Quem sabe novamente o sabor das taças esmeraldas Ao final de um longo arco-íris Ecoando um milhão de conversas famintas E a pele em seu grave silêncio, íntimo Testemunhando a espera em eras peregrinas
Mas após o deserto do sertão, as serras
E nelas, úmidos Cabelos resvalando dourados sobre o mar de ondas do seu olhar Água, repelindo e repuxando Como na noite, que durante lutos e nãos: mãos e o toque infantil, sorrindo um sim
E em meus sonhos, desde então mergulho nesse mar translúcido, morno
Onde pernas, braços e o peito arfante alcançarão o profundo oceano E lá os reais sabores de seus pelos felinos abocanhando apaixonados a caça Roçando as serras eriçadas na encruzilhada de corpos no seu sagrado momento da volúpia E não acordo senão após ter sorvido até a última gota desta taça verde azulada Blue in green em um milhão de cores-íris