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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL


UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA
______________________________________________________
Elaine de Mattos Pires Rodrigues

Unidade Didática

A HISTÓRIA DA QUÍMICA DE MANEIRA DIVERTIDA

__________________________________
Londrina
2016
Elaine de Mattos Pires Rodrigues

Unidade Didática

A HISTÓRIA DA QUÍMICA DE MANEIRA DIVERTIDA

Produção Didático - Pedagógica


apresentado ao Programa de Desen-
volvimento Educacional - PDE do Go-
verno do Estado do Paraná.

Orientadora: Profª Drª Eliana Aparecida Silicz Bueno

Londrina
2016
Título: A História da Química de maneira divertida.

Autor: Elaine de Mattos Pires Rodrigues

Disciplina/Área: Química
Escola de Implementação do Colégio Estadual Padre José de Anchieta.
Projeto e sua localização:
Município da escola: Apucarana.

Núcleo Regional de Educação: Apucarana


Prof.ª Drª Eliana Aparecida Silicz Bueno.
Professor Orientador:
Instituição de Ensino Superior: Universidade Estadual de Londrina-UEL.
Relação Interdisciplinar: Não há.
Inserido no PDE, Programa de Desenvolvimento
Resumo:
Educacional do Estado do Paraná, esta Unidade
Didático-Pedagógica foi elaborada está articu-
lada ao Projeto de Intervenção Pedagógica intitu-
lado “A História da Química de maneira diver-
tida”. É nesse contexto que esta proposta PDE
pretende contribuir com o ensino de Química, por
meio da aplicabilidade de recursos pedagógicos
e de referenciais teóricos direcionados a utiliza-
ção de jogos didáticos nas aulas de Química.
Desta forma, o presente projeto PDE intitulado:
“A História da Química de maneira divertida”,
será desenvolvido com alunos do 1º Ano do En-
sino Médio do Colégio Estadual Padre José de
Anchieta, localizado no município de Apucarana-
PR, cuja metodologia será desenvolvida por meio
de atividades lúdicas onde o processo de ensino
aprendizagem ocorrerá de forma contextualizada
envolvendo a participação dos alunos para cons-
truírem o conhecimento químicos de forma cria-
tiva, interessante, motivadora, participativa, a fim
de proporcionar uma aprendizagem significativa.
Ensino de Química, Ludicidade. Jogos.
Palavras-chave:
Formato do Material Didático: Unidade Didática.
Público: Alunos do 1º Ano Ensino do Médio.
Apresentação

A Produção Didático-Pedagógica faz parte do projeto ofertado pela Secre-


taria de Educação do Estado do Paraná, o Programa de Desenvolvimento Educa-
cional. O PDE é um programa de formação continuada em rede que integra as
Escolas às IES, tendo por objetivo principal proporcionar aos professores da rede
pública estadual subsídios teórico-práticos para o desenvolvimento de ações edu-
cacionais sistematizadas, que possam ser avaliadas em seu processo e em seu
produto e que resultem em redimensionamento de sua prática educativa.
A História da Química tem uma grande importância dentro da Ciência, por
meio dela podemos refletir a respeito do progresso que o homem realizou no de-
correr dos séculos, adquirindo experiência, investigando e descobrindo fatos que
fizeram com que o modo de vida de seguidas gerações pudessem ser melhoradas
e perpetuadas.
No contexto atual, um dos maiores desafios para ensinar química no Ensino
Médio é propor a articulação entre o conhecimento ensinado ao cotidiano dos alu-
nos, visto que esta ausência gera apatia, pois consideram a química uma disciplina
difícil que exige muita memorização, desmotivando a participação, o interesse,
comprometendo assim, o sucesso escolar.
Um tema que tem sido muito discutido na literatura e sempre com excelen-
tes resultados é o uso de jogos como suportes didáticos no ensino. Seja qual for o
contexto aplicado, por ser uma ação divertida a utilização do lúdico no processo
ensino-aprendizagem é uma alternativa interessante que provoca, questiona e en-
tretém o aluno com o objetivo de fazê-lo aprender o conteúdo em estudo.
Desta forma, torna-se essencial que os professores compreendam o real
significado da educação lúdica, a fim de aplicar os jogos de forma adequada no
contexto das aulas de química articulado a proposta pedagógica, aos conteúdos
estruturantes e básicos desta disciplina por meio de aulas práticas, teóricas e ex-
positivas, contribuindo assim com o processo de ensino-aprendizagem.
Nesta perspectiva, ao desenvolver o conteúdo, cabe ao professor propor-
cionar os fundamentos teóricos, a fim de que os alunos se apropriem do conheci-
mento científico de química e que desenvolvam atitudes de comprometimento com
a cidadania.
É nesse contexto que esta proposta PDE pretende contribuir com o ensino
de Química, por meio da aplicabilidade de recursos pedagógicos e de referenciais
teóricos direcionados a utilização de jogos didáticos nas aulas de Química.
De acordo com a DCEs de Química (2008, p.50), o objetivo do ensino de
Química é “preparar o aluno para se apropriar dos conhecimentos químicos sendo
capaz de refletir criticamente sobre o meio em que está inserido”.
Ao delinear os vários aspectos envolvidos na problemática desta proposta,
a elaboração deste proposta didática pretende garantir o aprendizado de conteúdo
considerável por parte de seus alunos ao abordar o lúdico na disciplina de Química.
Aspectos pedagógicos assinalam uma transformação na práxis pedagógica do pro-
fessor em relação a disseminação do conhecimento químico articulado ao uso do
lúdico nas aulas de química. Assim surgem algumas questões e inquietações para
nortear o presente estudo: Quais as vantagens de proporcionar um ensino divertido
na disciplina de Química no contexto escolar? Quais são as estratégias didáticas
para construir um jogo didático na disciplina de Química? Como os alunos podem
aprender os conteúdos de Química por meio de jogos didáticos?
Antunes (2008) afirma que ao usar os jogos:

... os jogos devem ser utilizados somente quando a programação possibi-


litar e somente quando se constituírem em um auxílio eficiente ao alcance
de um objetivo dentro dessa programação (ANTUNES, 2008, p. 40).

Nesta perspectiva, percebe-se que o jogo somente tem validade se usado


na hora certa e essa hora é determinada pelo seu caráter desafiador, pelo interesse
do aluno e pelo objetivo proposto.
Conforme Borges e Oliveira (1999, apud SANTOS; MICHEL, 2009, p. 179),
“os jogos têm uma relação íntima com a construção da inteligência, sendo uma
ferramenta útil para o processo de motivação e para o aprendizado de conceitos”.
Desta maneira, trabalhar com jogos pode ser uma boa estratégia para mo-
tivar e ensinar. Nesta perspectiva Gardner (1985, apud MEDEIROS; FIGUEIREDO,
2010, p. 58),

a motivação intrínseca refere-se à escolha e realização de determinada


atividade por sua própria causa, por esta ser interessante, atraente ou, de
alguma forma, geradora de satisfação. Tal comprometimento é conside-
rado espontâneo, parte do interesse individual, desse modo, a participa-
ção na tarefa é a principal recompensa, não sendo necessárias pressões
externas. O indivíduo intrinsecamente motivado procura novidade, entre-
tenimento, satisfação da curiosidade, oportunidade para exercitar novas
habilidades e obter domínio.

Assim, o professor ao utilizar os jogos consegue identificar dificuldades e


mediar a aprendizagem dos conteúdos disciplinares por meio deste recurso. De
acordo com Cunha (2012, p. 97), os jogos, no ensino médio,

permitem também que os estudantes, durante a atividade, participem da


avaliação do próprio jogo, de seus companheiros e façam uma autoavali-
ação do seu desempenho. Esse movimento acontece automaticamente
durante a atividade como uma forma de autocontrole das ações e do pró-
prio andamento do jogo. Em relação ao professor, mesmo quando na po-
sição de observador de todo o processo, ele ganha um espaço precioso
de avaliação do desempenho dos seus estudantes, tanto no que se refere
às habilidades cognitivas, quanto ao que se refere às habilidades afetivas
dos estudantes. Por outro lado, é importante que o professor intervenha
na ação do jogo no momento em que ocorre algum erro, pois é nesse
momento que o estudante tem a oportunidade de refletir sobre o assunto
em questão e progredir na sua formação.

O uso de jogos nas aulas de química é uma das estratégias possíveis para
a construção do conhecimento, não devendo ser vista, entretanto, como a solução
para os problemas do seu ensino.
Segundo Santana (2006), a atividade lúdica no Ensino Médio é uma prática
privilegiada que visa o desenvolvimento pessoal, a atuação cooperativa na socie-
dade, a fim de atrair, estimular e motivar a aprendizagem. Pode ser definida como
uma ação prazerosa e divertida, a fim de subsidiar a construção do conhecimento
cognitivo indispensável na formação de alunos conscientes, papel fundamental da
escola.
Desta forma, o ensino de Química não deve apresentar respostas prontas
e bem articuladas, ele deve acontecer por meio de jogos e atividades que proble-
matizem e desafiem o aluno, conduzindo-o na construção do conhecimento cientí-
fico. Este ensino deve ser apresentado ao aluno como uma linguagem que lhe pos-
sibilitará interagir de maneira livre, com o ambiente e o mundo.
O Ensino de Química de acordo com estudos de Gazola (2010), necessita
a importância da aplicação de atividades lúdicas na disciplina de Química, demons-
trando que este tipo de atividade pode ser viável e auxiliador no processo de apren-
dizagem.
Dessa forma, as Diretrizes Curriculares (2008) têm como objetivo subsidiar
reflexões sobre o ensino de Química, bem como possibilitar novos direcionamentos
e abordagem da prática docente no processo ensino-aprendizagem, para formar
um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir cri-
ticamente sobre o meio em que está inserido.
Nesta perspectiva, Soares (2003) define as atividades lúdicas como uma
ação divertida (SOARES, 2008, p. 3). Já o autor Almeida et al. (2011, p. 3) afirma
que o jogo é muito importante, e dentro do processo ensino-aprendizagem é uma
ótima ferramenta, pois além da diversão ele pode consolidar aprendizagem. Piaget
(1975, p. 54) explica que os jogos em si não carregam a capacidade de desenvol-
vimento conceitual, mas percebe que estes suprem algumas funções e necessida-
des essenciais ao desenvolvimento intelectual e aprendizagem do aluno.
De acordo com Soares (2008) o jogo é por si só polissêmico, ou seja, ao
ouvir a palavra jogo, este nos remete a uma infinidade de definições, nem sempre
adequados. Mesmo que recebam a mesma definição, os jogos têm suas variedades
e especificidades, o que dificulta a sua definição (SOARES, 2008, p. 2).
Brougere (1998, p. 4) define o jogo da mesma forma que o “vocabulário
científico define como atividade lúdica”. A atividade lúdica está presente no jogo, a
fim de promover o divertimento ao prazer. Lúdico no dicionário Houaiss refere-se o
que é relativo ao jogo, brinquedo.
Nesse sentido, a brincadeira, o jogo, o lúdico, ou seja, todas atividades que
envolvam a ludicidade, desempenha acesso primordial ao desenvolvimento cogni-
tivo, ao enriquecer, prover e diversificar as possibilidades experimentais e táteis do
sujeito (SOARES, 2008, p. 4).
Soares (2008, p.5) ainda salienta que

quando se brinca não se tem consciência de que está havendo uma apren-
dizagem, uma assimilação de algum tipo de conhecimento ou a absorção
de outros subsídios ao desenvolvimento intelectual. Brinca-se por que é
prazeroso.

Desta forma, o professor precisa assumir a crença no poder de transforma-


ção que o lúdico pode trazer para a educação e o brincar deve ser visto como um
potencializador do desempenho do educador que sabe e gosta de brincar, que
eleva e respeita o potencial de cada indivíduo (OLIVEIRA et al., 2007, p. 6).
O desafio então é usar esses recursos didáticos com responsabilidade e
maturidade saindo do discurso para efetivação do processo de mudança do ato de
aprender e ensinar voltados para as necessidades dos alunos (OLIVEIRA et al.,
2007, p. 7).
O jogo quando bem elaborado ou escolhido, além de envolver o aluno é um
recurso didático importante para desenvolver habilidades como, interpretação, to-
mada de decisão, criatividade, levantamento de hipóteses e socialização.
Desta forma, o uso dos jogos no contexto escolar é uma oportunidade para
que o professor possa ministrar suas aulas de forma dinâmica e interessante ob-
tendo resultados que vão além da aprendizagem de conceitos e ideias matemáti-
cas, pois contribui para a formação pessoal dos estudantes.
Neste viés, esta Produção Didático-Pedagógica tem como finalidade a im-
plementação de uma Unidade Didática resultante dos estudos realizados no PDE,
junto aos alunos do Colégio Estadual Padre José de Anchieta, matriculados no1º
Ano Ensino Médio. A proposta está ancorada nas orientações contidas nas Diretri-
zes Curriculares Educacionais do Estado do Paraná (PARANÁ, 2008) e na Pro-
posta Pedagógica Curricular do Ensino Médio (PARANÁ, 2006), que asseguram o
trabalho pedagógico realizado pelo professor com vista ao Projeto Pedagógico e
ao perfil sócio-econômico-cultural dos alunos desta comunidade.
CARO PROFESSOR!

A presente atividade é parte integrante do Programa de Desenvolvimento


Educacional - PDE, para o qual se faz necessária à elaboração de uma Produção
Didático-Pedagógica relativa ao objeto de estudo. Por exigência do Programa, é
imprescindível estar relacionada com o Projeto de Intervenção Pedagógica na
Escola, conforme a disciplina de Ingresso, sendo acompanhada pelo Professor
Orientador.
Essa Produção Didático-Pedagógica está sendo elaborada com a intenção
de utilizá-la como material didático, enquanto estratégia metodológica, pela
professora PDE Elaine de Mattos Pires Rodrigues em sua implementação no
Colégio Estadual Padre José de Anchieta, localizado no município de Apucarana-
PR, e, depois, disponibilizá-la aos demais professores da Rede Estadual de Ensino.
A aplicação da Intervenção Pedagógica acontecerá com a turma do 1º Ano Ensino
do Médio.
Desta forma, esta Unidade Didática pretende fornecer subsídios aos pro-
fessores de Química para ampliar seus conhecimentos e refletir sobre o ensino de
química aprimorando sua práxis pedagógica, para que possam planejar atividades
metodológicas utilizando estratégias lúdicas para ensinar a história da química de
maneira divertida, a fim de propor o uso de jogos didáticos como estímulo para
propiciar o desenvolvimento criativo e espontâneo relacionando-os ao cotidiano dos
alunos em sala de aula.
Desejo que você professor tenha excelentes resultados com a utilização
deste material didático na escola.
De acordo com as DCEs de Química (2008), para compreendermos a im-
portância do Ensino de Química, é fundamental resgatar fatos marcantes da história
sobre o conhecimento químico em suas inter-relações política, social e econômica.

Objetivo

Levar os alunos ao conhecimento mais detalhado da “História da Química”,


por meio da apresentação da metodologia da Unidade Didática, utilizando - se
de slides e vídeos que abordará a importância dos mesmos para uma deter-
minada época.

Materiais utilizados:

Apresentação de Slides sobre o tema;


TV Pendrive: Vídeo Introdução a Química;

Procedimentos:

Estudar a história da Química por meio da apresentação de Slides;

Assistir ao vídeo sobre o conteúdo de estudo História da Química; Marie Curie;


Introdução a Química;
Carga Horária: 2 aulas
A História Química da Humanidade | Animação
O vídeo traz por meio Acesse: https://youtu.be/XiGtOFEsCC0

Curie
Marie Curie por meio do Projeto Conteúdos Digitais Multimídia (CONDIGITAL), lan-
çado pelo Ministério da Educação, a PUC-Rio elaborou um excelente conteúdo
educacional voltado para o processo ensino-aprendizagem dos conteúdos de QUÍ-
MICA.
https://youtu.be/RTKs_YF14ac

AÍ TEM QUÍMICA
http://www.soq.com.br/

Carga Horária: 3 aulas

Professor!

Espera-se que ao final desta oficina os alunos compreendam a importância


do estudo da História da Química para o desenvolvimento da humanidade.
A História da Química tem uma grande importância dentro da Ciência, por
meio dela podemos refletir a respeito do progresso que o homem realizou no de-
correr dos séculos, adquirindo experiência, investigando e descobrindo fatos que
fizeram com que o modo de vida de seguidas gerações pudesse ser melhoradas e
perpetuadas.
Objetivo

Conhecer de forma mais detalhado a “História da Química”, por meio do estudo


da teoria apresentada por meio do conteúdo proposto na apostila e do acesso ao
site Portal da Química que abordará a trajetória desta disciplina em diferentes
momentos históricos, em sua composição ideológica, os colaboradores, a limita-
ção dos cientistas, e a importância dos mesmos para uma determinada época.

Materiais utilizados:

Material Impresso com conteúdo História da Química;


Internet pesquisa no site Portal de Química - Só Química;

Procedimentos:

Assistir ao vídeo sobre o conteúdo de estudo História da Química;

Acessar o site http://www.soq.com.br/ e navegar no menu esquerdo na aba Mate-


rial de Apoio e viajar um pouco mais pela História da Química.

Dividir ludicamente a turma em duas equipes;


A EVOLUÇÃO DA QUÍMICA
Falar da evolução histórica da Química não é tarefa fácil. Sempre que tenta-
mos escrever algo a respeito corremos algum risco. Para nós, o que deve ser priori-
zado pode ser algo de menor importância para outros. Sempre fazemos um recorte
quando somos
somos incumbidos
incumbidosde
defalar
falarsobre
sobreum
umdeterminado tema.
determinado tema. Ao preparar esse
material,Ao preparar
várias esse material,
questões vieram à várias questões
tona, “O vieram à tona,
que é importante “O que
ressaltar é importante
sobre a evolu-
ressaltar daaQuímica?”;
sobre
ção histórica evolução histórica da Química?”;
“Para professores “Para alunos
da Educação Básica, que tipo
do Ensino de infor-
Médio que
mação
tipo é necessária
de informação a respeito adeste
é necessária tema?”;
respeito deste“Qual
tema?linha de pensamento seguir?”.
Conhecer
Sabemos tais aspectos
que os aspectos citados
histórico, é de suma
filosófico importância para
e epistemológico nossa compreen-
da Química são pouco
são sobre anos
explorados Química.
cursosEntender comoinicial
de formação a Química evoluiu como
de professores, fato ciência, quais paradig-
que é lamentável. Co-
mas foram
nhecer taismodificados, quaiséteorias
aspectos citados de sumaforam refutadas,para
importância os contextos políticos, sociais,
nossa compreensão sobre
econômicos, filosóficos,
a Química. Entender comoe até religiosos
a Química em que
evoluiu emergiram
como as teorias,
ciência, quais faz com
paradigmas que
foram
ampliemos nosso
modificados, quaisentendimento
teorias foramderefutadas,
como uma osciência se constitui
contextos políticos,e sociais,
evolui. econômi-
cos, filosóficos, e até religiosos em que emergiram as teorias, faz com que ampliemos
O conhecimento
nosso entendimento químico
de como uma ciência na era pré-científica
se constitui e evolui.

A QuímicaO
estuda as transformações
conhecimento químicoda
namatéria. No início do desenvolvimento
era pré-científica
humano os primeiros instrumentos que dispunha para atender às necessidades mais
prementes
A Química de sua existência
estuda eram construídos
as transformações comNogalhos
da matéria. início de
doárvore, ossos, pedras
desenvolvimento hu-
brutas
mano ose trabalhadas, dentes, chifres,
primeiros instrumentos que todos eles para
dispunha materiais obtidos
atender diretamente damais
às necessidades na-
tureza.
prementes de sua existência eram construídos com galhos de árvore, ossos, pedras
brutas eDeste modo, nesta
trabalhadas, etapa
dentes, inicial
chifres, do eles
todos desenvolvimento humano,
materiais obtidos não havia
diretamente co-
da na-
nhecimento químico
tureza. Deste modo, envolvido.
nesta etapaÉ difícil
inicial afirmar quando o homem
do desenvolvimento realizou
humano, não ahavia
primeira
co-
transformação da matéria
nhecimento químico que pudesse
envolvido. ser entendida
É difícil afirmar quando como um realizou
o homem conhecimento quí-
a primeira
mico. É provável
transformação daque uma das
matéria queprimeiras
pudesse transformações químicas
ser entendida como um realizadas peloquí-
conhecimento ho-
mem, embora
mico. É não
provável intencional,
que esteja associada
uma das primeiras ao uso do
transformações fogo, utilizado
químicas nopelo
realizadas forneci-
ho-
mento de calornão
mem, embora e luz, e no cozimento
intencional, estejade alimentos.
associada ao uso do fogo, utilizado no forneci-
Qual
mento de não
calor deve
e luz, ter cozimento
e no sido a surpresa do homem
de alimentos. Qualprimitivo
não deveemterobservar que em
sido a surpresa
decorrência da açãoem
do homem primitivo do observar
fogo a madeira
que emse transformava
decorrência em cinzas,
da ação a aareia
do fogo tomava
madeira se
forma de vidroem
transformava ao ser resfriada
cinzas, e otomava
a areia barro se tornava
forma mais resistente!
de vidro A partir
ao ser resfriada e disso deve
o barro se
ter resultado
tornava mais oresistente!
surgimento do domínio
A partir das técnicas
disso deve de fabricação
ter resultado de vidro
o surgimento e utensílio.
do domínio das
técnicas de fabricação de vidro e utensílio.
No tocante ao uso de metais para a produção de utensílios, por técnicas pri-
mitivas como o martelamento, provavelmente se iniciou com aqueles metais encontra-
dos em forma pura na natureza, como o ouro e cobre. Por serem relativamente moles,
podiam ser moldados pela técnica do martelamento, que além da moldagem, aumen-
tava a dureza e resistência dos utensílios produzidos.
Como um dos exemplos mais antigos de objeto obtido por esta técnica, tem-
se um colar de cobre encontrado no norte do Iraque, datado de 8700 A.C. Alguns
utensílios de ferro produzidos por estas técnicas primitivas, provavelmente utilizavam
ferro proveniente de meteoritos, constituídos de ferro praticamente puro, que atingiram
e atingem continuamente a superfície do planeta.
O domínio destas técnicas primitivas de metalurgia permitiu a substituição gra-
dativa dos instrumentos que o homem desenvolveu ao longo do período. Posterior-
mente, o homem deve ter observado que o aquecimento da mistura de certas rochas
com o carvão das fogueiras levava à fusão, permitindo o isolamento e obtenção de
materiais hoje identificados como chumbo e cobre, dando origem às operações meta-
lúrgicas.
Sabe-se hoje que as rochas empregadas inicialmente pelo homem eram mi-
nerais, constituídos principalmente por óxidos metálicos. Posteriormente, a observa-
ção e a experimentação levaram à incorporação dos sulfetos metálicos como fonte de
metais, como no caso do chumbo, obtido a partir de seu sulfeto, mineral conhecido
como galena. Prosseguindo com suas experiências metalúrgicas, ao fundir juntos mi-
nerais diferentes encontrados na região em que vivia, o homem descobriu que o pro-
duto final tinha propriedades mais interessantes que cada um dos metais isolados.
Assim teve início o uso das ligas metálicas na produção de utensílios. Pelos
dados obtidos a partir de objetos metálicos antigos, encontrados e datados, provavel-
mente as primeiras ligas envolviam cobre e arsênio. Posteriormente, verificou-se que
a adição de estanho ao cobre dava origem ao bronze, um material facilmente moldável
e resistente, utilizado até hoje.
Um passo importante no desenvolvimento do conhecimento do homem na
área da metalurgia, fruto de sua inteligência, capacidade de observação e inventivi-
dade, foi a utilização de moldes esculpidos em pedra, em cera de abelha e em argila,
para receber o metal fundido.
Após o resfriamento do material, obtinha-se o objeto com as formas e dimen-
sões desejadas. Nascia assim a técnica de fundição, importante na obtenção de uten-
sílios cada vez mais elaborados.
Na cultura ocidental, o objeto mais antigo de que se tem registro é uma rã
fundida em cobre, datada de 3200 A.C, encontrada na região da Mesopotâmia, feita
de cerâmica.
A descoberta de que temperaturas mais elevadas podiam ser obtidas pelo for-
necimento de mais ar ao carvão da fogueira, e a posterior introdução do fole nos fornos
das fundições, possibilitou o trabalho com metais com temperaturas de fusão superio-
res a que se podia atingir num forno comum. Dentre estes metais estava o ferro e,
posteriormente o seu derivado mais moldável a quente e mais resistente quando frio,
o aço.
A metalurgia, as técnicas de fundição e de moldagem dos diferentes metais e
ligas influíram de tal maneira no desenvolvimento da civilização, que até recentemente
Seja
era bem-vindo
usual dividiraoa SóQ!
História entre 6.000 A.C. e o início da era cristã em períodos asso-
ciados à utilização predominante de um metal.
Acesse no Menu esquerdo em Material de apoio o conteúdo História da química
Hoje esta divisão está praticamente abandonada, por duas razões principais.
A primeira delas é que o acesso às informações no período que antecedeu o surgi-
mento da escrita em aproximadamente 5.550 a.C. são baseadas principalmente em
informações obtidas através de análise de pinturas primitivas e objetos antigos encon-
trados em escavações. Tais informações obtidas nem sempre foram possíveis de se-
rem associadas, sem margem de dúvida, à uma época precisa. A segunda, e principal
razão, é que os conhecimentos relacionados ao uso de um metal não surgiram ao
mesmo tempo entre os diferentes povos da época.
Os diferentes estágios de conhecimento/evolução dos povos, aliado à dificul-
Conhecer de forma mais detalhado a “História da Química”, por meio do estudo da te-
dade de divulgação das informações, fizeram com que o domínio de uma determinada
oria apresentada por meio do conteúdo proposto na apostila e do acesso ao site
técnica surgisse em diferentes épocas entre os diferentes povos. Apesar disto, por ser
que abordará a trajetória deste jogo proporcionará em seus momentos históricos, em
útil ter uma ideia aproximada da linha do tempo envolvida no uso dos metais e sua
sua composição ideológica, os colaboradores, a limitação dos cientistas, e a importân-
relação com a evolução da humanidade.
O Quadro a seguir apresentada a divisão da História em períodos relaciona-
dos com o desenvolvimento das operações metalúrgicas.
Nome da Conhecimentos e Idade Período Estimado Conhecimentos e Operações

COBRE 6.000 AC a 3.000 AC Início das operações meta-


lúrgicas, utilização de ouro e
cobre nativos, uso da prata e
das ligas de ouro e prata, ob-
tenção de cobre e chumbo a
partir de seus minérios, de-
senvolvimento das técnicas
de fundição

BRONZE 3.000 AC a 1.200 AC Isolamento de estanho a


partir de seus minérios, pre-
paração de diferentes tipos
de bronze e sua utilização na
produção de utensílios e es-
pelhos, introdução do fole
nas operações de fundição.

FERRO 1.200 AC a Início da Era Produção de aço, cunhagem


Cristã de moedas, uso de amálga-
mas.

Quadro 1: Relação das “Idades” ou “Eras” com o desenvolvimento de conhecimentos.

Quadro 1 - Um caso histórico bem documentado - O homem do Gelo.

Em setembro de 1991 um grupo de turistas encontrou o corpo congelado de


um homem, perto da fronteira entre a Áustria e a Itália e da localidade de Hauslabjock.
O corpo foi encontrado na Geleira Schalstal, na região dos Alpes Otztal, razão pela
qual foi apelidado de Ötzi. O corpo estava surpreendentemente bem conservado, com
vestimentas, cabelo e equipado com diversos objetos de uso pessoal, como arco, fle-
chas, machadinha de cobre, faca. A análise posterior do corpo, e a datação pela téc-
nica de carbono-14 mostraram que o corpo era de um homem de aproximadamente
45 anos, que viveu em 3300 A.C., tendo, portanto, 5.300 anos de idade. Mais recen-
temente, exames por técnicas de tomografia indicaram que a causa de sua morte foi
hemorragia interna intensa, causada por uma flecha que o atingiu no lado esquerdo
das costas.
A análise de sua machadinha mostrou que ela é constituída de cobre pratica-
mente puro, um utensílio altamente cobiçado na época em que viveu. Análises feitas
em seus cabelos mostraram um nível muito elevado de arsênio. Estes dois dados em
conjunto sugerem que Ötzi participava ativamente da metalurgia de cobre, obtido a
partir da fusão de seus minérios.
Atualmente o corpo está preservado em instalações refrigeradas especiais e
exposto no Museo Archeologico Dell’Alta Adige (http://www.archaeologiemu-
seum.it/en/oetzi-the-iceman), localizado em Bolzano, Itália. Quanto ao corpo e objetos
encontrados ao seu redor, as pesquisas continuam, visando obter informações que
indiquem sobre seu modo de vida, estado de saúde, alimentação, tipos de objetos,
vestimentas e tipos de tecidos, entre outros.
Quadro 2 - Conhecimento Químico e os Alimentos

Sem dúvida, uma das grandes dificuldades enfrentadas pelo homem pré-his-
tórico residia na obtenção e conservação de alimentos. Sem um meio de conservar os
alimentos obtidos, geralmente através da caça, o homem se via na necessidade cons-
tante de obter mais alimentos.
As primeiras informações existentes sobre conservação de alimentos envolve
a técnica de salga de carnes com sal marinho obtido diretamente da água do mar.
Com este tratamento, o tempo de conservação das carnes foi bastante aumentado,
permitindo estocagem de alimentos nas épocas em que eram mais abundantes.
Posteriormente, com o uso do fogo, descobriu-se o método de conservação
por defumação, método no qual a carne é submetida à fumaça originada pela queima
incompleta de madeira de certas árvores. Referência a este tipo de método de conser-
vação é mesmo descrito por Homero, em 99 A.C., em sua Odisseia.
Outro conhecimento químico que teve importância na área de alimentos re-
fere-se às técnicas de fermentação, inicialmente de sucos naturais contendo açúcar,
originando os vinhos. Há indícios de que cerveja, obtida a partir da fermentação de
grãos de cevada, já era produzida ao redor de 6.000 A.C. na região da Mesopotâmia.
O que é certo é que em torno de 4.000 A.C. o homem já dominava as técnicas de
produção de vinho e cerveja. As bebidas alcoólicas, além do papel como alimento,
desempenharam diferentes papéis em cada civilização, em algumas atuando como
medicamento e em outras tendo papel em cerimônias religiosas.
Quadro 3 - O conhecimento Químico e as Artes

As técnicas de produção de pigmentos para os homens primitivos envolviam


geralmente o uso de minerais de diferentes cores, carvão, argila, que depois de moído,
eram dispersos em meios como a clara de ovo e goma-arábica (cola de origem vege-
tal). Aparentemente os pigmentos se destinavam a fins estéticos e pinturas corporais
dos homens primitivos. Apesar da aparente simplicidade destes pigmentos, desenhos
feitos com eles resistem à ação do tempo há mais de 15.000 anos, permitindo o regis-
tro de hábitos do homem primitivo e do meio que o cercava. São exemplos destas
pinturas as encontradas em cavernas da França e Espanha, assim como em paredões
da região de São Raimundo Nonato, no Piauí.

A concepção sobre o cosmo e a composição da matéria na antiguidade

A preocupação sobre a constituição do cosmo e a matéria que o forma é an-


tiga, havendo registros sobre o assunto já entre os povos que habitavam a Mesopotâ-
mia. No entanto, as ideias que tiveram maior impacto sobre o desenvolvimento futuro
da ciência moderna estão ligadas aos filósofos gregos antigos, através de duas teorias
sobre a constituição da matéria, o Atomismo e a Teoria dos Quatro Elementos. A abor-
dagem empregada nestes dois modos de descrição do mundo natural era baseada no
raciocínio, ao invés do empirismo, não se preocupando com a verificação prática de
suas hipóteses e conclusões. O Atomismo grego está ligado aos nomes de Leucipo
de Mileto (nascido ao redor de 500 A.C.) e Demócrito de Abdera (470/460 – 370/360
AC). Demócrito foi discípulo e depois sucessor de Leucipo. Embora a Demócrito seja
atribuída uma produção grande, nenhuma obra sua, ou de Leucipo, chegaram até os
dias de hoje. Assim, tudo que se sabe sobre suas obras vem de citações em obras de
outros autores.
Leucipo afirmava que o universo é infinito, formado por uma parte vazia e uma
parte cheia. Na parte cheia do universo, que representa a matéria, estariam as partí-
culas fundamentais, em movimento contínuo no vazio, regido pela razão e necessi-
dade. Por falta de documentação escrita, e a ligação estreita entre o mestre o discí-
pulo, torna-se praticamente impossível determinar qual o papel desempenhado por
cada um no estabelecimento do Atomismo.
Acredita-se que Demócrito tenha sido responsável pela expansão dos concei-
tos de Leucipo, e tenha postulado que as partículas fundamentais de Leucipo são os
átomos (do grego, a: partícula de negação, e tomos: divisão, com átomo significando
não divisível). Segundo Demócrito, o cosmo – que inclui o mundo e todas as coisas,
inclusive a alma – é formado por um turbilhão de átomos de diferentes formatos em
movimento constante, regido pela razão e necessidade, infinitos em número e essên-
cia, um para cada tipo de elemento existente.
As qualidades que os corpos possuem tais como cor, sabor, odor, forma, são
decorrentes de suas propriedades extrínsecas, pois os átomos só têm propriedades
geométricas, forma e grandeza. Com os choques entre eles, alguns átomos se unem
para formar um corpo diferente, devido às suas características coincidentes. Por vezes,
os choques entre os átomos não resultam em transformações, por que suas formas
não se encaixam.
Dessa maneira, dessas interações entre os átomos ocorreria a formação de
todas as coisas que conhecemos, que depois se dissolveriam no mesmo turbilhão de
átomos das quais surgiram. Na concepção de Demócrito o cosmo não é determinado
por um poder que está acima dele, e que o submetesse a algum plano ou finalidade,
tal como deuses. Por esta razão Demócrito é considerado o primeiro filósofo materia-
lista da História.
Uma análise das ideias de Demócrito indica que o raciocínio que o teria levado
a propor a existência do átomo, uma parte da matéria após a qual não poderia mais
ocorrer divisão da mesma é o seguinte: o movimento da matéria pressupõe a existência
do vazio, no qual a matéria se desloca; se fosse possível dividir a matéria infinitamente
em partes cada vez menores no vazio, ela não teria consistência, e nada poderia se
formar a partir da diluição cada vez maior da matéria no vazio.
Daí, para explicar a existência do cosmo tal como o conhecemos, concluiu que
a divisão da matéria não pode ser infinita, e que há um limite indivisível, o átomo. A
outra teoria sobre a constituição do cosmo, a Teoria dos Quatro Elementos, está asso-
ciada aos nomes de Empédocles e Aristóteles. Empédocles (495/490 – 435/430 A.C.)
propôs que a matéria seria constituída por quatro princípios: água, ar, fogo e terra.
Aristóteles (384-322 AC) se opôs ao Atomismo, e adotou e ampliou a ideia de Empé-
docles, propondo que existiria uma matéria prima que constituiria a base de formação
de todas as substâncias existentes.
Esta matéria-prima seria formada pelos quatro elementos propostos por Em-
pédocles. Cada um destes elementos, por sua vez, seria formado por duas de quatro
qualidades: quente, frio, seco e úmido. As combinações destas quatro qualidades, duas
a duas, dariam origem a seis pares distintos, mas dois deles são incompatíveis –
quente/frio, seco/úmido - pois um corpo não pode ser ao mesmo tempo quente e frio,
ou seco e úmido. Estas ideias são representadas pelo esquema abaixo, no qual os
elementos e as qualidades são dispostos em pares antagônicos.

O elemento fogo, por exemplo, é caracterizado pelas qualidades quente e


seco, enquanto que o elemento terra pelas qualidades seco e frio. Nesta interpretação,
as transformações da matéria são decorrentes das mudanças de suas qualidades e
formas, e o elemento fogo poderia ser transformado no elemento terra, através da mu-
dança da qualidade quente para frio.

Acessar o site http://www.soq.com.br/ e navegar no menu esquerdo na


aba Material de Apoio e viajar um pouco mais pela História da Química.
Ao som de música os alunos irão participar de uma dinâmica com bexigas,
seguindo instruções da professora. Dado o sinal do apito cada aluno deverá pegar
uma bexiga e estourá-la. Dentro da bexiga haverá um papel escrito “Equipe Verde
e Amarelo”. Desta forma, as equipes serão constituídas e cada qual irá se reunir
para elaborar um questionário com perguntas e respostas que serão utilizadas no
jogo Passa ou Repassa, a partir do estudo realizado nesta oficina tendo como su-
porte a Apostila e site SóQuímica.

Carga Horária: 6 aulas

Professor!

Espera-se que ao final desta oficina os alunos tenham assimilado o conte-


údo sobre a História da Química e possam em grupo colocar em discussão e ela-
borar questões para iniciação aos jogos.
Segundo SANTANA (2006), a atividade lúdica no Ensino Médio é uma prá-
tica privilegiada que visa o desenvolvimento pessoal, a atuação cooperativa na so-
ciedade, a fim de atrair, estimular e motivar a aprendizagem. Pode ser definida
como uma ação prazerosa e divertida, a fim de subsidiar a construção do conheci-
mento cognitivo indispensável na formação de alunos conscientes, papel funda-
mental da escola.

Objetivo

Desenvolver a aprendizagem dos conteúdos sobre a “História da Química”, por


meio da confecção dos jogos pelos alunos e sua aplicabilidade como suporte
metodológico nas aulas de Química.

Materiais utilizados:

Cartolina;
Tesoura;
Cola;
Lâmpadas;
Interruptor;
Régua;
Dominó;
Computador;
Tinta Guache;
Lápis de cor;
Prato de papel;
Trigo, água para torta e corante;
Cartas com perguntas e respostas;
Dado;
Tabela Periódica;
Baralho adaptado;
Bingo;
Sucatas;
Grãos;
Procedimentos:

Confeccionar jogos didáticos em sala de aula sobre o conteúdo de estudo


“História da Química”;
Confeccionar máquina com dispositivo para acender lâmpada amarela ou
verde para utilizar no momento do jogo Passa ou Repassa;
Preparar antes do jogo a massa a base de trigo, água e corante para o
momento Torta na cara;
Confeccionar Tabuleiro e cartões para o jogo Tabuleiro da História da quí-
mica;
Fazer impressão da tabela periódica Maluca e de suas respectivas cartas
em papel cartão e colar com plástico;
Com caixas e fósforos ou dominó usado encapar cada peça com as peças
impressas para fazer o Jogo Dominó Químico;
Confeccionar cartelas para o Bingo Químico observando o modelo no Word
e depois imprimir cartelas e cartões contendo elemento Químico;
Distribuir uma Tabela Periódica colorida para cada aluno nomeando seus
respectivos elementos para que os alunos possam conhece - los.

Carga Horária: 21 aulas

1-Dividir a sala em 2 equipes: verde e amarela;

2-Os alunos deverão sentar-se em fila indiana;

3- Após conhecer as regras, dar o sinal para começa o jogo;

4-O professor será o responsável por sortear a pergunta dentro da caixa, previa-
mente elaborada pelos alunos na oficina anterior e direcionará o jogo;

5-Na 1ª vez a pergunta vale 10 pontos se estiver correta. Se a equipe errar, passa
os 10 pontos para outra equipe;
6-Se a equipe optar em repassar a pergunta, valera 5 pontos. Caso responda cor-
retamente ganhará 5 pontos, se a resposta estiver errada, passa os 10 pontos para
outra equipe;

7- A equipe que errar a resposta leva Torta na Cara;

8-Vence quem tiver a maior pontuação;

1-Dividir os alunos em duplas;


2- Jogar o dado e o aluno que tirar maior pontuação inicia o jogo;
3- As regras do jogo do Tabuleiro da História da Química serão definidas por meio
das cores do tabuleiro utilizar-se-á cinco cores diferentes para representar os diver-
sos níveis de dificuldade das possíveis questões que serão dirigidas aos participan-
tes. As cores estão divididas da seguinte forma: a cor verde representa o nível de
dificuldade iniciante, a cor laranja representa intermediário, vermelho moderado,
lilás difícil e por fim a cor preta que representa nível especialista. Além das cores
para representar os vários níveis de dificuldades o jogo ainda possui uma peculia-
ridade que nomeamos “sorte ou azar”.
4- Quando o aluno estiver posicionado nesta casa do tabuleiro o mesmo poderá
retirar um cartão que poderá conter informações relevantes para ajudar o estudante
nas resoluções das questões seguintes ou azar onde o aluno receberá uma das
diversas punições possíveis. Para se iniciar uma partida serão necessários no mí-
nimo dois alunos.
5- O objetivo do jogo é responder corretamente o máximo de perguntas possíveis
e ter sorte para chegar primeiro.
6- Para jogar é necessário um dado. Em cada jogada o aluno lança o dado para
determinar quantas casas deverá percorrer. De acordo com o resultado do dado o
aluno terá de responder uma questão sobre algum conteúdo de química com o nível
correspondente a cor da casa ou, em caso de sorte ou azar, poderá ser ajudado ou
prejudicado de acordo com as várias possibilidades.
7- O aluno que responder a pergunta que lhe foi proposta de forma incorreta ou não
souber responder ficará uma rodada sem jogar.

A próxima imagem mostra os possíveis modelos para os cartões de per-


guntas e de “sorte e azar”.
1- Estudo dos elementos químicos por meio de suas propriedades físico-químicas,
sua posição na tabela periódica e suas aplicações.

2-Uma tabela periódica colorida (Tabuleiro).

3- 36 cartas, cada uma contendo o nome de um elemento químico e suas proprie-


dades e aplicações no dia-a-dia,

4- 20 fichas de cada uma das cores: azuis, verdes, vermelhas, amarelas e pretas.

5- O jogo tem por objetivo preencher o maior número de elementos químicos na


tabela periódica.

6-Número de participantes: 3 a 5 pessoas ou equipes.

7- Como Jogar: Cada jogador recebe 10 fichas de uma mesma cor.

8- As cartas são embaralhadas e colocadas sobre a mesa com a face voltada para
baixo.

9- O primeiro participante retira uma carta e entrega ao professor (ou o jogador


leitor), este participante escolhe um número de 1-4, para que o professor (ou leitor)
leia a dica escolhida.

10- Após a leitura, a mesma pessoa que escolheu o número deve tentar acertar o
elemento químico, se ele acertar sua ficha colorida (ou da equipe) será colocada
sobre o elemento no tabuleiro e o outro jogador (ou equipe) retira outra carta. Caso
contrário, o próximo jogador, escolhe outro número de 1-4 da mesma ficha, com
exceção do escolhido anteriormente, e tenta acertar o elemento químico, dá-se
continuidade ao jogo até um dos participantes acertar ou acabarem-se as dicas.

11- No caso de ninguém acertar o elemento químico, o leitor da carta é quem coloca
sua ficha no elemento correspondente no tabuleiro.

12- Recomeça-se uma nova rodada retirando-se uma nova carta.


13- Vence o jogo quem terminar primeiro com suas fichas, portanto o objetivo do
jogo é preencher o maior número de elementos químicos na tabela periódica.
1-Primeiramente formar 8 (oito) equipes de 5 (cinco) alunos cada para a competi-
ção.

2- Serão organizados dois 2 (dois) grupos de 4 (quatro) equipes para que de cada
grupo tenha os finalistas na disputa do título de campeão.

3-As regras do Dominó Químico são as mesmas do jogo convencional de dominó


sendo que algumas alterações devem ser observadas, tais como: as peças devem
ser embaralhadas de modo que os participantes não vejam os íons; as peças de-
vem ser distribuídas e aquele que possuir a carroça de Mg2+ irá iniciar o jogo, caso
nenhum dos jogadores tenha a peça, a prioridade de carroças será Ca2+, H+, Na+,
OH-, O2-e SO42-;

4- Os jogadores seguintes deverão montar os compostos obedecendo as valências


dos íons;

5- Para pontuar, o jogador deverá dizer o nome do composto formado, cada acerto
valerá 5 (cinco) pontos, caso o jogador erre a peça ou o nome do composto, os 5
(cinco) pontos irão para o jogador anterior;

6- O jogador que terminar primeiro as peças, iniciará a próxima rodada;

7- o vencedor será aquele que somar 200 (duzentos) pontos, ou mais, ao encerrar
uma rodada;

8- Este jogo tem como objetivos: levar o aluno a memorizar os símbolos de alguns
elementos químicos e seus respectivos nomes; realizar um exercício de memória e
raciocínio; trabalhar com limitações; aprender a conviver com a existência de regras
e melhorar seu relacionamento em grupo;
1- Cada aluno deve estar em mãos sua Tabela Periódica
2-Para começar, confeccione cartelas de bingo com os elementos da tabela, como neste
formato:
3- Para fazer o sorteio, corte uma folha de papel cartão em quadrados pequenos,
e escreva os símbolos dos elementos da tabela, desta forma:

4- Mostre para os participantes do jogo a pedra que foi sorteada, pergunte se eles
conhecem aquele elemento, se sabe seu número atômico e número de massa. Se
não souberem ajude-os a identificar e conhecer essas informações analisando a
Tabela Periódica.

5- O aluno que completar a cartela de bingo primeiro receberá um prêmio escolhido


pela professora.
6- Ao encerrar o Bingo Químico os alunos terão aprendido muito sobre a famosa
tabela periódica.

Professor!

Espera-se que ao final desta oficina os alunos compreendam a importância


dos jogos como suportes pedagógicos no Ensino de Química, a fim de perceber
que estudar e aprender a História da Química pode ser algo muito divertido no En-
sino Médio.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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diferente de romper desafios. Belo Horizonte: Centro Universitário Metodista Iza-
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dizado-da-tabuada
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http://image.slidesharecdn.com/manualdeatividadesldicas-gd-130515101156-phpa
pp02/95/manual-de-atividades-ldicas-37-638.jpg?cb=1368613001
http://pt.slideshare.net/JessicaRSousa/manual-de-atividades-ldicas-gd-21210844

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