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ANTICANCRO
UMA NOVA MANEIRA DE VIVER
Advertência 13
Introdução à nova edição 17
Introdução 25
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DAVID SERVAN-SCHREIBER
Medir a inflamação 89
O cavaleiro negro do cancro 90
Stress: deitar achas para a fogueira 91
Terceira Parte – Cortar as linhas de abastecimento do cancro 93
Como a vitória de Zhukov em Estalinegrado 93
A intuição de um cirurgião da Marinha 94
A travessia do deserto 96
Uma agulha no palheiro 98
Uma descoberta excepcional 100
As defesas naturais que bloqueiam a angiogénese 101
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ÍNDICE
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ÍNDICE
Agradecimentos 349
Notas bibliográficas 355
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Capítulo 1
UMA HISTÓRIA
Estava em Pittsburgh há sete anos, e longe do meu país há mais de
dez. Fazia o internato em Psiquiatria, enquanto prosseguia o trabalho
de investigação para o doutoramento em Neurofisiologia. Eu e o meu
amigo Jonathan Cohen dirigíamos um laboratório de imagiologia fun-
cional cerebral fundado pelo National Institute of Health. O nosso
objectivo consistia em perceber os mecanismos do pensamento rela-
cionando-os com o funcionamento do cérebro. Nunca imaginei o que
iria descobrir nesta investigação: a minha própria doença.
Eu e Jonathan éramos muito amigos. Éramos ambos médicos e está-
vamos a especializar-nos em Psiquiatria. Tínhamo-nos inscrito no
programa de doutoramento em Pittsburgh. Ele vinha do mundo cos-
mopolita de São Francisco e eu vinha de Paris, tendo passado por
Montreal. De repente, demos connosco em Pittsburgh, no coração de
uma América profunda e desconhecida para ambos. Tínhamos publi-
cado recentemente um artigo na prestigiada Psychological Review, sobre
a função do córtex pré-frontal, uma região pouco explorada do cérebro,
que ajuda a estabelecer a ligação entre a consciência do passado e a
do futuro. Simulando em computador o funcionamento do cérebro,
propusemos uma nova teoria em Psicologia. O artigo, que causou
alguma celeuma, permitiu-nos, ainda que fôssemos apenas estudan-
tes, obter apoios do Governo e montar o laboratório de investigação.
Para Jonathan, as simulações por computador já não bastavam para
continuarmos as investigações nesta área. Tínhamos de testar as nos-
sas teorias com base na observação directa do funcionamento cerebral,
recorrendo a tecnologias de ponta como a imagiologia por ressonância
magnética (IRM). Na altura esta técnica dava ainda os primeiros pas-
sos. Só os centros de investigação ultramodernos possuíam scanners
de alta precisão. Os scanners hospitalares eram muito mais comuns,
mas também bastante menos precisos. Não era possível medir a acti-
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