Abstract—This document contains information of a A casca foi concebida para tentar reter o sinal luminoso o
communication model using Optical fiber, SDH, WDM and OTN, máximo possível dentro da fibra. Para isso, foi utilizado o
details of theoretical operation of the common equipment and conceito de reflexão e refração conforme equação 1. O índice
theory of the system and its recommendations. de refração (n) é a relação entre a velocidade da luz no vácuo
Index Terms—OPTICAL FIBER, SDH, WDM, OTN.
(c = 299.792.458 metros por segundo) sobre a velocidade da
Resumo— Este documento contém informações de um modelo
de comunicação usando Fibra Óptica, SDH, WDM e OTN, luz no meio físico estudado (v).
detalhes do funcionamento teórico dos equipamentos mais
conhecidos e teoria sobre o sistema e suas recomendações. (1)
Palavras chave—FIBRA ÓPTICA, SDH, WDM, OTN.
O ângulo formado pelo sinal incidente e o eixo vertical é
I. INTRODUÇÃO igual ao do sinal refletido e este mesmo eixo, conforme
O propósito deste documento é demonstrar a evolução de representado na Figura 2, por Φ1. O ângulo entre o sinal
um sistema de telecomunicação desde a Fibra Óptica até as refratado e o eixo vertical será Φ2. A relação entre os
redes com OTN passando pelas tecnologias SDH e WDM, parâmetros abaixo (ângulos Φ1, Φ2, n1 e n2) foi
explicando logicamente sobre as tecnologias e recursos matematicamente demonstrada pela equação 2, de Snell-
envolvidos. Descartes.
A. WDM
O SDH, mesmo sendo capaz de trafegar sinais de alta
capacidade, estava limitado às bandas de 10Gbps ou 40Gbps
por fibra óptica ou por enlace. Em enlaces distantes aonde era
necessário implementar dois ou mais equipamentos de grande
porte, independentes de serem SDH ou não, era necessário
usar mais fibras ópticas. Essa limitação não era muito atrativa
tanto para as construções de backbones quanto para as
Figura 5: Sistema DWDM com proteção de rotas
operadoras.
O conceito WDM de multiplexar por divisão de
comprimento de onda (λ) existe desde a década de 80. A ideia C. Características do Equipamento DWDM
do WDM é otimizar o uso da fibra óptica, aumentar a Como mencionado acima, o sistema DWDM funciona em
capacidade de transmissão por agregação de canais distintos pares. Suas placas devem ser similares ou compatíveis e isso
(λs) dentro de uma única fibra óptica. Esse conceito se tornou significa que MUX de 4 canais com um espaçamento x só
um recurso estratégico para diversas empresas que viram a pode conversar com um DEMUX de 4 canais com o mesmo
possibilidade de agregar mais serviços e aumentar a banda espaçamento x ou um equipamento equivalente que possua os
rapidamente. Para isso o sistema WDM deveria ter mesmos canais e mesmo espaçamento. Caso utilize um
transmissão estável, confiável e de qualidade, além de manter espaçamento diferente o sistema terá uma eficiência menor e
a multiplexação dos inúmeros comprimentos de onda que no geral não deve funcionar corretamente. O espaçamento é a
trafegam dentro da fibra organizados e coerentes. distância entre o comprimento de onda até o comprimento de
No Brasil, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em onda adjacente. Os espaçamentos variam de equipamento para
Telecomunicações (CPqD) é referência no estudo de equipamento e possuem valores expressos em frequências
equipamentos ópticos, como por exemplo, o WDM. (GHz) e seus correspondentes valores aproximados em
Cada comprimento de onda é conhecido como canal e a nanômetros (nm). Alguns padrões de espaçamentos são
quantidade de canais do sistema dependerá do espaçamento 200GHz ou ~1,6nm, 100GHz ou ~0,8nm, 50GHz ou ~0,4nm e
entre eles e da banda utilizada no enlace. Foram criados os 25GHz ou ~0,2nm.
padrões CWDM (Coarse Wavelength Division Multiplexing) e Como os equipamentos DWDM são transparentes, podemos
DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing). Neste ligar diretamente vários equipamentos de alta capacidade que
trabalho iremos detalhar apenas do DWDM. utilizam protocolos diferentes sem se preocupar com eles ou
com a banda.
B. A Estrutura do DWDM Outros equipamentos também podem ser utilizados junto ao
sistema DWDM, conforme documentos do CPqD (2011) [8]
No DWDM teremos um Mutiplexador conhecido como
para viabilizar a estrutura deste mesmo sistema. Após o
MUX e um Demultiplexador conhecido como DEMUX, para
MUX/DEMUX é comum utilizar Transponders (2,5G, 10G,
transmissão e recepção respectivamente, além de placas
40G e 100G), Muxponder, Combiner e Canais de Supervisão.
modulares, controladores de potência e proteção. A Figura 5
Entre o MUX e DEMUX é comum usar regeneradores,
ilustra um sistema DWDM. Todo o sistema trabalha em pares,
amplificadores de linha, pré-amplificadores e amplificadores
com exceção dos módulos de controle de ganho ou potência
iniciais (Boosters).
que eventualmente podem ser alocados pontualmente. Desta
forma, para todo MUX existe um DEMUX e para cada placa
V. OTN - OPTICAL TRANSPORT NETWORK tem a função de fornecer informação de monitoramento da
conexão.
A. Visão Geral do OTN O OTU é a camada que prepara ou condiciona a transmissão
OTN (Optical Transport Network) é uma tecnologia que foi óptica da ODU. Nesta camada temos a adição de dois campos;
padronizada pela ITU e neste trabalho utilizaremos as o primeiro é o cabeçalho OTU-OH e o segundo é o bloco FEC
recomendações ITU-T G.709 (https://www.itu.int/rec/T-REC- (Forward Error Correction) que é um protocolo de correção
G.709/em) [5]. O OTN surgiu para agregar funcionalidades e de erros.
facilidades em redes complexas e de larga escala. Um sistema Cada OTU é carregado posteriormente em um único
com OTN permite uma arquitetura da rede mais flexível e uma comprimento de onda que será conhecido como OCh. Se
eficiência maior, pois, conforme citado nos documentos do existirem muitos comprimentos de ondas no sistema OTN,
fabricante CIENA (2016) [4], OTN é capaz de mapear todos será adicionado um cabeçalho extra em um OCh formando
os serviços em um conjunto comum de comprimentos de onda. assim um OMS para habilitar a função de gerenciamento. O
Da mesma forma que o DWDM, sua transmissão é OMS é formado por seu payload que é a multiplexação dos
transparente e gerenciável, porém seu encapsulamento é capaz OChs e por um cabeçalho OMS-OH que suporta monitoração
de conter protocolos de taxas maiores sem particioná-los. A e recursos de correção como, por exemplo, isolamento de
OTN também é conhecida como Digital Wrapper (DW) [6], parte do conteúdo. A OMS representa uma sessão multiplex
pois consegue multiplexar diferentes tipos de payload com óptica.
diferentes bandas e de fontes distintas. A última camada é a OTS que transporta as camadas
multiplexadas OMS. Essa camada é praticamente o caminho
B. A Estrutura OTN óptico final do sistema e nela podemos trabalhar com
equipamentos MUX/DEMUX, amplificadores, switches, entre
A ITU-T G.709 define os blocos estruturais da OTN da
outros. Nessa camada também tem payload e cabeçalho; OTS-
seguinte forma; OTS (Optical Transport Section), OMS
OH. A OTS representa uma sessão de transporte óptica.
(Optical Multiplex Section), OCh (Optical Channel), OTU
(Optical Transport Unit), ODU (Optical Data Unit) e OPU
(Optical Channel Payload Unit). Essa estrutura de blocos está
exemplificada na Figura 6. Esses blocos, além de terem sua
divisão por camadas também tem funções devido às
terminações da estrutura da rede conforme a Figura 7. (fonte:
https://telebasics.wordpress.com/tag/otn-layers/) [9].
TABELA V
ÍNDICE IDENTIFICADOR E CARGA ÚTIL DO CLIENTE
OPUk ODUk OTUk Payload [kb/s] Figura 9: Topologia Ponto a Ponto
OPU0 ODU0 --- 1.244,16
OPU1 ODU1 OTU1 2.488,32
OPU2 ODU2 OTU2 9.953,28 2) Topologia Cascata
OPU3 ODU3 OTU3 39.813,12 A topologia em cascata implica que em algum ponto da rede
OPU4 ODU4 OTU4 99.532,80 teremos um ponto intermediário no qual podemos agregar
OPU2e ODU2e --- 10.312,50 mais equipamentos e/ou serviços. A Figura 10 é um exemplo
OPUflex ODUflex --- Taxa do cliente de topologia em cascata. Uma desvantagem desta topologia é
que a comunicação entre dois pontos deverá passar pelo ponto
intermediário e consequentemente ocupar mais banda até este
C. Topologias com OTN ponto. A conexão entre o elemento intermediário e o elemento
Um equipamento OTN pode ser utilizado basicamente sobre cascateado poderá também limitar a disponibilidade de banda
qualquer topologia que utiliza fibra óptica. Por ser final do elemento cascateado.
transparente, suas interfaces de cliente (drop-off) são Essa topologia tem semelhança com a topologia em árvore,
compatíveis com diversos equipamentos. Desta forma porém esta última tem hierarquia de níveis e suas ramificações
podemos utilizá-los para transportar, de forma transparente, os dependem do nível que está.
diversos protocolos ou para melhorar a eficiência espectral da
rede através de seus recursos.
A interface de rede (aggregation) está estruturada sobre as
recomendações da ITU-T G.709 e por esse motivo só são
compatíveis com equipamentos que suportem essas
características.
Uma vantagem do uso da tecnologia OTN é que podemos
ter vários caminhos ópticos dentro de uma única fibra óptica,
sendo que cada caminho pode transportar várias seções OTS e
Figura 10: Topologia Cascata
OMS com diferentes tipos de payloads.
A topologia de uma rede é a forma de organização que as
localidades geográficas foram interligadas. Esse arranjo é uma 3) Topologia em anel
combinação da disposição da estrutura física e lógica. Os A Figura 11 representa um cenário com topologia em anel.
modelos de topologias utilizados no mercado de Essa topologia permite que endereços de interesse sejam
telecomunicações estão listados neste documento, sendo que interligados em série até que todos os elementos estejam
os últimos dois modelos não serão abordados para uso de conectados a outros dois elementos deste mesmo anel. Essa
OTN. topologia permite proteção lógica e física e tráfego
• Topologia ponto-a-ponto (line) unidirecional ou bidirecional.
• Topologia cascata
• Topologia em anel (ring)
• Topologia em estrela (star)
• Topologia em malha (mesh)
• Topologia de rede mista (hybrid)
• Topologia tipo arvore (tree)
• Topologia de barramento (bus)
5) Topologia em malha
A topologia da rede em malha é semelhante a um grafo, pois
um elemento pode ter uma, duas ou mais conexões com os
demais elementos desta rede. A topologia em malha é
representada na Figura 13.
REFERÊNCIAS
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Internet. URL: http://www.slideshare.net/eksingh1/optical-fiber-
52519883, acessado em 12 de maio de 2016.
[2] GONÇALVES PEREIRA, Rafael José. Fibras Ópticas e WDM (on-
line). Disponível na internet. URL:
http://www.gta.ufrj.br/grad/08_1/wdm1/Atenuaoelimitaesdasfibrasptica
s.html, acessado em 05 de setembro de 2016.
[3] GORDON, J.P.. PMD Fundamentals: Polarization Mode Dispersion In
Optical Fibers, PNAS (on-line). Disponível na internet. URL
http://www.pnas.org/content/97/9/4541.full, acessado em 05 de
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[4] CIENA. Rede de transporte óptico (OTN) (on-line). Disponível na
internet. URL: http://www.ciena.com.br/technology/optical-transport-
network, acessado em 30 de maio de 2016.
[5] VERRANT, Jeff. Advances in Optical Networking (on-line). Disponível
na internet. URL: http://slideplayer.com/slide/7077379, acessado em 30
de maio de 2016.
[6] ITU. Recommendation ITU-T G.709/Y.1331 (on-line). Disponível na
Internet. URL: https://www.itu.int/rec/T-REC-G.709/em, acessado em
30 de maio de 2016.
[7] BERNAL FILHO, Huber. Redes SDH (on-line). Disponível na Internet.
URL: http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialrsdh/default.asp,
acessado em 12 de maio de 2016.
[8] CPQD. Amplificador óptico híbrido para redes WDM reconfiguráveis
com formatos de modulação avançados e recepção coerente (on-line).
Disponível na Internet. URL:
https://www.cpqd.com.br/cadernosdetecnologia/Vol7_N2_jul_dez_2011
/pdf/artigo4.pdf, acessado em 26 de novembro de 2016.
[9] WORDPRESS, OTN Layers (on-line). Disponível na Internet. URL:
https://telebasics.wordpress.com/tag/otn-layers, acessado em 30 de maio
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[10] ITU. Optical Transport Network (OTN) Tutorial (on-line). Disponível
na Internet. URL: https://www.itu.int/ITU-
T/studygroups/com15/otn/OTNtutorial.pdf, acessado em 26 de
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[11] ITU. Recommendation ITU-T G.709/Y.1331 (on-line). Disponível na
Internet. URL: https://www.itu.int/rec/T-REC-G.709-200102-S/en,
acessado em 26 de novembro de 2016.
[12] ITU. Recommendation ITU-T G.709/Y.1331 (on-line). Disponível na
Internet. URL: https://www.itu.int/rec/T-REC-G.709-200303-S/en,
acessado em 26 de novembro de 2016.