Liberté de Paul Eluard

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Em meus cadernos de escola

Nesta carteira, nas árvores,

Nas areias e na neve

Escrevo teu nome

Nas imagens redouradas

Na armadura dos guerreiros

E na coroa dos reis

Escrevo teu nome

Em cada sopro de aurora

Na água do mar, nos navios

Na serrania demente

Escrevo teu nome

Até na espuma das nuvens

No suor das tempestades

Na chuva insípida espessa

Escrevo teu nome

Na lâmpada que se acende

Na lâmpada que se apaga

Em minhas casas reunidas

Escrevo teu nome

Em toda carne possuída

Na fronte dos meus amigos

Em cada mão que se estende

Escrevo teu nome

E ao poder de uma palavra

Recomeço a minha vida

Nasci para te conhecer e te chamar

Liberdade.

(Tradução de Oswald de Andrade e Manuel Bandeira)


tradução de Guilherme de Almeida:
Canção de outono

Estes lamentos
Dos violões lentos
Do outono
Enchem minha alma
De uma onda calma
De sono.
E soluçando,
Pálido quando
Soa a hora,
Recordo todos
Os dias doudos
De outrora.
E vou à-toa
No ar mau que voa,
Que importa?
Vou pela vida,
Folha caída
E morta.

PAUL VERLAINE

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