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Estudo do Capital
O Estudo Do Capital
Em face do conteúdo de diversas provas sobre o assunto, é conveniente que se estude o que
dispõe a Lei n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976, sobre capital social, sua formação e
alteração. É bem verdade que o dispositivo é aplicável às sociedades anônimas, mas é
justamente nesse enfoque que são elaboradas as questões de prova.
Ademais, a legislação que regulamenta as Sociedades por Quotas, as limitadas, estabelece que
se aplica a elas, de forma subsidiária, a Lei das S.As. Desta forma, vamos à análise da Lei.
No art. 1º, a referida lei estabelece que a companhia ou sociedade anônima terá o capital
dividido em ações, bem como estabelece a responsabilidade dos acionistas ou sócios desse tipo
de sociedade comercial, que está limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou
adquiridas. Vale dizer, o acionista que, não dispondo de poder de gerência, responde perante a
sociedade e terceiros pelo valor de suas ações. Quando estas estiverem totalmente
integralizadas, ele não possui nenhuma responsabilidade adicional.
No art. 5º, a lei determina que o estatuto da companhia fixará o valor do capital social, que
deverá ser expresso em moeda nacional, e a sua expressão monetária deverá ser corrigida
anualmente.
O art. 6º, por seu turno, estabelece restrições à alteração do capital social, cujas modificações
devem observar o disposto na Lei das S.As. e ao que dispuserem os estatutos a respeito.
A formação do capital social está disciplinada nos arts. 7º ao 10 da lei, que, pela sua relevância,
serão a seguir transcritos.
Art. 7º O capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer
espécie de bens suscetíveis de avaliação em dinheiro.
Avaliação
Art. 8º A avaliação dos bens será feita por 3 (três) peritos ou por empresa especializada,
nomeados em assembleia geral dos subscritores, convocada pela imprensa e presidida por um
dos fundadores, instalando-se em primeira convocação com a presença de subscritores que
representem metade, pelo menos, do capital social, e em segunda convocação com qualquer
número.
Responsabilidade do Subscritor
Art. 10. A responsabilidade civil dos subscritores ou acionistas que contribuírem com bens para a
formação do capital social será idêntica à do vendedor.
Chama-se capital nominal o valor do capital ou capital social devidamente registrado na junta
comercial do estado. O capital nominal é formado pelo capital inicial investido pelos empresários,
inclusive os investimentos adicionais, integralizados em dinheiro ou bens, bem como os
acréscimos decorrentes de lucros gerados na atividade da empresa e outras reservas (como
reservas de capital). O capital nominal inclui a sua correção monetária incorporada ao respectivo
capital e pode ser reduzido quando houver absorção de prejuízo contábil ou quando há
restituição de capital aos empresários. Para ter validade jurídica, qualquer alteração ocorrida no
capital necessita de seu competente registro (arquivamento) na junta comercial.
É o total efetivamente entregue pelos acionistas ou sócios das entidades, que pode ser igual ao
capital nominal ou subscrito se os subscritores já o integralizaram. Pelo art. 182 da Lei n.º
6.404/76, temos que “a conta capital social discriminará o montante subscrito, e por
dedução, a parcela ainda não realizada”.
Dessa forma, quando o capital não for integralizado de forma total no momento da constituição
da sociedade, a empresa deve ter, em seu plano de contas, a conta do Capital Subscrito e a
conta devedora do Capital a Integralizar, sendo que o líquido entre ambas representa o Capital
Realizado. Salientamos, mais uma vez, que capital subscrito, capital registrado e capital nominal
representam expressões análogas em Contabilidade.
CAPITAL A INTEGRALIZAR
CAPITAL AUTORIZADO
É uma figura prevista pela Lei 6.404/76 (Lei das S.A.) e próprio de Sociedades Anônimas de
Capital Aberto (que negociam suas ações em bolsa ou balcão), em que o aumento do capital
social pode ser efetuado sem reforma estatutária. O capital autorizado deve constar do estatuto
social da companhia.
CAPITAL A SUBSCREVER
Ë o valor que o capital pode ser aumentado sem que seja necessário fazer alteração estatutária.
É a diferença entra o capital autorizado e o capital subscrito.
CAPITAL DE TERCEIROS
CAPITAL PRÓPRIO
São os recursos advindos dos sócios ou acionistas da entidade ou decorrentes de suas operações
sociais (resultado). Está representado pelo Patrimônio Líquido(PL). Assim, capital próprio é
sinônimo de patrimônio liquido, de situação líquida e representa os valores do Capital Social, as
reservas de capital, as reservas de lucros, as reservas de reavaliação e os lucros ou prejuízos
acumulados. Ressalte-se que as contas retificadoras do PL devem ser subtraídas desses valores.
As principais contas retificadoras do PL são o Capital a Realizar ou Integralizar e as ações em
tesouraria.
CAPITAL DE GIRO
CAPITAL: é o conjunto de elementos que o proprietário da empresa possui para iniciar suas
atividades. Ex.: Lúcia vai abrir uma papelaria. Ela possui, para esse fim, R$ 10.000 em
dinheiro. Logo, esses R$ 10.000 em dinheiro constituem o seu Capital Inicial.
O Capital Inicial pode ser composto por:
• Dinheiro
• Móveis
• Veículos
• Imóveis
• Promissórias a Receber etc.
Registros contábeis:
1 - Pela subscrição do capital social:
D - Capital Social a Realizar (Patrimônio Líquido)
C - Capital Social Subscrito (Patrimônio Líquido)
2 - Pelo valor integralizado do capital em dinheiro:
D - Caixa (Ativo Circulante)
C - Capital Social a Realizar (Patrimônio Líquido)
R$ 100.000,00
a) Capital Social.
b) Capital Social Autorizado.
c) Capital Social Vinculado.
d) Capital Social a Integralizar.
e) Capital Social a Reduzir.
04. No balanço patrimonial de uma sociedade por ações, a conta do capital social discriminará,
entre os elementos do patrimônio líquido, o montante:
a) das disponibilidades;
b) das reservas de capital;
c) subscrito e, por dedução, a parcela ainda não-realizada;
d) de ações emitidas;
e) subscrito apenas pelo acionista controlador.
05. “A” e “B” constituíram a empresa comercial A & B Ltda., com capital de R$ 20.000,00,
dividido em parte iguais. “A” integralizou em dinheiro R$ 5.000,00 e “B” integralizou em imóveis
a totalidade do capital por ele subscrito. Depois dessas operações, o capital social realizado, o
capital de terceiros e o capital próprio da empresa tinham, respectivamente, os valores de R$:
a) CP + CTe = SLp;
b) A + CTe;
c) CP + Cte;
d) A (-) SLP;
e) CP + CTe + CN.
(A) Autorizar.
(B) Capitalizar.
(C) Receber.
(D) Integralizar.
(E) Subscrever
10. (AFRF/2002/ESAF) – Da leitura atenta dos balanços gerais da Cia. Emile, levantados em
31.12.01 para publicação, e dos relatórios que os acompanham, podemos observar informações
corretas que indicam a existência de:
Capital de giro, no valor de R$ 2.000,0
Capital social, no valor de R$ 5.000,0
Capital fixo, no valor de R$ 6.000,0
Capital alheio, no valor de R$ 5.000,0
Capital autorizado, no valor de R$ 5.500,0
Capital a realizar, no valor de R$ 1.500,0
Capital investido, no valor de R$ 8.000,0
Capital integralizado, no valor de R$ 3.500,0
Reserva de Lucros, no valor de R$ 500,0
Prejuízo líquido do exercício, no valor de R$ 1.000,00
A partir das observações acima, podemos dizer que o valor do capital próprio da Cia. Emile é de:
a) R$ 5.500,0;
b) R$ 5.000,0;
c) R$ 4.000,0;
d) R$ 3.500,0;
e) R$ 3.000,0.
13. (Cesgranrio/2011) Uma empresa foi constituída por dois sócios que participaram da
composição do capital com os seguintes valores:
Sócio A: Uma sala comercial no valor de R$ 35.000,00
Um veículo no valor de R$ 20.000,00
Recursos em dinheiro no valor de R$ 15.000,00
14) O aumento do capital social mediante o aproveitamento de crédito dos sócios em contas
correntes provocará:
Com base nos dados acima e no conceitual contábil da matéria, o capital a realizar da sociedade,
em reais, é
(A) 150.000,00
(B) 210.000,00
(C) 400.000,00
(D) 560.000,00
(E) 600.000,00