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Multimeios Aplicados à

Educação

Juliana Schiavetto Dauricio


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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Dauricio, Juliana Schiavetto


D243m Multimeios aplicados à educação / Juliana Schiavetto
Dauricio. – Londrina : Editora e Distribuidora Educacional
S.A., 2017.
96 p.

ISBN 978-85-8482-609-4

1. Educação – Efeito das inovações tecnológicas.


2. Tecnologia educacional. I. Título.
CDD 630

2017
Editora e Distribuidora Educacional S.A.
Avenida Paris, 675 – Parque Residencial João Piza
CEP: 86041-100 — Londrina — PR
e-mail: editora.educacional@kroton.com.br
Homepage: http://www.kroton.com.br/
Sumário

Tema 1 | Utilização das Novas Tecnologias no Processo de Ensino-

Aprendizagem 7

Tema 2 | Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnolo-

gia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas e Sociais Desse Uso 23

Tema 3 | Uso dos Equipamentos: Retroprojetor Multimídia/Datashow,

Lousa Digital e Acessórios 37

Tema 4 | Software de Apoio Didático: Estado da Arte 49

Tema 5 | Objetos de Aprendizagem 63

Tema 6 | Aplicações e Práticas com Multimeios 75


Convite à leitura

Bem-vindo ao Caderno de Atividades de Multimeios Aplicados à Educação,


disciplina que pretende apresentar uma abordagem que desenvolva uma visão de
possibilidades de uso das tecnologias nas aulas, trazendo também aspectos de
sua aplicação desde o ensino fundamental. Dessa forma, evidencia como é que
os professores, pensadores, estudantes e pesquisadores podem se preparar para o
dinamismo requerido para sua atualização, bem como acompanha as tendências
de novas metodologias que são, e que possam vir a ser, aplicadas em sala de aula.
É importante salientar que as tecnologias são fortes aliadas do ensino. A considerar
que a interpretação e a compreensão dos fatos e das ciências podem acontecer de
formas variadas, e visando atender cotidianamente as necessidades de formação e
os modos de fazê-la, é que o seu uso vem ao encontro de tal necessidade como
uma das formas de se inovar os métodos de ensino para um público cada vez mais
polivalente. Faça uma boa leitura!
Tema 1

Utilização das Novas


Tecnologias no Processo de
Ensino-Aprendizagem

POR DENTRO DO TEMA

1. Síntese da Evolução dos Meios de Comunicação e das Tecnologias: Um


Olhar para a Educação

Quando se pensa no significado de multimeios, o que logo vem à mente são


os meios de comunicação: rádio, telefone, TV, jornais, revistas, internet, hiperlinks
e hipertextos, ou mesmo livros, artigos científicos, estudos de casos, pesquisas,
ou seja, vários meios para transmitir mensagens e se comunicar. “Multi-” remete à
ideia de “vários”, “diversos”. “Meios”, por sua vez, refere-se ao local de veiculação ou
transmissão da informação. Tais meios são amplamente utilizados por pessoas das
mais variadas idades, por variados públicos e mercados (TAJRA, 2012).

Com isso, a sua popularização, desde o advento da comunicação via rádio em


1877 (que trouxe a possibilidade de estabelecer comunicação a longas distâncias),
serviu como base de estudos sobre a comunicação para a telefonia e para as redes
de computadores. Eles foram possíveis em virtude da junção dos conhecimentos
proporcionados por diversas ciências, tais como física, matemática, geografia,
entre outras fontes, instigando, por exemplo, as investigações acerca de suas
possibilidades de uso. E, da mesma forma, acontece de geração em geração com
as invenções e inovações daquele tempo (ANDRELO, 2012).

Nesse sentido, o MEC, através da SEED, elaborou um material didático que


traz esses recortes da evolução tecnológica, no qual há a seguinte visão aplicada
quanto ao uso dos meios de comunicação e das tecnologias de informação na
educação: “A evolução tecnológica impõe-se e transforma o comportamento
individual e social. A economia, a política, a divisão social do trabalho, em diferentes
épocas, refletem os usos que os homens fazem das tecnologias que estão na base
do sistema produtivo” (SEED/MEC; UNIREDE, 2001, p. 14).
T1

Aquilo para o que se almeja despertar a curiosidade é o perfil do aluno, que


mudou no século XXI. O conjunto de tecnologias disponíveis podem ampliar as
possibilidades de imersão em assuntos acadêmicos, e o seu uso pode ser voltado
para os processos de ensino-aprendizagem.

Algumas características que são apontadas pela autora Tajra (2012) vêm
reforçar a importância de se incluir na sala de aula o uso de recursos que podem
facilitar o aprendizado e a transmissão daquele determinado assunto, a partir do
uso de uma ferramenta tecnológica. São elas correspondentes a aspectos que
podem contribuir para o sucesso desse novo perfil de aluno. Então, é necessário
desenvolver neles:

• Habilidades em leitura básica, escrita e habilidades


matemáticas.
• Bons hábitos profissionais, como ser responsável, pontual e
disciplinado.
• Habilidades em computação e tecnologia de mídia.
• Valorização do trabalho.
• Honestidade e tolerância com os outros.
• Hábitos de cidadania. (TAJRA, 2012, p. 16)

Ferramentas tecnológicas podem ser as mais variadas, tais como – atualmente


amplamente utilizada – a internet, os computadores de modo geral, os aparelhos
de telefonia celular, bem como – já classificadas como úteis para a sala de aula – a
calculadora, o Datashow como recuso visual e o rádio (TAJRA, 2012).

• Com a intenção de desenvolver competências que permitam ao aluno


realizar o estudo autônomo e de fato assumir a responsabilidade sobre o seu
aprendizado, Gardner (apud TAJRA, 2012) apresenta sete competências intelectuais
que vêm ao encontro desse pressuposto. São elas chamadas de inteligência:

• Linguística: refere-se aos desafios de linguagem e à comunicação de


forma correta.

• Lógico-matemática: capacidade de resolução de problemas por dedução


e observação.

• Corporal-cinestésica: utilização dos movimentos corporais para superar


desafios.

• Musical: refere-se ao desenvolvimento de habilidades de percepção


musical e associação destas com uma situação real.

• Espacial: habilidades de abstração que promovam a resolução de

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T1

problemas.

• Intrapessoal: conhecimento das características e perfil da própria pessoa.

• Interpessoal: habilidade de resolver problemas ou minimizar os que


envolvem o relacionamento e a comunicação.

Essas competências intelectuais podem ser potencializadas se trabalhadas de


acordo com as exigências da época à qual se aplica o estudo. Por exemplo, para os
alunos do século XXI, é importante que se pense num formato de aulas que permita
a utilização de softwares – tanto os que são livres quanto os que necessitem de
licenças – que pertençam cada vez mais à realidade acadêmica e em todos os
níveis educacionais (TAJRA, 2012).

Nessa instância se destacam ainda os softwares de simulação e de programação


que visam ao desenvolvimento do raciocínio lógico- matemático. Também estão
elencados os softwares gráficos que possibilitam a inserção de representações
artísticas e simbólicas.

Não obstante, deve-se considerar o computador como uma ferramenta


essencial. Isso se dá principalmente pelo fato de que com ele é possível integrar os
diversos tipos de mídias e recursos tecnológicos (TAJRA, 2012).

A internet também passa a ter papel importante para a descoberta e o


desenvolvimento de soluções que atendam às necessidades de formação desde
as séries iniciais. Há diversos sites e programas disponíveis na web que permitem
muito mais do que transmissão de informação. Integram e proporcionam, portanto,
a imersão em ambientes de testes que podem trabalhar desde a compreensão de
textos até a de aspectos lógico-matemáticos, de física e das demais ciências que se
queira conhecer. Isso amplia as possibilidades de preparo de aulas, exercícios, ou
seja, de métodos que apresentem os conceitos ordenadamente e que permitam
o aprendizado tanto dos conceitos predeterminados quanto do próprio uso das
ferramentas computacionais e mídias que a atualidade exige (TAJRA, 2012).

1.1 Breve Levantamento da Contribuição dos Meios de Comunicação para a


Educação no Brasil

Observe logo a seguir um pouco sobre a evolução dos meios de comunicação


e a sua importância, voltando o olhar para a sua contribuição à educação:

• 1923: Rádio

Teve início com a Rádio Sociedade no Rio de Janeiro (primeira rádio brasileira),
que tinha o propósito de “levar a cada canto um pouco de educação, de ensino e

Utilização das Novas Tecnologias no Processo de Ensino-Aprendizagem 9


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alegria” (ANDRELO, 2012, p. 140). O físico Albert Einstein e o poeta Filippo Tommaso
Marinetti chegaram a realizar palestras pela emissora (ANDRELO, 2012).

• 1970: Televisão

Nessa década no Brasil, a televisão representava os avanços trazidos com a


evolução industrial e, também, um meio de propagar as mensagens da ditadura
mesmo nas escolas. No fim de 1970, a TV trouxe cursos de formação com
iniciativas da Fundação Roberto Marinho e Padre Anchieta (Telecurso 2º Grau). Em
1982, com o Sistema Nacional de Radiodifusão Educativa (SINRED), interligado ao
Ministério da Educação e Cultura e ao das Comunicações, surgiram as emissoras
educativas e com elas houve o advento da educação a distância que, inclusive, se
intensificou no país (ASSIS, 2008).

• 1990: Computador

O computador de uso pessoal, a partir da década de 1970, foi alvo de pesquisas


e investimentos da Microsoft e da Apple como equipamento destinado a facilitar as
rotinas profissionais, ainda que não se pudesse afirmar se esse recurso tecnológico
poderia ser utilizado também em outros segmentos como a educação. No
entanto, a sua imersão no ambiente acadêmico se faz cada vez mais importante,
pois, como meio de comunicação aliado à internet, possibilita o desenvolvimento
de metodologias de ensino diferenciadas, que podem atender às necessidades de
formação de alunos e professores (ASSIS, 2008).

O desenvolvimento do uso do computador na sala de aula ainda é um desafio


a ser superado em todo o sistema educacional, tanto para professores quanto
para os demais profissionais envolvidos na educação, a fim de que se preparem as
infraestruturas necessárias para que sua utilização seja relevante para o processo
de ensino-aprendizagem. Dessa forma, o computador, em vez de mero meio para
pesquisas, deve surgir como ferramenta que apoie e amplie as possibilidades de se
fazer a comunicação da informação que se deseja ensinar – de formas diversificadas
–, seja pelo uso de games, calculadoras virtuais, softwares de desenho, seja por
outros meios, que podem ser amplamente utilizados nesse processo (ASSIS, 2008).

• 2001: Telefonia Móvel

O telefone foi inventado em 1875 por Alexander Graham Bell. Após inúmeros
desafios, esse tipo de comunicação permitiu a transmissão de voz através dos
continentes, o que foi um marco para a história do desenvolvimento das redes de
computadores e das telecomunicações de modo geral. O telefone fixo também
passou a ter uma participação ainda que tímida na educação em 2001, a partir da
popularização da educação a distância como uma das formas de interagir com
colegas e tutores (CAPELLARO, 2012).

10 Utilização das Novas Tecnologias no Processo de Ensino-Aprendizagem


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As transmissões pelas ondas de rádio, descobertas e implementadas por


Guglielmo Marconi em meados de 1900, trouxeram não só a possibilidade de se
estabelecer a comunicação sem fio, mas também uma grande colaboração para
o desenvolvimento das tecnologias de telefonia móvel celular e das conexões
em redes sem fio. A telefonia móvel representa, no século XXI, uma possibilidade
de imersão em conteúdos digitais e mobile que sejam voltados ao ambiente
educacional e que podem se mostrar como parte dos processos de ensino-
aprendizagem que ocorrem tanto em salas de aulas presenciais quanto no ensino
a distância (CAPELLARO, 2012).

• 2001: Internet

Ocorre no Brasil a popularização da internet, a qual se torna uma das mais


importantes aliadas no processo de ensino-aprendizagem no que tange à educação
a distância. Atualmente, inúmeras ferramentas são disponibilizadas tanto para
alunos quanto para professores, as quais não se limitam a muros ou paradigmas,
levando a formas e meios de fazer com que o processo de ensino-aprendizagem
aconteça independentemente do tempo e do espaço (ASSIS, 2008).

1.2 Evolução da Informática no Brasil e sua Influência na Educação

O uso dos meios de comunicação aplicados à educação, aliado às tecnologias


de informação e comunicação, pode proporcionar uma formação mais autônoma
e, portanto, cidadã.

Isso pode tornar o processo de ensino-aprendizagem mais democratizado e


acessível, o que em certa medida representa mais uma forma de se fazer também
a inclusão social:

E inclusão social pressupõe formação para a cidadania, o que


significa que as tecnologias da informação e comunicação,
devem ser utilizadas também para a democratização dos
processos sociais, para fomentar a transparência de políticas e
ações de governo e para incentivar a mobilização dos cidadãos
e sua participação ativa nas instâncias cabíveis. As tecnologias
da informação e comunicação devem ser utilizadas para
integrar a escola e a comunidade, de tal sorte que a educação
mobilize a sociedade [...]. (KENSKI, 2000 apud SEED/MEC;
UNIREDE, 2001, p. 20).

Esse fator pode influenciar na percepção da importância de se pensar no modo


de inserir tais recursos à sala de aula.

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No entanto, para que tais inserções às rotinas acadêmicas seja realizada,


é preciso muito mais do que a intenção. Exigem-se inclusive adequações em
legislação que incluam a formação e a preparação do professor para esse novo
perfil de aluno e para a dinâmica de ensino-aprendizagem. Além disso, é necessário
que haja infraestrutura adequada nas escolas e que a sua manutenção seja prevista
e realizada.

Desde a Revolução Industrial, a educação no Brasil foi marcada pela necessidade


de formação para o desempenho do trabalho, da atividade produtiva. Essa visão já
não é mais suficiente, ou seja, é preciso saber muito mais do que executar tarefas
e cumprir metas.

O que se deseja desse novo perfil de aluno é que este se torne um cidadão
autônomo e consiga se manter empregado pelas competências que possui. Isto
é, que tenha ciência de que o seu desenvolvimento intelectual não está vinculado
apenas às informações transmitidas no ambiente acadêmico; que perceba, cada
vez mais, através da facilidade no acesso, que este se dá pela experimentação e
pelo contato com vários contextos e significados pelos quais a informação pode
ser apresentada.

Além disso, no século XXI, o contato de crianças com as tecnologias de


informação e comunicação acontece antes dos 6 anos de idade, período em que
se inicia efetivamente a alfabetização. Então, esse contato com tecnologias já é algo
comum para elas, que gostam e se sentem confortáveis ao serem apresentadas a
novas formas de processos de ensino-aprendizagem, além das tradicionalmente
utilizadas.

Veja no quadro seguinte as ações governamentais em prol da evolução da


informática e o seu uso na academia.

Quadro 1.1 Ações governamentais para a informática na educação

Datas Ações
1965 O Ministério da Marinha brasileira tinha interesse em desenvolver
um computador com “know-how” próprio.
1971 O Ministério da Marinha, por intermédio do Grupo de Trabalho
Especial (GTE), e o Ministério do Planejamento tomaram a decisão
de construir um computador para as necessidades navais do Brasil.
1972 As questões de importações da informática foram transferidas
para a Coordenação de Atividades de Processamento Eletrônico
(CAPRE), ligada ao Ministério do Planejamento.

12 Utilização das Novas Tecnologias no Processo de Ensino-Aprendizagem


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Datas Ações
1977 Primeiro confronto entre o Brasil e interesses estrangeiros, pela
falta de uma definição explícita da reserva de mercado em relação
aos minicomputadores e microcomputadores – IBM e Burroughs.
1979 As ações da CAPRE foram transferidas para a Secretaria Especial
de Informática (SEI) ligada ao Conselho de Segurança Nacional
(CSN). Esta decisão acarretou inúmeras discussões pelo fato de a
CSN estar ligada às opressões da ditadura militar.
1984 É aprovada a Lei da Informática, a qual impôs restrições ao
capital estrangeiro, tornou legal a aliança do Estado com o capital
privado nacional. Essa lei tinha uma previsão de oito anos, tempo
estimado para que a indústria nacional alcançasse maturidade,
visando à competitividade internacional.
1985 Faltam recursos humanos capacitados para o sistema de
ciência e tecnologia. A partir daí o governo passou a intensificar os
investimentos na área de educação de 1º e 2º graus.

Fonte: Tajra (2012, p. 25).

Além dessas ações, no ano de 1983 também houve outras realizações nesse
sentido, já que se criou a Comissão Especial de Informática na Educação (CE/IE),
que tinha a missão de levar os computadores às escolas. Também paralelamente
foi criado o Projeto EDUCON (Educação com Computadores), o que realmente
levou os computadores às escolas públicas, com intenção de inovar os processos
de ensino-aprendizagem (TAJRA, 2012).

Em 1986, o Comitê Assessor de informática para Educação de 1º e 2º graus


(CAIE/SEPS) foi criado com o intuito de desenvolver a política nacional de
informática educacional com o Projeto EDUCOM (TAJRA, 2012).

Já em 1987, o Projeto Formar surgiu com o objetivo de capacitar os profissionais


da área de educação e também de dar incentivo para o desenvolvimento de
softwares educativos (TAJRA, 2012).

Para finalizar esse levantamento, em 1995, o PROINFO (ainda utilizado) visou


à criação dos Núcleos de Tecnologias Educacionais (NTEs) distribuídos entre os
estados. Os professores atuam então como multiplicadores nas escolas públicas
com mais de 150 alunos (TAJRA, 2012).

Atualmente, de acordo com Tajra (2012), o PROINFO continua em andamento

Utilização das Novas Tecnologias no Processo de Ensino-Aprendizagem 13


T1

com as iniciativas voltadas à inclusão e à formação de profissionais capacitados


para o uso das tecnologias de informação e comunicação nas aulas.

Outras iniciativas, tais como disponibilizar portais com materiais instrucionais


tanto para alunos e professores quanto para a sociedade de forma geral, são
incentivadas.

Há também o portal da TV Escola que disponibiliza vídeos e livros que podem


ser incluídos nas atividades e promove a imersão ou a curiosidade dos alunos para
o uso e maior conhecimento das tecnologias e cultura em geral (TECNOLOGIA,
s.d.).

O programa Salto para o Futuro tem o objetivo de ampliar o acesso à formação


de professores e gestores da educação básica (MEC, s.d.).

Outro recurso interessante que pode colaborar intensamente com o preparo e


aplicação do conteúdo nas aulas, é o Banco Internacional de Objetos Educacionais
(BIOE). Esta iniciativa disponibiliza diversos conteúdos interativos e informativos e
atende aos públicos de todos os níveis de formação (BANCO, s.d.). Vale a pena
investigar!

O portal Domínio Público é outra ferramenta tecnológica de iniciativa


governamental que visa à disponibilização de uma biblioteca virtual para estudantes,
professores e sociedade de forma geral (DOMÍNIO, s.d.).

Além desses instrumentos, você também precisa conhecer o site do Guia de


Tecnologias. Embora o público-alvo dessa iniciativa sejam os gestores das escolas
públicas, é de grande importância que todos conheçam e saibam identificar a
oportunidade de aplicação das tecnologias de informação e comunicação (GUIA,
s.d.).

ACOMPANHE NA WEB

Computador na Educação: modo de usar

• A Revista Escola, da editora Abril, traz um artigo especial sobre o uso dos
computadores e das tecnologias de informação e comunicação nas escolas.

Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/pdf/especial-computador-


internet.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2015.

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O uso das tecnologias na educação

• O Grupo A disponibiliza uma série de artigos sobre educação e o uso de


computadores e outros recursos. Com a leitura do artigo de Renata de Souza,
intitulado “O uso das tecnologias na educação”, percebe-se a dimensão acerca
das possibilidades de uso dessas tecnologias na colaboração com os processos de
ensino-aprendizagem.

Disponível em: <https://www.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/5945/o-uso-


das-tecnologias-na-educacao.aspx>. Acesso em: 18 mar. 2015.

Tecnologias a Serviço da Educação Básica

• Acesse o site do Ministério da Educação sobre Tecnologias a Serviço da


Educação Básica, com informações de programas e ações nesse nível de ensino.

Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&vie


w=article&id=18840&Itemid=811>. Acesso em: 20 mar. 2015.

Guia de Tecnologias

• Acesse o site do Ministério da Educação que traz o Guia de Tecnologias,


publicação que visa oferecer aos gestores educacionais uma ferramenta a mais
que os auxilie na aquisição de materiais e tecnologias para uso nas escolas públicas
brasileiras

Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_cont


ent&view=article&id=13018:guia-de-tecnologias&catid=195:seb-educacao-
basica&Itemid=948>. Acesso em: 20 mar. 2015.

AGORA É A SUA VEZ

Instruções:

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Utilização das Novas Tecnologias no Processo de Ensino-Aprendizagem 15


T1

Questão 1

Analise as afirmações seguintes julgando-as falsas (F) ou verdadeiras (V) e depois


assinale a alternativa correspondente à sequência correta de indicações.

I. A popularização da comunicação via rádio em 1877 serviu como base para estudos
sobre a comunicação para a telefonia e para as redes de computadores, incentivando
as investigações acerca de suas possibilidades de uso também na educação.

II. O MEC, através da SEED, poderia ter se empenhado para o desenvolvimento


de um material didático sobre os meios de comunicação e das tecnologias de
informação na educação, porém, em 1980, isso não era de interesse do governo.

III. O conjunto de tecnologias disponíveis pode ampliar as possibilidades de


imersão em assuntos acadêmicos e o seu uso pode ser voltado para os processos
de ensino-aprendizagem.

a. V, V, V.

b. F, F, F.

c. F, V, F.

d. V, V, F.

e. V, F, V.

Questão 2

Assinale a(s) alternativa(s) que correspondem às características do perfil do novo


aluno e profissional, que precisa ser o foco no desenvolvimento das metodologias
de ensino-aprendizagem:
a. ( ) Habilidades em leitura básica, escrita e habilidades matemáticas.

b. ( ) Senso de competitividade.

c. ( ) Bons hábitos profissionais, tais como ser responsável, pontual e disciplinado.

d. ( ) Habilidades em computação e tecnologia de mídia.

e. ( ) Pró-atividade para o trabalho.

f. ( ) Valorização do trabalho.

g. ( ) Honestidade e tolerância com os outros.

h. ( ) Hábitos de cidadania.

16 Utilização das Novas Tecnologias no Processo de Ensino-Aprendizagem


T1

Questão 3

Analise as sete definições de inteligência a seguir e depois assinale a alternativa


que corresponde à sequência correta de preenchimento das respectivas lacunas:

I. __________: refere-se aos desafios de linguagem e à comunicação de forma


correta.

II. __________: capacidade de resolução de problemas por dedução e observação.

III. __________: utilização dos movimentos corporais para superar desafios.

IV. __________: refere-se ao desenvolvimento de habilidades de percepção


musical e associação destas com uma situação real.

V. __________: habilidades de abstração que promovam a resolução de problemas.

VI. __________: conhecimento das características e do perfil da própria pessoa.

VII. __________: habilidade de resolver problemas ou minimizar que envolvem o


relacionamento e a comunicação.

a. musical; linguística; lógico-matemática; corporal-cinestésica; espacial;


intrapessoal; e interpessoal.

b. espacial; linguística; lógico-matemática; corporal-cinestésica; musical;


intrapessoal; e interpessoal.

c. linguística; lógico-matemática; corporal-cinestésica; musical; espacial;


intrapessoal; e interpessoal.

d. corporal-cinestésica; linguística; lógico-matemática; musical; espacial;


intrapessoal; e interpessoal.

e. lógico-matemática; linguística; corporal-cinestésica; musical; espacial;


intrapessoal; e interpessoal.

Questão 4

Leia o trecho do artigo seguinte e liste os programas atuais do governo que


representam investimentos em tecnologias de informação e comunicação
voltados à educação, explicando-os.

Compras públicas de TIC movimentam R$ 6,03 bilhões em 2014 

Publicado: 24-03-2015

Utilização das Novas Tecnologias no Processo de Ensino-Aprendizagem 17


T1

Última atualização: 24-3-2015

Uso do pregão eletrônico gera economia de 18% nas aquisições do setor

As aquisições de bens e serviços de Tecnologia da Informação e Comunicações


(TIC) movimentaram R$ 6,03 bilhões em 2014. Para realizar essas compras,
foram realizados 17.680 processos no Portal de Compras do Governo Federal,
o Comprasnet. Os dados extraídos pelo Ministério do Planejamento (MP) do sítio
revelam uma economia em relação aos preços de referência de R$ 993 milhões
(18%) pela utilização do pregão eletrônico nas compras de TIC no último ano. 

Os dados das aquisições por dispensa/inexigibilidade de licitação estão incluídos em outras


modalidades.

Quantidade e valor das compras de bens e serviços de tecnologia da informação,


levando-se em consideração todas as modalidades de contratação - órgãos SISG
Processo de compra Valor Total
Ano Pregão Outras Pregão Outras
Valor1
eletrônico modalidades eletrônico modalidades
2008 4.707 19.533 1.934.547.855,21 1.252.562.741,07 24.240 3.187.130.596,28

2009 4.920 19.190 3.595.161.979,07 687.082.903,32 24.110 4.282.244.882,39

2010 4.704 16.594 3.476.912.893,19 1.934.819.575,93 21.298 5.411.732.469,12

2011 4.247 13.960 2.488.206.684,00 1.429.396.641,63 18.207 3.917.603.325.63

2012 4.005 9,966 3.425.735.026,42 3.513.570.474,36 13.971 6.939.305.500,78

2013 4.773 10.492 4.216.915.947,49 812.410.146,97 15.265 5,029.326.094,46

20142 4.675 13.005 4.666.768.049,76 1.368.247.360,02 17.680 6.035.015.409,78


1
Valores corrigidos pelo IPCA Desazonalizado.
2
janeiro à dezembro.

Fonte: Brasil (2015, s.p.).

Questão 5

Leia o trecho a seguir retirado do Guia de Tecnologias (disponibilizado pelo


governo federal) acerca das competências que as tecnologias podem desenvolver:

A tecnologia Portal Pedagógico trata-se de um ambiente


virtual destinado a professores e alunos, com recursos digitais
integrados a uma proposta pedagógica de utilização, visando

18 Utilização das Novas Tecnologias no Processo de Ensino-Aprendizagem


T1

atingir os objetivos educacionais nas áreas de Língua Portuguesa


e Matemática, estabelecidos pelo Ministério da Educação.
Todos os recursos do Portal Pedagógico foram desenvolvidos
amparados em propostas didático-pedagógicas que
privilegiam uma educação crítico-reflexiva, oferecendo
oportunidade a professores e alunos de colocarem em prática
estes 4 pilares: 1) “aprender a conhecer”, dominando as
ferramentas necessárias para ampliação de seu repertório de
conhecimentos; 2) “aprender a fazer”, estando em constante
sintonia com as inovações e demandas da sociedade e do
mundo do trabalho; 3) “aprender a conviver”, por meio
da interação e colaboração, respeitando as diferenças e
sabendo lidar com a diversidade; e por fim, 4) “aprender a ser”,
melhorando sua autoestima e colocando-se como autor de sua
própria história e cidadão influente na sociedade. (Disponível
em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_
docman&task=doc_download&gid=14545&It

A partir desse cenário de incentivo ao uso de tecnologias para a educação e, de


acordo com o seu material de estudos, liste as principais ações governamentais de
apoio aos programas de formação para o uso de tecnologias, inclusão digital nas
escolas e inovação nos processos de ensino-aprendizagem.

FINALIZANDO

Neste tema foram elencados aspectos da importância do uso das tecnologias de


informação e comunicação, partindo do princípio de que elas podem ser utilizadas
e disponibilizadas de diversas formas e meios, como os multimeios descritos.

Outro ponto importante trabalhado foi o conhecimento das principais


iniciativas governamentais que promovem o uso das tecnologias de informação e
comunicação nos processos de ensino-aprendizagem.

Além disso, deu-se destaque aos principais programas do governo que


atualmente incentivam a formação e o desenvolvimento de alunos e professores
com o intuito de inovar os processos educacionais.

Utilização das Novas Tecnologias no Processo de Ensino-Aprendizagem 19


T1

20 Utilização das Novas Tecnologias no Processo de Ensino-Aprendizagem


T1

REFERÊNCIAS

ANDRELO, Roseane. O rádio a serviço da educação brasileira: uma história


de nove décadas. Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n. 47, p. 139-153, set.
2012. Disponível em: <https://www.fe.unicamp.br/revistas/ged/histedbr/article/
view/4210>. Acesso em: 18 mar. 2015.

ASSIS, Rosineide. A televisão possibilitando novos olhares no fazer pedagógico.


Brasil Escola, 2008. Disponível em: <http://monografias.brasilescola.com/
pedagogia/a-televisao-possibilitando-novos-olhares-no-fazer-.htm>. Acesso: 15
mar. 2015.

BANCO Internacional de Objetos Educacionais. Disponível em: <http://


objetoseducacionais2.mec.gov.br/>. Acesso em: 25 maio 2012.

BRASIL. Ministério do Planejamento. Compras públicas de TIC movimentam R$


6,03 bilhões em 2014. Logística e Tecnologia da Informação, 2015. Disponível
em: <http://www.planejamento.gov.br/assuntos/logistica-e-tecnologia-da-
informacao/noticias/compras-publicas-de-tic-movimentam-r-6-03-bilhoes>.
Acesso em: 25 maio 2015.

CAPELLARO, Jacqueline Leire R. 2012. Disponível em: <http://www.abed.org.br/


congresso2012/anais/132c.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2015.

DOMÍNIO Público. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/


PesquisaObraForm.jsp>. Acesso em: 25 maio 2015.

GUIA de Tecnologias. MEC. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.


php?option=com_content&view=article&id=13018&Itemid=948>. Acesso em: 25
maio 2015.

MEC. Ministério da Educação. Salto para o Futuro. Disponível em: <http://portal.mec.


gov.br/index.php?Itemid=692&id=12342&option=com_content&view=article>.
Acesso em: 25 maio 2015.

________. Ministério de Educação. Informática aplicada à educação. 2007.


Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/infor_aplic_
educ.pdf>. Acesso em: 1 mar. 2015.

REVISTA ESCOLA. Computador na educação: Modo de usar. Editora Abril.


Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/pdf/especial-computador-
internet.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2015.

Utilização das Novas Tecnologias no Processo de Ensino-Aprendizagem 21


T1

RODRIGUES, Nara C. Tecnologias de informação e comunicação na educação.


Fórum Linguístico, Florianópolis, v. 6, n. 1, p. 1-22, jan.-jun. 2009. Disponível em:
<https://www.faecpr.edu.br/universidadevirtual/artigos/artigo_tecnologia_da_
informacao_e_comunicacao_na_educacao.pdf>. Acesso em: 1 mar. 2015.

SEED/MEC; UNIREDE. TV na Escola e dos Desafios de Hoje. Brasília, 2001.


Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/modulo1_parte_a.
pdf>. Acesso em: 20/03/2015.

SOUZA, R. B. de. O uso das tecnologias na educação. GrupoA, 2015. Disponível em:
<https://www.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/5945/o-uso-das-tecnologias-
na-educacao.aspx>. Acesso em: 18 mar. 2015.

TAJRA, Sanmya F. Informática na educação: Novas ferramentas pedagógicas para


o professor na atualidade. 9. ed. São Paulo: Érica, 2012.

TECNOLOGIA a Serviço da Educação Básica. Disponível em: <http://portal.mec.


gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=18840&Itemid=811>.
Acesso em: 25 maio 2015.

GLOSSÁRIO

Hiperlinks: referem-se aos links disponíveis para a navegação entre as páginas da


web. Permitem a otimização da navegação e a usabilidade do site.

Hipertextos: o acesso à internet possibilita a navegação entre diversas páginas,


a qual independe de seguir linearidade para que se obtenha a informação. O
hipertexto, portanto, possibilita que o usuário seja direcionado de um texto a outro
sem a exigência de precedentes.

Tecnologias de informação e comunicação: correspondem ao conjunto de meios


de comunicação, infraestrutura, objetos de aprendizagem digitais e virtuais, as
redes de comunicação, os próprios computadores. Podem ser descritas também
como o conjunto de ferramentas que possibilitam a interação entre pessoas,
máquinas e softwares.

22 Utilização das Novas Tecnologias no Processo de Ensino-Aprendizagem


Tema 2

Enfoque Teórico-Prático sobre o


Uso do Computador e da Tecnologia
Digital na Educação – As Implicações
Pedagógicas e Sociais Desse Uso

POR DENTRO DO TEMA

Tecnologias e a Educação: Desafios desde a Formação

Primeiramente, é interessante que se conheça o significado de tecnologia.


Segundo as abordagens de Tajra (2012), o termo deriva do verbo grego tictein, que
tem como significado justamente a concepção de “dar à luz”, “produzir”.

Nesse sentido, é amplamente justificável a sua aplicação aos mais variados efeitos
de transformação que podem ocorrer de acordo com o objeto de observação.
Por exemplo, para que haja transformação do algodão em tecido, esse sofre uma
modificação e pode, portanto, ser fruto de um processo tecnológico. Mas, de
acordo com a aplicação do termo “tecnologia” na atualidade, essa concepção se
aplica tanto ao processo quanto ao produto deste, ou seja, saber como e por que
fazer. Observe as asserções da autora: “A técnica está relacionada com a mudança
na modalidade da produção. O produtor muda a forma de operar e o resultado
dessa mudança afeta a comunidade beneficiada.” (TAJRA, 2012, p. 37).

Ao aliar “tecno-” com “-logia” (este último termo se refere ao conjunto de


conhecimentos), obtém-se, portanto, a reflexão sobre o fato de que tecnologia
pode ser considerada como o conhecimento ou a ciência de uma técnica, de
acordo com a autora acima citada.

Verifica-se que é possível aplicar tal explicação sobre a análise da evolução


tanto dos produtos e das ferramentas, quanto da comunicação e dos meios pelos
quais ela se realiza, sem, no entanto, atrelá-la unicamente ao processo trazido
com a Revolução Industrial. Deve-se ir além disso: é um processo referente não
apenas a um momento específico da história, mas sim àquele que se impõe como
componente das transformações sociais que ocorrem de geração em geração,
de descoberta em descoberta. Esse fato requer a sua compreensão total e o
T2

entendimento de sua importância para o crescimento e o desenvolvimento social.

A intenção é provocar o uso das tecnologias para que estas não sejam limitadas
a meras apresentações e fazer que, com elas, sejam ampliadas as possibilidades
de imersão nos conteúdos, de práticas e de metodologias de ensino. Além disso,
fazer com elas sejam percebidas de forma a agregar ao processo de ensino-
aprendizagem, e não o contrário.

O grande desafio que se faz presente é justamente o método. Ou seja, identificar


qual ou quais são as ferramentas aliadas; filtrar e separar dentre tantas aplicações
em softwares, hardwares, meios de comunicação em geral, o que de fato pode
auxiliar e, de acordo com o conteúdo, o que se pretende levar a conhecimento.

Nesse contexto, a autora faz as seguintes observações:

A escola também participa dessas alterações tecnológicas,


mas de uma forma bem mais lenta. Por séculos, o ensino era
destinado apenas a minorias privilegiadas. A primeira grande
conquista tecnológica foi o livro que, há anos, vem sendo o
carro-chefe tecnológico na educação e não constatamos
que o livro é o resultado de uma técnica. Por quê? Porque já o
incorporamos de tal forma que nem percebemos que é um
instrumento tecnológico. Segundo Don Tapscott, tecnologia só
é tecnologia quando ela nasce depois de nós. O que existia antes
de nascermos faz parte de nossa vida de forma tão natural que
nem percebemos que é uma tecnologia. (TAJRA, 2012, p. 37).

Essa alusão realizada quanto ao uso da tecnologia que Tapscott (apud TAJRA,
2012) ressalta vem ao encontro dos pressupostos aqui destacados quanto ao que
é e à sua aplicação.

O exemplo mencionado no trecho citado, o livro, cabe


perfeitamente quando se enfatizam o conhecimento das
ferramentas e o uso que se faz dele de acordo com as gerações.
Na Idade Média, os livros eram muito maiores e a ele poucos
tinham acesso. As propriedades e características também
eram diferentes: o tecido e depois o papiro já demonstram
as transformações ocorridas. Além disso, a sua popularização
ocorreu apenas após a descoberta de outros materiais que
melhoraram o custo e, com isso, tornaram-no mais acessível.
Vale ressaltar que o livro, atualmente já em versão digital,
chega a mais lugares, sendo acessível a mais pessoas, a um
custo também diferenciado:

Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnologia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas
24 e Sociais Desse Uso
T2

Incorporamos os hieróglifos, as palavras escritas, os códigos, os livros, os


correios, o telefone, o rádio, a televisão, o fax, o telefone celular, o e-mail, a
internet, os tablets e os smartphones. O que ainda somos capazes de incorporar?
Já falam da internet. Será que é apenas uma inovação tecnológica que alterará a
velocidade de comunicação, ou seja, uma melhoria do que já temos ou será mais
uma mudança na forma de comunicação? (TAJRA, 2012, p. 38).

Com essa notória evolução tecnológica que acompanha as civilizações, as


inovações são motivadas não apenas para facilitar o trabalho humano, mas também
para manter uma empresa competitiva no mercado ou, até mesmo, proporcionar
maior acesso à informação por parte de governos para decisões estratégicas.
Perceba que esse processo envolve os mais diversos interesses e motivações.
Então, o que se mostra como tendência, por caráter de evolução literalmente, é
que também será preciso incorporar nas novas práticas, com a possibilidade de
inserção das mutações pelas quais os meios e produtos tecnológicos passam.

Por isso, é importante que se planeje o uso continuado dos recursos para
que estes também não se tornem obsoletos antes do período previsto, que deve
contemplar ao menos minimamente:

• A apresentação da ferramenta.

• O seu conhecimento, ou seja, em que pode ajudar, conhecer as


funcionalidades.

• O desenvolvimento da capacidade de inserção de conceitos.

• A competência necessária para a sua aplicação, portanto.

1.1 Tecnologia Educacional

O termo tecnologia educacional surgiu entre as décadas de 1960 e 1970 e


alguns pesquisadores, como Pablo Pons, Litwin, Mariana Maggio e a autora aqui
referenciada, Tajra, consentem que ele se refere ao modo sistemático de aplicação
dos recursos tecnológicos para a realização do processo de ensino-aprendizagem,
que contempla desde a sua elaboração até a avaliação.

Embora não seja entendido, no entanto, como uma ciência, vale-se dos
métodos científicos para a sua organização e aplicação, congruentes também,
com as teorias trazidas pela psicologia, pela comunicação e pela junção com a
teoria de sistemas, no que tange à aprendizagem e à utilização desses recursos.

Segundo Tajra (2012), tecnologia educacional refere-se às práticas de ensino


que são fundamentadas nas teorias mencionadas. Infere-se ainda que há uma

Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnologia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas
e Sociais Desse Uso 25
T2

proximidade maior com a teoria da comunicação quando se faz alusão ao uso da


TV, rádio, vídeo, áudio, informática e materiais impressos.

Em 1970, os estudos dessas tecnologias educacionais trabalharam em duas


vertentes: uma restrita, que considerou o uso de equipamentos e instrumentos; e
outra ampla, que analisava os métodos, o modo como foi utilizada, os princípios
e a lógica aplicada.

Os estudiosos chegaram a abordar uma temática ainda hoje discutida:


a substituição do professor pelas tecnologias e a indagação sobre qual seria o
impacto real disso sob os aspectos cognitivos e sociais. Tais questionamentos
podem de fato emergir e são natos dos instintos mais primitivos, como, por
exemplo, o da sobrevivência e o da necessidade de adaptação. No entanto, o
que se tem é o caráter de evolução, mediante a qual se transformam não apenas
produtos e equipamentos como também perfis e a forma como se pretende ou
é possível trabalhar com tais recursos. Além disso, o comportamento humano,
portanto, também se altera:

No início da introdução dos recursos tecnológicos de


comunicação na área educacional, houve uma tendência a
imaginar que os intrumentos iriam solucionar os problemas
educacionais, podendo chegar, inclusive, a substituir os
próprios professores. Com o passar do tempo, não foi isso que
se percebeu, mas a possibilidade de utilizar esses instrumentos
para sistematizar os processos e a organização educacional e
uma reestruturação do papel do professor. (TAJRA, 2012, p.
39)

Então, é importante ressaltar que a necessidade de uso das tecnologias não é


oposta à figura profissional, seja qual for a área de aplicação. O contexto, no entanto,
demanda preparo, formação adequada, o que, de fato, é uma preocupação real e
deve contemplar, inclusive, a formação do professor.

Nesse sentido, Tajra (2012) destaca que a tecnologia nas escolas deve incorporar
alguns aspectos, tais como:

• Identificar nos docentes a sua visão acerca do uso das tecnologias e de


que forma avaliam o impacto cognitivo e social oriundo dessa aplicação.

• Identificar quais são as possibilidades de integrar significativamente essas


tecnologias no ambiente educacional.

Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnologia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas
26 e Sociais Desse Uso
T2

Os professores, de acordo com os níveis educacionais, necessitarão, portanto,


de uma específica competência a ser desenvolvida para o uso adequado das
tecnologias que têm sido utilizadas na educação. No entanto, essa não é uma
característica que impacta apenas a formação do professor. É justamente por
esse motivo que se torna fundamental o planejamento educacional inclusivo e
abrangente quanto ao uso dos recursos tecnológicos.

1.2 Classificação das Tecnologias

As tecnologias, de acordo com Tajra (2012), podem ser classificadas em três


grupos: físicas, organizadoras e simbólicas.

Veja no Quadro 2.1 alguns componentes relacionados a cada classificação:

Quadro 2.1 Classificação das Tecnologias

Tecnologias Componentes
Físicas Caneta esferográfica, livro, telefone, celular, satélites
e computadores.
Organizadoras Técnicas que visam garantir a produtos e serviços de
qualidade total; métodos de ensino como o tradicional,
o construtivista, o montessoriano, o comportamental.

Simbólicas Referem-se à forma de comunicar, de se estabelecer


comunicação, e incluem, portanto, os seus meios.

Fonte: adaptado de Tajra (2012).

No campo das tecnologias físicas, o que se observa é a evolução dos


produtos dos avanços tecnológicos. Já no campo das tecnologias organizadoras,
concentra-se a evolução do pensamento dos processos de ensino-aprendizagem.
No campo das tecnologias simbólicas, por sua vez, verificam-se a importância e a
preocupação com o tipo de informação, a maneira como esta será apresentada e
por qual meio ela acontecerá.

Esses aspectos cada vez mais precisarão contemplar a formação e o modo de


se pensar no processo de ensino-aprendizagem.

Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnologia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas
e Sociais Desse Uso 27
T2

Softwares para a Educação

Um dos principais softwares que a autora Tajra (2012) menciona é o “LOGO”,


que contempla uma abordagem que auxilia na construção do raciocínio lógico
e investigativo que precisa ser desenvolvido nas crianças. Criado por Seymour
Papert, em 1986, o software explora a criatividade da criança e a sua capacidade
de elaboração de hipóteses para a solução dos problemas apresetados, além de
incentivar que ela aprenda a partir da análise do erro cometido. Esse teria sido um
marco para a inserção de softwares na educação.

Os softwares utilizados na educação, de acordo com a autora, também são


alvo de classificações, tendo sido o LOGO o primeiro deles, seguido dos softwares
educacionais; softwares aplicativos com finalidades tecnológicas; softwares
educativos com finalidades educativas e a integração dos softwares. A internet,
em seguida, classificou-se de outra forma, sendo associada à possibilidade de
uso de softwares didáticos, além daqueles que são desenvolvidos pelas próprias
instituições de ensino, o que demanda grande quantidade de investimentos.

Além desses aspectos, as propostas pedagógicas precisam contemplar o


uso dos softwares de acordo com as disciplinas, com a necessidade e com a
possibilidade apresentada para cada uma delas, e não aleatoriamente.

Também é preciso contemplar, nos projetos pedagógicos, a organização do


uso dos espaços como laboratórios e demais recursos como TV, rádio, datashow,
aplicativos e aplicações da internet, entre outros softwares.

Portanto, a organização precisa ser sistematizada, prever horários, planejar


as atividades de acordo com o conteúdo abordado, com a frequência que é
necessária para desenvolver o raciocínio desejado ao apresentar um determinado
objeto de estudo em um ambiente computacional, por exemplo. No entanto, ela
também pode acontecer de forma menos sistematizada (TAJRA, 2012), o que
infere a identificação por parte do professor da possibilidade de uso do recurso
tecnológico disponível e a sua organização de acordo com uma agenda.

Para todas as formas de inserção das tecnologias nos ambientes educacionais,


é preciso se atentar a suas funções pedagógica e também social e conhecê-las
profundamente. Além disso, o projeto pedagógico não só precisa buscar atender a
proposta pedagógica, simplesmente, mas também mensurar o impacto social que
será decorrente daquela ação, visando sempre promover uma formação cidadã e
autônoma.

Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnologia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas
28 e Sociais Desse Uso
T2

ACOMPANHE NA WEB

Tecnologias na Educação

• No site da Intel, há alguns artigos sobre tecnologias na educação e como


eles pensam em sua aplicação.

Disponível em: <https://www-ssl.intel.com/content/www/br/pt/education/


intel-education.html>. Acesso em: 16 jun. 2015.

Projetos Educacionais

• O site Verdescola disponibiliza informações sobre projetos educacionais


que podem enriquecer o processo de ensino-aprendizagem.

Disponível em: <http://www.verdescola.org.br>. Acesso em: 16 jun. 2015.

O Uso das Tecnologias na Educação

• Leia o artigo do Grupo A intitulado “O uso das tecnologias na educação”,


de Renata B. de Souza.

Disponível em: <http://tecnologiasnaeducacao.pro.br/x>. Acesso em: 16 jun.


2015.

Meios Tecnologicos

• A revista Tecnologias na Educação disponibiliza artigos importantes e


bastante interessantes sobre os meios tecnológicos nos processos de ensino
aprendizagem.

Disponível em: <http://tecnologiasnaeducacao.pro.br>. Acesso em: 16 jun.


2015.

Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnologia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas
e Sociais Desse Uso 29
T2

AGORA É A SUA VEZ

Instruções:

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

Leia a seguir o trecho de texto de Raquel Goulart Barreto (2003), publicado na


revista DataGRamaZero e, em seguida, assinale a alternativa correta:

Tecnologias e Educação ou Tecnologias na Educação?


Para além de qualquer consideração estilística, o
questionamento destas formulações alternativas pretende
trazer, para o centro da cena discursiva, o debate acerca dos
modos de aproximação das chamadas novas tecnologias
educacionais. É preciso introduzir algumas questões
relacionadas à objetivação das novas tecnologias no contexto
educacional. Em um enredo de muitas simplificações,
“novas” tendem a representar aquelas tecnologias que não
se confundem com as “velhas”: quadro de giz, caderno,
lápis, caneta, livros didáticos, etc. Novas, assim, são as
tecnologias da informação e da comunicação (TIC),
especificação que demarca o seu pertencimento a áreas
não educacionais, no sentido de produzidas no contexto de
outras relações sociais e para outros fins. São, como afirma
Bernstein, descontextualizadas das suas áreas de origem e
recontextualizadas na educação, com todos os apagamentos
aí implicados.
Na perspectiva de “tecnologias e educação”, o conectivo
sugere, ao mesmo tempo, adição, justaposição e,
contraditoriamente, reconhecimento da distância entre
os termos. Sem desmerecer as tentativas de aproximação
produzidas a partir do reconhecimento da distância entre
as áreas de saber específicas, é importante empreender
o movimento de pensar as “tecnologias na educação”,
focalizando a sua apropriação educacional; rompendo com

Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnologia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas
30 e Sociais Desse Uso
T2

a tendência a valorizar as tecnologias em si, como se sua


presença pudesse ser encarada como um fim em si mesma.
Pensar as tecnologias na educação implica superar alguns
lugares-comuns legitimados, no imaginário social e
pedagógico, por dispositivos políticos e teóricos. O principal
deles diz respeito à representação de uma espécie de fórmula
mágica para resolver todos os problemas educacionais. A
presença das TIC, nos diferentes contextos educacionais,
tem sido cada vez mais difundida e defendida. Seu sentido
hegemônico e, portanto, ideológico, está associado a
mudanças necessariamente positivas. Às TICs tem sido
atribuída até mesmo uma “revolução educacional”.

a. O texto sugere que os processos educacionais não compreendem o uso das


tecnologias de informação e comunicação.

b. O texto evidencia o que se chama de recontextualização positiva para os


processos educacionais, no que tange ao uso das tecnologias de informação e
comunicação.

c. No texto, são consideradas já ultrapassadas as tecnologias de informação e


comunicação nos processos educacionais.

d. De acordo com o texto, assim como a Revolução Industrial, a revolução


educacional é caracterizada pela produção de softwares educativos.

e. O texto revela a importância de formação docente com o uso de tecnologias


de informação e comunic

Questão 2

A seguir, indique “V” para as afirmações verdadeiras e “F” para aquelas com
informações falsas.

a. ( ) “Tecnologia” deriva do verbo grego tictein, que tem como significado


justamente a concepção de “dar à luz”, “produzir”.

b. ( ) Quando se trata de uma visão de transformação da matéria-prima, não se


deve dizer que o seu produto é fruto de um processo tecnológico.

c. ( ) “A técnica está relacionada com a mudança na modalidade da produção.”


(TAJRA, 2012, p. 37).

d. ( ) Ao aliar “tecno-“ com “-logia”, (este último termo se refere ao conjunto de

Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnologia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas
e Sociais Desse Uso 31
T2

conhecimentos), obtém-se portanto, a reflexão sobre o fato de que tecnologia


pode ser considerada o conhecimento ou a ciência de uma técnica, de acordo
com Tajra (2012).

e. ( ) A educação não se faz com a modernização dos modelos de ensino-


aprendizagem.

Questão 3

Quando a autora Tajra menciona o trecho citado a seguir, o que se pretende


salientar? Explique o ponto de vista abordado com base no texto deste tema.

No início da introdução dos recursos tecnológicos de comunicação na área


educacional, houve uma tendência a imaginar que os intrumentos iriam
solucionar os problemas educacionais, podendo chegar, inclusive, a substituir os
próprios professores. Com o passar do tempo, não foi isso que se percebeu, mas
a possibilidade de utilizar esse instrumentos para sistematizar os processos e a
organização educacional e uma reestruturação do papel do professor. (TAJRA,
2012, p. 39).

Questão 4

Faça uma pesquisa e apresente algumas sugestões de softwares que podem ser
recomendados para uso na área acadêmica. Indique seus sites de disponibilização
e a data de acesso, se possível.

Questão 5

Identifique no texto deste tema quais são as classificações de uso das tecnologias
no âmbito acadêmico.

FINALIZANDO

Neste tema a abordagem principal foi a importância da preparação da formação


do profissional da área educacional, principalmente do professor, demonstrando
que isso implica também a extensão para o planejamento de propostas pedagógicas
inclusivas no que tange ao uso de recursos tecnológicos. Daí a importância de se

Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnologia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas
32 e Sociais Desse Uso
T2

pensar não só na formação para levar o assunto ao conhecimento dos alunos,


mas também no modo como isso será realizado pelo professor, além de toda
a infraestrutura envolvida nos processos educacionais. Esse contexto inclui a
confirmação dos impactos pedagógicos e sociais das transformações ocorridas
nos processos de ensino-aprendizagem na atualidade.

Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnologia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas
e Sociais Desse Uso 33
T2

Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnologia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas
34 e Sociais Desse Uso
T2

REFERÊNCIAS

BARRETO, R. G. As TIC na educação: das políticas às práticas de linguagem.


DataGramaZero - Revista de Ciência da Informação, v. 4, n. 5, out. 2003. Disponível
em: <http://goo.gl/VBpbOm>. Acesso em: 3 jun. 2015. 

INTEL Educação. Disponível em: <https://www-ssl.intel.com/content/www/br/pt/


education/intel-education.html>. Acesso em: 16 jun. 2015.

REVISTA TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO. Disponível em: <http://


tecnologiasnaeducacao.pro.br>. Acesso em: 16 jun. 2015.

SOUZA, Renata B. O Uso das Tecnologias na Educação. GrupoA, 2015. Disponível


em: <http://tecnologiasnaeducacao.pro.br/x>. Acesso em: 16 jun. 2015.

TAJRA, Sanmya F. Informática na educação: Novas ferramentas pedagógicas para


o professor na atualidade. 9ª ed. São Paulo: Érica, 2012.

VERDESCOLA. Disponível em: <http://www.verdescola.org.br>. Acesso em: 16 jun.


2015.

GLOSSÁRIO

Ensino-aprendizagem: referência atribuída ao processo de trocas de experiências


e vivência em prol da educação, em que aluno e professor assumem vários papéis
sem que apenas aprendam e ensinem, demonstrando a somatória de fatores que
colaboram com a abordagem da construção do conhecimento, o que inclui as
ferramentas que são utilizadas.

Evolução tecnológica: é a alusão ao desenvolvimento que ocorre de geração em


geração, tanto em produtos e serviços quanto em processos e ferramentas. É tudo
o que foi modificado e transformado e é voltado para um objetivo de melhorias e
adaptações.

Hipóteses: é uma proposta de solução a um problema. Pode ser única ou, diante
de um contexto, ter mais de uma forma de ser apresentada, testada e de resolver
o problema que se coloca.

Marco: indica uma ação importante que provoca ou provocará alterações no


modo de se fazer ou conceber determinados pensamentos ou tarefas.

Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnologia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas
e Sociais Desse Uso 35
T2

Enfoque Teórico-Prático sobre o Uso do Computador e da Tecnologia Digital na Educação – As Implicações Pedagógicas
36 e Sociais Desse Uso
Tema 3

Uso dos Equipamentos:


Retroprojetor Multimídia/Datashow,
Lousa Digital e Acessórios

POR DENTRO DO TEMA

Hardwares e Softwares na Educação

Para compreender o uso de hardwares e softwares na educação, é fundamental


conhecer primeiramente a definição destes termos. Hardware é um conjunto
de ou mesmo um dispositivo físico que tem por função o armazenamento,
o processamento de dados e a conexão com demais dispositivos, também
conhecidos como computadores, Unidade Central de Processamento (CPU),
mouse, teclado, caixas de som, tablets, celulares, servidores, enfim, uma vasta
gama de equipamentos pode ser considerada hardware. Neste sentido, o datashow
também se encontra nesta categoria.

Porém um hardware não tem muitas funcionalidades se não estiver


acompanhado de um software, ou seja, ambos andam lado a lado, sendo um o
mecanismo de transporte e, o outro, o mecanismo de processamento. O que se
define a partir de agora, então, são os softwares.

É possível dizer que, à medida que os hardwares evoluem, os softwares também


ganham características e funcionalidades que serão executadas nestes dispositivos.
Também é correto afirmar que, à medida que os softwares são customizados,
personalizados de acordo com um cenário, seja empresarial, educacional
ou mesmo governamental, os hardwares têm de atender a tais demandas de
processamento, armazenamento e conexão.

Assim, software é um conjunto de funcionalidades que o computador realizará,


ou seja, é a parte lógica do computador, o que permitirá estruturar os comandos
que a máquina interpretará para realizar o processamento de um dado e, assim,
gerar a informação desejada.
T3

Afinal, o que são softwares? Como podem auxiliar, aliados aos hardwares,
os processos educacionais? Para responder a estas e a outras questões, serão
apresentadas as definições de software e o modo como tem sido aplicado à
realidade acadêmica.

Softwares Educacionais

Existem softwares para as mais variadas atividades e aplicações. Os softwares


utilizados na área educacional nem sempre foram desenvolvidos com esta
finalidade. Então, duas classificações, de acordo com Tajra (2001), são referentes
ao uso de softwares:

1. Softwares educativos - também chamados de programas. Recebem este


nome em função de terem sido desenvolvidos para uso direto na área educacional.
Exemplos: Ortografando, ECO XXI, entre outros (TAJRA, 2001).

2. Demais softwares e aplicativos - editores de texto, planilhas eletrônicas,


editores de imagem e vídeo, enfim, muitos outros podem ser utilizados.

Observe no Quadro 3.1 os tipos de softwares e suas respectivas funcionalidades:


Quadro 3.1 Características e classificações dos softwares.

Tipo de
Características
software
• Apresentam instruções de uso de determinados
Tutoriais
softwares.
• São softwares que permitem a interação por meio da
Exercitação
resposta a perguntas dos mais variados conceitos.
• Estes softwares são voltados a assuntos específicos
e podem apresentar a possibilidade de pesquisa sobre
Investigação
determinado assunto e suas particularidades de forma mais
precisa e segura.
• Estes softwares permitem a imersão com a prática do
conteúdo. Exemplos: simuladores de voos, gerenciadores de
Simulação situações reais como hospitais, cidades e, ainda, jogos on-line
que permitem as mais diversas aplicações, desde matemática
até simuladores de atendimentos clínicos da área de saúde.

38 Uso dos Equipamentos: Retroprojetor Multimídia/Datashow, Lousa Digital e Acessórios


T3

• Promovem o entretenimento, e seu uso está mais


Jogos
voltado ao lazer.
• São considerados abertos os softwares que
apresentam a possibilidade de criação e desenvolvimento
de diversos tipos de documentos, tais como editores de
Abertos
texto, bancos de dados, planilhas eletrônicas, programas
gráficos, softwares de autoria, apresentações e, ainda, de
desenvolvimento de programas.
Fonte: Adaptado de Tajra (2001, p. 57-58)

Como mencionado no quadro, os tutoriais servem para orientar a aplicação de


softwares, mas nem sempre podem atender às expectativas do usuário, seja ele um
professor ou um aluno, no sentido de que as atividades precisam ser planejadas de
acordo com as possibilidades e limitações do software.

Já os softwares de exercitação servem para que o professor insira momentos de


interação entre aluno e tecnologia, principalmente na apresentação e no reforço
dos conceitos vistos em aula. Também é válido o planejamento de aula que inclui
este tipo de atividade, de forma a promover tanto o contato com tecnologia
e softwares quanto o reforço do conteúdo por meio de uma metodologia
diferenciada das tradicionais. Tendo sempre em vista que ambas, aliadas, podem
trazer benefícios à formação.

Os softwares de investigação, ou seja, aqueles que promovem pesquisas sobre


determinado assunto, justamente por oferecerem a possibilidade de investigação
do conteúdo e este ser apresentado de forma mais precisa e segura, seu uso
é interessante do ponto de vista educacional. No entanto, com o advento da
internet, em que se pode pesquisar e obter informações sobre praticamente todos
os assuntos, esses softwares perderam um pouco de espaço. Mas é preciso saber
encontrar a informação e, não somente isso, saber definir qual deverá ser utilizada,
pois as referências trazidas pela internet nem sempre estão organizadas de forma
correta ou são fidedignas à teoria ou aos estudos que comprovem sua veracidade.

Por este motivo, buscas, investigações e pesquisas realizadas por meio dos sites
de busca necessitam ser refinadas e filtradas de acordo com a credibilidade da
fonte considerada. É importante que se saiba distinguir os tópicos, os links e avaliar
o conteúdo disponível na internet, assim como ensinar a identificar esses pontos
faz-se necessário.

Os softwares de simulação, cada vez mais utilizados na área educacional,


têm uma ampla variedade de aplicação. Podem ser usados na alfabetização e
até em áreas mais específicas, como engenharias e saúde. Introduzem a prática

Uso dos Equipamentos: Retroprojetor Multimídia/Datashow, Lousa Digital e Acessórios 39


T3

a partir da simulação de uma situação real. Com isso, são apresentados ou


reforçados conceitos, sendo estes aplicados à vida real. Promovem a interação
e, como estratégia pedagógica, ou seja, orientada e planejada de acordo com
o conteúdo abordado, podem enriquecer o processo de ensino-aprendizagem
significativamente.

O uso de jogos pode apresentar alguns benefícios, como apoio ao


desenvolvimento do raciocínio lógico, capacidade de elaboração de estratégias
para obter ou chegar a um objetivo, entre outros aspectos que podem ser citados
neste sentido. Então, mesmo que apresente um caráter menos formal do ponto
de vista de processo pedagógico, o jogo pode ser inserido nas práticas de ensino
para que se consiga, a partir da abstração e orientação da atividade, proporcionar
tal experiência e incentivar o uso da criatividade, por exemplo.

Em informática, de forma geral, é considerado software aberto aquele que


permite a criação, adequação, alteração e atualização das funcionalidades dos
softwares, a partir do acesso a seu código-fonte. Estão nesta categoria também
aqueles que não necessitam de licenças nem pagamentos para serem utilizados.

No contexto educacional, o significado de softwares abertos contempla apenas


o uso de ferramentas e softwares existentes e que permitem o desenvolvimento
de atividades, independentemente de área, nível escolar, segmento de mercado,
ou seja, podem ser utilizados livremente, abertamente e de acordo com as
necessidades e conveniência de uso. Por exemplo, um editor de texto não precisa
ser usado apenas para transcrever, copiar ou escrever livremente um texto. Pode ser
utilizado para escrever uma carta, fazer malas diretas, etiquetas, currículos etc. Ou,
ainda, um navegador ou browser da internet não precisa ser usado para pesquisar
apenas sobre educação, por exemplo, pode ser utilizado para pesquisar sobre
cores, animais, planetas, recipientes, enfim, há uma infinidade de possibilidades
de uso.

A seguir, serão descritos com mais ênfase aplicativos e demais softwares que
podem ser amplamente verificados e aproximados da realidade acadêmica.

Softwares e suas Aplicações

Os softwares, como já mencionado, apresentam as mais variadas formas


de aplicação. De acordo com Tajra (2001, p. 56), “o que verificamos é uma
grande diversidade de softwares disponíveis no mercado, entre eles o software
educacional”. Quando a autora faz menção ao software educacional, ela traz à
tona a ideia de que alguns softwares podem ser utilizados apenas para tal fim. No
entanto, também é possível inferir que estes não se limitam a uma classificação
do tipo educacional ou não educacional para que possam ser adicionados às

40 Uso dos Equipamentos: Retroprojetor Multimídia/Datashow, Lousa Digital e Acessórios


T3

estratégias pedagógicas. É evidente que o uso indiscriminado e aleatório não trará


benefícios reais, porém, se houver o devido planejamento da atividade e orientação
ao conteúdo previsto, estes podem agregar significativamente ao processo.

Então, quando são mencionados os editores de texto, estes podem contribuir,


por exemplo, para o desenvolvimento dos trabalhos escolares, capacidade de
síntese e elaboração de documentos, como relatórios, ofícios, cartas, entre outros
usos possíveis.

Além destes, quando se mencionam os bancos de dados, estes podem servir


como forma de organização dos dados, diferenciação dos processos de entrada,
processamento e saída de informações. Veja o exemplo que Tajra (2001) menciona:

Com o banco de dados, por exemplo, o professor de Geografia


pode efetuar, juntamente com os alunos, uma coletânea
de informações sobre os países, tais como nome do país,
extensão territorial, população, etnias, religiões, etc. e, em
seguida, efetuar uma série de comparações entre os países
para uma posterior análise (TAJRA, 2001, p. 59).

As planilhas eletrônicas também permitem a inserção do conteúdo matemático,


sua representação gráfica, desde conceitos simples (como as operações
matemáticas mais elementares de adição, subtração, multiplicação e divisão)
até outras mais complexas (como equações, funções, matrizes, entre outros
elementos).

Os softwares gráficos permitem a elaboração de desenhos, sua alteração,


recortes, ou seja, amplo exercício de criatividade e práticas de aplicação aos mais
variados contextos. Além destes, ainda podem ser mencionados os softwares
de autoria, preparados pelos próprios professores. Softwares como Matlab
fazem simulações com a demonstração do comportamento de senoides, por
exemplo. Outro software interessante é o Geogebra, muito utilizado nas aulas de
matemática. O Excel também é uma ferramenta interessante para o ensino de
cálculo e estatística, por exemplo.

Um recurso que tem sido bastante utilizado como integrador de outras


tecnologias, que permite a inserção de imagens, vídeos, hiperlinks e pequenas
animações, é o PowerPoint. Com o auxílio do datashow, torna-se uma das
ferramentas expositivas mais utilizadas em sala de aula. No entanto, não é
suficiente para que o processo de ensino-aprendizagem se torne mais completo,
mas, sim, serve como recurso para o professor. Este é conhecido como software
de apresentação: PowerPoint.

Uso dos Equipamentos: Retroprojetor Multimídia/Datashow, Lousa Digital e Acessórios 41


T3

Além dos softwares citados, existem os que são voltados à programação, ou


seja, permitem o desenvolvimento desde aplicações simples a softwares mais
complexos. Nesta categoria, podem ser citados diversos deles, como Dev C++,
Java (Plataformas Netbeans, por exemplo), Dreamwaver (para o desenvolvimento
de aplicações e sites web), .Net, entre outros.

Vale lembrar que esses softwares apenas se tornam ferramentas de apoio


aos processos de ensino-aprendizagem se as atividades com eles desenvolvidas
estiverem em consonância com os respectivos conteúdos, inerentes a cada área
e a cada nível escolar.

O planejamento da atividade e a definição da forma de conduzi-la durante as


aulas também são fatores que influenciam diretamente no que tange o processo de
ensino-aprendizagem. Por este motivo, estabelecer uma rotina de planejamento e
separação das tecnologias e softwares que serão utilizados faz-se necessário. Neste
sentido, a organização ocorre desde a identificação dos conteúdos, ferramentas
até a preparação do laboratório ou sala em que será aplicada tal atividade.

Os softwares e as tecnologias de informação e comunicação, de forma geral,


sofrem alterações em que são agregadas funcionalidades ou, até mesmo, que
requerem a atualização dos profissionais que os usarão. Também por isso é
imprescindível a formação continuada dos profissionais da área de educação e
também daqueles que se valem destas ferramentas para ampliar as possibilidades
de promover situações de ensino-aprendizagem.

ACOMPANHE NA WEB

Computador na Educação: modo de usar

• A Revista Nova Escola, da Abril, traz um artigo sobre o uso dos computadores
e das tecnologias de informação e comunicação nas escolas.

Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/pdf/especial-computador-


internet.pdf>. Acesso em: 15/03/2015.

O uso das tecnologias na educação

• O Grupo A disponibiliza uma série de artigos sobre educação, o uso de


computadores e outros recursos. A partir da leitura se percebe a dimensão acerca

42 Uso dos Equipamentos: Retroprojetor Multimídia/Datashow, Lousa Digital e Acessórios


T3

das possibilidades de uso destes para colaborar com os processos de ensino-


aprendizagem.

Disponível em: <https://www.grupoa.com.br/revista-patio/artigo/5945/o-uso-


das-tecnologias-na-educacao.aspx>. Acesso em: 18/03/2015.

Tecnologias a serviço da Educação Básica

• Leia o seguinte texto do MEC: Tecnologias a serviço da Educação Básica.

Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&vie


w=article&id=18840&Itemid=811>. Acesso em: 20/03/2015.

Guia de Tecnologias

• Ainda sobre tecnologias, leia outro texto também muito interessante do


MEC: Guia de Tecnologias.

Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_cont


ent&view=article&id=13018:guia-de-tecnologias&catid=195:seb-educacao-
basica&Itemid=948>. Acesso em: 20/03/2015.

AGORA É A SUA VEZ

Instruções:

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

Leia as afirmações a seguir:

I. Hardware é um conjunto de ou mesmo um dispositivo físico que tem por


função o armazenamento, o processamento de dados e a conexão com demais
dispositivos.

Uso dos Equipamentos: Retroprojetor Multimídia/Datashow, Lousa Digital e Acessórios 43


T3

II. Um hardware detém todas as funcionalidades, mesmo que não tenha softwares
e aplicativos instalados.

III. Os softwares podem ser customizados, personalizados de acordo com um


cenário, seja empresarial, educacional ou mesmo governamental.

Está correto o que se afirma em:

a. I, II e III.

b. II e III.

c. I e III.

d. I e II.

e. III apenas.

Questão 2

Assinale a alternativa que apresenta as opções corretas para preencher as lacunas


das afirmações a seguir:

I. __________________ recebem este nome em função de terem sido


desenvolvidos para uso direto na área educacional.

II. Softwares e ___________, tais como editores de texto, planilhas eletrônicas,


editores de imagem e vídeo, entre tantos outros que podem ser utilizados, remetem
à criação e autoria de atividades de aula.

a. Softwares educativos e aplicativos.

b. Editores de texto e aplicativos.

c. Softwares educativos e editores de planilhas.

d. Planilhas e aplicativos.

e. Softwares aplicativos e educativos.

Questão 3

Associe as características aos softwares e assinale a alternativa correta:

44 Uso dos Equipamentos: Retroprojetor Multimídia/Datashow, Lousa Digital e Acessórios


T3

Tipo de software Características

( ) São softwares que permitem a interação por meio da resposta a perguntas dos mais
(a) Tutoriais
variados conceitos.

(b) Investigação ( ) Apresentam instruções de uso de determinados softwares.

( ) São softwares que possibilitam pesquisa e aplicações mais precisas e seguras de


(c) Exercitação
acordo com a análise das fontes.

a. c, a, b.

b. a, b, c.

c. c, b, a.

d. b, a, c.

e. b, c, a.

Questão 4

Leia o trecho do artigo, a seguir, e escreva por que a inserção de jogos na educação,
em linhas gerais, tem sido enfatizada e quais são os benefícios trazidos com ela:

[...] o jogo permite uma assimilação e apropriação da realidade


humana pelas crianças já que este não surge de uma fantasia
artística, arbitrariamente construída no mundo imaginário da
brincadeira infantil; a própria fantasia da criança é engendrada
pelo jogo, surgindo precisamente neste caminho pelo qual a
criança penetra na realidade. (Disponível em: <http://www.
crmariocovas.sp.gov.br/dea_a.php?t=018>. Acesso em:
22/04/2015)

Leia e analise o artigo:

O que o software livre tem a ver com a Educação?


Estamos procurando por jogos educacionais livres, ou
informação sobre jogos livres que possam ser usados para
propósitos educacionais. Entre em contato com <education@
gnu.org>
A liberdade do software tem um papel especialmente
importante na educação. Instituições educacionais de todos

Uso dos Equipamentos: Retroprojetor Multimídia/Datashow, Lousa Digital e Acessórios 45


T3

os níveis deveriam apenas usar e ensinar o software livre, pois


esse é o único que permite que essas instituições cumpram suas
missões fundamentais: disseminar o conhecimento humano
e preparar os estudantes para serem bons membros de suas
comunidades. O código-fonte e os métodos do software livre
são partes do conhecimento humano. Software proprietário,
por outro lado, é conhecimento secreto e restrito, o que é o
oposto da missão das instituições educacionais. O software
livre apoia a educação, mas o software proprietário a proíbe.
O software livre não é simplesmente uma questão técnica; é
uma questão ética, social e política. É uma questão de direitos
humanos que os usuários devem ter. Liberdade e cooperação
são valores essenciais do software livre. O Sistema GNU
implementa esses valores e o princípio do compartilhamento,
uma vez que compartilhar é bom e benéfico para o progresso
humano.
(Disponível em: <https://www.gnu.org/education/education.
pt-br.html>. Acesso em: 22/04/2015)

Diante deste contexto e das informações de seu material de estudos, diferencie o


uso da expressão “software aberto” no contexto da informática e no educacional.

FINALIZANDO

Neste tema, foram apresentados os principais conceitos que envolvem o


uso dos softwares e sua possibilidade de aplicação nos processos de ensino-
aprendizagem que ocorrem nos ambientes escolares, e não escolares, mas que
pretendem incentivar a utilização desses recursos como aliados às estratégias de
promoção, inovação e incentivo à educação.

Diante deste contexto, ressalta-se a importância da preparação das atividades,


do entendimento e domínio das ferramentas, da organização da forma de
aplicação, bem como da consonância com os conteúdos inerentes a cada fase do
ciclo educacional formal.

46 Uso dos Equipamentos: Retroprojetor Multimídia/Datashow, Lousa Digital e Acessórios


T3

REFERÊNCIAS

TAJRA, Sanmya F. Informática na educação: novas ferramentas pedagógicas para


o professor na atualidade. São Paulo: Érica, 2001.

GLOSSÁRIO

Animações: são denominadas animações as imagens e artes que, por meio de


movimentos, aplicados com o uso de softwares específicos para tal, expressam
comportamentos, ações e podem ser apresentadas na forma de vídeos, filmes e,
até mesmo, apresentações animadas.

Datashow: equipamento utilizado para projetar imagens a partir de um computador,


tablet, celular ou televisores.

Hiperlinks: permitem o direcionamento de uma página para outra, de um arquivo


para outro ou de um site da internet para outro. Podem ser aplicados para facilitar
a navegação dentro do próprio conteúdo ou direcionar a outro.

Senoides: forma de onda que provém da representação gráfica da função seno,


também chamada de onda senoidal.

Uso dos Equipamentos: Retroprojetor Multimídia/Datashow, Lousa Digital e Acessórios 47


T3

48 Uso dos Equipamentos: Retroprojetor Multimídia/Datashow, Lousa Digital e Acessórios


Tema 4

Software de Apoio Didático:


Estado da Arte

POR DENTRO DO TEMA

Software de apoio didático: estado da arte

O uso de softwares nas escolas é alvo de estudos e investigações que abordam


os mais diversos aspectos, desde o desenvolvimento de softwares e aplicativos
para uso específico, ao uso de aplicativos já existentes, como os editores de texto,
planilhas e softwares gráficos.

Então, há proporcionalmente às opções disponíveis, inúmeras formas e métodos


de aplicá-los nas salas de aula ou em ambientes virtuais de aprendizagem. Assim
também é possível inferir que o uso e a aplicação de softwares não se limitam a
uma faixa etária ou nível escolar, e sim, podem ser compreendidos desde o Ensino
Infantil ao Ensino Superior.

Um ponto de atenção neste sentido é que não sejam utilizados de forma


aleatória, e que sim, independente do meio ou do nível escolar, haja fortemente
o planejamento das atividades e ações que serão executadas através do apoio
pedagógico pautado nos softwares. Sendo assim, desde a concepção da matriz do
curso, este deve ser previsto. E a cada um, desde que escolhido criteriosamente,
o software deve atender às necessidades de ensino que a disciplina precisa
desenvolver. Precisam ser consideradas as habilidades de raciocínio lógico e
competências intelectuais necessárias aos alunos do século XXI.

E lembre-se: quem nasceu no século passado não deixa de ser um aluno que
interage e que faz uso de tecnologias. Pode até não ser a mesma medida dos
ainda mais jovens, nascidos neste século, mas que esperam ser inseridos de algum
modo neste mundo tecnológico quando optam por se aprimorar e aprofundar os
conhecimentos. E quanto a isso não há dúvidas, seja por motivação pessoal, seja
por motivação profissional.
T4

Neste sentido, as escolas apresentam movimentos e iniciativas para a imersão


dos softwares nas atividades acadêmicas. Abaixo serão descritos alguns processos
e como eles se dão para a implantação dos softwares e o seu uso efetivamente,
na educação.

Implantação de projetos de informática na educação


De acordo com Tajra (2012), o processo de implantação de softwares, também
denominados por ela de projeto de informática na educação, passam por alguns
passos, a seguir:

• A realização de um diagnóstico de necessidade de softwares, ou seja,


quais são e em que poderão contribuir efetivamente para as atividades escolares
de ensino? Deve ser algo latente nesta investigação.

• Outro fator a considerar é a competência para o uso deste software


que deve ser desenvolvida. O professor precisará ser capacitado para e, ainda,
de acordo com as necessidades dos alunos, a considerar as suas principais
dificuldades, elaborar e planejar a forma de aplicação do software, para auxiliar
como ferramenta pedagógica.

• Plano de ação: se faz portanto de extrema importância. Pois não adianta,


sob o ponto de vista educacional, investir em ferramentas em que não é possível
aplicar em prol às dificuldades de aprendizagem presentes naquele ambiente,
naquela região.

• Capacitação intensiva, progressiva e organizada!

• Conhecimento e pesquisa dos softwares que venham de fato atender às


necessidades do local de ensino.

• Projeto pedagógico que enfatize que o uso da informática na educação


(TAJRA, 2012).

• Planejamento de implantação, acompanhamento e avaliação do projeto de


informática adotado.

1.1 Diagnóstico de necessidade de software


Quando a autora traz à tona os levantamentos necessários ao diagnóstico, é
interessante notar que a empatia, ou seja, se colocar no lugar tanto do professor,
quanto do aluno, para compreender melhor as necessidades de aprendizagem, se
torna menos árduo o trabalho. Neste sentido, Tajra (2012) aponta alguns fatores a
observar, são eles:

50 Software de Apoio Didático: Estado da Arte


T4

a. Analisar e identificar a melhor maneira de se fazer o uso da informática na


sala de aula:

Por exemplo, a informática pode adequar-se a três


modalidades: informática como fim em si mesma, informática
relacionada a softwares baseados em enfoques disciplinares
ou integrar a utilização da informática em projetos multi, inter
e transdisciplinares. (TAJRA, 2012, p. 74)

b. Estimar os custos de forma realista também é um fator de extrema importância


e fundamental para que a implantação deste projeto de fato se concretize, e dentro
dos limites de recursos existentes. Assim, após a identificação das necessidades de
aprendizagem é possível elencar:

• quais são os softwares mais adequados;

• quais são as máquinas mais apropriadas, ou seja, quanto ao hardware, o


que é preciso em termos de configuração de memória e processamento para que
o software possa ser executado sem perdas;

• uma pesquisa com ao menos três fornecedores é importante para que se


compare a melhor opção e identifique outras possibilidades de investimento ou,
ainda, a contenção em função do valor disponível para arcar com os custos desse
projeto.

Além disso, considerar os custos com a capacitação, e esta de qualidade,


aos professores, também deve fazer parte desse processo de implantação e,
portanto, estar contemplado nos custos. Do orçamento, segundo Tajra (2012),
são direcionados para os custos com capacitação, cerca de 2/3 do valor do
investimento, para que os professores e envolvidos desenvolvam as competências
e habilidades necessárias para aplicar o software como recurso didático.

Já quanto à aquisição dos equipamentos, o cálculo deve considerar que


preferencialmente, no máximo dois usuários, neste caso os alunos, poderão
compartilhar da mesma máquina:”A quantidade de equipamentos deve ainda ter
como referencial o número total de alunos na escola, bem como a média da
quantidade de alunos por sala.” (TAJRA, 2012, p. 74).

Quanto a esse ponto, o do investimento de recursos financeiros, fica ainda a


recomendação de que a escola analise corretamente o porte desse projeto, dessa
implantação. Com isso, de acordo com a série, o plano pedagógico, planejar
adequadamente todo esse contexto, e, se esse projeto obtiver êxito, investir em
outros de maior porte na unidade de ensino.

Software de Apoio Didático: Estado da Arte 51


T4

c. Relacionado ao uso dos equipamentos interligados em rede, com uso da


internet e compartilhamento de recursos como a impressora, é interessante que
o projeto contemple uma cota por aluno, para que este possa imprimir alguns
dos materiais produzidos ou mesmo, enviar por e-mail para que gere os registros
das atividades desenvolvidas, minimizando o risco de perder o exercício que foi
aplicado e possibilitar a retomada ao material, de qualquer ambiente em que esteja
com acesso à internet.

d. Outro aspecto importante é o espaço físico do laboratório, bem como, as


condições de climatização para que se possa aumentar a vida útil do equipamento
e o bem-estar durante as aulas. Considerando a quantidade de alunos novamente
como um importante fator para esta implantação.

No ambiente de informática na educação, devem ser


verificados os seguintes aspectos: iluminação, temperatura
(para ambientes muito quentes são recomendados aparelhos
de ar condicionado), layout para facilitar o gerenciamento
das máquinas e o fluxo de alunos e professores. (TAJRA, 2012,
p. 75)

Outro ponto de atenção é para o controle, manutenção e organização do


patrimônio adquirido: enumerar as máquinas, verificar a incidência de erros, realizar
as instações dos softwares adequadamente, bem como, orientar o modo correto
de uso para melhor conservação do laboratório.

Nesse quesito, são considerados importantes:

• Os softwares que permitam o compartilhamento de telas, como por


exemplo, o VNC (Virtual Network Computer), em que é possível compartilhar
através da rede a visualização da tela que se pretende demonstrar. Há diversas
soluções que permitem esse recurso, uma delas que inclusive é gratuíta, é o
VNC da Team Viewer, que apresenta uma solução para controle remoto, em que
não apenas para este fim, mas com o intuito de compartilhar a tela com outros
usuários, também é possível. Verifique em: https://www.teamviewer.com/pt/
index.aspx?pid=google.r.br.s.desk.vnc_ex&gclid=CKWOoPPSmcUCFYM8gQodPD
sA7A. Acesso em: 28/04/2015.

• Datashows com alta resolução para realizar as demonstrações e permitir o


acompanhamento pelo alunos.

• Televisores.

• Equipamento de áudio.

52 Software de Apoio Didático: Estado da Arte


T4

Também compõem o projeto de informática e precisam ser contemplados no


planejamento e direcionamento dos recursos.

e. No plano pedagógico do curso, é preciso estabelecer, a partir de que série,


quais conteúdos programáticos, quantas atividades e a melhor forma de aplicá-los.
Sugestão fica para a elaboração do plano de aula.

Muitas escolas têm iniciado a utilização da informática com


crianças acima de três anos de idade, com a frequência média
de uma hora semanal. De início podemos achar que é muito
pouco tempo, mas se levarmos em conta a quantidade de
anos escolares, este número de horas será razoável. (TAJRA,
2012, p. 75)

Como evidenciado na bibliografia pesquisada e em outras fontes, ainda o


planejamento desta implantação, a distribuição do orçamento de acordo com
a necessidade de investimentos para o projeto, dependem diretamente da
análise dos fatores acima apresentados. Com isso, é possível enfatizar, ainda, a
necessidade de se pensar o uso do software desde a concepção da disciplina, ou
de que forma poderá ser agregado tal recurso. Contanto que sejam considerados
as possibilidades de ganho desse recurso tecnológico nas escolas, amplamente
respaldado nas competências e habilidades desenvolvidas nos professores e demais
envolvidos, os ganhos para o processo de ensino-aprendizagem são consideráveis
e, por esse motivo, tão importante se torna essa implantação.

Fica a recomendação de leitura dos materiais disponíveis no livro desta referência


bibliográfica, para que sejam observados os formulários para o levantamento de
dados que pode servir de base para a realização do diagnóstico de Tecnologia
Educacional, proveniente das implantações de softwares nas escolas. Estes
materiais estão disponíveis das páginas 77 à 81.

1.2 Interdisciplinaridade e a implantação de softwares educacionais


Ao investigar a definição da palavra interdisciplinaridade, obtém-se como
resultado, justamente, que esta significa a análise dentre diversos conteúdos,
no caso das escolas; além destes, as disciplinas, em que se busca a intersecção
dentre os elementos, ou seja, as ferramentas de softwares que são consideradas
no projeto, se correlacionam com outras disciplinas.

Por exemplo, quais softwares podem ser compartilhados e entre quais disciplinas?

Software de Apoio Didático: Estado da Arte 53


T4

Este é um questionamento que possibilita investigar a interdisciplinaridade entre


elas e em que poderá ser absorvida em cada uma das disciplinas a ferramenta de
apoio pedagógico.

1.3 Definição do layout das salas equipadas com computadores ou labo-


ratórios
Primeiro fator salientado pela autora Tajra (2012) é a identificação do público
que usará o laboratório ou sala de informática. Seguido da distribuição física da
sala, ou seja, a definição do layout de acordo com o espaço e público-alvo. Os
tipos de mesas e cadeiras também podem influenciar este aspecto. Sugestão de
leitura das indicações de layout que Tajra (2012) disponibiliza em seu livro: 88 a 93.

2.0 Informática na Educação


Embora os projetos educacionais que envolvem o uso de tecnologias de
informação e comunicação e softwares, independente de sua natureza, já são
estudados, testados, implementados, modificados, há alguns anos, este ainda não
pode ser considerado um processo maduro. Devido à sua complexidade tanto
em adequação às necessidades de aprendizagem, quanto da capacitação de
professores e profissionais envolvidos, como também, dos recursos financeiros a
despender para que tal implantação seja concretizada.

Neste sentido encontram-se ainda as dificuldades inerentes à demora da


inserção de tais métodos considerados inovadores, nas escolas, seja pelo motivo
financeiro e burocrático, seja por motivo pedagógico e a não introdução do uso
de softwares, de acordo com o modelo pedagógico aplicado.

Segundo o projeto denominado ACCOT, há três fases inerentes ao processo


evolutivo de um projeto de informática na educação. Este compreende a iniciação,
adaptação e incorporação ou absorção (TAJRA, 2012).

2.1 Iniciação
Nesta etapa concentram-se a aquisição dos computadores, a sua instalação, ou
seja, toda a parte física da sala de informática é organizada:

54 Software de Apoio Didático: Estado da Arte


T4

É interessante ressaltar que, diante da nova realidade de que


quase todas as escolas , principalmente as particulares, já
possuem computadores, com certeza, o simples fato de tê-
los não significa mais um diferencial, mas principalmente um
passo que a escola deve, de fato, dar. O que passará a ser um
diferencial será a forma de utilização da informática dentro
da escola, a qual deve fazê-lo conforme os seus objetivos.
(TAJRA, 2012, p.95)

Este também é o momento da interação dos professores com este novo espaço
e, não recomendado mas ainda aplicado, início do processo de capacitação dos
professores, apenas quando o laboratório já está totalmente instalado. Nesse
contexto, o melhor é que os professores já estejam aptos ao uso das ferramentas,
quando este é entregue.

2.2 Adaptação
Esta fase compreeende, justamente, o avanço da aplicação das atividades
pedagógicas que foram previstas. Aqui, alunos e professores já estão habituados à
aplicação e execução dos processos de ensino-aprendizagem que envolvem tais
ferramentas de software.

Como exemplo característico desta fase podemos citar uma


aula na qual a professora solicitou aos alunos a elaboração de
um desenho para uma competição que ocorreria na escola. A
professora deu flexibilidade para que os alunos escolhessem
a ferramenta a ser utilizada: o computador, os recursos
tradicionais (lápis, pincéis). A primeira reação dos alunos foi
irem direto ao computador a fim de efetuar o desenho, mas
em função de não terem os conhecimentos básicos sobre o
software que estavam utilizando, verificaram que seria melhor
elaborar com os recursos já dominados. (TAJRA, 2012, p. 96)

Com isso verifica-se a importância dessa fase, de forma a compreender que


o recurso tecnológico não visa a substituição dos métodos formais, mas que,
no entanto, que vêm complementar e ampliar as possibilidades de ensino e de
aprendizagem, inerentes ao processo educacional.

Software de Apoio Didático: Estado da Arte 55


T4

2.3 Incorporação ou absorção


Nesta etapa já é considerado o uso das ferramentas tecnológicas implantadas,
como de conhecimento amplo pelos professores e de familizarização e associação
destas nas atividades, pelos alunos.

A duração de cada uma das fases varia muito, de acordo com


cada realidade escolar e a do próprio professor, entretanto
é interessante conhecê-las como forma de verificar que a
evolução da utilização da tecnologia no campo educacinal
ocorre de modo semelhante, independentemente da
modalidade de aplicação escolhida.(TAJRA, 2012, p. 96)

Diante do contexto apresentado, desde a iniciação até a incorporação efetiva


aos processos de informática na educação, torna-se evidente a sua importância
para o desenvolvimento de metodologias que os incorporem de forma agregadora
ao ensino e à aprendizagem. Com isso, é fundamental se planejar todo o processo
desde a concepção da ideia, até o momento da implantação, para que o projeto
possa obter êxito e, de fato, contribuir para a formação de um novo perfil de aluno,
o do século XXI.

ACOMPANHE NA WEB

Novas Tecnologias na Educação

• Revista Renote: Novas Tecnologias na Educação.

Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/renote/issue/archive>. Acesso em: 16 jun.


2015.

Estratégias de ensino-aprendizagem inovadoras e podem servir de exemplo


ou base para pesquisas e experiências

• Revista Labor Educacional, aplica estratégias de ensino-aprendizagem


inovadoras e podem servir de exemplo ou base para pesquisas e experiências.

Disponível em: <http://www.labor.org.br/2015/>. Acesso em: 16 jun. 2015.

56 Software de Apoio Didático: Estado da Arte


T4

Iniciativas que apoiam a educação e suas várias formas de fazer acontecer os


processos de ensino-aprendizagem

• O Instituo Natura investe em iniciativas que apoiam a educação e suas


várias formas de fazer acontecer os processos de ensino-aprendizagem. Confira o
que tem realizado no site.

Disponível em: <http://www.institutonatura.org.br/?gclid=CPybreuylMYCFdUR


HwodXDoAwg>. Acesso em: 16 jun. 2015.

Integração das Tecnologias na Educação

• Artigo de José Moran sobre a integração das tecnologias na educação.

Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/iniciaissf.pdf>.


Acesso em: 16 jun. 2015.

AGORA É A SUA VEZ

Instruções:

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

Analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa correspondente:

I. É recente o uso de aplicativos e softwares nas escolas.

II. Softwares podem ser usados apenas na educação a distância para que ampliem
as possibilidades de se obter situações de ensino-aprendizagem.

III. Não há a necessidade de planejar as ações com o uso de computadores e


softwares, pois as atividades praticamente são as mesmas de semestre em semestre.

IV. Precisam ser consideradas as habilidades de raciocínio lógico e competências


intelectuais necessárias aos alunos do século XXI.

Software de Apoio Didático: Estado da Arte 57


T4

a. V, V, F e F.

b. V, V, F e V.

c. F, F, F e V.

d. F, F, F e F.

e. F, V, F e V.

Questão 2

Na implantação de projetos de informática nas escolas, alguns procedimentos


precisam ser contemplados. Dentre eles, é importante destacar o diagnóstico.
Neste, é possível identificar quais são as necessidades de aprendizagem que
precisam ser desenvolvidas e, ainda, determinar quais são os softwares e as
atividades que poderão compor o plano de aula, a fim de promover e ampliar
a aplicação do conteúdo e a sua absorção. Diante deste contexto, assinale a
alternativa que contém as fases de implantação de projetos de informática nas
escolas:

a. iniciação, adaptação e incorporação.

b. absorção, iniciação e adaptação.

c. implantação, iniciação e incorporação.

d. retenção, iniciação e adaptação.

e. diagnóstico, iniciação, start e planejamento.

Questão 3

Quanto aos custos de implantação de projetos de informática nas escolas, está


correto o que se afirma na alternativa:

a. Estimar os custos de forma realista pode ser um fator de extrema importância


para que a implantação do projeto se concretize, porém, mesmo tendo um
orçamento definido, nem sempre é possivel manter o que foi preestabelecido.

b. É importante identificar quais são os softwares mais adequados e, ainda, quais


são as máquinas mais apropriadas.

c. Não se faz necessária uma pesquisa com ao menos três fornecedores em

58 Software de Apoio Didático: Estado da Arte


T4

função do valor disponível para arcar com os custos desse projeto.

d. mesmo que o valor ultrapasse o orçado, estes projetos preveem a tomada de


empréstimos para saldar os possíveis valores que faltaram a pagar, no decorrer do
projeto.

e. todos os custos são ressarcidos por programas sociais que o governo federal
desenvolveu para esse tipo de projeto.

Questão 4

Explique a importância do diagnóstico para que se obtenha sucesso nos projetos


de implantação de softwares e tecnologias na educação.

Questão 5

Explique as fases de iniciação, adaptação e incorporação nos projetos de


implantação de softwares nas escolas.

FINALIZANDO

Neste tema a ênfase ficou na apresentação da importância de se planejar a


implantação do projeto de informática, e para isso, se fez um resgate na obra
de referência dos principais conceitos relacionados. Por esse motivo, justamente,
de abordar o que, como e por que deve ser planejada essa ação, é que se
denominou o estado da arte, pela investigação que realiza e aproxima para
que o leitor possa buscar, também, mais modelos e exemplos de situações de
implantação de projetos educacionais que envolvem desde a concepção da
ideia, até a sua real incorporação ao modelo pedagógico. Com isso, pretende-se
que as ações no sentido de uso dos softwares na realidade educacional sejam
devidamente adequadas ao seu plano pedagógico, que compreenda também o
treinamento e a capacitação do professor para tal e que esteja compatível com
a realidade e as habilidades do público–alvo para o uso de tais recursos. Sendo
assim, a necessidade de um diagnóstico mais rigoroso, nas ações de implantação
de projetos de informática nas escolas e nas demais estruturas que promovem
ensino-aprendizagem.

Software de Apoio Didático: Estado da Arte 59


T4

60 Software de Apoio Didático: Estado da Arte


T4

REFERÊNCIAS

TAJRA, Sanmya F. Informática na educação: Novas ferramentas pedagógicas para


o professor na atualidade. 9ª ed. São Paulo: Érica, 2012.

FERREIRA, Norma Sandra A. As pesquisas denominadas estado da arte. Educação e


Sociedade, XXIII, nº 79. Agosto/2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/
v23n79/10857.pdf. Acesso em: 28/04/2015.

GLOSSÁRIO

Competência: entende-se por competência desenvolvida, no âmbito da educaçao


e da administração, o conjunto de habilidades, conhecimentos e atitudes que uma
pessoa pode absorver e fazer destas, ações naturalmente praticáveis, e de acordo
com as suas necessidades de aplicação.

Alusão: refere-se a algo, menciona, cita, traz à tona.

Layout: implica na definição de um esquema, um projeto, um arranjo, uma


organização de elementos dentro de um determinado espaço, seja físico ou virtual
(layout de um site, ou seja, a disposição dos elementos de navegação e interação,
por exemplo).

Software de Apoio Didático: Estado da Arte 61


T4

62 Software de Apoio Didático: Estado da Arte


Tema 5

Objetos de Aprendizagem

POR DENTRO DO TEMA

1. Objetos de Aprendizagem: O que são

O que se entende como objetos de aprendizagem é que estes são recursos


que podem envolver o uso de tecnologias, porém, não somente. Quando aliados
ao ensino e aprendizagem, podem enriquecer este processo. Desta forma, alguns
autores afirmam que objetos de aprendizagem são arquivos, filmes, fotos, artigos,
jogos e até mesmo desafios. A maioria destes objetos de aprendizagem está
disponível na internet, porém é necessário saber como encontrá-los.

Tajra (2012) ressalta que com o advento da internet, tanto o uso quanto o
desenvolvimento de recursos tecnológicos como os acima mencionados foram
incentivados e, com eles, as facilidades destes:

Seria quase impossível escrever, em poucas linhas, as grandes


vantagens e possibilidades que podemos ter com a internet.
Tudo isso é possível a um custo de uma ligação telefônica local,
sem pagar passagens aéreas, sem pegar congestionamento
no trânsito, sem custos de hotelaria. Para ter acesso à internet,
basta ter um micro, uma linha telefônica, um modem e estar
associado a algum provedor (empresa que comercializa
acesso à internet). (TAJRA, 2012, p. 125)

Neste sentido ainda, a autora diz que a internet tem muito a contribuir com
os processos educacionais. A considerar tamanha quantidade de objetos de
aprendizagem disponíveis, e, na mesma medida, inúmeras maneiras de implementá-
los em educação, seja presencial ou à distância.
T5

Então, é importante que neste momento esteja claro que são considerados
objetos de aprendizagem: reportagens, filmes, vídeos, imagens e figuras, jogos,
simuladores, repositórios de dados, e estes usam fortemente o auxílio da internet
para serem disponibilizados, veiculados e, principalmente, tornarem-se acessíveis
com o intuito de agregar e levar informação e conteúdo educativo em diversas
formas, a mais locais.

Essa possibilidade traz à tona uma reflexão acerca da importância da internet


nesse processo e, por esse motivo também, algumas asserções se fazem relevantes
neste cenário, tais como, os papéis e posturas do professor, por exemplo, e não
apenas deste, como da escola e o planejamento da educação de forma geral:

A internet apresenta-se como um dos motivos da necessidade


de mudança do papel do professor. Ela é uma oportunidade
para que professores inovadores e abertos realizem as
mudanças de paradigma. A internet é ilimitada; a cada
momento são inseridas, excluídas e alteradas suas páginas.
É impossível o professor deter o conhecimento das diversas
fontes de pesquisas, dos mais variados sites existentes na rede.
Muitas vezes, os alunos localizam informações em páginas
que nunca foram visitadas pelos professores. (TAJRA, 2012, p.
126)

Sendo assim, o professor se torna um dos principais agentes deste processo


de aprender, disseminar e ensinar como utilizar esses recursos: “O ponto crucial
para o sucesso de um projeto educacional, com o uso da internet, é a capacitação
dos professores.” (TAJRA, 2012, p. 127). Outro fator importante: o planejamento do
uso desses recursos fica novamente salientado, em função de ter de acontecer
esse processo que foca o professor e o conteúdo, para que depois, de fato, seja
utilizado em sala de aula.

Veja agora um breve resgate acerca da internet e sua consolidação:

Ano Acontecimentos

Anos 60 Cientistas pesquisam técnicas de conexões compartilhadas.

Implantação dos primeiros quatro pontos da ARPANET: UCLA,


Universidade da Califórnia, Universidade de Utah e Instituto de
1969
Pesquisa de Stanford. A partir da ARPAnet, várias outras redes
surgiram, tais como Milnet, Bitnet, NSFNET.

64 Objetos de Aprendizagem
T5

1981 A CSNET oferece serviço de discagem para e-mail.

1982 O protocolo TCP/IP passa a ser utilizado na ARPANET.

1984 É instituído o sistema DNS.

1988 Roberto Morris Jr. solta um vírus na internet.

1994 Iniciam as transmissões de vídeo e áudio pela internet.

1995 Explosão da internet em todo o mundo.

Internet acoplada à televisão.

Comércio eletrônico via internet.

Acesso à internet via telefonia celular.

Início de 2000 Vídeoconferência.

Comunicação da internet por meio da voz.

Aumento extensivo do uso da internet para realização


de negócios, seja no âmbito empresarial, seja no âmbito
acadêmico.

Fonte: TAJRA, 2012, p. 129

Como você pode notar, juntamente com a consolidação deste meio de


comunicação tão importante para a atualidade, seja para transações comerciais,
de relacionamento, ou ainda educacionais, há muito ainda por crescer e, com
isso, as possibilidades de aplicação também aumentam.

Atualmente, a utilização da internet vai além de disponibilização de


informações e apenas a realização de transações comerciais. A contribuição
para os processos educacionais pode ser bastante significativa, desde que este
aluno seja direcionado e orientado a usar de forma prudente e correta, e que
os ambientes educacionais, presenciais ou virtuais, estejam preparados para
esta realidade de imersão. Seja em atividades inovadoras, seja em caráter de
orientação e capacitação para uso voltado ao sistema educacional.

1.1 Para que servem os objetos de aprendizagem

Os objetos de aprendizagem, de acordo com Prata et al. (2007), precisam ter


a sua aplicação definida, ou seja, a identificação do seu papel educacional serve

Objetos de Aprendizagem 65
T5

para que seja alcançado o objetivo de despertar no aluno reflexões acerca do


conteúdo a que se aplica e a que contextos pode ser replicado o seu uso. Neste
sentido, salienta que:

Não há um limite de tamanho para um Objeto de Aprendizagem,


porém existe o consenso de que ele deve ter um propósito
educacional definido, um elemento que estimule a reflexão
do estudante e que sua aplicação não se restrinja a um único
contexto. (PRATA et al., 2007, p. 20).

Dentre os elementos de destaque para o uso dos Objetos de Aprendizagem


(OA), destacam-se o seu caráter:

• Flexível: essa característica se dá em função da possibilidade de reutilização


para mais de uma atividade, por exemplo.

• De fácil atualização: quando necessária alguma atualização, por todos


os objetos estarem concentrados em um único bando de dados e projeto, essa
operação é facilitada.

• Customização: é possível adequar os objetos de aprendizagem, de acordo


com o seu tipo, para com a identidade visual da escola, ou mesmo, utilizá-lo para
vários cursos.

• Interoperabilidade: é comum, por serem disponibilizados pela internet,


ou, se valerem de programas que são comuns para os ambientes educacionais,
que estes possam ser utilizados em qualquer local.

Abaixo são recomendados pela autora Tajra (2012) alguns sites em que há
inúmeros objetos de aprendizagem disponíveis para pesquisas e investigações
posteriores:

Sites para Pesquisa Escolar

Biblioteca Virtual de Literatura http://www.biblio.com.br

http://www.bibliotecavirtual.sp.gov.br/temas/cultu-
Biblioteca Virtual de São Paulo
ra-e-lazer/bibliov.php

Brasil Escola http://brasilescola.com.br

Bússola Escolar http://www.bussolaescolar.com.br

66 Objetos de Aprendizagem
T5

EduKbr http://goo.gl/Q1gAif

Escola 24 horas http://www.escola24h.com.br

Educacional http://goo.gl/CV3ffv

Eaprender http://www.eaprender.eu/

Fundação Bradesco http://www.fb.org.br/fblink.asp

Info Escola http://www.infoescola.com.br

Pesquisa Escolar http://www.pesquisaescolar.com.br

Portal Aprende Brasil http://www.aprendebrasil.com.br

Klick Educação http://www.klickeducacao.com.br

Wikipédia http://www.wikipedia.org.br

Sobre sites http://archive.is/www.sobresites.com

Fonte: TAJRA, 2012, P. 137

Acima estão destacados alguns sites em que é possível investigar quais


objetos de aprendizagem estão disponíveis. O indicado é que a partir da análise
do conteúdo programático da disciplina, sejam escolhidos os objetos de
aprendizagem que melhor se adequem ao conteúdo. Além destes, há também
outros sites, como os da lista abaixo:

• Banco internacional de objetos educacionais: este site disponibiliza vários


tipos de objetos de aprendizagem para todos os níveis educacionais. Disponível
em: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/. Acesso em: 05/05/2015.

• Conexão professor: este site é de domínio do governo do Estado do


Rio de Janeiro e foi desenvolvido para auxiliar os professores e alunos quanto
à investigação e uso dos objetos de aprendizagem. Disponível em: http://
conexaoescola.rj.gov.br/. Acesso em: 05/05/2015.

Neste site ainda é possível encontrar outras indicações de repositórios de


objetos de aprendizagem disponíveis na internet.

• Rived: este site disponibiliza conteúdo pedagógico digital em forma de


objetos de aprendizagem que visam estimular o desenvolvimento de raciocínio
lógico e ainda associa a informática ao ambiente acadêmico. Disponível em:

Objetos de Aprendizagem 67
T5

http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/1sf.pdf. Acesso em: 05/05/2015.

Há outros ainda disponibilizados pelas universidades e mesmo editoras. Então,


vale a pena investigar e praticar através da aplicação em aula. Fica a sugestão de
planejar de acordo com um conteúdo predeterminado e a escolha do objeto
de aprendizagem, seguidos do passo a passo que será realizado na aula. Não
obstante a observação comportamental, de aprendizagem, as dificuldades
e questionamentos levantados pelos alunos, são fundamentais para que se
avalie a eficiência e em que agregou aquela prática àquele processo de ensino-
aprendizagem.

2. Considerações Acerca da Interface do Objeto de Aprendizagem

Ao observar os Objetos de Aprendizagem é possível notar que estes podem


se apresentar, como já mencionado, de diversas formas, ou seja, podem ser
desenvolvidos em formatos interativos, digitais, impressos, em forma de jogos e
simulações, além de outros como vídeos, imagens e figuras.

De acordo com Prata et al. (2007), é possível inferir que este objeto de
aprendizagem precisa considerar alguns aspectos para que atenda ao público
desejado, a começar de sua interface. Leia as asserções levantadas pelos autores:

De acordo com Valente (2002), a informática pode ser um


recurso auxiliar para a melhoria do processo de ensino e
aprendizagem, no qual o foco da educação passa a ser o
aluno, construtor de novos conhecimentos, em um ambiente
Construcionista, Contextualizado e Significativo, definido por
Schlünzen (2001) como um ambiente favorável que desperta
o interesse do aluno e o motiva a explorar, a pesquisar, a
descrever, a refletir, a depurar, as suas ideias. (PRATA et al.,
2007, p. 39)

Diante deste contexto, o que se nota é a possibilidade de investir na criação


e desenvolvimento, desde que sejam planejados, inclusive, detalhes que possam
fazer a diferença para o público-alvo a que se destinam.

Com isso, os autores supramencionados destacam que a construção e a


criação dos objetos de aprendizagem passam basicamente por três equipes: a
primeira pedagógica, pois é responsável por determinar o conteúdo e a que níveis
educacionais se aplicam; a segunda de design, que fará a criação de contexto e

68 Objetos de Aprendizagem
T5

forma de apresentação do conteúdo. Nesta etapa, há a criação de um roteiro em


que é definido o passo a passo que o objeto de aprendizagem precisa atender.
Por fim, a tecnológica, que será responsável por realizar a programação e
disponibilização do conteúdo abordado no formato de objeto de aprendizagem.

Questões além da execução das instruções apresentadas são consideradas,


dentre elas estão: a qualidade do som, a resolução da imagem, o feedback de
atividades, a avaliação do conteúdo por parte do aluno e também de que forma
poderá ser apresentada a avaliação de desempenho nas atividades propostas
e que são desenvolvidas por ele. Instruções e a forma como estas aparecerão
no objeto. Orientações e instruções gerais também compõem o storyboard de
atividades desempenhadas por esse objeto de aprendizagem e que precisam ser
consideradas no momento de sua criação.

Atualmente existem equipes que trabalham internamente nas faculdades para


o desenvolvimento desse tipo de material, de acordo com as necessidades e
objetivos educacionais daquela instituição. Além destas, as editoras também se
encarregam de produzir tais recursos para que atendam ao conteúdo que os
livros disponibilizam.

Encontram-se nesta categoria ainda, de desenvolvimento e criação de objetos


de aprendizagem, consultorias que prestam serviços tanto para instituições de
ensino quanto para empresas que realizam treinamentos e praticam de algum
modo o uso de objetos de aprendizagem em seu contexto de educação
corporativa.

ACOMPANHE NA WEB

Tecnologias, currículos e projetos

• Artigo sobre Tecnologias, currículos e projetos.

Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/1sf.pdf. Acesso em:


16/06/2015.

Aprendizagem baseada em projetos

• Vídeo sobre Aprendizagem baseada em projetos.

Disponível em: https://alvaropascualsanz.wordpress.com/category/


aprendizaje-basado-en-proyectos/. Acesso em: 16/06/2015.

Objetos de Aprendizagem 69
T5

Tecnologias na escola

• Como utilizar as tecnologias na escola.

Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_


eduacacao/utilizar.pdf. Acesso em: 16/06/2015.

Internet para apoio à pesquisa

• Artigo sobre o uso da internet para apoio à pesquisa.

Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_


eduacacao/pesquisa.pdf. Acesso em: 16/06/2015.

AGORA É A SUA VEZ

Instruções:

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

Quando o assunto é: objeto de aprendizagem. É possível inferir que este pode ser
utilizado e disponibilizado de forma digital ou em formato impresso, e ainda, de
uso local.

Neste sentido, está correto o que se afirma em:


a. objetos de aprendizagem não contribuem para a formação de processos
inovadores na educação.

b. estes objetos são úteis apenas para uso nas bibliotecas das instituições, como
forma de facilidade de acesso.

c. não são usados por professores apenas, mas, que estes sejam pautados no
desenvolvimento tecnológico pela comunidade científica.

d. a internet é um meio que facilita o acesso e o desenvolvimento de objetos de


aprendizagem.

70 Objetos de Aprendizagem
T5

e. os objetos de aprendizagem baseiam-se simplesmente na imersão do aluno


em um jogo que transmita o conteúdo abordado em aula.

Questão 2

No trecho da leitura fundamental que segue:

“Sendo assim, o professor se torna um dos principais agentes deste processo de


aprender, disseminar e ensinar como utilizar esses recursos: “O ponto crucial para
o sucesso de um projeto educacional, com o uso da internet, é a capacitação
dos professores.” (TAJRA, 2012, p. 127). Outro fator importante, o planejamento do
uso desses recursos fica novamente salientado, em função de ter de acontecer
esse processo que foca o professor e o conteúdo, para que depois, de fato, seja
utilizado em sala de aula.”

Estão explícitas as necessidades de:

a. capacitação de professores e planejamento aliado ao conteúdo educacional a


que se aplica o objeto de aprendizagem.

b. salienta que o professor não é o principal agente no processo de utilização de


um objeto de aprendizagem.

c. foca no desenvolvimento do objeto de aprendizagem.

d. estimula o aluno a investigar outras possibilidades de uso do objeto de


aprendizagem.

e. não incentiva o investimento em capacitação de professores.

Questão 3

Quais são as principais características dos objetos de aprendizagem?

Questão 4

Quais são as etapas envolvidas no processo de desenvolvimento de objetos de


aprendizagem?

Objetos de Aprendizagem 71
T5

Questão 5

Analise as afirmações abaixo e assinale a alternativa que melhor as representa:

I. Questões além da execução das instruções apresentadas são consideradas,


dentre elas estão: a qualidade do som, a resolução da imagem, o feedback de
atividades, a avaliação do conteúdo por parte do aluno.

II. Também de que forma poderá ser apresentada a avaliação de desempenho nas
atividades propostas e que são desenvolvidas por ele.

III. Instruções e a forma como estas aparecerão no objeto. Orientações e instruções


gerais também compõem o storyboard de atividades desempenhadas por esse
objeto de aprendizagem e que precisam ser consideradas no momento de sua
criação.

a. I, II e III são falsas.

b. I, II e III são verdadeiras.

c. I e II apenas são falsas.

d. II e III apenas são verdadeiras.

e. I e III são verdadeiras apenas.

FINALIZANDO

Este material fez um resgate das definições do que são, para que servem, onde
encontrar e como são concebidos os objetos de aprendizagem. Reforça ainda
a necessidade de investimentos na capacitação dos professores, bem como no
desenvolvimento de objetos de aprendizagem que atendam às necessidades do
público-alvo a que se destinam, e de acordo com o nível educacional a que se
aplica. Como, por exemplo, ressalta a importância de se planejar o seu uso, desde
a sua concepção, ou seja, para que é criado, como será e de que recursos fará uso
para que seja disponibilizado.

72 Objetos de Aprendizagem
T5

REFERÊNCIAS

TAJRA, Sanmya F. Informática na educação: Novas ferramentas pedagógicas para


o professor na atualidade. 9ª ed. São Paulo: Érica, 2012.

PRATA, Carmem Lúcia Anna Christina Aun de Azevedo Nascimento. Objetos de


aprendizagem: uma proposta de recurso pedagógico. Ministério da Educação,
Secretaria de Educação a Distância, Esplanada dos Ministérios. – Brasília: MEC,
SEED, 2007. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/1sf.pdf.
Acesso em: 05/05/2015.

GLOSSÁRIO

Customização: constitui o ato de personalizar um produto ou objeto de acordo


com as necessidades, neste caso, pedagógicas, requeridas.

Interoperabilidade: esta é uma característica inerente ao uso de softwares,


aplicativos e tecnologias em geral que permitam o uso em diversas plataformas
e independem do local para que possam ser utilizadas, desde que contenham as
configurações básicas, sejam de hardware, ou de software.

Educação corporativa: atribui-se o termo Educação Coportativa ao processo


de formação, seja ela continuada ou voltada para a obtenção dos objetivos e
estratégias das empresas. Para tal, elaboram materiais que treinam, capacitam e
desenvolvem habilidades com o uso de recursos online, inclusive.

Objetos de Aprendizagem 73
T5

74 Objetos de Aprendizagem
Tema 6

Aplicações e Práticas com


Multimeios

POR DENTRO DO TEMA

Aplicações e práticas com multimeios

A interação entre as pessoas surge como fator fundamental para o


desenvolvimento e aprimoramento dos conhecimentos e competências individuais,
como destaca Oliveira (2007, p. 113). Esta é considerada uma das principais
situações em que é possível se extrair possibilidades de imersão em conteúdos, e
de forma inovadora. Neste contexto, percebe-se então a necessidade de organizar
uma estrutura em que as pessoas possam trocar conhecimentos.

Algo que o uso de multimeios, como internet, programas educacionais


televisivos ou que são pensados neste formato e divulgados pela web, ainda outros
como recursos de hardware como tablets e notebooks quando incluídos nas
estruturas das escolas, por exemplo, precisam ser levados em consideração para a
educação no século XXI.

Neste contexto, dos multimeios, as esferas interessadas em agregar ao processo


de ensino-aprendizagem têm investido em: laboratórios, no desenvolvimento de
aplicativos que podem ser utilizados tanto nos tablets como nos smartphones,
aliando o desenvolvimento de soluções que fazem parte do dia a dia dos alunos.
Além dos datashows, caixas de som e computadores, que estão cada vez mais
presentes nas salas de aula.

Esta se mostra uma tentativa de aliar os conhecimentos adquiridos através de


meios tradicionais, com o contato e uso das tecnologias. Sendo assim, aprender
a compartilhar experiências é uma habilidade que também deve ser desenvolvida
desde os primeiros níveis de ensino: fundamental, médio e superior.

Essa é praticamente uma condição de perfil exigida atualmente e cada vez mais,
T6

para que as pessoas possam aprender a aprender e, também, como fazê-lo através
do trabalho em equipe, por exemplo. Esta estrutura não seria um contraponto
ao sistema de educação formal, mas um complemento que pode vir a ser um
facilitador à formação (DAURICIO, 2009).

O professor e pesquisador russo Lev Semenovich Vygotsky destacou, antes da


primeira metade do século passado, os níveis de desenvolvimento real e potencial.
O nível real agrupa o conhecimento adquirido com o cotidiano e a capacidade
de adaptar-se a diversas situações, enquanto que o potencial foca o aprendizado
em virtude da interação entre as pessoas e o meio. Na aproximação entre real
e potencial, o autor russo menciona seu conceito de zona de desenvolvimento
proximal (ZDP). Para o célebre psicólogo, ZDP é

(...) a distância entre o nível de desenvolvimento real, que


se costuma determinar através da solução independente
de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial,
determinado por meio da solução de problemas sob
a orientação de um adulto ou em colaboração com
companheiros mais capazes (VyGOSTSKy, 1998, p. 112).

Diante deste contexto, é possível inferir que a tecnologia, aliada ao planejamento


e adequação de acordo com os objetivos de aprendizagem de cada nível
educacional, promove alto teor de rigor quanto à qualidade.

Para tal, reforça-se a questão da capacitação de professores, como já vem


sendo advertido em outras leituras. Este precisará estar respaldado para ser não
mais a pessoa que transfere saberes e informações, mas que atuará fortemente
na mediação, na instrução, na orientação para o aprendizado autônomo. Algo
que o uso das tecnologias nos ambientes educacionais pode promover este nível
de interação, não apenas sob o ponto de vista professor/aluno, como também a
relação entre: professor/tecnologias/aluno.

O que infere em investimentos de outras estruturas educacionais, sejam elas


de formação de professores, sejam de infraestrutura computacional e de redes, ou
ainda de iniciativas que viabilizem o uso de multimeios para a educação e ensinem
como incluir ou aprimorar a realidade das salas de aula presenciais ou virtuais.

1.1 Recursos Tecnológicos na Educação: de multimeios a aplicativos e


softwares

A Tabela 1 mostra algumas soluções tecnológicas que vêm sendo empregadas

76 Aplicações e Práticas com Multimeios


T6

no âmbito educacional. Estas têm sido mais comumente associadas à educação


corporativa, porém, podem ser mencionadas como exemplos de uso para que
seja despertada a possibilidade de inserção destas em outras esferas de educação.

Veja abaixo alguns recursos que vêm sendo utilizados nas aulas:

Tabela 1: Soluções tecnológicas para a educação

Interatividade
Produção de segmentos de aprendizagem por áudio disponíveis
Podcasting e áudio
no site da empresa ou gratuitamente para serem baixados no
streaming
iTunes, da Apple.
Conteúdos rapidamente disponibilizados na internet com altas
Blogs em tempo real
doses de valor e realidade sem imposição de design gráfico.
Veiculação de conteúdo via web na forma de mensagens como
Webcasts manchetes de telejornal ou fragmentação de apresentações mais
longas originalmente preparadas para o ambiente empresarial.
Trata-se muito mais de uma metodologia de coleta de
informações e obtenção de resultados. A discussão em grupo
mediada por um tutor online proporciona espaço para aqueles
Focus group
que não conseguem expressar suas ideias e opiniões em meio
a uma plateia ou atemorizam-se na presença de um professor/
instrutor.
Móbile learning Acredita-se que tenha surgido nas empresas de telefonia celular,
nas quais, por meio das funcionalidades SMS e MMS, são
(m-learning) disponibilizados cursos e desafios na forma de jogos eletrônicos.
Considerado um jogo em 3-D, é um espaço aberto onde é
Second Life possível simular situações e vivenciá-las por meio de um avatar,
personagem virtual criado pelo jogador.
Software livre para o gerenciamento de comunidades em rede.
Icox Segundo os especialistas em TI, é a tendência em integração
digital.

Fonte: Adaptado de Martins (2009, p. 227) Litto e Formiga et al. (2009).

Todos os recursos citados fazem uso da internet ou das redes de telefonia


móvel para serem ofertados e necessitam de formatos especiais e customizados
de acordo com as necessidades de cada instituição de ensino, ou ainda corporativa
(idem).

Aplicações e Práticas com Multimeios 77


T6

Tabela 2: Relação das Mídias e Tecnologias - Tecnologias/ Mídias

Tecnologias/Midias Descrição
Mídia impressa (Estudo
Guia de estudo, boletins, livros, artigos
por correspondência
CD, DVD usados como explicação do material textual,
Mídias de áudio e voz ou como manuais, exemplos de sons como: músicas,
monólogos, fenômenos naturais
Transmissão de áudio e vídeo com a televisão aberta ou
transmissão limitada (TV a cabo, serviço fixo de televisão
Rádio e televisão
educativa, satélites de transmissão direta e vídeo transmissível
via web...
Áudio, audiográfica, (com imagens visuais ao áudio),
Teleconferência
videoconferência e teleconferência para educação médica
Conferências, sistemas baseados na web (blackboard,
WebCT, FirstClass, eClassroom, Web-4M e groupwere),
Computador
fóruns, chats e wikis. Sistem de gestão do conhecimento.
Web 2.0 (interações e sistemas imersivos - Second life).
Fonte: Adaptado de Moore e Kearley, 2005, apud, Dauricio, 2009, p.

A seguir, de acordo com dados apresentados por Moore e Kearsley (2005):

Tabela 3: Pontos fortes e fracos das diversas tecnologias

Pontos fortes Pontos fracos


Texto impresso Pode ser barato, confiável, Pode parecer passivo e
trazer informação densa e precisar de mais tempo de
quem controla é o aluno. produção além de custo
elevado.
Gravações em áudio Dinâmicas, proporciona Leva muito tempo para o
experiência indireta e é desenvolvimento e tem
controlada pelo aluno. custos elevados
Rádio e televisão Dinâmicos, imediatos para Tempo para
distribuição em massa desenvolvimento e tem
custos elevados para ter
qualidade programável
Teleconferência Interativa, imediata e Complexa, não confiável e
participativa programável
Aprendizado por Interativo, controlado pelo Tempo para
computador e baseado na aluno e é participativo desenvolvimento e tem
web custos elevados, necessita
de equipamentos e há certa
fatla de confiabilidade.
Fonte: Adaptado de Moore e Kearley, 2005, apud, Dauricio, 2009, p. 8 - 9.

78 Aplicações e Práticas com Multimeios


T6

Vale lembrar que outro ponto de destaque no que tange ao uso de tecnologias
na educação e, ainda, de se propagar e oferecer o acesso, têm surgido as iniciativas
de educação a distância.

2. Tecnologias, Educação e Educação a Distância: Paradigmas a Romper e


Estruturas a Criar

Foi em meados do século XIX que a educação a distância iniciou uma trajetória
de uso, através do ensino por correspondência. Mais tarde, o Instituto Universal
Brasileiro (IUB) popularizou esta prática no Brasil, seguido pelo Instituto Monitor.
Outros veículos de comunicação em massa foram utilizados, como o rádio e a
televisão, através de programas educativos de iniciativa do governo e de fundações
da iniciativa privada. A partir da segunda metade da década de 1990, com a
popularização dos computadores e da internet, o ensino a distância recebeu novo
impulso, pois inúmeras mídias interativas encontraram uma convergência passível
de proporcionar amplas possibilidades para as iniciativas de educação.

A educação a distância no Brasil foi considerada com maior efetividade na


realidade da educação formal, quando, na LDB de 1996, pelo Decreto n° 9.394,
datado de 20 de dezembro, que trazia a chamada Lei Darcy Ribeiro (GOMES,
2009, p. 21, in LITTO e FORMIGA et al., 2009) e estabelecia, a partir do artigo 80, a
abertura e regimes especiais para a obtenção de “credenciamento das instituições
pela União”, além de normas e tratamento diferenciado para a sua implantação,
controle, autorização e avaliação, regras como se pode identificar para a criação e
ampliação na oferta dos cursos à distância.

Daí então, foi que a educação a distância (EAD) passou a ter espaço mais amplo e
tornou-se possível em todos os níveis, isto inclui também o uso dos computadores
e da rede mundial de computadores interconectados, a internet (ALVES, 2009, in
LITTO e FORMIGA et al., 2009). No Decreto n° 2.494, de 10 de fevereiro de 1998,
em mais uma atualização da LDB, a educação a distância passou a ser definida e
incluída como forma de ensino:

[...]que possibilita a autoaprendizagem com a mediação


de recursos didáticos, sistematicamente organizados,
apresentados em diferentes suportes de informação,
utilizados isoladamente ou combinados e veiculados pelos
diversos meios de comunicação. (GOMES, 2009, p, 22, in
LITTO e FORMIGA et al., 2009)

Aplicações e Práticas com Multimeios 79


T6

A LDB, considerada uma lei boa no sentido de satisfazer algumas condições de


qualidade para a educação, porém, traz consigo os atos normativos, que tornam
certas iniciativas para a educação a distância inviáveis, pois tendem a burocratizar
e a criar regras, às vezes, impraticáveis por instituições de ensino formal (ALVES,
2009, in LITTO e FORMIGA et al., 2009). Já Gomes (2009, in LITTO e FORMIGA et
al., 2009), traz observações importantes com base no ponto de vista apresentado
pelo autor anterior, para ele:

O grande problema inerente a ele e à legislação e normas é


que não se colocava a tônica no substantivo educação, e sim
na sua qualificação: presencial ou à distância. Parece haver
um pressuposto implícito, de longa data, de que a primeira é
mais propícia à lisura e a última se encontra mais permeável
às irregularidades. (GOMES, 2009, p. 22, in LITTO E FORMIGA
et al., 2009)

Um novo decreto, de n° 5622, de 19 de dezembro de 2005, também traz as


mesmas vantagens e limitações do decreto anterior, no entanto, dá ênfase ao uso
das tecnologias de informação e comunicação, definindo a EAD como uma:

[...] modalidade educacional na qual a mediação didático-


pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorre
com a utilização de meios e tecnologias de informação e
comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo
atividades educativas em lugares ou tempo diversos. (apud
GOMES, 2009, p. 22, in LITTO E FORMIGA et al., 2009).

Dessa forma, com o uso da EAD também têm sido utilizados desde os cursos
para a educação básica, até a pós-graduação passaram a ser ofertados por esta
modalidade (idem). É, sobretudo, um modelo não excludente, capaz de agregar
formas tradicionais de treinamento com recursos contemporâneos de ambientação
das atividades educacionais.

80 Aplicações e Práticas com Multimeios


T6

ACOMPANHE NA WEB

Perspectivas virtuais para a educação

• Artigo sobre as perspectivas virtuais para a educação.

Disponível em: <http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2013/12/


futuro.pdf>. Acesso em: 16 jun. 2015.

Twitter

• A educação em tempos de Twitter.

Disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_


eduacacao/twitter.pdf>. Acesso em: 16 jun. 2015.

Novas tecnologias na educação

• Vídeo sobre novas tecnologias na educação.

Disponível em: <http://www2.eca.usp.br/moran/?news=video-sobre-novas-


metodologias-na-educacao>. Acesso em: 16 jun. 2015.

Sala de aula

• Novos modelos de sala de aula.

Disponível em: <http://www2.eca.usp.br/moran/?p=467>. Acesso em: 16 jun.


2015.

Metodologias Ativas

Disponível em: <http://www2.eca.usp.br/moran/?news=curso-online-


tecnologias-digitais-e-metodologias-ativas>. Acesso em: 16 jun. 2015.

Aplicações e Práticas com Multimeios 81


T6

AGORA É A SUA VEZ

Instruções:

Agora, chegou a sua vez de exercitar seu aprendizado. A seguir, você encontrará
algumas questões de múltipla escolha e dissertativas. Leia cuidadosamente os
enunciados e atente-se para o que está sendo pedido.

Questão 1

De acordo com a leitura realizada, complete a tabela abaixo com os respectivos


usos e significados das tecnologias aplicadas à educação:

Interatividade
Podcasting e áudio streaming
Blogs em tempo real
Webcasts
Focus group
Móbile learning (m-learning)
Second Life
Icox

Questão 2

Está correto o que se afirma em:

I. A interação entre as pessoas surge como fator fundamental para o desenvolvimento


e aprimoramento dos conhecimentos e competências individuais, como destaca
Oliveira (2007, p. 113).

II. O uso de multimeios como internet, programas educacionais televisivos ou que


são pensados neste formato e divulgados pela web, ainda outros como recursos de
hardware como tablets e notebooks quando incluídos nas estruturas das escolas,
por exemplo, precisam ser levados em consideração para a educação no século
XXI.

III. As esferas interessadas em agregar ao processo de ensino-aprendizagem têm


investido em: laboratórios, no desenvolvimento de aplicativos, tablets como nos
smartphones, além de datashows, caixas de som e computadores, que estão cada

82 Aplicações e Práticas com Multimeios


T6

vez mais presentes nas salas de aula.

IV. Esta se mostra uma tentativa de aliar os conhecimentos adquiridos através de


meios tradicionais, com o contato e uso das tecnologias. Sendo assim, aprender
a compartilhar experiências é uma habilidade que também deve ser desenvolvida
desde os primeiros níveis de ensino: Fundamental, Médio e Superior.

Está correto o que se afirma em:

a. I, e II.

b. I, II e III.

c. I.

d. III.

e. II e III.

Questão 3

Assinale a alternativa que traz o decreto que determina na LDB a expansão da


educação com possibilidades advindas da educação a distância:

a. Decreto n° 5622, de 19 de dezembro de 2005.

b. Decreto n° 5623, de 19 de dezembro de 2009.

c. Decreto n° 6523, de 19 de dezembro de 2009.

d. Decreto n° 5632, de 19 de dezembro de 2005.

Questão 4

Cite os pontos fortes e fracos do uso das tecnologias na educação.

Questão 5

O que é zona de desenvolvimento proximal (ZDP)?

Aplicações e Práticas com Multimeios 83


T6

FINALIZANDO

Você pôde notar que a educação está cada vez mais atrelada ao uso das
tecnologias nas salas de aulas presenciais e virtuais, como aliadas ao processo de
ensino-aprendizagem. Este material fez um recorte do que são os multimeios, o uso
das tecnologias e como a educação a distância faz parte deste movimento. Sendo
assim, abre portas para outros estudos e investigações que possam colaborar para
a inserção destas nos ambientes educacionais. Com isso, é possível inferir que não
há meios de se abster de tal movimento, e sim, fazer com que ele colabore com a
educação, independente de suas esferas.

84 Aplicações e Práticas com Multimeios


T6

REFERÊNCIAS

DAURICIO, Juliana S. Educação Corporativa mediada por mídias, tecnologias e


softwares. Congresso Internacional de Educação a Distância ABED. Disponível
em: http://www.abed.org.br/congresso2009/CD/trabalhos/1652009042230.pdf.
Acesso em: 08/05/2015.

MOORE, KEARSLEY. Educação a Distância: uma visão integrada. Ed. Thomson,


2007.

LITTO, FORMIGA et al. Educação a Distância: o estado da arte. Ed. Pearson, São
Paulo, 2009.

OLIVEIRA, Gerson P. Avaliação em cursos colaborativos on-line: uma abordagem


multidimensional. Tese de doutorado (Educação). Universidade de São Paulo,
2007.

RICARDO et al. Educação Corporativa e Educação a Distância. Ed. Qualitymark.


Rio de Janeiro, 2005.

VYGOTSKY, L. (1998). A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes.

GLOSSÁRIO

Ensino-aprendizagem: referência atribuída ao processo de trocas de experiências


e vivência em prol da educação, em que aluno e professor assumem vários papéis,
não apenas aprendem e ensinam, e sim, a somatória de fatores que colaboram
para com a abordagem da construção do conhecimento, isso inclui as ferramentas
que são utilizadas.

Datashow: equipamento utilizado para projetar imagens a partir de um computador,


tablet, celular ou televisores.

e-learning: Tratado como sinônimo de educação a distância, nesta pesquisa


e-learning pode ser definido como um conjunto de ações, recursos, estratégias
e técnicas, com suporte tecnológico através de sistemas computacionais, redes
e infraestruturas congêneres, com a finalidade de estabelecer ações de caráter
educativo, voltadas para públicos gerais ou específicos (OLIVEIRA; PASSIM, 2007).

Aplicações e Práticas com Multimeios 85


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