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Geotecnia e Fundações, Arquitectura

Capítulo 7

ESTRUTURAS DE SUPORTE DE
TERRAS
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1. Tipos de estruturas de suporte


Há necessidade de construir uma
estrutura de suporte sempre que se
h
pretende um desnível de terreno com
altura h e o terreno não tem resistência
suficiente para manter a geometria.

Na natureza os desníveis ocorrem


com uma dada inclinação α
(taludes). Contrói-se uma estrutura h
de suporte sempre que há
α
necessidade de minimizar a
inclinação do terreno.
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Existem dois tipos de estruturas de suporte:

• Estruturas de suporte rígidas – Quando a


estrutura não se deforma. Comporta-se como um
corpo rígido (muros de betão armado pouco
esbeltos, muros de gabiões).

• Estruturas de suporte flexíveis – Há que ter


em conta a flexibilidade da estrutura no seu
dimensionamento (cortinas de betão ou de aço,
paredes moldadas, paredes de Berlim).
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Estruras de suporte rígidas:

Muro de gravidade Muro em consola

contraforte

Muro com contrafortes


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Estruras de suporte flexíveis:

Cortina encastrada Cortina ancorada Cortina escorada

ancoragem
escora

ficha Bolbo de selagem

tirante

Múltiplos níveis de
ancoragens
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2. Impulsos de terras
Superfície do terreno Na ausência de carregamento,
num ponto à profundidade z, as tensões
são devidas ao peso do solo:

Tensões σV = γ h z
z verticais:
σV=σI
Tensões σ H = kσ V = kγ h z
horizontais:
σH=σII σH=σII
k – coeficiente de impulso (há várias
expressões para o seu cálculo)

σV=σI
Convenciona-se
Convenciona-se que a direcção vertical k0= 1- sinφ’
e a horizontal são direcções principais
Coeficiente de impulso em repouso
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Estruturas de suporte rígidas

Movimento do muro

LADO ACTIVO
LADO PASSIVO
Há alívio das
Há acréscimo das tensões horizontais
tensões horizontais
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a) Coeficiente de impulso activo diminuição de σH

σ’V
V Envolvente de rotura de Mohr Coulomb
σ’H B
A σ’H (Hip: solo puramente friccional)
σ’V A tensão vertical
H τ (peso próprio) é
φ’
C constante no
σHa (lado activo) τRotura momento em
é o valor mínimo que o muro se
90º-φ
φ’ B começa a mover
que σH pode ter A
σ’V σ’
σ’H,a σ’H,i
1 − sin φ '
σ ' Ha = σ 'V
1 + sin φ '
A tensão horizontal vai diminuir até o
círculo ficar tangente à envolvente de
1 − sin φ ' rotura de Mohr Coulomb (no ponto C)
ka =
1 + sin φ ' ka - Coeficiente de impulso activo
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b) Coeficiente de impulso passivo aumento de σH

σ’V
V Envolvente de rotura de Mohr Coulomb
σ’H B
A σ’H (Hip: solo puramente friccional)
σ’V A tensão vertical
H τ (peso próprio) é
φ’
C constante no
σHp (lado activo) τRotura momento em
é o valor máximo que o muro se
B 90º-φ
φ’ começa a mover
que σH pode ter A
σ’
σ’H,i σ’V σ’Hp
1 + sin φ '
σ ' Hp = σ 'V
1 − sin φ '
A tensão horizontal vai aumentar até o
círculo ficar tangente à envolvente de
1 + sin φ ' rotura de Mohr Coulomb (no ponto C)
kp =
1 − sin φ ' kp - Coeficiente de impulso passivo
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c) Impulso de terras
LADO PASSIVO LADO ACTIVO

1 + sin φ ' 1 − sin φ '


σ ' Hp = σ 'V σ 'Ha = σ 'V
1 − sin φ ' 1 + sin φ '
1 1
I p = k pγh 2 I a = k aγH 2
2 2

H A distribuição das
Ia tensões horizontais
h Ip H é linear porque é
h igual à distribuição
3 3
das tensões
verticais devidas ao
σ’H=kpσ’V σ’H=kaσ’V peso próprio

tensões horizontais tensões horizontais


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d) Solos coerentes
O coeficiente de impulso calcula-se tal como anteriormente
mas a envolvente de rotura de Mohr- Coulomb incluí o
termo da coesão

• Lado passivo

1
I p = k pγh 2 + 2c' h k p
2
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• Lado activo

1 Profundidade da 2c'
I a = kaγ ( H − z0 ) 2 z0 =
fenda de tracção: γ ka
2
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3. Acção de forças exteriores


a) Carregamento uniforme

1 s
I a , total = k aγH 2 + k a sH
2
Ia Ias
Ias

Ia
H/2
H/3

kaγH k as
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b) Carga pontual
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c) Carga em linha
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d) Carga em faixa

Impulso no muro:
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4. Verificação da segurança
Como se admite que os muros de suporte rígidos se
comportam como um corpo rígido, a verificação da
segurança é feita considerando movimentos de
corpo rígido:

• Deslizamento (movimento de translação)


• Derrubamento (movimento de rotação)

Na verificação da segurança vê-se se podem ocorrer


este movimentos admitindo que têm o sentido
correspondente à instabilidade da estrutura de suporte.
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a) Deslizamento
nForças instabilizantes< nForças estabilizantes

s
Sentido do movimento
em caso de instabilidade
Ias
H=6,0m
H Ia W
2 H
3 1/3Ip h h=1,5m
3
Fa

Fa=Wtgδ
Ia+Ias-Ip/3 < Fa δ - ângulo de atrito solo-muro
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b) Derrubamento
MO( Forças instabilizantes)< MO(Forças estabilizantes)

Ias Sentido do momento


H=6,0m W instabilizante
H Ia
2 H Ip
3 h h=1,5m
3
O

M(Ia)+M(Ias)-M( Ip/3) < M(W)

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