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VII SRST – SEMINÁRIO DE REDES E SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES

INSTITUTO NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES – INATEL


ISSN 2358-1913
SETEMBRO DE 2017

Evolução do Sistema de Transmissão Óptico


com OTN
Bruno de Oliveira Monteiro¹, Gustavo Lopes Oliveira²

Abstract—This document contains information of a A casca foi concebida para tentar reter o sinal luminoso o
communication model using Optical fiber, SDH, WDM and OTN, máximo possível dentro da fibra. Para isso, foi utilizado o
details of theoretical operation of the common equipment and conceito de reflexão e refração conforme equação 1. O índice
theory of the system and its recommendations. de refração (n) é a relação entre a velocidade da luz no vácuo
Index Terms—OPTICAL FIBER, SDH, WDM, OTN.
(c = 299.792.458 metros por segundo) sobre a velocidade da
Resumo— Este documento contém informações de um modelo
de comunicação usando Fibra Óptica, SDH, WDM e OTN, luz no meio físico estudado (v).
detalhes do funcionamento teórico dos equipamentos mais
conhecidos e teoria sobre o sistema e suas recomendações. (1)
Palavras chave—FIBRA ÓPTICA, SDH, WDM, OTN.
O ângulo formado pelo sinal incidente e o eixo vertical é
I. INTRODUÇÃO igual ao do sinal refletido e este mesmo eixo, conforme
O propósito deste documento é demonstrar a evolução de representado na Figura 2, por Φ1. O ângulo entre o sinal
um sistema de telecomunicação desde a Fibra Óptica até as refratado e o eixo vertical será Φ2. A relação entre os
redes com OTN passando pelas tecnologias SDH e WDM, parâmetros abaixo (ângulos Φ1, Φ2, n1 e n2) foi
explicando logicamente sobre as tecnologias e recursos matematicamente demonstrada pela equação 2, de Snell-
envolvidos. Descartes.

II. FIBRA ÓPTICA n1 . seno Φ1 = n2 . seno Φ2 (2)

A. A Estrutura Básica da Fibra Óptica


A fibra óptica é um guia de onda capaz de conduzir, no
sentido paralelo ao seu eixo, a energia eletromagnética da luz
inserida dentro de seu núcleo e sua estrutura simplificada é
exemplificada na Figura 1. A fibra possui um formato
cilíndrico e é feita de material vítreo. Durante o processo de
produção da fibra óptica, a manipulação do núcleo determina
quais serão suas características físicas, o índice de refração, o
tamanho do núcleo, a pureza e consequentemente qual
aplicação é favorável para trafegar.
Figura 2: Reflexão e Refração entre dois meios

Ao trabalhar a equação 2, notaremos que a relação só é


válida se o ângulo de incidência não ultrapassar um
determinado valor que foi denominado de “ângulo crítico”. Na
teoria ao ultrapassar o ângulo critico, não teremos refração e
sim uma reflexão interna total. Na prática temos sempre perda
de energia, mesmo que mínima segundo SINGH (2016) [1]. A
Figura 1: Estrutura Simplificada da Fibra Óptica perda de energia dentro da fibra é conhecida como
“tunelamento”. A equação 3 define que o ângulo crítico pode
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Instituto Nacional de
Telecomunicações, como parte dos requisitos para a obtenção do Certificado ser calculado quando Φ2 é igual a noventa graus. Esta
de Pós-Graduação em Engenharia de Redes e Sistemas de Telecomunicações. condição impõe que o índice de refração do núcleo seja maior
Orientador: Prof. MsC. Bruno de Oliveira Monteiro. Trabalho aprovado em do que o da casca, como já mostrado na Figura 2.
02/2017.
Φ2= arc seno [(n1/n2) seno Φ1]=90° (3) 2) Perdas Intrínsecas
As perdas intrínsecas são as causadas por irregularidades da
Através deste conceito de não existir refração é que estrutura física da fibra óptica na fabricação, conservação ou
podemos entender como a luz é confinada dentro da fibra manuseio. Esse tipo de perda também é conhecida como
óptica e trafegará pelo núcleo de forma adequada. intramodal e a Tabela II apresenta as mais comuns nos enlaces
O índice de refração nas fibras ópticas tem padrão ópticos.
comercial e é fabricado dentro de perfis pré-estabelecidos e
exemplificados na Figura 3. A escolha do diâmetro do núcleo TABELA I
e do perfil a ser utilizado deve levar em conta o número de EFEITOS LINEARES
PERDA INFLUÊNCIA
modos de propagação escolhido que pode ser monomodo (um
A atenuação é calculada pela distância em Km e varia
único modo propagante) ou multimodo (vários modos dependendo do comprimento de onda por isso “[...] a
propagantes). atenuação define a distância máxima (alcance) que um
Atenuação sistema de transmissão óptico pode ter entre emissor e
receptor” (Gonçalves Pereira, 2008) [2]. As fibras multimodo
atenuam mais que as monomodos. A unidade no Sistema
Internacional de Unidades (SI) é dB/Km.
A dispersão cromática é o alargamento temporal do pulso de
luz durante sua propagação no interior do núcleo. Cada
comprimento de onda tem uma velocidade de propagação
Dispersão
diferente no interior da fibra e a propagação dentro da fibra
Cromática
depende de seus modos/perfil, logo cada modo terá sua
própria dispersão cromática. Essa dispersão é pequena, mas
acumulativa no decorrer da fibra e por isso importante.
Quando falamos em dispersão intermodal estamos falando do
Dispersão
atraso entre modos distintos. Ou seja, um modo chega antes
Intermodal
do que o outro.
A dispersão por modo de polarização (PMD – Polarization
Mode Dispersion) é causada por imperfeições na fabricação
da fibra e pelas alterações que a fibra sofre durante a
Figura 3: Perfis de Índices de Refrações instalação, manuseio, vibrações e variações de temperatura.
No PMD, temos uma diferença entre a velocidade horizontal
A fibra óptica, há alguns anos atrás, apresentava as menores PMD (eixo x) e a vertical (eixo y) no núcleo da fibra e o índice de
refração dos eixos x e y são diferentes o que gera um atraso da
atenuações de propagação em seu núcleo em três janelas de onda entres os eixos. Conforme orientação de Gordon (2000)
comprimentos de ondas distintas que são conhecidas como [3], o PMD deve ser considerado em taxas acima ou igual à
janelas de operações e a unidade de medida é o nanômetro 10Gbps em fibras monomodo. Em fibras multimodo, o PMD é
“mascarado” pela dispersão modal.
(nm). A primeira janela é em 850nm (800nm até 900nm), a
segunda é em 1310nm (1250nm até 1350nm) e a terceira e TABELA II
última é em 1550nm (1500nm até 1600nm). Com o passar dos PERDAS INTRÍNSECAS
anos, melhoraram as técnicas de fabricação da fibra e com isso PERDA INFLUÊNCIA
conseguiram diminuir as perdas e picos da absorção de água o Perdas por Perdas por curvaturas macros quando superiores a 1cm (raio).
macro Elas afetam tanto as fibras monomodo quanto as fibras
que permitiu a utilização de janelas diferentes. Do curvaturas multimodo.
comprimento de onda de 1250nm até 1675nm, usamos o As perdas por curvaturas micros podem gerar distorções axiais
conceito de banda na seguinte ordem; Banda O (1260nm até Perdas por
no longo da fibra, perda de potência e até mistura de índices
micro
1360nm), Banda E (1360nm até 1460nm), Banda S (1460nm curvaturas
de refrações e modos de propagação (mixing mode). São
até 1530nm), Banda C (1530nm até 1565nm), Banda L causadas principalmente por rugosidade na fibra.
São excentricidade no núcleo e/ou casca da fibra que causam
(1565nm até 1625nm) e Banda U (1625nm até 1675nm). diferenças axiais. A variação no diâmetro da fibra pode ser
Núcleo
causada na fabricação, torção ou por intempéries ambientais
Elipsoidal
como calor, poeira, vibrações, poluição, umidade, entre
B. Perdas na Fibra Óptica outras.
As perdas dentro de uma fibra óptica podem acontecer por Variação
A variação na abertura numérica (A.N.) acontece por
inúmeros motivos e afeta a propagação da onda nas
diversas razões. Por esse motivo é fundamental em um projeto na A.N.
terminações da fibra.
entender como um ou mais comprimentos de ondas perdem
energia e/ou sofrem distorções. 3) Perdas Extrínsecas
As perdas extrínsecas são causadas pelas diferenças físicas
1) Efeitos Lineares de conexões e dos conectores envolvidos em um enlace entre
Consideramos Efeitos Lineares as perdas que crescem as quais podemos citar desalinhamento angular, separação
conforme o aumento da distância e que são continuas. A entre os extremos, desalinhamento Axial, descasamento da
Tabela I apresenta os principais efeitos lineares que ocorrem Abertura Angular e angulamento das Fases.
em um enlace de fibras ópticas.
4) Efeitos Não Lineares Apesar desta normatização, o modelo SDH não era
Os efeitos não lineares estão relacionados à distorção do compatível com a tecnologia Ethernet que estava dominando o
sinal e a perda de performance. As perdas são acumulativas, mercado pela possibilidade de trafegar altas taxas, pelo
prejudicam a taxa de transmissão e todo efeito não linear deve crescimento de tráfego IP (Internet Protocol) e por oferecer
ser considerado como, por exemplo, o ruído adicionado pelos baixo custo. Foi incorporado no sistema SDH o tráfego de
amplificadores. Os principais efeitos não lineares presentes em Ethernet pelo protocolo EoS (Ethernet over SDH), porém sua
um enlace óptico estão apresentados na Tabela III. implementação apresentou limitações de performance.
TABELA III TABELA IV
EFEITOS NÃO LINEARES PADRÃO SDH SONET DE MERCADO
PERDA INFLUÊNCIA Quadro SONET (STS) Quadro SDH (STM) Taxa [Kbps]
A auto modulação de fase (SPM – Self Phase Modulation) é STS-1 STM-0 51.840
Auto a troca da fase da modulação e tem grande impacto para STS-3 STM-1 155.520
Modulação sistemas de transmissões de canal único. A SPM amplia a STS-12 STM-4 622.080
de Fase degradação da performance por criar instabilidade na STS-48 STM-16 2.488.320
modulação, geralmente aumenta o ruído no sistema. STS-192 STM-64 9.953.280
Modulação de Fase Cruzada (XPM – Cross Phase STS-768 STM-256 38.486.016
Modulação
Modulation) acontece quando várias ondas se propagam
de Fase
dentro de uma fibra e a soma das energias destes sinais afetam
Cruzada Em 2002, pela ITU-T, surge o padrão NG-SDH (Next
a fase de um determinado comprimentos de onda.
A Mistura de Quatro Ondas (FWM – Four Wave Mixing) Generation SDH) que apresenta a adição de mais três
Mistura de acontece quando três ou mais ondas trafegam pelo núcleo da protocolos; VCAT (Virtual Concatenation), LCAS (Link
Quatro fibra e criam um sinal adicional. Um sinal adicional significa Capacity Adjustment Scheme) e GFP (Generic Framing
Ondas perda de potência e maior chance de interferência de canais Procedure). O VCAT implementa a funcionalidade de
adjacentes (crosstalk). granularidade na rede permitindo assim a agregação de vários
canais para melhorar o tráfego da rede. Com esse mecanismo
podemos unificar dados de canais menores em um canal de
III. SDH - SYNCHRONOUS DIGITAL HIERARCHY maior ordem. O LCAS está encarregado de realizar ajustes
Com a finalidade de melhorar as técnicas de transmissõão, dinâmicos na ligação lógica de um enlace a fim de melhorar a
alguns padrões e tecnologias ganharam mercado na década de banda de um sistema. O GFP é o protocolo de adaptação para
70. Neste período a maior capacidade de transmissão estava encapsulamentos fora do padrão SDH. O GFP permite
voltada principalmente para as redes de voz, através do encapsular protocolos como Ethernet, IP e Fiber Channel
sistema PSTN (Public Switched Telephone Network – Rede dentro dos padrões de quadros fixos do SDH.
Telefônica Pública Comutada) e para a rede de dados. Um No SDH, a multiplexação só é possível, pois existe uma
padrão bem conhecido foi o PDH (Plesyochronous Digital referência de clock e todos os quadros são transmitidos na
Hierarchy) que utilizava a técnica TDM (Time Division mesma frequência (8KHz). A multiplexação segue a hierarquia
Multiplexing – Multiplexação por divisão de tempo). Esse representada na Figura 4, segundo conceito exemplificado por
sistema de transmissão possuía taxas altas para a época, porém BERNAL FILHO (2003) [7].
não estava totalmente unificado uma vez que existiam padrões
diferentes de PDH em países diferentes.
Essa falta de padronização era um problema para realizar
interconexões entre as operadoras, pois elevava os custos e as
operações eram restringidas. Na década de 80, a ECSA-EUA
(Exchange Carriers Standards Association), propõem um
novo padrão de sistema de transmissão conhecido como
SONET (Synchronous Optical Network) e que foi bem aceito
no mercado. O padrão SONET original, apesar de trazer taxas
de transmissões maiores, não era totalmente compatível com o
PDH.
Após alguns anos a ITU-T (International
Telecommunication Union), em uma tentativa de criar um
padrão único e internacional, cria o SDH (Synchronous Digital
Figura 4: Multiplexação dos Canais Tributários
Hierarchy). O modelo do SDH foi normatizado em 1990. Esse Fonte: http://www.teleco.com.br
padrão trouxe algumas modificações no modelo SONET para
que ele fosse compatível com o PDH. Desta forma a O payload é considerado uma carga útil (container) que
interligação da rede seria mais eficiente e acessível. Essa será mapeado e sincronizado no multiplexador e receberá um
versão também é conhecida como SDH SONET e está ponteiro (POH) para depois virar um VC. Caso o conteúdo
apresentada na Tabela IV. não tenha tamanho suficiente para preencher o VC, bits de
preenchimentos são adicionados. Os VCs são alinhados para modular, existe outra placa modular similar ou compatível. A
formarem uma unidade tributária TU (Tributary Unit) ou uma transmissão no sistema é transparente, o que permite a
unidade administrativa AU (Administrative Unit). Desta utilização de diversos equipamentos, placas e protocolos.
forma, ao ler um quadro, saberemos aonde cada VC começa. Cada canal do DWDM pode transportar, de forma
Neste ponto vale uma observação que nem todo VC é igual independente dos demais canais, altas taxas de transmissão,
uma vez que temos diferencial de baixa ordem e alta ordem. como por exemplo, 1Gbps, 10Gbps, 40Gbps e 100Gbps (taxas
Os VCs de baixa ordem são agrupados para compor um VC de comerciais), porém a percentagem utilizada deste canal nem
ordem alta e estes serão agrupados para formar um grupo de sempre é utilizada por completo. Para enlaces ponto a ponto,
unidade administrativa AUG (Administrative Unit Group). Na um sistema DWDM é muito eficaz, porém quando ampliamos
transmissão SDH, um enlace de ordem alta (high order) não para redes multipontos ou backbones esse sistema evidencia
abre VCs de baixa ordens (low order) diretamente, sendo inconvenientes tais como uma demanda maior de
necessário abrir os VCs de alta ordem primeiro e depois os equipamentos e pouca eficiência espectral.
VCs de baixa ordem.

IV. WDM - WAVELENGTH DIVISION MULTIPLEXING

A. WDM
O SDH, mesmo sendo capaz de trafegar sinais de alta
capacidade, estava limitado às bandas de 10Gbps ou 40Gbps
por fibra óptica ou por enlace. Em enlaces distantes aonde era
necessário implementar dois ou mais equipamentos de grande
porte, independentes de serem SDH ou não, era necessário
usar mais fibras ópticas. Essa limitação não era muito atrativa
tanto para as construções de backbones quanto para as
Figura 5: Sistema DWDM com proteção de rotas
operadoras.
O conceito WDM de multiplexar por divisão de
comprimento de onda (λ) existe desde a década de 80. A ideia C. Características do Equipamento DWDM
do WDM é otimizar o uso da fibra óptica, aumentar a Como mencionado acima, o sistema DWDM funciona em
capacidade de transmissão por agregação de canais distintos pares. Suas placas devem ser similares ou compatíveis e isso
(λs) dentro de uma única fibra óptica. Esse conceito se tornou significa que MUX de 4 canais com um espaçamento x só
um recurso estratégico para diversas empresas que viram a pode conversar com um DEMUX de 4 canais com o mesmo
possibilidade de agregar mais serviços e aumentar a banda espaçamento x ou um equipamento equivalente que possua os
rapidamente. Para isso o sistema WDM deveria ter mesmos canais e mesmo espaçamento. Caso utilize um
transmissão estável, confiável e de qualidade, além de manter espaçamento diferente o sistema terá uma eficiência menor e
a multiplexação dos inúmeros comprimentos de onda que no geral não deve funcionar corretamente. O espaçamento é a
trafegam dentro da fibra organizados e coerentes. distância entre o comprimento de onda até o comprimento de
No Brasil, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em onda adjacente. Os espaçamentos variam de equipamento para
Telecomunicações (CPqD) é referência no estudo de equipamento e possuem valores expressos em frequências
equipamentos ópticos, como por exemplo, o WDM. (GHz) e seus correspondentes valores aproximados em
Cada comprimento de onda é conhecido como canal e a nanômetros (nm). Alguns padrões de espaçamentos são
quantidade de canais do sistema dependerá do espaçamento 200GHz ou ~1,6nm, 100GHz ou ~0,8nm, 50GHz ou ~0,4nm e
entre eles e da banda utilizada no enlace. Foram criados os 25GHz ou ~0,2nm.
padrões CWDM (Coarse Wavelength Division Multiplexing) e Como os equipamentos DWDM são transparentes, podemos
DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing). Neste ligar diretamente vários equipamentos de alta capacidade que
trabalho iremos detalhar apenas do DWDM. utilizam protocolos diferentes sem se preocupar com eles ou
com a banda.
B. A Estrutura do DWDM Outros equipamentos também podem ser utilizados junto ao
sistema DWDM, conforme documentos do CPqD (2011) [8]
No DWDM teremos um Mutiplexador conhecido como
para viabilizar a estrutura deste mesmo sistema. Após o
MUX e um Demultiplexador conhecido como DEMUX, para
MUX/DEMUX é comum utilizar Transponders (2,5G, 10G,
transmissão e recepção respectivamente, além de placas
40G e 100G), Muxponder, Combiner e Canais de Supervisão.
modulares, controladores de potência e proteção. A Figura 5
Entre o MUX e DEMUX é comum usar regeneradores,
ilustra um sistema DWDM. Todo o sistema trabalha em pares,
amplificadores de linha, pré-amplificadores e amplificadores
com exceção dos módulos de controle de ganho ou potência
iniciais (Boosters).
que eventualmente podem ser alocados pontualmente. Desta
forma, para todo MUX existe um DEMUX e para cada placa
V. OTN - OPTICAL TRANSPORT NETWORK tem a função de fornecer informação de monitoramento da
conexão.
A. Visão Geral do OTN O OTU é a camada que prepara ou condiciona a transmissão
OTN (Optical Transport Network) é uma tecnologia que foi óptica da ODU. Nesta camada temos a adição de dois campos;
padronizada pela ITU e neste trabalho utilizaremos as o primeiro é o cabeçalho OTU-OH e o segundo é o bloco FEC
recomendações ITU-T G.709 (https://www.itu.int/rec/T-REC- (Forward Error Correction) que é um protocolo de correção
G.709/em) [5]. O OTN surgiu para agregar funcionalidades e de erros.
facilidades em redes complexas e de larga escala. Um sistema Cada OTU é carregado posteriormente em um único
com OTN permite uma arquitetura da rede mais flexível e uma comprimento de onda que será conhecido como OCh. Se
eficiência maior, pois, conforme citado nos documentos do existirem muitos comprimentos de ondas no sistema OTN,
fabricante CIENA (2016) [4], OTN é capaz de mapear todos será adicionado um cabeçalho extra em um OCh formando
os serviços em um conjunto comum de comprimentos de onda. assim um OMS para habilitar a função de gerenciamento. O
Da mesma forma que o DWDM, sua transmissão é OMS é formado por seu payload que é a multiplexação dos
transparente e gerenciável, porém seu encapsulamento é capaz OChs e por um cabeçalho OMS-OH que suporta monitoração
de conter protocolos de taxas maiores sem particioná-los. A e recursos de correção como, por exemplo, isolamento de
OTN também é conhecida como Digital Wrapper (DW) [6], parte do conteúdo. A OMS representa uma sessão multiplex
pois consegue multiplexar diferentes tipos de payload com óptica.
diferentes bandas e de fontes distintas. A última camada é a OTS que transporta as camadas
multiplexadas OMS. Essa camada é praticamente o caminho
B. A Estrutura OTN óptico final do sistema e nela podemos trabalhar com
equipamentos MUX/DEMUX, amplificadores, switches, entre
A ITU-T G.709 define os blocos estruturais da OTN da
outros. Nessa camada também tem payload e cabeçalho; OTS-
seguinte forma; OTS (Optical Transport Section), OMS
OH. A OTS representa uma sessão de transporte óptica.
(Optical Multiplex Section), OCh (Optical Channel), OTU
(Optical Transport Unit), ODU (Optical Data Unit) e OPU
(Optical Channel Payload Unit). Essa estrutura de blocos está
exemplificada na Figura 6. Esses blocos, além de terem sua
divisão por camadas também tem funções devido às
terminações da estrutura da rede conforme a Figura 7. (fonte:
https://telebasics.wordpress.com/tag/otn-layers/) [9].

Figura 7: Camadas OTN por terminações.


Fonte: https://telebasics.wordpress.com/tag/otn-layers/

As camadas OTU, ODU e OPU possuem um índice que


representa um identificador para o tipo de payload do cliente
que está sendo transportado. Por exemplo, ao ler um OPU2,
sabemos a taxa máxima de informação, o modo RS e até a
Figura 6: Estrutura OTN por Blocos. tolerância de aceitação do sinal. O quadro OTN no domínio
Fonte: http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialsdwdm/pagina_3.asp elétrico está representado pela Figura 8, conforme proposto
pela ITU-T (2001) [11] e mantido na ITU-T (2003) [12].

Conforme exemplificado nos documentos da ITU-T (2003)


[10], o sinal do cliente antes de ser transmitido é carregado na
OPU e essa carga é conhecida como payload. Na sequência é
acrescido um cabeçalho (overhead) chamado OPU-OH que
serve para mapear o sinal dentro da própria OPU. Após a
adição deste cabeçalho, a OPU inteira é carregada dentro da
ODU que é a estrutura de transporte para a OPU. Nesta
Figura 8: Quadro OTN no Domínio Elétrico.
camada também é adicionado um cabeçalho, ODU-OH, que
regeneração do sinal, repetidores e controladores de ganho.
A Tabela V apresenta o índice identificador e o respectivo
tamanho do payload do cliente.

TABELA V
ÍNDICE IDENTIFICADOR E CARGA ÚTIL DO CLIENTE
OPUk ODUk OTUk Payload [kb/s] Figura 9: Topologia Ponto a Ponto
OPU0 ODU0 --- 1.244,16
OPU1 ODU1 OTU1 2.488,32
OPU2 ODU2 OTU2 9.953,28 2) Topologia Cascata
OPU3 ODU3 OTU3 39.813,12 A topologia em cascata implica que em algum ponto da rede
OPU4 ODU4 OTU4 99.532,80 teremos um ponto intermediário no qual podemos agregar
OPU2e ODU2e --- 10.312,50 mais equipamentos e/ou serviços. A Figura 10 é um exemplo
OPUflex ODUflex --- Taxa do cliente de topologia em cascata. Uma desvantagem desta topologia é
que a comunicação entre dois pontos deverá passar pelo ponto
intermediário e consequentemente ocupar mais banda até este
C. Topologias com OTN ponto. A conexão entre o elemento intermediário e o elemento
Um equipamento OTN pode ser utilizado basicamente sobre cascateado poderá também limitar a disponibilidade de banda
qualquer topologia que utiliza fibra óptica. Por ser final do elemento cascateado.
transparente, suas interfaces de cliente (drop-off) são Essa topologia tem semelhança com a topologia em árvore,
compatíveis com diversos equipamentos. Desta forma porém esta última tem hierarquia de níveis e suas ramificações
podemos utilizá-los para transportar, de forma transparente, os dependem do nível que está.
diversos protocolos ou para melhorar a eficiência espectral da
rede através de seus recursos.
A interface de rede (aggregation) está estruturada sobre as
recomendações da ITU-T G.709 e por esse motivo só são
compatíveis com equipamentos que suportem essas
características.
Uma vantagem do uso da tecnologia OTN é que podemos
ter vários caminhos ópticos dentro de uma única fibra óptica,
sendo que cada caminho pode transportar várias seções OTS e
Figura 10: Topologia Cascata
OMS com diferentes tipos de payloads.
A topologia de uma rede é a forma de organização que as
localidades geográficas foram interligadas. Esse arranjo é uma 3) Topologia em anel
combinação da disposição da estrutura física e lógica. Os A Figura 11 representa um cenário com topologia em anel.
modelos de topologias utilizados no mercado de Essa topologia permite que endereços de interesse sejam
telecomunicações estão listados neste documento, sendo que interligados em série até que todos os elementos estejam
os últimos dois modelos não serão abordados para uso de conectados a outros dois elementos deste mesmo anel. Essa
OTN. topologia permite proteção lógica e física e tráfego
• Topologia ponto-a-ponto (line) unidirecional ou bidirecional.
• Topologia cascata
• Topologia em anel (ring)
• Topologia em estrela (star)
• Topologia em malha (mesh)
• Topologia de rede mista (hybrid)
• Topologia tipo arvore (tree)
• Topologia de barramento (bus)

1) Topologia Ponto a Ponto


A topologia ponto a ponto, exemplificada na Figura 9, é
utilizada quando se deseja interligar dois endereços de forma Figura 11: Topologia em anel
direta. A interface de agregação ou rede do endereço A vai
falar diretamente com a interface de agregação ou rede do
4) Topologia em estrela
endereço B, sem adição ou remoção de conteúdo. Nesta
Na topologia em estrela, um grupo de elementos de locais
topologia podemos usar, além da fibra óptica, elementos para
distintos são conectados a um elemento central conforme
ilustrado na Figura 12. Desta forma teremos várias conexões pois um elemento possui inúmeras conexões. Em
ponto a ponto com o ponto central. Esse tipo de arquitetura é contrapartida, para criar essas inúmeras conexões, todos os
de fácil implementação e análise de monitoramento, porém custos são maiores (implementação, manutenção e de
todos os elementos desta rede possuem um ponto de falha em equipamentos).
comum o que pode tonar inviável um projeto.
6) Topologia Mista
A topologia de rede mista é a soma de duas ou mais
topologias em uma única rede, de forma a descaracterizar as
topologias apresentadas acima. Em uma rede deste tipo temos
um equilíbrio de custo benefício, pois um local de menor
interesse estratégico pode ser conectado de forma desprotegida
enquanto um endereço estratégico pode desfrutar de várias
proteções e redundâncias. A Figura 15 é um exemplo de
topologia mista.

Figura 12: Topologia em estrela.

5) Topologia em malha
A topologia da rede em malha é semelhante a um grafo, pois
um elemento pode ter uma, duas ou mais conexões com os
demais elementos desta rede. A topologia em malha é
representada na Figura 13.

Figura 15: Topologia Mista.

D. Terminais de rede, OADM, ROADM, OSC e WSS


Além dos tipos de topologias, o modo de conexão entre os
Figura 13: Topologia em Malha equipamentos deve ser considerado nos projetos. Uma
conexão acontece entre dois ou mais terminais. Terminais de
Existe um caso em particular da topologia em malha aonde
uma mesma rede ou topologia são denominados como ONN-T
todos os elementos de uma rede possuem conexão direta com
(Optical Network Node – Terminal) e os terminais que ligam
todos os demais elementos, conforme Figura 14. Essa situação
redes distintas são ONN-I (Optical Network Node –
é conhecida como fully connected. Em alguns artigos, esse tipo
Interconnect).
de conexão é considerado como uma topologia a parte da
Nos terminais ONN-T os canais ópticos são inseridos ou
topologia em malha.
retirados e, portanto, se inicia ou finaliza uma sessão OMS.
Nos terminais ONN-I, o tráfego de dados pode passar sem
alteração, com adição ou remoção de canais ópticos e é o local
aonde usamos o OADM (Optical Add-Drop Multiplexer) ou
ROADM (Reconfigurable Optical Add Drop Multiplexer).
OADM é uma tecnologia desenvolvida para expandir as
opções de conexões da rede, pois viabiliza a retirada e adição
de comprimentos de ondas específicos, permitindo que uma
cor siga por outro caminho, conforme ilustrado na Figura 16.
Além disso, terminais ONN-I podem ser configurados na
topologia anel se assim for necessário o que é uma ótima
alternativa para ser utilizado junto a equipamentos DWDM
Figura 14: Topologia fully connected. que trabalham sempre em pares. O termo OXC (Optical Cross
Connection) existe para o processo de adição e subtração de
Essa topologia é robusta contra pequenas falhas ou lambdas em qualquer tipo de sistema óptico.
interrupções de serviços causados por rompimentos de fibra,
E. As camadas do Domínio Óptico na OTN
A estrutura de camadas proposta pela ITU-T G.709 para a
tecnologia OTN, possui três hierarquias de camadas para o
domínio óptico, conforme Figura 19.

Figura 16: OADM, com adição e subtração de lambdas


Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/File:Fbg_oadm.GIF

A ideia do OADM abriu caminho para o desenvolvimento


de novas técnicas como o ROADM. O ROADM usa a mesma
técnica de seu antecessor, porém agrega a funcionalidade de
alterar o tráfego dentro da camada óptica sem a necessidade de
transformá-los em sinais elétricos. O módulo SSW
Figura 19: Hierarquia das Camadas de Rede OTN
(Wavelength Selective Switch), que basicamente é uma matriz
de comutação, é o responsável por evitar a conversão elétrica- Na OTN, os elementos que compõem a estrutura da rede
óptica do sinal. O ROADM com o SSW permite a tais como amplificadores ópticos, terminais ONN-I e ONN-T e
reconfiguração do sistema sempre que necessário e pode ser regeneradores de sinal do tipo 3R devem ser considerados no
feito de forma remota. A Figura 17 representa o diagrama de projeto, pois para cada par de elementos temos uma sessão
blocos de uma estrutura com ROADM e a Figura 18 o OTS. As sessões OTS em cada par de elementos estão
diagrama de blocos do WSS. representadas na Figura 20. De forma clara, a camada OTS
O OTN com a técnica ROADM, permite a melhor utilização garante funcionalidade para propagação do sinal por diferentes
dos lambdas, isso é, permite a melhor ocupação do canal pois equipamentos da rede e para cada conexão física uma sessão
a banda será alocada de forma a ocupar todo o percentual OTS é criada. Com a criação da primeira sessão OTS, também
possível de um lambda e economizar cores para a transmissão é constituída uma relação com as demais camadas que podem
entre terminais ONN-I. No sistema DWDM, por exemplo, a conter uma ou mais sessões OTS, pois não são limitadas aos
eficiência de um lambda está restrita a banda máxima dos vínculos das ligações físicas dos dispositivos.
equipamentos modulares que ocuparem essa frequência. Com
essa modificação, as redes OTN ficam mais suscetíveis às
alterações de tráfego propostas pelo administrador da rede.

Figura 17: Diagrama de blocos com ROADM


Fonte: http://www.teleco.com.br. Figura 20: Sessões OTS

Diferente do OTS, o OMS e o OCh começam e terminam


nos terminais ONN-I e/ou ONN-T. Entre esses elementos é
realizado a conversão elétrica-óptica e o payload é carregado
em um comprimento de onda designado OCh. Essa camada
garante vínculo de conexão de forma transparente para os
canais de transmissão além de aceitar formatos distintos de
informação como ethernet e STM-N.
A multiplexação das várias sessões OCh no sistema OTN é
responsabilidade da camada OMS. A própria estrutura da
OMS é constituída pelos comprimentos de onda multiplexados
Figura 18: Diagrama de Blocos WSS
Fonte: http://www.packetlight.com/technology com a adição de um OCh que foi gerado exclusivamente para
gerenciamento. Com a união do payload do OMS e do
cabeçalho OMS-OH temos o sinal da camada OMS completo. [13] ITU. Recommendation ITU-T G.709/Y.1331 (on-line). Disponível na
Essa estrutura é toda carregada para transmissão na camada Internet. URL: https://www.itu.int/rec/T-REC-G.709-201606-I/en,
acessado em 26 de novembro de 2016.
OTS, conforme referência da ITU-T (2016) [13].
Como as camadas de domínio óptico são transparentes, o
controle do tipo de informação do cliente é feito no domínio Gustavo Lopes Oliveira, nasceu em São Bernardo do Campo, em 02 de
março de 1984. Bacharel em engenharia elétrica com ênfase em
elétrico. Telecomunicações (FEI, 2011).
Trabalha na área de telecomunicações desde 2009 com sistemas de
VI. CONCLUSÕES transmissão e arquitetura de clientes. Atualmente está na área de designer de
circuitos para cliente na Level (3) Comunicações do Brasil dentro da área
Neste trabalho foi apresentado uma breve abstração sobre macro de Service Delivery.
um sistema de comunicação óptica e sua evolução
Bruno de Oliveira Monteiro Possui graduação em Elétrica modalidade
considerando o meio da fibra óptica e os sistemas SDH,
eletrônica pela Fundação Instituto Nacional de Telecomunicações (2000) e
DWDM e OTN. Incialmente foi apresentado um pouco sobre mestrado em Engenharia Elétrica pela Fundação Instituto Nacional de
cada meio e tecnologia, seguido com um aprofundamento Telecomunicações (2006).
teórico sobre o funcionamento dos mesmos e aplicações. Atualmente atua como coordenador do Nesp – Núcleo de Estágio e Serviços
Profissionais do Inatel - Instituto Nacional de Telecomunicações e professor
Esse documento é a elucidação conceitual do progresso de atuando principalmente com os seguintes temas: exposição, projetos,
algumas tecnologias envolvidas na evolução dos sistemas inovação, tecnológicos, Eletrônica Digital, NG-SDH e OTN.
ópticos atuais e nas mudanças sobre suas topologias.
A evolução do sistema de transmissão óptico com OTN só
foi possível pela constante busca em aperfeiçoamento de
técnicas, conceitos e componentes de arquitetura.

REFERÊNCIAS
[1] SINGH, Eklavva. Optical Fiber (on-line), Slide Share. Disponível na
Internet. URL: http://www.slideshare.net/eksingh1/optical-fiber-
52519883, acessado em 12 de maio de 2016.
[2] GONÇALVES PEREIRA, Rafael José. Fibras Ópticas e WDM (on-
line). Disponível na internet. URL:
http://www.gta.ufrj.br/grad/08_1/wdm1/Atenuaoelimitaesdasfibrasptica
s.html, acessado em 05 de setembro de 2016.
[3] GORDON, J.P.. PMD Fundamentals: Polarization Mode Dispersion In
Optical Fibers, PNAS (on-line). Disponível na internet. URL
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[4] CIENA. Rede de transporte óptico (OTN) (on-line). Disponível na
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network, acessado em 30 de maio de 2016.
[5] VERRANT, Jeff. Advances in Optical Networking (on-line). Disponível
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de maio de 2016.
[6] ITU. Recommendation ITU-T G.709/Y.1331 (on-line). Disponível na
Internet. URL: https://www.itu.int/rec/T-REC-G.709/em, acessado em
30 de maio de 2016.
[7] BERNAL FILHO, Huber. Redes SDH (on-line). Disponível na Internet.
URL: http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialrsdh/default.asp,
acessado em 12 de maio de 2016.
[8] CPQD. Amplificador óptico híbrido para redes WDM reconfiguráveis
com formatos de modulação avançados e recepção coerente (on-line).
Disponível na Internet. URL:
https://www.cpqd.com.br/cadernosdetecnologia/Vol7_N2_jul_dez_2011
/pdf/artigo4.pdf, acessado em 26 de novembro de 2016.
[9] WORDPRESS, OTN Layers (on-line). Disponível na Internet. URL:
https://telebasics.wordpress.com/tag/otn-layers, acessado em 30 de maio
de 2016.
[10] ITU. Optical Transport Network (OTN) Tutorial (on-line). Disponível
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T/studygroups/com15/otn/OTNtutorial.pdf, acessado em 26 de
novembro de 2016.
[11] ITU. Recommendation ITU-T G.709/Y.1331 (on-line). Disponível na
Internet. URL: https://www.itu.int/rec/T-REC-G.709-200102-S/en,
acessado em 26 de novembro de 2016.
[12] ITU. Recommendation ITU-T G.709/Y.1331 (on-line). Disponível na
Internet. URL: https://www.itu.int/rec/T-REC-G.709-200303-S/en,
acessado em 26 de novembro de 2016.

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