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Versão Online ISBN 978-85-8015-080-3

Cadernos PDE

I
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Artigos
UEL – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

PROFESSOR PDE: IVETI ARRUDA DE ALMEIDA

ORIENTADOR PDE: RICARDO TADEU DE FARIA

O BENEFÍCIO DAS PLANTAS MEDICINAIS NA UTILIZAÇÃO PELOS


PROFESSORES EM UMA ESCOLA PÚBLICA

LONDRINA - PR
2015
RESUMO

Muitos estudos científicos confirmam a eficácia e a segurança do uso terapêutico de determinadas


plantas medicinais. Por outro lado, todas as plantas devem ser consideradas, em princípio, como
perigosas, mesmo aquelas com que o homem parece particularmente familiarizado. De acordo com a
proposta de interação escola-comunidade, foi desenvolvido o Projeto de Horta de Plantas Medicinais
na Escola Estadual Dr. José de Grisolia integrado com alunos do Curso de Ciências Biológicas da
Funcesi (Fundação de Ensino Superior de Itabira) que teve como objetivo resgatar o conhecimento e
o uso correto das plantas medicinais através de um encontro formador entre alunos, família,
professores e comunidade. O levantamento dos dados foi feito com a aplicação de um questionário e
realização de palestras. A montagem da horta ocorreu com a participação dos alunos que auxiliaram
no preparo da terra, na escolha e no plantio de 4 (quatro) espécies de plantas medicinais, senda
estas, Cymbopogon citratus, Melissa officinalis, Plantago mayor, Mikania lomerata O uso de plantas
medicinais no tratamento de doenças não faz mal, durante os meses de aplicação do projeto houve
um grande envolvimento dos alunos e seus familiares. A integração entre a universidade e as
comunidades carentes tornam possível associar o conhecimento empírico ao científico, e assim, não
só despertar cuidados com a saúde, mas também o interesse em usar e preservar a flora.
Posteriormente poderá ser implantado um local para secagem e armazenagem das plantas
medicinais colhidas, para distribuição aos alunos e demais funcionários da escola.
Palavras-chave: cientifico, comunidade, fitoterapia, projeto.
ABSTRACT
Many scientific studies support and confirm the effectiveness and the security of the therapeutical use
of determined medicinal plants. On the other hand, all the plants must be considered, in principle, as
dangerous, exactly those to that the man particularly seems made familiar. In accordance with the
interaction proposal school-community, was developed the Project of Horta de Medicinal Plantas in
the State School Dr. Jose de Grisolia integrated with pupils of the Course of Biological Sciences of the
Funcesi (Foundation of Superior Education of Itabira) that it had as objective to rescue the knowledge
and the correct use of the medicinal plants through a formador meeting between pupils, family,
professors and community. The survey of the data was made with the application of a questionnaire
and accomplishment of lectures. The assembly of horta occurred with the participation of the pupils
who had assisted in the preparation of the land, the choice and the plantation of the medicinal species,
such as Cymbopogon citratus, Melissa officinalis, Plantago mayor, Mikania glomerata amongst others.
The majority of the pupils possesss 11 years and believes that the use of medicinal plants in the
treatment of illnesses does not make badly. During the months of application of the project it had a
great envolvement of the pupils and its familiar ones. The integration between the devoid university
and communities becomes possible to associate the empirical knowledge to the scientific one, and,
not to thus only awake well-taken care of with the health, but also the interest in using and preserving
the flora. Later it could be implanted a place for drying and storage of the medicinal, for distribution to
pupils and excessively employee harvested plants of the school.
Keywords: scientific , community , herbal medicine , design.
O QUE SÃO PLANTAS MEDICINAIS?

Plantas medicinais são aquelas usadas na preparação de remédios. Desde as


folhas de chá, até as espécies cultivadas por grandes empresas farmacêuticas, para
a produção de medicamentos industrializados, são consideradas plantas medicinais.
Devido à sua grande importância, desde a década de 70, a Organização Mundial da
Saúde – OMS vem estimulando o desenvolvimento de medicamentos com as
plantas. Na década de 90 muitos esforços passaram a ser empreendidos também no
Brasil, visando estimular os estudos com as plantas medicinais nativas e promover o
seu uso adequado. De fato, somente passando por estudos científicos é possível
comprovar ou não as ações medicamentosas de uma planta, transformando-a em
medicamento seguro e eficaz.

As ações farmacológicas das plantas medicinais são causadas pela presença


de substâncias químicas, os “princípios ativos”, chamados também de fitofármacos.
Alguns medicamentos são preparados diretamente com esses fitofármacos, que são
extraídos e purificados a partir das plantas medicinais. O custo para preparação
desses medicamentos é, no entanto, muito alto e por isso eles são preparados,
quase exclusivamente, por grandes empresas farmacêuticas estrangeiras. Exemplos
de fitofármacos são a digoxina, obtida das folhas da dedaleira (Digitalis lanata,
Família Escrofulariaceae), e usados no tratamento de insuficiência cardíaca e o
flavonóide quercetina, empregado no tratamento de varizes e hemorróidas, e isolado
da faveira (Dimorphandra sp., Fabaceae), planta nativa do cerrado brasileiro
(Almeida, 1993, p. 112)

Outros medicamentos preparados com as plantas medicinais têm o custo


mais barato - os fitoterápicos – nesses o princípio ativo encontra-se agregado a
outras substâncias da própria planta, sob a forma de extrato. A Organização Mundial
da Saúde incentiva o desenvolvimento desses produtos, principalmente pelos países
onde o custo dos medicamentos é muito alto e são ricos em biodiversidade, como é
o caso do Brasil.

O uso de medicamentos tem se tornado algo cotidiano, a facilidade com que


estes produtos são ofertados aumenta seu consumo, como algo normal no dia a dia
de todos, neste sentido vejamos:
O sistema de saúde é muito influenciado pelo envelhecimento, pois
muitos idosos utilizam medicamentos em busca manutenção da sua
saúde (Marliére et al., 2008).

Esse hábito não é diferente no contexto escolar, onde podemos observar um


alto índice de medicamentos utilizados pelos professores e equipe pedagógica.
Muitos são os fatores que atenuam o uso de medicamentos dentro das escolas,
devido ao barulho intenso e o estresse do ambiente escolar, dentre outros 5 fatores,
muitos professores fazem uso de medicamentos, alopáticos, tais como analgésicos,
relaxantes musculares e antidepressivos com certa regularidade.
Diante do exposto, faz-se uma reflexão sobre a utilização de medicamentos
alternativos (plantas medicinais), como prevenção e melhoria na qualidade de vida,
sem causar grandes danos e prejuízos à saúde.
Conhecer quais medicamentos são mais usados pela equipe escolar, entender
como começaram a utilizar, os efeitos colaterais que estes medicamentos vem
causando na vida dessas pessoas, demonstrar que mesmo que muitos ainda não
vejam mal algum nesse tipo de medicação, há um risco eminente na sua utilização
desenfreada.
Após apontar os malefícios dos medicamentos, será feita uma ligação entre
os medicamentos mais utilizados e as plantas que desenvolvem o mesmo efeito
sem causar prejuízos.
Investigando os benefícios entre a relação de Plantas Medicinais à partir do
uso no dia a dia dos professores, estes serão orientados sobre os benefícios que
estas ervas usadas de modo correto, irão auxiliar em seu bem estar, sem causar
tamanhos efeitos colaterais, no sentido de instruir em relação ao uso das plantas
medicinais vejamos:
Dentro dos agro ecossistemas tradicionais, as atividades humanas
influenciam tanto os cultivos quanto a vegetação natural circundante,
sendo importante o conhecimento destes sistemas e do respectivo
manejo, visando o controle de ervas daninhas, pragas e doenças, o
desenvolvimento de cultivos em terras consideradas marginais,
conservação de recursos genéticos, produção agrícola sustentável etc.
(SCHULTES e REIS, 1997).

Vimos a necessidade do profissional se informar e se adequar a realidade


de seu ambiente, sem prejudicar seu desenvolvimento e de quem o cerca, as
plantas medicinais trazem saúde com uma tecnologia antiga, porém cheia de
vontade de revolucionar, que feita com estudo e dedicação trará benefícios diários a
toda comunidade escolar.

TRANSFORMAÇÃO DAS PLANTAS MEDICINAIS EM MEDICAMENTOS

Em conformidade com a autora Maria da Graça Lins Brandão , os estudos que


transformam as plantas medicinais em produtos fitoterápicos são denominados
estudos de validação. Eles consistem, basicamente, em se buscar a confirmação da
eficácia farmacológica da planta e a ausência de toxicidade. Eles envolvem estudos
botânicos, químicos e farmacológicos:

O estudo botânico começa com a coleta adequada da planta e a preparação


de exsicata. As exsicatas são amostras prensadas de folhas, frutos e flores, que são
usadas para se descobrir a identidade científica (nome da espécie) e a família
botânica da planta. Esta é a identificação taxonômica, feita geralmente por biólogos
especializados em botânica. Isto é muito importante porque as plantas medicinais
são geralmente conhecidas por seus nomes populares, e a grande variedade de
nomes das plantas brasileiras traz muitas confusões.

O estudo químico consiste na identificação das substâncias químicas, ou seja,


dos prováveis princípios ativos presentes nas plantas. Após secagem, a parte da
planta usada na preparação dos remédios é moída, até ser transformada em pó.

O pó é então submetido a processos de extração de suas substâncias


químicas. Um dos métodos mais usados é a percolação, que consiste na passagem
contínua de líquidos (solventes) através do pó da planta. Após a extração, os
líquidos são evaporados até a obtenção de um extrato-seco, constituído das
substâncias químicas das plantas.

Para a separação e identificação do(s) princípio(s) ativo(s) das plantas são


aplicados métodos cromatográficos. A cromatografia é um processo em que uma
mistura, no caso os extratos das plantas, é submetida a uma partição entre solvente
e um suporte sólido, como sílica ou celulose. Ela pode ser feita em colunas, em
placas ou por meio de equipamentos como os cromatógrafos líquidos ou gasosos. A
identificação da estrutura química dos princípios ativos é feita por meio de métodos
espectroscópicos.

Os estudos farmacológicos são feitos para verificar se as substâncias


químicas presentes nas plantas apresentam os efeitos proclamados pela medicina
popular e se há ausência de toxicidade. Os extratos, ou outros produtos obtidos da
extração das plantas, são submetidos a ensaios farmacológicos, que podem ser in
vitro ou in vivo. Nos ensaios in vitro, os produtos da planta são adicionados
diretamente sobre microorganismos causadores de doenças. Já nos ensaios in vivo,
são usados animais de laboratório. (Brandão, 2011, p. 15).

O uso das espécies validadas para preparação de fitoterápicos é aprovado


pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA). Apesar de contar com uma das floras mais ricas do mundo,
raras são as plantas nativas do Brasil que já foram submetidas aos estudos e
transformadas em medicamentos ou outros produtos de uso coletivo. De fato,
infelizmente, quase a totalidade das plantas aprovadas nos estudos científicos é
exótica (espécies nativas de outros continentes, mas que ocorrem espontaneamente
ou são cultivadas no Brasil) ou importada (não ocorrem no país e precisam ser
adquiridas no comércio). É, portanto, muito importante, estimular os estudos de
validação com as espécies nativas, já que esta é a melhor forma de se promover a
sua valorização e uso adequado.

PLANTAS MEDICINAIS BRASILEIRAS

Estima-se que existam aproximadamente 250 mil espécies de plantas no


mundo e que apenas 10% destas tenham sido avaliadas por algum método
científico. No caso do Brasil, detentor de uma das maiores biodiversidade do planeta
e rico na tradição do uso de plantas, faz com que a sua flora seja uma das mais
abundantes fontes de novos produtos farmacêuticos, cosméticos e nutracêuticos.
(Brandão, 2011, p. 17)
O uso tradicional de dezenas de plantas nativas como a embaiba (Cecropia
pachystachia, Família Cecropiaceae) e copaíba (Copaifera spp., Leguminosae) foi
copiado dos índios, ainda na época do descobrimento do Brasil. Registros históricos
mostram que dezenas de plantas medicinais já foram usadas no passado, muitas
delas desconhecidas hoje. Essa é uma das graves conseqüência dos sucessivos
desmatamentos da vegetação nativa do Brasil, que acabou levando o país a uma
intensa erosão genética e cultural.

Atualmente, além de muitas espécies estarem em perigo de extinção, raras


são as pessoas que de fato conhecem as plantas medicinais nativas e sabem
aproveitar seus benefícios medicinais. Para piorar a situação, essas pessoas são
geralmente muito idosas, e o conhecimento não vem sendo repassado para novas
gerações. É preciso, portanto, muitos esforços para se manter vivo o conhecimento
sobre as plantas brasileiras, por meio da sua conservação, da valorização do
conhecimento tradicional e dos estudos científicos. Nunca é demais lembrar que o
Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, contando com um número
estimado de mais de 20% do número total de espécies do planeta. Também vale
ressaltar que somos donos da maior diversidade genética vegetal: são cerca de
55.000 espécies catalogadas de um total estimado entre 350.000 e 550.00 espécies.
E dentro desse leque único de riquezas biológicas, o país também se destaca em
outro aspecto no que diz respeito às plantas: nossas florestas guardam um número
significativo de espécies que tem fins terapêuticos e medicinais. O Brasil possui um
imenso potencial genético a ser explorado e estima-se que esse patrimônio vegetal
represente cerca de 16,5 bilhões de genes.

As plantas como “remédios”

O uso de plantas como cura para males e doenças é um conhecimento


tradicional, datado de centenas de anos. Ao procurar plantas para o seu sustento e
alimentação, o homem, desde a pré-história, acabou descobrindo espécies de
plantas com ação tóxica ou medicinal, construindo assim um conhecimento empírico
das suas ações medicinais. Os homens se alimentavam de determinadas plantas
pelo instinto de sobrevivência e observavam que algumas tinham efeitos de
minimização de enfermidades. O acúmulo das informações sobre os efeitos das
plantas nos organismos levou ao nascimento da cultura da arte de curar, que pode
ser considerada a base para o nascimento da medicina. Até meados do século XX, a
medicina popular, como é conhecida aquela baseada no conhecimento empírico das
plantas medicinais, não tinha em seu uso qualquer comprovação científica. A
pesquisa para desenvolvimento de remédios se baseava na síntese química de
novas substâncias. No entanto, se percebeu que os produtos de origem natural
tinham mais chances de apresentar alguma atividade biológica, uma vez que são
sintetizados por organismos vivos.

Esse princípio, relativamente simples, é a base para um complexo estudo


dessas substâncias e suas atividades sobre os organismos nos dias atuais. Além do
mais, não se pode negar a contribuição de populações tradicionais (caboclos, índios,
etc) na descoberta de princípios ativos para o desenvolvimento de novas drogas e
remédios, uma vez que é muito comum os pesquisadores usarem extratos de uso
popular bem sucedida para iniciar suas pesquisas científicas. A seguir seguem
descritas algumas plantas e suas indicações medicinais.

 Infecções das vias aéreas superiores - acônito, actaea, alho, benjoin, cajueiro,
cebola, eucalipto, framboeseira, gengibre, jamelão, malva, mil-folhas, poejo,
saião, cirtopódio, tanchagem-maior, tanchagem-menor, tília, violeta
 Gripe - algodoeiro, alho, assa-peixe, carqueja, erva-cidreira, guáiaco, limoeiro,
manjero, marapuama, sabugueiro

 Tosse - erva-doce, gervão, guaco, lobélia, pata-de-vaca, poejo, umbaúba,


violeta.
 Rouquidão - gervão
 Sinusite - buchinha-do-norte
 Laringite - sabugueiro
 Doenças bucais - alfavaca, guaco, malva
 Aftas - cajueiro
 Gengivite - arnica
 Dor de dente - alho, hamamélis, jaborandi, tanchagem-maior
 Inflamações orais - endro, carqueja, malva, margaridinha, mulungú, picão,
ratânia, romãzeira, sálvia
 Halitose - alfavaca, erva-doce, funcho, malva
 Queda capilar - alecrim, alfavaca, arnica, arruda, babosa, bardana, cebola,
jaborandi, marapuama, pimentão, quina
 Doenças vasculares periféricas - centella asiática e ginseng;
 Abcesso de pele - cirtopódio, erva;
 Acne – mastruço;
 Dermatites - guaco, sabina;
 Doenças de pele - agrião, alcachofra, alcaçuz;
 Verrugas - celidônia, sabina, saião;
 Inflamações da pele – confrei;
 Micoses - guaco;
 Picadas de insetos - aveia, calêndula, cebola, saião;

Construindo uma horta medicinal

Critérios para escolha do local para a construção da horta

 Local Ensolarado: as hortaliças são plantas de crescimento rápido, mas


precisam de muita luz para crescerem sadias e rapidamente.
 Local próximo à água: água de boa qualidade e abundante é muito importante
para a horta.

Terreno bem drenado: as raízes das hortaliças respiram em terrenos compactados


ou encharcados. A quantidade de ar disponível no solo é insuficiente para a
respiração das raízes, atrasando o crescimento e ocasionando em muitos casos o
aparecimento de doenças nas raízes.

Composição do solo: analisando o solo, encontramos três elementos (argila, areia


e matéria orgânica).

Local protegido: mesmo as plantas que vegetam na época fria, não apreciam
ventos fortes e frios: o vento, além de estragar folhas e frutos, aumenta muito o
consumo de água.

Os materiais básicos para um manejo adequado são:

 Ancinho – utilizado para nivelar o terreno e retirada do mato capinado;


 Colher de Jardineiro – utilizado em operações de transplante de plantas;
 Enxada – usada para misturar adubos, terra e nas capinações;
 Garfo – coleta de mato e folhagem;
 Regadores de diferentes tamanhos, permitindo manuseio das crianças;
 Sacho – para aforamento da terra a capina entre linhas de plantas;

Manejo da Horta

Cuidados no manejo da horta:

 Irrigar diariamente, observando o melhor horário para sua efetivação;


 Retirar plantas invasoras;
 Afofar a terra próxima às mudas;
 Completar nível de terra em plantas descobertas;
 Observar a fitossanidade da horta (presença de insetos e pragas, fungos,
bactérias e vírus);

 Não utilizam agrotóxicos;

Colheita e Higienização

A colheita será feita obedecendo ao período de maturação das hortaliças.

Espécies a serem cultivadas

Abaixo segue uma tabela com informações sobre o cultivo de plantas que podem ser
usadas como medicamentos essenciais, ou que possuem efeito sobre os males
mais comuns e corriqueiros. (Brandão, 2011, p.19)

Nome Comum Nome Botânico Propagação Espaç.(m) Colheita Porte(m)

ALECRIM: Rosmarinus estacas 1,2 x 0,9 1 ano 1


officinalis estacas
ALECRIM Lippia sidoides estacas 1,5 x 1,2 1 ano 1,5
PIMENTA estacas
CALÊNDULA Calendula officinalis sementes 0,2 x 0,2 floresc/to 1,5
CONFREI Symplytum sp Divisão em 0,5 x 0,5 3 meses 0,5
touceiras
CHAPÉU - DE - Equinodorus Divisão em 0,6 x 0,6 3meses 0,6 a 1,5
COURO macrophyllus touceiras
QUEBRA - Phyllantus niruri sementes 0,2 x 0,2 3 meses 0,5
PEDRA
POEJO Mentha pulegium estacas 0,3 x 0,3 3 meses Rasteiro
MIL-FOLHAS Achilea milefolium rebentos 0,5 x 0,3 4 meses 0,5
TANCHAGE Plantago sp sementes 0,3 x 0,3 3 meses 0,4
GUACO Mikania glomerata estacas 3,0 x 2,5 6 meses Trepadeira
ARTEMÍSIA Artemisia vulgaris sementes 0,3 x 0,3 3 meses 0,5
AGRIÃO Lepidium sativum sementes 0,3 x 0,3 3 meses 0,4
rasteiro
HORTELÃ Mentha villosa estacas 3,0 x 2,0 3 meses Rasteiro
BOLDO Vernonia condensata estacas 3,0 x 2,0 4 meses 2,5
CAMPIM - Cymbopogon citratus Divisão em 1,0 x 0,4 3 meses 0,5
SANTO touceiras
ERVA DE STA- Chenopodium sementes 0,5 x 0,5 3 meses 0,8
MARIA ambrosioide
FOLHA DA Bryophyllum folhas 0,5 x 0,5 6 meses 1
FORTUNA pinnatum
FUNCHO Foeniculum vulgare sementes 0,3 x 0,3 4 meses 0,8
GENGIBRE Zingiber officinalis rizomas 0,5 x 0,5 10 meses 0,9 a 1,2

Depreende-se dos fatos apresentados, e ainda, em conformidade com a


Folha Rural, que o número de pessoas doentes buscando consultas médicas
aumentam constantemente, o inchaço no mercado medicinal e seu elevado custo
econômico, se torna um atrativo para um tratamento alternativo, como as plantas
medicinais, que se usadas de maneira estruturada baseadas em informações de
qualidade, se transformam em um grande aliado.(FOLHA DE LONDRINA, 2005, p.
4).

IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO NA ESCOLA

As novas gerações vivenciam atualmente uma revolução nos modos de vida,


A grande mudança inicia-se com a inserção do senso de meio ambiente, da
necessidade de preservação da ecologia e da pregação de quanto é importante
amar a natureza, esse conceito espalha-se da vida para o cotidiano de todos,
estando contextualizado em casa nas escola, nos comercias de televisão, enfim,
como um todo na realidade contemporânea, nesse escopo, utilizar plantas
medicinais como método alternativo para fins medicinais tem sido motivo de
interesse de todos, alastrando a busca por suas propriedades em diversos métodos
de pesquisa, incluindo sua morfologia, composição química, propriedades
farmacológicas, dentre outras.
Nesse sentido, o escopo da implementação desse projeto, fora em realizar
um preparo minucioso dos chás, envolvendo todas as etapas necessárias para que
o elemento utilizado resulte com eficiência em todas as suas propriedades,
adequando uma cultura antiga porém que detém tudo que a preocupação ecológica
atual procura.
O primeiro cuidado a ser tomado para repassar o uso das plantas medicinais
para a equipe pedagógica, foi com a higiene, sendo orientado a lavar o fruto ou erva
a ser utilizada por alguns minutos, com água corrente para que resíduos de
agrotóxicos que se acumulam nas superfícies sejam devidamente eliminados, as
folhas deverão contar com o aspecto mais natural possível, portanto deve-se retirar
partes queimadas ou algo congênere.
A próxima orientação de suma importância, é de não utilizar vasilhas de
alumínio, pois tal elemento afeta diretamente o principio ativo da planta, assim, o
ideal é utilizar vidros refratários para a preparação.
Por final, fora indicado dois modos de preparação para o chá, o primeiro de
fusão, e o segundo por decocção, para tanto, os dois procedimentos foram
realizados na escola, juntamente com a equipe pedagógica, demonstrando passo a
posso de ambos os procedimentos, para que em conjunto a própria comunidade
escolar devida o que mais adequar a rotina e costumes de cada ambiente.
O chá por fusão é realizado primeiramente colocando a água para ferver e no
mesmo instante que entrar em ebulição, o fogo deverá ser pagado, as folhas ou
raízes deverão ser cobertas, após alguns minutos, poderá ser consumido, em
conformidade com o tempo exigido para cada chá.
O procedimento através da decocção será feito descartando a erva ou raiz
antes que essa antes em ebulição, é aconselhável ingerir o chá imediatamente, pois
o armazenamento interfere em suas propriedades, caso seja necessário guardar o
chá, poderá ser acrescido maior quantidade de água, para assim, conservar suas
características principais.
Conforme visto, para que as plantas possam ser utilizadas com fins
terapêuticos, precisam possuir premissas que as tornem adequadas para esse fim,
entre eles, destaca-se a segurança e a qualidade, assim como deverá conter
propriedades terapêuticas que possam ser refeitas que contenham consistência em
sua composição química, visto que é comum as dúvidas geradas entre espécies
diferentes conhecidas pelo mesmo nome popular.
Alertou-se a equipe pedagógica sobre danos coletarias, isso pois tais efeitos
existem, porém são desconhecidos em sua maioria, e devem ser devidamente
explicados, isentando quaisquer danos para a escola. Nesse contexto, este projeto
possuiu como objetivos sistematizar os resultados obtidos da junção do conceito nas
plantas medicinais na literatura que atravessou os séculos e também o conceito
cientifico sobre as plantas utilizadas na medicina popular buscando compreender os
dois, para que a comunidade escolar possua uma visão ampla sobre o tema, de
modo a gerar debates, que esclarecem eventuais questionamentos oriundos tanto
da cultura quanto do conhecimento técnico, unificando esse procedimento, desse
modo resgatar a popular cultura da diversificação medicinais sempre primando pela
eficácia e segurança destas preparações.
Perante da imensa biodiversidade de plantas que poderão de utilizadas em
benefício da população, torna-se necessário uma melhor propagação de
conhecimento dos efeitos provocados pelas mesmas, bem como a segurança no
uso de plantas como recurso terapêutico. Portanto, deve-se fazer uso destas drogas
vegetais com cuidado, já que muitas dessas plantas possuem dados científicos
desconhecidos, podendo tornar-se um fator de risco para a intoxicação. Assim,
verificou-se a relevância informar a população, por meios descritivos e através de
palestras para que essa precaução com a qualidade da saúde em geral seja sempre
realizada.
O escopo da implementação das plantas medicinais no ambiente escolar,
demonstra uma melhora significativa na saúde da comunidade escolar em geral, o
cultivo da horta, e a divulgação desse grandioso bem natural é de suma importância
para nossos educadores.
REFERENCIAS:

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