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Plantas Medicinais
MÓDULO III
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mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados a seus respectivos autores descritos
na Bibliografia Consultada.
MÓDULO III
WAKAME: Conhecida também como Kelp pelos ingleses, esta alga prolifera-se em quase
toda Costa do Oceano Pacífico, desde o Canadá até o México.
O seu consumo provoca melhora em todo sistema circulatório, evitando principalmente o
aparecimento de varizes e hemorróidas.
Muito rica em cálcio e iodo, sendo que 100 gramas de algas possuem 1.093 miligramas
de cálcio.
KOMBU: Alga também muito usada pelos Japoneses do Brasil, as quais são encontradas
secas no comércio, depois de colocadas na água adquirem forma gelatinosa, muito
apreciada na preparação de carnes.
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ESPIRULINA: Alga verde também conhecida como Plâncton de Espirulina, é maior fonte
de clorofila da natureza. Rica em minerais quelados como ferro, cálcio, zinco, potássio e
magnésio, constitui-se como uma ótima fonte de vitamina A e do Complexo B. Possuem
como importante elemento a Fenilalanina, que age sobre o centro do apetite no cérebro
para reduzir a sensação de fome, enquanto mantém o açúcar do sangue no nível normal.
Leveduras
Conhecida como "maravilha" entre os alimentos da natureza, certamente faz jus a
sua fama em muitos aspectos. É uma das maiores fontes de proteínas e vitaminas
naturais do complexo B, ricas em ferro orgânico, são verdadeiras minas de oligominerais
e aminoácidos. O seu uso ajuda a baixar o nível de colesterol (quando combinada com
lecitina) e reverter o processo da gota.
Tipos de Leveduras:
Levedo de cerveja: É um subproduto da cerveja (lúpulo), também chamado de levedo
alimentício.
Levedo de tórula: Normalmente cresce na polpa da madeira, muito usado na fabricação
de papel, também é produzido na fermentação do melaço de cana.
Soro de Leite: É subproduto do leite e do queijo.
Fermento líquido: Muito comum na Suíça e Alemanha, o qual é adicionado ao mel,
laranja ou pomelo (grapefruit).
Devemos sempre evitar o fermento do pão, pois as células da levedura viva
consomem a vitamina B. As leveduras mortas pelo calor evitam este problema.
As leveduras contêm todas as vitaminas do grupo B menos a B12, além de
dezesseis aminoácidos, quatorze ou mais minerais e dezesseis vitaminas, exceto as
vitaminas A, E e C, por isso podem ser consideradas como alimento completo.
As Leveduras, assim como outros alimentos protéicos, são ricas em fósforo, sendo
aconselhável ao tomá-las adicionar certa quantidade de cálcio a dieta.
As leveduras podem ser consumidas entre as refeições juntamente com sucos de
frutas ou água.
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Elas podem ser utilizadas para emagrecer, misturada a um líquido e tomadas antes
das refeições, pois reduzem o apetite e poupam o organismo de muitas calorias.
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Alfafa: Medicago sativa L. Fam. Leguminosas.
Apareceu na antiga Eurásia, Mediterrâneo, África do Sul,
existe atualmente cerca de 100 espécies, sempre foi usada
como planta de alimentação de animais, atualmente suas
sementes brotadas para o tratamento do excesso do colesterol.
Princípio Ativo: Oito enzimas digestivas de gordura; 8.000 U.I.
de vitamina A e 40.000 U.I. de vitamina K.
Forma de uso: Infusão dos ramos - 1 colher de sopa em um
copo com água.
Dose: Três xícaras de chá ao dia.
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Hortelã: Mentha piperita L. Fam. Labiatas
Princípio ativo: Óleo essencial com seus componentes,
principalmente Mentol (provoca um relaxamento no canal
colédoco liberando a bílis e fazendo que o piloro libere o
alimento mais rapidamente para os intestinos).
Forma de usos: Chá das folhas e ramos floridos.
Dose: Uma xícara de café após as refeições.
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Grama: Tritricum repens L. Fam. Gramíneas
Princípio ativo: Triticina.
Forma de uso: Infusão dos rizomas (batatas).
Dose: Três xícaras de café ao dia.
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Formas de uso: infusão das folhas – 1 colher de sopa do pó das folhas em um copo com
água.
Dose: Três xícaras de chá ao dia.
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Cajueiro – Anacardium occidentalis L. Fam.
Anacardiáceas.
Planta nativa da América do sul, hoje cultivada em todo
mundo, suas sementes torradas são muito apreciadas,
atualmente faz parte do arsenal de cosmetologia, pois seu
óleo é muito usado na preparação de cremes.
Parte usada: cascas do tronco.
Princípios ativos: Taninos.
Formas de uso: infusão da casca: Uma colher de chá do pó
da casca em uma xícara de água, ferver por 5 minutos, deixar em repouso por 20
minutos, coar.
Dose: Uma xícara de chá duas vezes ao dia.
Outros vegetais
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chá torna-se muito tóxica, pois apresenta um componente chamado velarina, que é um
bloqueador do sistema nervoso central.
Hydro = água e Kotyle = vasos como o próprio nome diz o vegetal apresenta um princípio
ativo que tem a capacidade de retirar água dos tecidos. Mas, deve-se ter o cuidado de
usá-lo somente externamente.
Diabetes é uma doença que aparece quando nosso organismo não produz, ou
produz insuficientemente, uma substância chamada insulina, que é responsável pela
quebra do açúcar no organismo.
Até 1921 utilizava-se no tratamento de diabetes sintomáticas o extrato de
pâncreas. A partir de 1922, isolou-se deste extrato à insulina, o que substituiu em muito o
uso de vegetais com ação hipoglicemiante.
Durante a II Guerra Mundial, não foi possível avaliar-se a eficácia do novo
composto isolado (insulina).
Com o aparecimento de um número muito grande de pacientes dependentes da
insulina, e a matéria prima (glândulas pâncreas) para a obtenção da mesma, começou a
desaparecer, logo se partiu para síntese do produto, mas como o projeto envolve grande
quantidade de dinheiro, começou-se a usar como medicina alternativa os vegetais
hipoglicemiantes.
No estudo destes vegetais destacam-se dois grandes grupos:
Israel, que buscou na medicina folclórica da Índia e África os vegetais que possuem
algum efeito anti-glicêmico. Este grupo isolou em aproximadamente 150 espécies de
vegetais, 70 substâncias que vêm sendo usada no tratamento de diabete.
Japão começou a trabalhar com 20 espécies de vegetais possuidores de ação
hipoglicemiante, principalmente de mucilagem e goma.
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Plantas hipoglicemiantes
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É um alimento preferido pelos morcegos, isto faz com que se confundam os mesmos
como alimentadores de sangue, as manchas na boca, é somente o suco dos frutos.
Princípio ativo: aminoácidos chamados Hipoglicinas A e B.
Infusão das folhas: 5 g. em um copo com água.
Dose adulta: Três xícaras de chá ao dia.
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Vegetais que necessitam de cuidados no uso:
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Bougaiuvillea spectabilis L. - Nictagináceas
Primavera - Tres Marías.
O seu extrato alcoólico apresenta uma substância
chamada Pinitol, o seu extrato a 0,4% apresenta 0,01% de
substância hipoglicemiante, e sua resposta dá-se num
tempo máximo de 2 horas.
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Morus alba L. - Moráceas
Amora branca - Os extratos aquosos das cascas do lenho apresentam uma substância
chamada Morana A.
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Stévia rebaudiana (Bert) Bert. Compostas
Stévia - Apresenta em seu extrato aquoso o principal adoçante
natural de uso para os diabéticos (100 g em 1.500 ml de água),
apresenta 0,1% de esteviósideos.
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Myrtus comunis L. – Mirtáceas.
Extrato aquoso das cascas dos frutos – Jabuticaba
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JAMBO: Eugenia jambo L. Fam. Mirtáceas.
Princípio ativo: Aminoácidos chamados Hipoglicina A e B.
Forma de uso: Infusão das folhas ou sementes.
Folhas: Uma colher de sopa em um copo com água.
Sementes: Uma colher de café em um copo com água.
Dose: Três copos ao dia (folhas), três xícaras de chá ao dia
(sementes).
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Princípio ativo: Taninos e Glicoproteinas.
Infusão a 2% em água: dose máxima 500 ml ao dia.
Extrato fluido: dose máxima 10 ml ao dia.
Tintura: dose máxima 50 ml ao dia.
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PARTE ESPECIAL
RAUVOLFIA
O. B. - Rauwolfia serpentina Bentham - F. Apocináceas.
O. G. - América tropical (México e América do Sul), Ásia (Índia).
P. U. - Raízes dessecadas.
C. Q. - Cerca de 1,3% de alcalóides de núcleo indólico. Nas raízes de rauvolfia são
encontrados cinco tipos de diferentes estruturas alcaloídicas todas derivadas do núcleo
indólico.
Os principais alcalóides são: Reserpina, Serpentina, Ajmalina e Ioimbina. Das
cerca de 25 espécies já estudadas foram isolados 50 alcalóides.
Ações: Hipotensora - promove abaixamento lento e gradual da hipertensão arterial. Efeito
sedativo e tranqüilizante influencia o comportamento afetivo; em razão disto é muito
empregado em psiquiatria, no tratamento de psicoses.
DIGITALIS
O. B. - Digitalis purpurea L. - Digitalis lanata Ehrh.- F. Escrufulariaceas.
O. G. - Originária da Europa Central e Meridional, Aclimado nos USA e Canadá.
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P. U. - Folhas dessecadas.
C. Q. - 0,2 a 0,3% de DIGITOXINA - 0,29 a 0,48% de heterósidos cardiotônicos ou
cardiocinéticos, Gitalina e Digitalina.
Usos: É estimulante e tônico do coração. Atua simultaneamente sobre o miocárdio e o
sistema de inervação, de tal modo que aumenta a energia de contração sistólica e
regulariza o ritmo cardíaco. Usado também como diurético nos casos de edema, pela
ação indireta, em virtude de regularizar os movimentos cardíacos, melhorando a
distribuição do sangue no organismo.
ESTROFANTO
O. B. - Strophantus hispidus D.C.- Strophantus Kombé Oliver - Strophantus gratus
Franchet - F. Apocináceas.
P. U. - Sementes colhidas dos frutos limpos.
O. G. - África Ocidental, Moçambique e África Oriental.
C. Q. - Glicosídeos cardiotônicos: Estrofantina G. do S. gratus; Estrofantina H. do S.
hispidus e Estrofantina K. do S. Kombé. A Estrofantina G. também é conhecida por
OUBAINA, pois sua estrutura é semelhante à deste glicosídeo existente no córtex do
Acokanthera oubaio Arnoud, F. Apocináceas.
Usos: Cardiotônico e diurético.
CILA BRANCA
O. B. - Urginea scilla Steinh - Scilla marítima L. - Urginea marítima Baker. F. Liliáceas.
O. G. - Itália, Espanha, Grécia e Líbano.
P. U. - Túnicas médias do bulbo.
C. Q. - Heterosídeos cardiocinéticos do grupo bujadienólidos num teor de 0,3 a 0,4%.
CILARENO A (cristalizável) CILARENO B (amorfo).
Usos: Tônico cardíaco e diurético.
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III - DROGAS VEGETAIS QUE ATUAM SOBRE O SISTEMA NEURO VEGETATIVO.
ÓPIO
O. B. - Papaver somniferum L. var. album D.C. também
conhecida como papoula branca. F. Papaveráceas.
O. G. - Índia, China, Tailândia, Turquia e Grécia, cultivada
em vários países da Europa.
P. U. - Látex opiáceo retirado dos frutos semimaduros.
O.P. - São feitas incisões nos frutos semimaduros no
período da tarde, tendo-se o cuidado de cortar-se
horizontalmente o mesmo. Todo o fruto até o aparecimento
do látex, este fica até o outro dia o qual é colhido e condensado em pães (pães de ópio).
C. Q. - Os principais alcalóides apresentam núcleo isoquinoleínico ou fenantrenico, os
principais são: morfina (11 A 17%), codeína (0,5 A 3,5%) tebaina (0,1 a 0,6%) de
NÚCLEOS FENANTRÊNICOS. Narcotina (4 A 6%) e papaverina (0,1 a 2%) de NÚCLEOS
ISOQUINOLEINICOS.
Usos: Cada alcalóide apresenta um uso definido, ou seja: MORFINA - analgésico e
sedativo; CODEÍNA - sedativo da tosse; PAPAVERINA - antispasmódico; NARCOTINA -
combate à tosse.
COCA
O. B. - Erythroxylon coca Lamarck – Fam. Eritroxiláceas.
O. G. - São nativas e espontâneas dos Andes (Peru e Bolívia).
É cultivada não só no continente sul-americano, mas em alguns
países que oferecem condições ecológicas idênticas, caso
comum do Ceilão, Java e Formosa.
P. U. - Folhas dessecadas.
C. Q. - Apresenta como componentes principais alcalóides de núcleo tropânico:
COCAINA, CINAMIL-COCAINA, TRUXILINAS, BENZIL-ECGONINA e METIL-
ECGONINA.
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Usos: Inicialmente, a coca foi usada como tônico e estimulante nervoso, pelos europeus e
americanos do norte, hoje é praticamente desaconselhável. Atualmente é usado como
anestésico, principalmente nas doenças da laringe e oftalmologia, principalmente em
cirurgias.
NOZ VÔMICA
O. B. - Strychnos nux-vomica L. – Fam. Loganiáceas.
O. G. - Nativa da Índia, encontrada também no Ceilão, Austrália e Tailândia.
P. U. - Sementes dessecadas.
C. Q. - São componentes de núcleos indólicos ESTRICNINA (1/3 a 1/2 do total de
alcalóides) e BRUCINA.
Usos: Excitante do sistema nervoso central - Usado em certas doenças nervosas com
fenômenos de paralisia. Acelera a passagem de alimentos pelos intestinos, excitando a
contabilidade das túnicas viscerais. Por este motivo é utilizado como tônico amargo nas
gastralgias e dispepsias. Estimulante nas astenias e convalescenças.
CURARE
O. B. - Strychnos toxifera Benth, Loganiaceae e Chondodendron tomentosum Ruiz et
Pavon, Fam. Menispermáceas.
O. G. - Amazonas (Brasil), Guiana Francesa, Peru, Venezuela, Colômbia.
P. U. - São extratos complexos utilizados por índios da América do Sul, como veneno de
flechas. Tóxicos por via parenteral, praticamente inócuos por via bucal, produzem a
paralisia muscular.
O.P. - As cascas das árvores das espécies acima citadas são maceradas em água frias e
a seguir percoladas. Concentração por evaporação em fogo brando fornece um extrato
mole, que é modelado em recipientes de diferentes tipos (curare em potes, em tubos,
etc.).
C. Q. - 2 a 7% de alcalóides de núcleos benzil-isoquinoleína: bebeerina, d-tubocurarina,
isobebeerina.
Usos: pré-anestésico (acalmar e tranqüilizar o paciente).
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JABORANDI
O. B. - Pilocarpus jaborandi - Holmes; P. (Pernambuco); P. microphyllus - Stapi
(Maranhão); P. pennatifolium - Lamaire (Rio de Janeiro) – Fam. Rutáceas
P. U. - Folíolos dessecados.
C. Q. - Taninos, óleo essencial. 0,7 a 0,8% de alcalóides de núcleo IMIDAZÓLICO;
Pilocarpina, isopilocarpina, pilosina e jaborina.
Usos: É um parassimpaticomimético, colinérgico, logo um hipotensor, depressor do
coração, miótico, diaforético, sialagogo e gatactagogo.
Usado na forma de colírios em casos de glaucoma. Em dermatologia, para evitar queda
dos cabelos.
BELADONA
O. B. - Atropa belladona L. Fam. Solanáceas
O. G. - Nativo da Europa Central, Ásia e África, cultivada
principalmente na Inglaterra, Alemanha, Índia e USA, sendo
estes os principais produtores do mundo.
P. U. - Folhas dessecadas, colhidas no período de floração.
C. Q. - Tanto a raiz, caule, flor, fruto e folhas, contêm alcalóides
de núcleo TROPÂNICO, principalmente a L-hiosciamina,
isômero racêmico da Atropina (90%) e escopolamina (10%).
Usos: Estes alcalóides são considerados parassimpaticolíticos (paralisam os nervos
periféricos). Logo é um midriático, diminuem as secreções como saliva, suor e leite. Têm
efeito sedativo e antispasmódico sobre o estômago, útero, intestinos e bexiga.
É um antídoto da Pilocarpina e vice-versa.
MEIMENDRO
O. B. - Hyoscyamus niger L. Fam. Solanáceas
O. G. - Nativa da Europa Central, Ásia e África, cultivada principalmente no Brasil, Bélgica
e Rússia.
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P. U. - Folhas dessecadas.
C. Q. - Apresenta alcalóides de núcleo TROPÂNICO, principalmente a Escopolamina e
hiosciamina.
Usos: Assemelha-se ao da Beladona, apresentando como vantagens ser um sedante do
SNC, logo muito usado em indivíduos inquietos e agressivos (provoca uma sensação de
fadiga e sono).
ESTRAMÔNIO
O. B. - Datura stramonium L. - "Figueira do Inferno"
Fam. Solanáceas
O. G. - Nativa do Mar Cáspio e Himalaia, cultivada
principalmente na América do Sul e em todas as regiões
do globo.
P. U. - Folhas dessecadas, colhidas no período de
floração.
C. Q. - Apresenta alcalóides de núcleo TROPÂNICO, principalmente a Hiosciamina,
Escopolamina e traços de atropina.
Usos: Seu uso como medicamento é muito restrito, faz-se seu uso mais como veneno, o
qual provoca alucinações violentas, justificando-se aí seu nome de figueira do inferno. Foi
muito utilizado na II Guerra Mundial como o "Soro da Verdade".
ALTÉIA
O. B. - Althea officinalis L. Fam. Malváceas
O. G. - Europa e USA;
P. U - Raiz, folha e flor.
C. Q. - 30-35% de mucilagem, amido, tanino,
Usos: Emoliente, entra na composição de xaropes e cataplasmas.
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MALVA
O. B. - Malva silvestris L. Fam. Malváceas –
O. G. – Espanha
P. U. - Folhas.
C. Q. - Mucilagem
Usos: Os mesmo da Altéia
IPECA (poaia)
O. B. - Cephaelis ipecacuanha (Brotero) Richard; Uragoga ipecacuanha (Willd) Daillon;
Psycotria ipecacuanha (Muell); Argov. – Fam. Rubiáceas.
O. G. - Brasil: Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso e Minas Gerais.
P. U. - Raízes dessecadas.
C. Q. - Amido, saponósido, tanino e 2,7% de alcalóides de núcleo isoquinoleína: emetina,
cefelina, psicotrina.
Usos: Emético - ação emética por via oral ou parenteral. Amebicida principalmente a
emetina é tóxica para a Entamoeba histolytica, especialmente sobre as formas móveis.
Expectorante - facilita a eliminação das mucosidades dos brônquios.
ALCAÇUZ
O. B. - Glycyrrhiza glabra L. Fam. Leguminosas.
O. G. - Espanha e Rússia.
P. U. - rizomas e raízes dessecadas.
C. Q. - glicose e sacarose, 5% liquiritina (flavonóide) e 6-10% de
saponósidos triterpênicos.
Principal: GLICIRRICINA (ou ácido glicirizínico), com sabor adocicado;
seu poder adoçante é superior ao da sacarose. Sua genina é o ácido
glicirretínico.
Usos: antispasmódico, antiinflamatório. Expectorante: fluidificam as secreções das vias
aéreas superiores.
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Ainda indicado (ação antiinflamatória) para o tratamento de úlceras estomacais ou
duodenais. Em laboratórios de farmácia é utilizado como edulcorante.
EFEDRA
O. B. Ephedra sinica Stapf. , E.equisetina Bungue Fam.
Gnetáceas
O. G. - Ásia e Europa.
P. U. - Partes aéreas (caule, folha, flor, fruto).
C. Q. - Efedrina e pseudoefedrina.
Usos: Combate à hipotensão: rinite alérgica e asma (dilata os
brônquios).
LOBÉLIA
O. B. Lobelia inflata L. Fam. Lobeliaceas.
O. G. - USA e Canadá.
P. U. - Sumidades floridas.
C. Q. - Lobelina (núcleo piperidina), lobelidina, lobelanidina.
Usos: Aumenta a freqüência respiratória; suprime a contratura
dos músculos bronquiais; tratamento da asma, dispnéia,
tosse.
BÁLSAMO DE TOLÚ
O. B. Myroxylon balsamum (L.) Harms - Toluifera balsamum L. Fam. Leguminosas.
O. G. - Tolú, Colômbia.
P. U. - bálsamo extraído do tronco das árvores (produto patológico do vegetal).
C. Q. - Resina: 75-85%, composta de cinamato de toluresinotanol e benzoato de
toluresinotanol; ácido benzóico e cinâmico livres.
Essência: 7-8%, composta de benzoato de benzila, felandreno, cinamato de benzila,
ácidos cinâmico e benzóico.
Usos: expectorante e antisséptico das vias respiratórias: inalações (sinusite), Perfumaria
de sabor e odor em fórmulas farmacêuticas.
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BENJOIM
O. B. Styrax benzoin Dryander; Styrax tonkinensis Craib Fam. Stiracaceas: a 1ª
espécie é "benjoim de Sumatra", a 2ª é "benjoim do Sião".
O. G. - Java, Sumatra, Tailândia, Tonkim.
P. U. - Resina balsâmica extraída do tronco das árvores (produto patológico).
C. Q. - do Sião; predominância de ácido benzóico livre (12%); menor quantidade de ácido
cinâmico (3%); álcool coniferílico; benzoato de coniferila; vanilina. De Sumatra;
predominância de ácido cinâmico livre; pequeno teor de ácido benzóico; álcool
coniferílico; cinamato de coniferila.
Usos: preparo de expectorantes balsâmicos e principalmente antissépticos das vias
respiratórias. Externamente cicatrizante.
EUCALIPTO
O. B. Eucalyptus globulus Labillardière Fam. Mirtáceas.
P. U. folha dessecada; originária da Austrália, muito cultivada no
Brasil.
C. Q. - taninos gálicos, flavonóides, 1% de óleo essencial. Óleo
essencial: alfa pineno, canfeno, d-mirtenol, borneol, verbenona,
aromadendreno e cineol (eucaliptol) - 70 a 85%.
Usos: antisséptico balsâmico das vias respiratórias; inalações.
Externamente utilizado em fricções como antinevrálgico e anti-
reumático.
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C. Q. - Açúcares, óleo fixo, 1,5 a 6% de óleo essencial.
Óleo essencial alfa pineno, ácido anísico, aldeído anísico, metilchavicol (estragol) e 80-
90% de anetol.
Usos: Aromatizante, corretivo de odor e sabor carminativo.
FUNCHO
O. B. - Foeniculum vulgare Miller Fam. Umbelíferas.
O. G. - França, Espanha.
P. U. - Fruto.
C. Q. - 4,5 a 6% de óleo essencial, cuja composição é
semelhante a do óleo essencial de anis; apenas o teor de anetol é
menor (50-60%).
Usos: Os mesmos da erva-doce.
BOLDO DO CHILE
O. B. Peumus boldus (Molyna) Lyon Fam. Monimiáceas.
O. G. – Chile e cultivada no Brasil.
P. U. - Folha dessecada.
C. Q. - boldina (alcalóide), boldoglucina (glicosídeo), 2% de
óleo essencial, que contém: alfa-pineno, p-cimeno, eugenol,
terpineol, cineol (10%) e ascaridol (40%).
Usos: Colagogo/colerético. Estimulante das funções
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digestivas.
HORTELÃ DO BRASIL
O. B. Mentha arvensis L. Fam. Labiatas.
O. G. - Japão; largamente aclimatada e cultivada no Brasil
(Paraná e São Paulo).
P. U. - Fundamentalmente, folhas e sumidades floridas,
que contém 1% de essência: estas folhas e sumidades
constituem fonte de essência, que é obtida por destilação
com vapor de água e submetida a uma retirada parcial do
mentol, seu principal componente. Portanto, no comércio podemos encontrar: folhas e
sumidades floridas; óleo essencial ("óleo de menta desmentolado", com 40-50% de
mentol) e mentol isolado (cristalizado).
C. Q. - tanino: resina, enzimas, óleo essencial.
Essências: alfa pineno, canfeno, limoneno (hidrocarbonetos terpênicos); furfural (aldeído),
mentona, isomentona, piperitona (cetonas); acetato de mentila (éster) e mentol (álcool),
de 70 a 90%.
Usos: Eupéptica, carminativa, colerética/colagoga; fonte de óleo essencial, que por sua
vez é fonte de mentol, um dos principais produtos de exportação do Brasil. O mentol é
muito utilizado em indústria, mais ou menos nas proporções de 30% em produtos
farmacêuticos, 20% em perfumaria (loções para após-barba, dentifrícios, etc.) e 45% na
indústria do fumo.
ÁGAR-ÁGAR (gelosa)
Droga obtida de algas vermelhas (Rodofíceas), principalmente.
Gelidium cartilagineum Gaillon e G. amansii (Lamouroux) Fam. Gellidiaceas.
O. G. - Mares da China e do Japão.
P. U. - Substância mucilaginosa, coloidal e hidrofílica dessecada, extraída das algas.
C. Q. - 65% de mucilagem denominada gelosa. A gelosa é constituída de duas partes:
agarose e agaropectina.
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Usos: Fármaco utilizado no tratamento da prisão de ventre (laxante) e em microbiologia
entra na composição de numerosos meios de cultura.
RUIBARBO
O. B. Rheum palmatum L. (ruibarbo da China), R. officinale Baillon (ruibarbo indiano)
Fam. Poligonáceas.
P. U. Rizomas e raízes dessecadas.
C. Q. - 15% de matérias minerais; glucogalina (tanino) e
antraderivados: 2 a 4% de glicosídeos antraquinônicos
(principal: reína) e antraquinonas livres (áloe-emodina,
crisofanol, fisciona, alizarina).
Usos: Pequenas doses: tônico amargo, excitante das funções digestivas doses médias,
laxante e doses elevadas, purgativo.
CÁSCARA SAGRADA
O. B. - Rhamnus purshianus D.C Fam. Ramnáceas.
P. U. - Cascas do caule.
O. G. - Originária da costa ocidental das Américas (norte dos
USA até a Colômbia).
C. Q. - Cascarósidos (a e b), heterósidos antraquinônicos (8%).
Derivados antraquinônicos livres: crisofanol, frângula-emodina,
áloe-emodina.
Usos: Laxativo: doses elevadas: purgativo.
SENE (sena)
O. B. Cassia acutifolia Delile - Cassia angustifolia Vahl Fam.
Leguminosas.
O. G. - África e Arábia.
P. U. - Folíolos dessecados.
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C. Q. - 10-12% matérias minerais, mucilagem, resina, flavonóides e 2-3% de derivados da
antraquinona: antraquinonas livres - reína, crisofanol, éloe-emodinal; glicosídeos
antraquinônicos - Senósidos A e B.
Usos: Laxativo/purgativo, dependendo da dose. Em doses purgativas é acompanhado de
cólicas, e em doses acima das normais pode provocar aborto.
ÁLOE (áloes)
O. B. - Áloe perryi Baker, Aloe vera L., Aloe fexox Miller Fam.
Liliáceas.
O. G. - África, Índia, Curaçaú (Venezuela). No Brasil: Aloe
babosa.
P. U. - suco espesso, concentrado por meio do calor, extraído
das folhas.
C. Q. - 10 a 20% de resina: derivados da antraquinona - antraquinonas livres: áloe-
emodina, antracenósido - Aloína (15-30%), isobarbaloína.
Usos: Laxante, purgativo ou catártico: o suco fresco pode ser empregado no tratamento
de queimaduras da pele. Atualmente, principalmente o Aloe vera é largamente
consumido nos USA, onde é considerada antibiótica, adstringente, inibidora da dor,
estimulante na regeneração de tecidos. Contudo, é na indústria de cosméticos que
encontra sua maior utilização.
JALAPA
O. B. - Exogonium purga Wind Fam. Convolvuláceas: Operculina macrocarpa L.
(Brasil).
O. G. – México.
P. U. - Raízes tuberosas.
C. Q. - Resina (15-18%), constituída de convovulósido e jalapósido.
Usos: Laxativo, purgativo, catártico. Cuidado: 4-5g da resina podem provocar cólicas
violentíssimas.
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IPECA
Emético
RATÂNIA
O. B. - Krameria triandra Ruiz et Pavon - ratânia do Peru.
Krameria argentea Martius - ratânia do Brasil (Pará) Fam.
Leguminosas.
P. U. Raízes dessecadas.
C. Q. - 8-10% de tanino, catéquico (ácido Krameriatânico).
Usos: Antidiarrêicos, tratamento de hemorróidas e externamente
cicatrizante.
GALHA
O. B. - Quercus infectoria Oliver Fam. Fagáceas
O. G. - Ásia e Grécia.
P. U. - Excrescência dos ramos jovens.
C. Q. - 70% de taninos gálicos (galitanino).
Usos: Antidiarrêico (adstringente).
HAMAMELIS
O. B. - Hamamelis virginiana L. Fam. Hamamelidáceas.
O. G. - Canadá e USA (Virginia).
P. U. - Cascas do caule e ramos e folhas.
C. Q. - 7-10% de taninos gálicos (hamamelitanino).
Usos: Propriedades hemostáticas e adstringentes, tratamento
de diarréias, varizes, hemorróidas, flebites e externamente,
cicatrizante.
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VI – DROGAS VEGETAIS COM AÇÃO SOBRE A PELE.
MALVA
Ação emoliente.
MOSTARDA NEGRA
O. B. - Brassica nigra L. - (Sinapsi nigra L.) Fam.
Crucíferas.
O. G. - Europa e Ásia.
P. U. - Sementes dessecadas.
C. Q. - Óleo fixo (30%), mucilagem (20%), sinigrina (mironato
de potássio) e mirosina (enzima).
Observação: O princípio ativo principal não existe pré-formado
na semente e sim no seu óleo essencial. Para sua obtenção é
necessário:
1) expressão da semente (retirada do óleo fixo);
2) a massa resultante é submetida à fermentação (ação da enzima mirosina sobre o
mironato de potássio produz o isotiocianato de alila, que é o principal componente do óleo
essencial);
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3) destilação com vapor de água, isolando-se do óleo essencial o seu principal
componente.
Usos: Poder rubefaciente e ação antiflogística.
TEREBINTINA
O. B. - Pinus palustris e outros Fam. Pináceas.
O. G. USA e Europa.
P. U. - Óleo-resina extraído das cascas dos troncos.
C. Q. - Resina (breu ou colofônia) - 70-85%; óleo essencial 15-30%, que contém alfa
pipeno (63%) e beta pipeno.
Essência: denominada "aguarrás".
Usos: rubefaciente; antiflogística.
BÁLSAMO DO PERU
O. B. - Myroxylon pereirae (Royle) Klotsch = Toluifera pereirae Fam. Leguminosas.
O. G. - El Salvador.
P. U. - Bálsamo extraído do tronco das árvores; produto patológico.
C. Q. - Resina 25-30%, contendo: peruresinotanol, ácidos cinâmico, benzóico, cinamato e
benzoato de peruresinotanol. Óleo essencial 60-65%, contendo cinamato e benzoato de
benzila, peruviol, neurolidol, vanilina.
Usos: Parasiticida (sarna), antisséptico, antiflogístico.
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C. Q. - Corante antraquinônico - escleroritrina; 20-40% de óleo fixo; aminas: histamina e
tiramina; 011 a 0,4% de alcalóides indólicos. Existem 12 alcalóides (seis levógiros,
derivados do ácido lisérgico; seis dextrógiros, derivados do ácido isolisérgico). Os
alcalóides ativos são os da série levógira: ergotamina, ergosina, ergocristina, ergocriptina,
ergocornina e ergometrina.
Usos: Ação sobre as fibras musculares lisas do útero e dos vasos sangüíneos.
Sobre o útero: provocam ou aumentam a contractilidade uterina, exercendo ação
emenagoga, ecbólica ou ocitócica.
Sobre os vasos sangüíneos: contraem as artérias periféricas (anti-hemorrágico).
Indicações principais: no pós-parto (apressar a involução uterina e prevenir ou tratar
hemorragias); no tratamento de cefaléias vasculares (enxaquecas) (gynergene, cafergot,
etc.).
CÓLCHICO
O. B. - Colchicum autumnale; L. Fam. Liliáceas
O. G. - Europa (região sul).
P. U. - Sementes dessecadas.
C. Q. - Óleo fixo (8%), açúcares, proteínas (20%), resina e 0,6-1,2% de um alcalóide
denominado colchicina.
Usos: Anti-gotoso: combate as dores e inchaço das articulações na gota; indicado ainda
como relaxante muscular. A colchicina tem ação anti-mitotica (impede a divisão celular)
comprovada, em razão disto, é utilizada como anti-tumoral. Contudo, a dose anti-tumoral
se aproxima da dose letal, em razão de sua toxicidade. Estão sendo investigadas
modificações na estrutura química da colchicina, buscando-se compostos atóxicos ou
pouco tóxicos que tenham ação anti-tumoral (demecolcina, tiocolchiram).
PODÓFILO
O. B. - Podophyllum peltatum L. Fam. Berberidáceas.
O. G. - USA e Japão.
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P. U. - Rizomas dessecados.
C. Q. - resina denominada podofilina, cujo componente principal é a podofilotoxina.
Usos: laxante/purgativo e empregado para o tratamento de certas neoplasias da pele.
VINCA
O. B. Catharantus roseus G. Don (Vinca rosea L.) Fam.
Apocináceas.
O. G. Índia, Vietnã, América Tropical.
P. U. Folhas.
C. Q. - Alcalóides indólicos, vincaleucoblastina (vinblastina), vincritina, vinleurosina e
outros, em quantidades muito pequenas (para se obter 1g de alcalóides são necessários
500 quilos de folhas).
Usos: Indicados (os alcalóides) para o tratamento de leucemias.
TAXUS
O. B. – Taxus baccata L. e Taxus brevifolia Nutt. Fam. Taxáceas.
O. G. – Nativa na Europa e Ásia Menor, aclimatada e plantada com fins de produção
principalmente no Canadá.
P. U. – Cascas do Lenho.
C. Q. – Derivados do paclitaxel (Taxol®), isolado por Wani e col. em 1971; Blechert e
Guénard, 1990 e Corrêa 1995. Devido à baixa concentração de princípios ativos (100 a
300 mg. /Kg) de pacitaxel, procurou-se isolar o componente nas folhas. A espécie tem um
tempo de crescimento que leva de 60 a 100 anos o que torna praticamente impossível
usá-la como fonte de obtenção. Atualmente parte-se para síntese do mesmo.
Através da rotina de síntese obteve-se um novo componente importante o docetaxel
(Taxotere®).
Usos: Específico para câncer de ovário, refratário a uso de quimioterápicos.
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IPECA
Tratamento da amebíase.
QUINA
O. B. - Cinchona succirubra Pavon (quina vermelha); Cinchona calisaya Wedd (quina
amarela) Fam. Rubiáceas.
P. U. Cascas do caule dessecadas.
O. G. Peru, Bolívia e Equador.
C. Q. - Ácidos quínico e quinotânico; 5% de alcalóides de núcleo quinolina-quinina,
quinidina, cinchonina, cinchonidina (são os principais).
Usos: Propriedades febrífugas; empregado no tratamento da malária (efeito sobre as
formas eritrocitárias). Devido seu sabor amargo, tem ação aperiente e digestiva. A
Quinidina é empregada como antiarrítmico e anti-fibrilante.
(*) O. B. = Origem botânica; O. G. = Origem geográfica; P. U. = Parte usada; C. Q. =
Componentes químicos.
Abaixo faremos um breve relato sobre os princípios ativos com ação antimicrobiana:
Antifúngicos
Os fungos atualmente têm importância muito grande nas infecções, pois sempre
são acompanhados de outros processos infecciosos, principalmente os bacterianos.
As infecções por fungos nos humanos geralmente são dos tipos:
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2) Levedos, principalmente Cândida albicans, componente normal na flora intestinal, o
qual pode proliferar-se principalmente na vagina, bexiga, boca ou pele, ou mesmo invadir
a corrente sanguínea. Cryptococcus neoformans, que causa meningite ou pneumonia.
3) Fungos dimórficos, como Blastomyces, Histoplasma, Coccidioides e
Paracoccidioides, apresentam-se na forma de filamentos e levedos, estes provocam as
infecções pulmonares primárias podendo disseminar em secundárias.
4) Fungos filamentares, o mais comum é o Aspergillus, que pode invadir qualquer local
do corpo humano.
Antifúngicos naturais
Griseofulvina
Inicialmente isolada de culturas de Penicillium griseofulvum em 1939, este foi
usado inicialmente em patologias vegetais, e somente em 1958 entrou para o arsenal de
uso humano.
Atualmente são produzidas a partir de culturas de Penicillium janczewski, P.
nigrun e P. patulum.
A griseofulvina é estável e pouco solúvel em água, esta insolubilidade provoca
variações na absorção do medicamento em administração oral. Atualmente usam-se
formulações microgriseofulvina e ultramicrogriseofulvina para facilitar a sua absorção, que
é aumentada pela alimentação altamente lipídica. Quando seu uso é sistêmico pode
controlar alguns dermatófitos do gênero Epidermophyton, Microsporium e
Trichophyton.
A griseofulvina incorpora-se facilmente a ceratina, o que lhes dá uma excepcional
ação quando usada oralmente sobre os dermatomicoses, mas falta a ela uma ação sobre
as micoses mais profundas.
Ácido Undecilênico
É um derivado obtido do óleo de rícino por hidrólise, têm uma ação marcada sobre
as infecções fungicidas da pele, tais como pé de atleta e tinhas, na forma de soluções de
20 a 25%, cremes, pomada e pós. O tratamento é sempre prolongado devendo durar de
duas semanas a um mês para evitar-se a recidiva, mas logo é observado um alívio
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sintomático em poucos dias. No comércio encontramos formas farmacêuticas com o
nome Desenex® ou Cruex®.
Polienos
A atividade fungicida deste elemento foi determinada em cepas de
Saccharomyces cerevisiae. São bastante instáveis e pouco absorvidas pelo trato
intestinal, e razoavelmente tóxico quando administrado por via sistêmica.
1) Anfotericina B é o único polieno atualmente recomendado para uso sistêmico. Ela é
produzida por cepas de Streptomyces nodosus, esta pode ser usada topicamente, mas
sua administração principal é via intravenosa, principalmente nos tratamentos de micoses
bem disseminadas e com possibilidade de morte.
2) Nistatina é produto obtido de cepas de Streptomyces noursei, usada principalmente
no tratamento de infecções cutâneas, intestinais e vaginais causadas por Cândida. A dose
usual é de 500.000 a 1.000.000 de unidades por via oral três vezes por dia, ou de 100.000
unidades por via intravaginal uma ou duas vezes por dia.
ANTIBIÓTICOS OU BACTERICIDAS
Trata-se de um capitulo a parte que deve ser visto com maiores detalhes. Onde se
estuda ás várias cepas de obtenção de inúmeros antibióticos.
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--------------- FIM DO MÓDULO III ---------------
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