magnetização e comportamento dos materiais
Alguns materiais, tal como o ferro, são marcadamente magnéticos, enquanto que
outros não o são. De fato, uma das técnicas mais simples de separação de
materiais ferrosos dos não ferrosos é através da comparação de suas propriedades
magnéticas.
14
elétron atua como um magneto extremamente pequeno, com os correspondentes
pólos norte e sul.
15
Figura 2-3 _ alinhamento de domínios
direção do campo,
16
A saturação magnética se alcança quando acaba o processo de crescimento dos
domínios e os momentos magnéticos de todas as regiões imantadas
espontaneamente estão na mesma direção do campo.
Sf
17
Exemplos:
12 cm
cm
2
2 cm
uR=2000
10 cm
2 mm
5A
N=2000
2 cm
2 cm 2 cm
14 cm
5 cm
1 cm
1 2
10 cm
12 A
650 esp 1 mm
1 cm
2 cm 4 cm 2 cm
18
3- Determine a corrente necessária para gerar um fluxo de 4mWb no entreferro do
núcleo abaixo, sabendo que o material possui permeabilidade de 0,0075 H/m, a
área da seção reta é de 6 cm2 e o entreferro tem 2 mm.
cm
600
8
esp
6 cm
19
3. MÁQUINAS DE CORRENTE CONTÍNUA
20
Figura 3-2 _ fem e forma de onda de um gerador cc elementar
As máquinas comerciais são fabricadas com muitas espiras que são ligadas em
série, com o objetivo de aumentar a tensão terminal, também alguns grupos de
espiras são ligadas em paralelo, formando no interior da máquina caminhos em
paralelo, que aumentam a capacidade de condução de corrente da máquina.
21
O enrolamento em anel de Gramme, embora não seja comercialmente
interessante, expressa bem essa relação de condutores em série e em paralelo. O
grande problema do enrolamento em anel de Gramme é que os condutores que
ficam internos não são cortados pelas linhas de campo, logo não induzem tensão,
o que economicamente é muito ruim.
22
Exercício 1:
b) A corrente de armadura.
c) A resistência de armadura.
Exercício 2:
Considerando o mesmo gerador anterior, mas agora com 2 pólos e dois caminhos
em paralelo, mas mantenho o fluxo total e a rotação, determine:
b) A corrente de armadura.
c) A resistência de armadura.
23
3.2 Fem média gerada em uma espira durante ¼ de volta
Considere uma espira singela, formada por dois condutores e que inicialmente
estão na posição 1 indicada na figura 3.8:
N S
2
∆∅ ∅
𝐸𝑚𝑒𝑑 = = = 4. ∅. 𝑛 [𝑉]
∆𝑡 1
4𝑛
24
𝑍
Considerando que 1 rps = 1/60 rpm, que 𝑁𝑒 = 2.𝑎 e que o número de pólos
𝑍.𝑃.∅.𝑁
𝐸𝑔 = [V]
60.𝑎
Onde:
P→ número de pólos
N→velocidade em rpm
𝑁
𝜔 = 2. 𝜋. 𝑓 = 2. 𝜋. 𝑛 = 2. 𝜋.
60
60.𝜔
Assim, 𝑁 = , substituindo na equação de Eg, teremos:
2.𝜋
𝑍.𝑃.∅.𝜔
𝐸𝑔 = [V]
2.𝜋.𝑎
𝐸𝑔 = 𝑘. ∅. 𝑁 [V]
ou
𝐸𝑔 = 𝑘´. ∅. 𝜔 [V]
Em que:
25
𝑍. 𝑃
𝑘=
60. 𝑎
𝑍. 𝑃
𝑘′ =
2. 𝜋. 𝑎
𝐹 = 𝐵. 𝑙. 𝑖 [𝑁]
Onde,
26
l: comprimento ativo do condutor [m]
Ex.2 – Qual será a força se o condutor agora se desloca com um ângulo de 68° em
relação ao campo?
27
3.4 Força Contra-eletromotriz (fcem)
28
Figura 3-11 _ fcem nos condutores
29
Para o motor, resolvendo o circuito por malha temos:
𝑉𝑡 = 𝐸𝑐 + 𝑅𝑎. 𝐼𝑎
𝐸𝑔 = 𝑉𝑡 + 𝑅𝑎. 𝐼𝑎
Em que:
Existe ainda a queda de tensão nas escovas, que em geral está associada a queda
de tensão na armadura. Mas podemos separar, reescrevendo as equações como:
𝑉𝑡 = 𝐸𝑐 + 𝑅𝑎. 𝐼𝑎 + 𝐵𝐷
𝐸𝑔 = 𝑉𝑡 + 𝑅𝑎. 𝐼𝑎 + 𝐵𝐷
3.6.1 Estator
Carcaça
Pólos de excitação
30
Têm a finalidade de gerar o fluxo magnético. São constituídos de condutores
enrolados sobre núcleos de chapas de aço laminadas cujas extremidades possuem
um formato que se ajusta a armadura e são chamadas de sapatas polares.
Pólos de comutação
Enrolamento de Compensação
O porta escovas permite alojar as escovas e está montado de tal modo que possa
ser girado para o ajuste da zona neutra. As escovas são compostas de material
condutor e deslizam sobre o comutador quando este gira, pressionadas por uma
mola, proporcionando a ligação elétrica entre a armadura e o exterior.
3.6.2 Rotor:
31
Comutador
Eixo
32
Figura 3-15 _ máquina cc explodida
Enrolamentos Imbricados
Enrolamentos Ondulados
Passo polar
33
Passo polar é o arco formado entre dois pólos adjacentes de nomes contrários, e
sua expressão é:
𝜋. 𝐷
𝑡𝑝 =
𝑝
Onde:
D: diâmetro da armadura
p: número de pólos
2
𝜃𝑚𝑒𝑐 = . Ɵ𝑒𝑙𝑒𝑡
𝑝
Passo de bobina
𝑁𝑟
𝑃𝑏 ≤
𝑝
Onde,
P: número de pólos
34
Se a relação Nr/p resultar em um número inteiro (sem resto) a bobina tem passo de
180°el e é chamada de bobina de passo inteiro.
Exercício:
35
3.9 Enrolamento Imbricado
𝑎 = 𝑚. 𝑝
36
Exercício:
𝑁𝑟 ± 1
𝑃𝑐𝑜 = 𝑝
( 2)
37
Qualquer tipo de armadura comporta um enrolamento imbricado, pois o mesmo
independe da relação ranhuras/pólos, o mesmo não acontece com um enrolamento
ondulado.
Exercício:
38
3.11 Número de condutores em um enrolamento
𝑍 = 2. 𝑁𝑏. 𝑁𝑒. 𝑚
Em que:
m: multiplicidade do enrolamento
39
3.12 Reação da armadura
40
Figura 3-21 _ campo resultante e deslocamento da linha neutra
41
3.13 Compensação do efeito de reação da armadura
42
Enrolamentos compensadores
𝑍𝑎
𝑍𝑝 =
𝑎
Onde:
43
Interpólos
Pequenos pólos que estão localizados na linha mediana entre os pólos principais,
exatamente sobre as boinas que estão em processo de comutação. Sua função é
criar uma fluxo que anule o fluxo resultante do efeito de reação da armadura e
𝑑𝑖
minimize o efeito 𝐿 𝑑𝑡 das bobinas sob comutação. Os interpólos, assim como os
44
Na figura 3.27, observamos como ocorre a inversão da corrente na espira número
3, em função da rotação da máquina, o valorde di/dt pode ser bastante elevado, o
que causa uma considerável sobretensão no momento de comutação.
45
Figura 3-30 - Escova sobre o comutador
Tipos de geradores cc
46
Figura 3-31 - gerador com excitação independente
O gerador shunt possui seu campo ligado em paralelo com a saída do gerador,
sendo portanto um gerador auto-excitado. Como os geradores auto-excitados não
possuem excitação externa para o campo, para o início do processo pode-se usar
o magnetismo residual ou uma pré-excitação de campo, através de dispositivos
externos, para iniciar o processo de auto-excitação.
47
Figura 3-33 - gerador com excitação série
Nesse gerador a corrente de excitação é produzida por uma combinação dos dois
geradores anteriores (shunt e série). Conforme a disposição do enrolamento
paralelo em relação à armadura, o mesmo é classificado como shunt longo ou
shunt curto. No shunt longo, a corrente de armadura excita o campo série e no
shunt curto, a corrente de carga excita o campo série.
48
3.16 Motores de corrente contínua
49
Figura 3-38 - motor composto shunt longo e shunt curto
As perdas mecânicas são atrito nos rolamentos, atrito nas escovas e ventilação.
Essas perdas são constantes para uma velocidade constante. As perdas no ferro
ou no núcleo também são constantes para uma dada velocidade e frequência e
dependem muito do material utilizado na fabricação e da qualidade do isolamento
das chapas.
Surge quando existe uma variação de fluxo magnético no núcleo. A perda por
histerese é uma medida da energia necessária para vencer a retentividade do ferro
no caminho do fluxo magnético.
50
𝑃ℎ = 𝐾ℎ . 𝐵 𝑥 . 𝑓. 𝑉 [𝑊]
Onde:
F: frequência em hz;
𝑃𝑒 = 𝐾𝑒. 𝑡 2 . 𝐵 2 . 𝑓 2 . 𝑉 [𝑊]
Onde:
B: densidade de fluxo;
f: frequência em hertz;
Perdas elétricas
51
Rendimento
𝑃𝑜𝑢𝑡
𝜂=
𝑃𝑖𝑛
𝑃𝑖𝑛 −𝑃𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠
𝜂= , para motores
𝑃𝑖𝑛
𝑃𝑜𝑢𝑡
𝜂= , para geradores.
𝑃𝑜𝑢𝑡 +𝑃𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠
52
3.17.2 Fluxo de potência no gerador de corrente contínua
A potência de entrada, fornecida por uma máquina motriz (turbina, motor diesel etc)
sofre uma redução em função das perdas no ferro (histerese e correntes parasitas)
e atrito e ventilação (ventilador, atrito nas escovas e nos mancais). Deduzida essa
parcela, a chamada potência gerada é enviada pelo entreferro. Após deduzir as
perdas elétricas (perdas ôhmicas nos enrolamentos da armadura, campo, reostato
etc) temos a potência de saída.
A potência de entrada, fornecida pela rede (Pin=Vt.IL) sofre uma redução em função
das perdas elétricas nos enrolamentos e reostados do motor. A parcela que sobra,
vai pelo entreferro, e é chamada de potência elétrica desenvolvida na armadura
(Pm=Ec.Ia), mas antes de estar disponível no eixo do motor, ainda sofre outra
redução que são as perdas rotacionais (histerese e correntes parasitas, atrito e
ventilação).
53
Figura 3-40 - fluxo de potência no motor cc
Obviamente, a força que cada condutor desenvolve, embora seja igual, a parcela
útil da força não é, pois depende do ângulo de movimento com o campo magnético.
No entanto, consideramos que todos os condutores estarão submetidos a uma
força média durante o percurso.
Em uma armadura, contendo Z condutores, podemos dizer que a força média que
atua sobre a armadura é 𝐹𝑚𝑒𝑑𝑖𝑎 = 𝐹𝑐. 𝑍𝑎 [𝑁], sendo Fc a força por condutor e Za
os condutores ativos (sob a região polar). Essa é uma aproximação realizada,
considerando que em uma armadura comercial existem muitos pólos e poucas
regiões interpolares, conforme figura a seguir.
54
𝑍𝑎. 𝑃. ∅. 𝐼𝑎
𝑇= [𝑁. 𝑚]
2. 𝜋. 𝑎
onde:
P: número de pólos
a: caminhos em paralelo
Para uma máquina pronta, não há como alterar os pólos, caminhos na armadura e
número de condutores, portanto podemos escrever:
𝑇 = 𝑘𝑡. ∅. 𝐼𝑎 [𝑁. 𝑚]
𝑍𝑎. 𝑃
𝑘𝑡 =
2. 𝜋. 𝑎
𝑃. ∅. 𝑍𝑎. 𝑁
𝐹𝑐𝑒𝑚 = 𝐸𝑐 = = 𝑘. ∅. 𝑁 [𝑉]
60. 𝑎
e
𝑉𝑡 = 𝐸𝑐 + 𝑅𝑎. 𝐼𝑎
𝑉𝑡 − 𝑅𝑎. 𝐼𝑎
𝑁= [𝑟𝑝𝑚]
𝑘. ∅
Esta expressão mostra que, para variar a velocidade de um motor cc, podemos
aumentar sua tensão terminal ou reduzir o fluxo. Se houver um aumento da
55
corrente de armadura em função do aumento de carga, sem aumentar a tensão
terminal, a velocidade tende a diminuir.
Logo,
𝐓. 𝐍
𝐏= [𝐖]
𝟗, 𝟓𝟓
56
EXERCÍCIOS
57
Ex. 03 – Se um determinado condutor de 15cm for movimentado a uma
velocidade de 2m/s, em um campo magnético de 0,05Wb/m2, em um ângulo que
faz 26° com as linhas de campo, qual será a fem induzida? (6,57mV)
Ex. 05 – Qual a tensão induzida em uma armadura que possui dois caminhos
paralelos, 360 condutores, um fluxo de 8mWb, 4 pólos e gira a 1200rpm?
(115,2V)
Ex. 06 – Qual a tensão induzida em uma armadura que possui quatro caminhos
paralelos, 220 condutores, um fluxo de 6mWb, 4 pólos e gira a 300 rad/s? (63V)
10 cm
32 cm
5cm
58
Ex. 08 - Considere a máquina elementar da figura abaixo e seus dados:
Ex. 11 – Uma máquina cc tem 640 condutores na armadura e gira a 1500 RPM.
Possui 4 pólos e o enrolamento é imbricado simples. O diâmetro da armadura é
36cm e tem comprimento axial de 42 cm, seu entreferro tem 2mm. Os pólos
cobrem 80% da armadura. A tensão gerada por caminho é 110V nas condições
59
nominais, cada caminho conduz 30A e a resistência da armadura é 0,03 Ω.
Determine:
Ex. 12 – Um gerador shunt fornece para uma carga uma potência igual a
55200W. A tensão do gerador é 220V. A corrente de campo é igual a 12 A. Qual a
potência no eixo do equipamento motriz que aciona esse gerador, sabendo que a
resistência da armadura é 0,05 Ω e as perdas rotacionais são iguais a 1200W .
(62496 W)
Ex. 13 – Calcule a tensão terminal a plena carga de um gerador cc que tem 800
condutores, as faces polares cobrem 86% da superfície da armadura. A rotação
nominal é 1300RPM, tem 8 pólos, enrolamento imbricado simples e fluxo polar de
20mWb por pólo. A corrente nominal é 8 A por caminho e a resistência da
armadura é 0,2 Ω (285,33 V)
60
Ex. 16– Considere o sistema abaixo, onde um motor diesel fornece no eixo uma
potência de 100kW e aciona um gerador cc que por sua vez alimenta um motor cc,
que está movimentando uma carga a uma velocidade de 1200RPM. As perdas no
campo do gerador e do motor são 1200W e 850W respectivamente. As perdas por
atrito, ventilação e perdas no ferro para o gerador e o motor são iguais a 820W
para cada um.
N=1200RPM N=1500RPM
Ra = 0,08Ω Ra = 0,064 Ω
Ia = 312,5 A Ia = 312,5 A
Ia
Ia
Motor Diesel
A1 B2 A1 B2
Ex. 18 – Para o motor anterior, qual será sua fcem se a velocidade for aumentada
em 10% através de uma redução de 2% no fluxo magnético? (139,06V)
61
Ex. 20– Repita o exercício anterior considerando agora um enrolamento
ondulado.
62
Ex- 26 – Determine no exercício anterior, o rendimento quando o gerador estiver
a meia carga, e a ¾ de carga. (83,63% e 87,11%)
63
4. MÁQUINAS SÍNCRONAS
O nome síncrono representa uma ligação com o tempo (Cronos), ou seja, uma
máquina síncrona, seja ela um motor ou um gerador gira sempre em sincronismo
com a rede que a alimenta, ou seja, não há diferença de velocidade entre o campo
girante do estator e a rotação do rotor. Na geração de energia, as máquinas
síncronas representam a grande maioria no mercado hoje. Sua construção
relativamente simples aliada à sua robustez fazem dela uma máquina de grande
importância.
120. 𝑓
𝑁=
𝑝
Onde:
N: rotação síncrona
64
f: frequência
Como o que gera a fem é o movimento relativo entre campo e espira, na máquina
síncrona, a parte girante é o campo e a armadura fica no estator, sendo portanto
estacionária.
65
4.2 Tensão gerada por fase
Da mesma forma que a máquina de corrente contínua, a tensão média gerada por
fase em uma máquina síncrona é dada por
𝐸𝑚é𝑑 = 4. ∅. 𝑛 [𝑉]
Onde:
f: frequência [Hz]
Logo, podemos dizer que a tensão eficaz gerada por fase em uma máquina
síncrona é:
Na equação acima surgiram dois novos termos, kp e kd. Esses fatores são
chamados de fator de passo e fator de distribuição respectivamente. É bastante
comum que a máquina síncrona tenha seus enrolamentos fabricados com passos
diferentes do passo pleno, ou seja, são máquinas de passo fracionário. A grande
vantagem para esse caso é que é possível reduzir as harmônicas geradas em
função da não linearidade da região de entreferro. Ou seja, o fluxo no entreferro
66
distorce a forma de onda, mas com algum cuidado construtivo, anulamos ou
minimizamos muito esse efeito.
Figura 4-4 -fem da espira para uma espira de passo inteiro ou pleno
Uma outra maneira de visualizar o fator de passo é observando a Figura 4-6, nela
podemos observar uma espira encurtada comparada com uma espira de passo
inteiro.
67
Figura 4-6 - espira de passo fracionário
Conforme citado anteriormente, o fator de passo é dado por pela relação entre a
tensão resultante na espira e a soma aritmética das tensões induzidas nos dois
lados da espira, ou seja:
𝜃𝑒𝑙
𝑘𝑝 = 𝑠𝑒𝑛( )
2
68
máquina trifásica de dois polos, camada simples e quatro bobinas. Em seguida
será expandido para uma máquina com n bobinas.
Figura 4-7 - enrolamento distribuído em relação ao fluxo de campo, no momento de tensão igual a zero
69
𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑓𝑎𝑠𝑜𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑒𝑚 𝑖𝑛𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑛𝑎𝑠 𝑏𝑜𝑏𝑖𝑛𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑓𝑎𝑠𝑒
𝑘𝑑 =
𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑎𝑟𝑖𝑡𝑚é𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑓𝑒𝑚 𝑖𝑛𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑛𝑎𝑠 𝑏𝑜𝑏𝑖𝑛𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑓𝑎𝑠𝑒
𝛽
𝑠𝑒𝑛(𝑄 2 )
𝑘𝑑 =
𝛽
𝑄𝑠𝑒𝑛( 2 )
Essa forma de onda é bastante rica em harmônicas de ordem impar e seu valor
instantâneo pode ser representado por uma série de Fourier, ficando com a
seguinte expressão:
Figura 4-10 - representação fasorial das tensões instantâneas com passo fracionário
70
Qualquer harmônica pode ser eliminada se o passo da bobina for adequadamente
escolhido, ou seja, para eliminar totalmente uma harmônica de ordem n, devemos
ter o passo de bobina reduzido em 1/n.
A máquina síncrona pode ser construída de duas formas: campo fixo ou campo
móvel. Na indústria e na área de geração de energia, predomina a construção do
segundo tipo, ou seja, campo móvel e armadura fixa, diferindo da construção da
máquina de corrente contínua.
71
4.3.1 Características construtivas
Na Figura 4-12 vemos um corte de uma máquina síncrona mostrando suas
principais partes. Conforme pode ser verificado, a máquina em questão é de pólos
salientes, 4 pólos, com anel coletor.
Nas sapatas polares estão os enrolamentos do campo, responsáveis por criar uma
fmm no entreferro. A corrente de campo é controlada por um sistema externo,
chamado sistema de excitação.
Estator: Composto por chapas laminadas, dotadas de ranhuras axiais onde são
inseridos os condutores da armadura. As chapas são de alta permeabilidade
magnética para proporcionar um caminho de baixa relutância ao fluxo magnético,
concentrando o mesmo no entreferro.
72
Figura 4-13 - enrolamento amortecedor contínuo e separado
73
4.4 Reação da armadura em máquinas síncronas
Figura 4-15 - Diagrama fasorial para uma máquina com fator de potência unitário
74
c) Corrente adiantada da tensão
Como visto anteriormente, para uma carga resistiva, o fluxo de reação da armadura
distorce o fluxo principal, para uma carga indutiva o fluxo de reação da armadura
opõe-se ao fluxo principal, causando uma desmagnetização e para uma carga
capacitiva o fluxo é adicionado ao principal, causando uma elevação na tensão
terminal.
A situação mais habitual é uma carga com fator de potência intermediário, ou seja,
indutivo na maioria dos casos ou capacitivo, mas raramente uma única. A figura 4-
18 mostra a distribuição de fluxo para uma carga genérica.
75
A corrente de armadura pode ser decomposta em dois eixos, eixo direto e eixo em
quadratura. Portanto, o fluxo de reação da armadura, que é gerado pela corrente
de armadura também pode ser decomposto em dois eixos.
Onde:
76
Para fator de potência unitário a corrente de armadura está em fase com a
tensão terminal, a queda de tensão na resistência da armadura também está
em fase com a corrente de armadura. A queda de tensão na reatância da
armadura está 90°adiantada, já que a corrente deve se atrasar 90° da tensão.
A queda de tensão devido a reação da armadura se adianta em relação à
corrente de armadura de 90°, ficando em fase com a queda de tensão na
reatância da armadura Xa.Ia.
77
Figura 4-21- -fator de potência indutivo
Reatância Síncrona
Conforme pode ser observado nas figuras anteriores, em todos os casos, a queda
de tensão devido ao efeito de reação da armadura está em fase com a queda de
tensão da reatância da armadura.
Esse efeito somado recebe o nome de queda de tensão na reatância síncrona, Xs,
e a queda de tensão Ia.Xa+Ear passa a ser Ia.Xs, onde Xs é a reatância síncrona
da máquina.
78
carga. A compensação do efeito de reação da armadura para máquinas ca é
bastante complexa e sem o sucesso esperado. Devido a isso, esses fatores não
são utilizados e o gerador é dotado de um sistema externo, chamado sistema de
excitação, que mantem a tensão terminal em seus valores nominais.
̇
∆𝑈𝑎𝑑 = 𝑗𝑋𝑎𝑑. 𝐼𝑑̇
̇
∆𝑈𝑎𝑞 = 𝑗𝑋𝑎𝑞. 𝐼𝑞̇
Onde, ΔUad e ΔUaq são as quedas de tensão devido à reação da armadura nos
eixos d e q;
79
Xad e Xaq são as reatâncias de reação da armadura nos eixos d e q;
̇
∆𝑈̇𝑎 = 𝑗𝑋𝑎𝑑. 𝐼𝑑 + 𝑗𝑋𝑎𝑞. 𝐼𝑞̇
̇
∆𝑈̇𝑑𝑖𝑠𝑝 = 𝑗𝑋𝑑𝑖𝑠𝑝(𝐼𝑑 +̇ 𝐼𝑞)
̇
𝑋𝑑 = 𝑋𝑎𝑑 + 𝑋𝑑𝑖𝑠𝑝
𝑋𝑞 = 𝑋𝑎𝑞 + 𝑋𝑑𝑖𝑠𝑝
80
Figura 4-24- máquina de pólos salientes
Exemplo 1:
Numa base de corrente Ib=50 A, a corrente I=30 A terá o valor Ipu = I/Ib = 30/50 =
0,6 pu. Os cálculos serão realizados no sistema p.u., e os resultados finais
novamente convertidos para o S.I. através de G=Gpu.Gb, ou seja, multiplicando o
valor em p.u. pelo valor da base.
Bases
81
total Sb para o sistema e a tensão composta Vb num barramento determinado. A
partir desses valores, definem-se as bases de potência por fase (Sb/3) e de tensão
simples (𝑉𝑏/√3), e também as bases para a potência ativa e reativa,
numericamente iguais à base de potência aparente. Por sua vez, as bases de
impedância e corrente calculam-se através das expressões:
𝑉𝑏 2 𝑆𝑏
𝑍𝑏 = 𝐼𝑏 =
𝑆𝑏 √3.𝑉𝑏
Numa rede com vários níveis de tensão, cujas zonas são definidas pelos
transformadores existentes, haverá uma base de tensão para cada zona, sendo
conveniente que as relações entre as bases de zonas adjacentes sejam iguais às
relações de transformação dos transformadores que as ligam (nessa hipótese, os
transformadores terão, em p.u., uma relação de transformação 1:1, o que é
extremamente cómodo). As bases de impedância e corrente serão também
diferentes em cada zona, como é óbvio. Numa rede complexa, o procedimento a
seguir para a definição das bases será o seguinte:
(c) Definir a base de tensão composta Vb1 para uma das zonas de tensão
(designada arbitrariamente por zona 1);
(d) Em cada zona k ainda sem base definida, que esteja ligada a uma zona com
base Vbi através de um transformador 1 com razão de transformação Vi /Vk, definir
como base a tensão Vbk = (Vk/Vi).Vbi;
(e) Calcular as bases de impedância e de corrente para cada zona, a partir das
bases de potência e de tensão.
Definidas as bases, todos os dados fornecidos no S.I. devem ser convertidos para
p.u. No que respeita às características das máquinas (transformadores, geradores,
etc.), os dados são fornecidos geralmente em valores percentuais, referidos aos
valores nominais de potência e tensão da máquina. A compatibilização desses
valores com as bases definidas para a rede em estudo requer uma mudança de
base, cuja mecânica é descrita no ponto seguinte.
82
Mudança de base
A alteração das bases definidas para um elemento do sistema ou para uma rede
ocasiona, obviamente, a modificação dos valores em p.u. para as diversas
grandezas, com especial ênfase para as impedâncias. Supondo que se pretende
passar das bases {𝑆𝑏0 , 𝑉𝑏0 } em relação às quais uma certa impedância tem o valor
0
𝑍𝑝𝑢 para as bases {𝑆𝑏1 , 𝑉𝑏1 }, o novo valor da impedância (em p.u.) passará a ser:
1 0
𝑆𝑏1 𝑉𝑏0 2
𝑍𝑝𝑢 = 𝑍𝑝𝑢 . .( )
𝑆𝑏0 𝑉𝑏1
A reatância síncrona de eixo direto pode ser determinada a partir dos ensaios de
saturação a vazio e de curto circuito.
83
Figura 4-25- curva de saturação em vazio
84
4.7.3 Determinação da reatância da máquina
A reatância síncrona Xs é determinada plotando as duas curvas anteriores no
mesmo gráfico. Lembrando que 𝐸̇ 𝑔𝑓 = 𝑉𝑓̇ + 𝐼𝑎̇. 𝑍𝑠 e durante o ensaio de curto
𝐸𝑔𝑓
temos que Vf=0, dizemos que 𝐸̇ 𝑔𝑓 = 𝐼𝑎̇. 𝑍𝑠, portanto, 𝑍𝑠 = 𝐼𝑎 .
Para um gerador de pólos lisos, o diagrama fasorial por fase está representado 4-
28, desconsiderando a resistência de armadura. O ângulo θ representa o ângulo de
fator de potência da carga e o ângulo δ representa o ângulo de carga. Para esse
gerador, a potência por fase é dada por:
85
𝐸𝑔𝑓. 𝑉𝑡𝑓
𝑃1∅ = . 𝑠𝑒𝑛𝜕
𝑋𝑠
𝐸𝑔. 𝑉𝑡
𝑃3∅ = . 𝑠𝑒𝑛𝜕
𝑋𝑠
86
4.8.2 Gerador de pólos salientes
Para um gerador de pólos salientes, o diagrama fasorial por fase está representado
4-30, desconsiderando a resistência de armadura. O ângulo θ representa o ângulo
de fator de potência da carga e o ângulo δ representa o ângulo de carga. Para esse
gerador, a potência por fase é dada por:
𝐸𝑔. 𝑉𝑡 𝑉𝑡 2 1 1
𝑃3∅ = . 𝑠𝑒𝑛𝜕 + . 𝑠𝑒𝑛2𝜕( − )
𝑋𝑑 2 𝑥𝑞 𝑥𝑑
87
4.9 Sistemas de Excitação
88
Abaixo, vemos uma configuração genérica de um sistema de excitação de uma
máquina síncrona.
Esse tipo se aplica a máquinas que não possuem escovas, no eixo, existe um
gerador ca auxiliar, onde o campo desse gerador auxiliar é alimentado pelo sistema
de excitação, induz uma tensão trifásica na armadura do gerador auxiliar e essa
tensão trifásica é então retificada nos diodos rotativos que ficam na entrada do
campo da máquina.
89
Figura 4-34 - Vista mostrando os diodos rotativos
Abaixo, vemos uma máquina com excitação brushless mostrando suas partes
principais.
90
Excitatriz estática
91
Na curva de capabilidade são indicados os limites operacionais da máquina. A
maioria destes limites são controlados pelo regulador de tensão, que aumenta ou
reduz a excitação do campo da máquina de acordo com o ponto de operação da
mesma.
Na figura 4-38 temos uma curva de capabilidade onde podemos verificar os limites
existentes. Os limites para cada trecho estão listados abaixo:
92
O limitador mecânico (trecho CD) não depende do regulador de tensão, depende
apenas da capacidade da máquina motriz que aciona o gerador.
93
A corrente de excitação e a corrente de armadura podem ainda estar relacionadas
através das curvas V de uma máquina síncrona. Nessas curvas, o parâmetro é a
potência de trabalho.
Para atender grandes cargas em locais cada vez mais distantes, manter as
maquinas operando dentro de seu ponto ótimo de operação e garantir maior
estabilidade ao sistema, torna-se necessário colocar fontes de geração em
paralelo. As vantagens são enormes, pois é possível programar manutenções, a
perda de uma unidade não compromete o sistema, o custo de aquisição fica
reduzido etc.
94
4.11.1 Condições necessárias para colocar geradores em paralelo
Para que um gerador possa entrar em paralelo com outro, ou para colocar um
gerador em paralelo com o sistema, o gerador e o sistema ou o outro gerador,
devem obrigatoriamente atender aos seguintes requisitos mínimos, que são
necessários para eliminar uma circulação alta de corrente entre os geradores:
95
4.11.2 Métodos de sincronismo de geradores
Sincronizar significa colocar um gerador em paralelo com outro, ou em paralelo
com um sistema. A condição ideal para o sincronismo ocorre quando o gerador
entra no paralelo “flutuando”, ou seja, não gerando nem absorvendo nenhuma
potência. Para atender as condições de sincronismo, algumas técnicas podem ser
utilizadas.
Consiste em ligar entre as fases iguais dos geradores uma lâmpada. Quando as
três lâmpadas estiverem apagadas, é o momento exato de fechar o disjuntor, pois
haverá a garantia de que não ocorrerá circulação de corrente expressiva entre os
geradores ou entre gerador e sistema.
96
Figura 4-43 _ método da lâmpada acesa
Uma forma mais visual e fácil para o operador é através do método do fogo girante,
ou lâmpada girante. A disposição da ligação está mostrada na figura 4-44, nela,
durante o processo de sincronismo, ou seja, enquanto o operador estiver alterando
frequência para encontrar o momento exato, as lâmpadas vão se alternando,
ficando duas acesas e uma apagada, em um sentido de giro. O disjuntor deve ser
fechado quando as duas lâmpadas externas estiverem acesas e a do meio estiver
apagada.
Coluna de Sincronismo
97
Figura 4-45 _ coluna de sincronismo
Sincronismo automático
98
Figura 4-46 _ sincronizador automático
99
Vamos imaginar dois geradores em paralelo, com metade da carga para cada um e
alimentando uma carga com fator de potência unitário. Inicialmente iremos verificar
o efeito da variação de corrente de excitação nessa máquina, ou seja, não haverá
variação de potência ativa. No momento de consideração inicial, as correntes dos
dois geradores são iguais e ambos estão na mesma tensão. Se a corrente de
excitação do gerador 1 for aumentada para um novo valor, I1’, a tensão gerada irá
aumentar para o valor Eg1’, consequentemente, a tensão terminal dos dois
geradores irá alcançar um novo ponto de operação, V’, superior ao ponto anterior.
Nessa condição, o fator de potência não é mais unitário, pois houve um aumento
da potência reativa gerada, no entanto, como a carga é resistiva, essa potência
reativa gerada deverá ser absorvida por algo, no caso, será o gerador G2, que terá
então uma corrente de armadura adiantada, o que gera um efeito de magnetização
do fluxo no entreferro e consequentemente um aumento de tensão terminal.
Logo, para voltar ao ponto inicial de tensão terminal, o operador deverá ir até o
gerador G2 e reduzir sua corrente de excitação, diminuindo assim a magnetização
do entreferro e reduzindo a tensão terminal.
100
Os reguladores de velocidade foram desenvolvidos inicialmente por James Watt,
no século XVIII. Na ocasião, a ideia principal era garantir que máquinas térmicas
operassem com velocidade constante. Nos dias atuais, os reguladores de
velocidade são responsáveis não apenas por manter a máquina operando em
condições ótimas, mas desempenham um papel fundamental no controle da
geração, bem como comportamento dinâmico da unidade geradora em resposta
aos impactos de carga que ocorrem no sistema ao qual está conectado.
101
Figura 4-49 - regulador de Watt, isócrono
102
Na Figura 4-51 podemos ver o comportamento dos dois tipos.
Embora em uma primeira análise possamos imaginar que a condição ideal é que o
regulador de velocidade mantenha uma frequência constante para qualquer valor
de potência, na prática isso é interessante apenas se tivermos um gerador isolado
alimentando cargas isoladas.
Figura 4-52 _ operação de uma máquina com regulador com estatismo em paralelo com uma barra
infinita
103
Vamos observar agora o comportamento de uma máquina com regulador isócrono
quando colocada em paralelo com um barramento infinito.
Figura 4-53 _ operação de uma máquina com regulador isócrono em paralelo com um barramento
infinito
104
4.12 Motores Síncronos
𝐸𝑔. 𝑉𝑡
𝑃3∅ = . 𝑠𝑒𝑛𝜕
𝑋𝑠
𝐸𝑔. 𝑉𝑡 𝑉𝑡 2 1 1
𝑃3∅ = . 𝑠𝑒𝑛𝜕 + . 𝑠𝑒𝑛2𝜕( − )
𝑋𝑑 2 𝑥𝑞 𝑥𝑑
105
Figura 4-55 _ circuito equivalente do motor síncrono
Considerando que o motor está ligado a uma barra infinita, sua tensão Vt não se
altera, fazendo uma análise de malhas, concluímos que:
1
𝑇= . 𝑝. 𝐸𝑔. 𝐼𝑎. cos(𝐸𝑔 𝑒 𝐼𝑎)
12,56. 𝑓
106
Onde,
f: frequência
𝐸𝑔. 𝑉𝑡
𝑃3∅ = . 𝑠𝑒𝑛𝜕
𝑋𝑠
𝐸𝑔. 𝑉𝑡 𝑉𝑡 2 1 1
𝑃3∅ = . 𝑠𝑒𝑛𝜕 + . 𝑠𝑒𝑛2𝜕( − )
𝑋𝑑 2 𝑥𝑞 𝑥𝑑
Logo, sempre que sobre-excitado, um motor síncrono irá solicitar uma corrente
adiantada, e essa propriedade pode ser utilizada para a correção do fator de
potência de uma instalação.
107
Um motor síncrono operando a vazio, com o único propósito de gerar reativo para
corrigir fator de potência é chamado capacitor síncrono.
5. TRANSFORMADORES MONOFÁSICOS
𝑀
𝑘=
√𝐿1. 𝐿2
Onde:
108
5.1 O transformador ideal
109
Conforme observamos no gráfico, a corrente I1’ é a soma fasorial da corrente de
magnetização Io e da corrente necessária para equilibrar os ampere-espira com o
secundário.
𝑉1. 𝐼1 = 𝑉2. 𝐼2
𝑑∅𝑚 𝑑∅𝑚
𝐸1 = 𝑁1. e 𝐸2 = 𝑁2.
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑉1 𝐼2 𝐸1 𝑁1
= = = =𝛼
𝑉2 𝐼1 𝐸2 𝑁2
Onde:
110
N1 e N2: número de espiras do primário e do secundário, respectivamente;
f: frequência;
𝛼. 𝑉2 𝑉2
𝑍1 = = 𝛼2. = 𝛼 2 . 𝑍2
𝐼2 𝐼2
𝛼
111
Figura 5-5 _ transformador real
112
Figura 5-7 _ circuito equivalente aproximado com impedâncias refletidas
Logo, temos:
𝑅𝑒1 = 𝑟1 + 𝛼 2 . 𝑟2
𝑋𝑒1 = 𝑥1 + 𝛼 2 . 𝑥2
𝑍𝑒1 = 𝑧1 + 𝛼 2 . 𝑧2
113
Onde:
𝑟1
𝑅𝑒2 = + 𝑟2
𝛼2
𝑥1
𝑋𝑒2 = + 𝑥2
𝛼2
𝑧1
𝑍𝑒2 = + 𝑧2
𝛼2
114
A regulação é então dada por:
𝐸2 − 𝑉2
𝑟𝑒𝑔% = . 100
𝑉2
Ensaio de curto-circuito
𝑃𝑐𝑐
𝑅𝑒 =
𝐼2
115
𝑉𝑐𝑐
𝑍𝑒 =
𝐼𝑐𝑐
𝑋𝑒 = √𝑍𝑒 2 − 𝑅𝑒 2
Ensaio vazio
As perdas são então compostas por duas parcelas, uma fixa, que são as perdas no
ferro, pois a uma tensão constante e frequência nominal, não há variação com a
carga para essas perdas. A outra parcela é composta pelas perdas no cobre e é
uma parcela variável, pois as perdas variam com o quadrado da corrente.
116
𝑃𝑠𝑎𝑖𝑑𝑎 𝑃𝑠𝑎í𝑑𝑎 𝑉2. 𝐼2. 𝑐𝑜𝑠𝜃2
𝜂= = =
𝑃𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑃𝑠𝑎í𝑑𝑎 + 𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝑉2. 𝐼2. 𝑐𝑜𝑠𝜃2 + 𝑃𝑓𝑒 + 𝑃𝑐𝑢
𝑃𝑓𝑒
𝐼2 = √
𝑅𝑒2
117
Figura 5-13 _ sentidos instantâneos das fem dos enrolamentos de um tranformador
118
A norma técnica NBR 5356 estabelece que a polaridade dos transformadores
devem ser subtrativas não ser que haja uma especificação contrária.
Verificação da polaridade:
-mede-se a tensão aplicada e a tensão entre os dois terminais com o ponto na alta
e o outro terminal do enrolamento de baixa.
Conclusão:
119
O método anterior possui algumas restrições em função do nível de tensão do
enrolamento. A NBR 5380 estabelece também outras maneiras de testar a
polaridade. A mais comum e fácil de realizar é a do golpe de corrente contínua:
Figura 5-16 _ conexão para a verificação da polaridade pelo golpe de corrente contínua
A ligação deve ser feita conforme mostra a figura 5-16. Devemos ter uma fonte cc ,
uma chave tipo faca de duas posições e um voltímetro de zero central.
Conclusão:
120
Figura 5-17 _ ligação de enrolamentos de igual tensão de um transformador, em série e paralelo
5.9 Autotransformadores
121
As mesmas características de corrente e tensão podem ser obtidas utilizando um
enrolamento, conforme figura 5-19:
122
Figura 5-21 _ autotransformador criado a partir do transformador monofásico
𝐼𝐿 = 𝐼𝐻 + 𝐼
𝑁. 𝐼𝐻 = 𝑁𝐿. 𝐼
𝐼 𝑁𝐻 − 𝑁𝐿 𝑁𝐻
= = − 1 = 𝛼𝐴 − 1
𝐼𝐻 𝑁𝐿 𝑁𝐿
𝑁𝐻 𝐼𝐿
𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝛼𝐴 = =
𝑁𝐿 𝐼𝐻
123
5.9.2 Autotransformador elevador
Para um autotransformador elevador, temos as seguintes relações:
𝐼𝐿 = 𝐼𝐻 + 𝐼
𝑁. 𝐼𝐻 = 𝑁𝐿. 𝐼
𝐼 𝑁𝐻 − 𝑁𝐿 𝑁𝐻
= = − 1 = 𝛼𝐴 − 1
𝐼𝐻 𝑁𝐿 𝑁𝐿
𝑁𝐻 𝐼𝐿
𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝛼𝐴 = =
𝑁𝐿 𝐼𝐻
124
Potência transformada:
𝑉𝑁. 𝐼𝐻 = 𝑉𝐿. 𝐼
Potência Condutiva:
𝑆 = 𝑉𝐻. 𝐼𝐻
𝑆𝑐𝑜𝑛𝑑 = 𝐼𝐻. 𝑉𝐿
Logo:
125
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
126