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Trata-se de crime
de PERIGO COMUM, logo, que expõe um número indeterminado de pessoas. O sujeito
ativo é qualquer um, e o passivo é a coletividade.
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio
de outrem:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
§ 1º - As penas aumentam-se de um terço:
I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio
ou alheio;
II - se o incêndio é:
a) em casa habitada ou destinada a habitação;
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de
cultura;
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
g) em poço petrolífico ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de seis meses a dois anos.
O tipo incide quando se expõe a perigo tanto COISAS quanto PESSOAS mediante a
provocação de um incêndio. É necessário, por óbvio, que o incêndio seja perigoso, isto
é, danoso para a vida. É necessário que exponha um número INDETERMINADO de
pessoas. Assim como Greco, Bitencourt defende que não se trata de perigo abstrato,
mas de PERIGO CONCRETO, e, quando esse perigo existir, CONSUMA-SE o crime.
No 1º, tem-se as FORMAS QUALIFICADAS (majoradas, na verdade), e no 2º, a
FORMA CULPOSA.
Quando o incêndio é provocado no sentido de matar o sujeito, há concurso de incêndio
e homicídio qualificado. Dependendo do local do incêndio, poderá ser crime ambiental.
XXXIII – Explosão
O bem e os sujeitos são os mesmos. O tipo objetivo é essa série de verbos, isto é
FABRICAR, FORNECER, ADQUIRIR, POSSUIR e TRANSPORTAR. Neste caso,
a prática de tais condutas com os objetos referidos já provoca a consumação, uma vez que
o perigo é presumido. Lembrando que até o material destinado à sua fabricação já é
suficiente para fazer incidir a figura em estudo.
XXXVI – Inundação
O bem e o sujeito são os mesmos. Aqui, ocorre o perigo de inundação. As condutas são
três: REMOVER, DESTRUIR OU INUTILIZAR, em prédio próprio ou alheio,
expondo a perigo a vida, integridade ou patrimônio, um OBSTÁCULO NATURAL OU
OBRA DESTINADA A IMPEDIR A INUNDAÇÃO. Assim, é um dano contra o objeto
que impede inundação dentro do contexto de um prédio próprio ou de outrem. Aqui, o
agente não quer a inundação, mas apenas destruir o objeto. Se a inundação ocorrer,
entende Bitencourt que é possível o concurso formal. É crime de perigo comum: basta a
possibilidade de ocorrer a inundação.
XXXVIII – Desabamento ou desmoronamento
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