Você está na página 1de 3

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

PRÓ-REITORIA PARA ASSUNTOS ACADÊMICOS


DIRETORIA DE DESENVOLVIMENTO DO ENSINO

PROGRAMA DE COMPONENTE CURRICULAR

TIPO DE COMPONENTE (Marque um X na opção)

X Disciplina Estágio
Atividade Complementar Módulo
Trabalho de Graduação

STATUS DO COMPONENTE (Marque um X na opção)

OBRIGATÓRIO X ELETIVO OPTATIVO

DADOS DO COMPONENTE

Carga Horária Semanal


Código Nome Nº. de Créditos C. H. Global Período
Teórica Prática
AR666 Tópicos em Arte 1 2h 2h 4 60h -

Pré-requisitos Co-Requisitos Requisitos C.H.

EMENTA
Transmutação de ideias na elaboração de projetos culturais
Transmutação é o ato e a consequência de transmutar (transformar uma coisa em algo diferente).
O termo de raiz latina, que está tanto relacionado ao ato de “transformar” quanto o de “mover”, diz
respeito a transformação de um elemento químico que passa a converter-se noutro. Para alquimia
ocidental, essa noção estava relacionada à crença da possibilidade de transformação de metais
vis em metais nobres; e ao longo de sua evolução, essa operação era tomada tanto num plano
material quanto espiritual.
Nos apropriamos do termo enquanto metáfora do fazer criativo envolvido na elaboração de
projetos culturais. Nos importa o quanto esse processo alude a dupla capacidade ético-poética na
materialização de projetos de caráter artístico: a de concretização de obras, ou seja, das
transferências simbólicas e discursivas à materialidade das coisas, e da mobilização cultural das
comunidades, do retorno dessa energia – como expansão de consciência e de potencialidade –
aos agentes diretos e indiretos dessa ação.

A disciplina propõe o estudo teórico-prático da elaboração de projetos culturais, entendendo esse


processo não só em sua dimensão técnica, mas também como abordagem crítica e criativa.
Dessa forma a viabilização de projetos culturais é compreendida como ferramenta política “capaz
de educar, sensibilizar e favorecer vínculos [...]. Um movimento que procura dissolver a
fragmentação e a alienação dos indivíduos” (BELING, 2005). Conta com aulas expositivas,
encontros com agentes culturais, além de diretrizes para a formatação de projetos. Tem como foco
de atuação transmitir ao aluno uma visão introdutória sobre o processo de gestão de projetos
culturais e seus impactos na concepção e aplicação de projetos voltados à democratização da
cultura.

Critério de avaliação
A avaliação será desenvolvida através da resposta do aluno aos exercícios propostos, envolvendo
a produção textual/discursiva, sempre tomada em estreita relação com o desenvolvimento de
projetos culturais. Ao final do curso, será solicitada a produção de projetos culturais finais, a serem
apresentados e apreciados coletivamente.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Primeira Parte (10 aulas): Solutio
A solutio está relacionada com o elemento água e é uma das principais operações alquímicas.
Criativamente, podemos relacionar a solutio à fase de busca de referências. Aqui, o artífice deve
procurar se inundar com o maior número de referências possível, se instruir e dominar a técnica
que deseja utilizar, no nosso caso, para o desenvolvimento de projetos criativos.

Introdução: Apresentação da disciplina e conceituação preliminar: noções e aplicações em


projetos dos conceitos de desenvolvimento, cultura e gestão.
1. Estudo de casos: Apresentação e análise de projetos culturais. Visita de agentes culturais. Visita
técnica a projeto cultural em execução.
Elementos do projeto: Elementos da formatação do projeto. Produtos, serviços e subprodutos.
Fundamentação, objetivos e escopo. Material complementar: portfólio, rider técnico, etc.
2. Avaliação 1: Levantamento de projetos, compartilhamento e análise dos mesmos.
3.
Segunda Parte (5 aulas): Coagulatio
A coagulatio está relacionada ao elemento terra, assim como à toda matéria, como a carne
(corpo) e o alimento. É a operação de solidificação e através dela as coisas se tornam concretas.
A coagulatio é o momento em que as ideias deixam de ser abstratas, ou deixam de existir apenas
na imaginação e passam a existir também como obra criativa, no nosso caso, como projeto final.
Aqui a coagulatio assume a forma de criação propriamente.

4. Elaboração de projetos: compartilhamento e debate sobre propostas individuais e/ou coletivas


para projetos. Formatação de projetos.
5. Orientação de projetos: Orientações das propostas.
6. Avaliação 2: Entrega de trabalhos / Dinâmica de apresentação dos projetos. Banca de
apresentação dos trabalhos.
BIBLIOGRAFIA
BELING, Jussara. Políticas culturais. Florianópolis, Revista PONTO DE VISTA, n. 6/7, p. 79-96, 2004/2005
CANCLINI, Néstor Garcia. Consumidores e Cidadãos: Conflitos multiculturais da globalização. 4. ed. Rio de
Janeiro: Editora UFRJ, 1999. 290 p.
DALACQUA, Carlos. Processo criativo e alquimia. (Monografia de especialização). Curitiba: PUC do Paraná.
Especialização em psicologia analítica, 2010.
MONTEIRO, António Jorge. Ética e gestão cultural. Porto, Revista CultDigest nº. 7, Abr/Mai 2004.
MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. (Trad.) José Manuel de Vasconcelos. 2.ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2008. (Coleção a).
RUBIM, Linda (Org.) Organização e produção da cultura. Salvador: Edufba, 2005.
OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação artística. 24. ed. Vozes, 2009. 190p.
SALLES, Cecília Almeida. Redes da criação: construção da obra de arte. 2. ed. Valinhos: Editora Horizonte,
Série NÚMERO 2, 2008.
SENNETT, Richard. O artífice. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. 364 p.
TEIXEIRA COELHO, José. O que é ação cultural. São Paulo, SP: Brasiliense, 2001.
_________________ . Dicionário crítico de política cultural. São Paulo : Iluminuras, 1997.

DIGITAIS
DE ZUBIRIA SAMPER, Sergio, ABELLO TRUJILLO, Ignacio, TABARES MARTA. Conceptos básicos de
administración y gestión cultural. Organização de Estados Iberoamericanos para a Educação, a Ciência e a
Cultura (OEI), 2001. Disponível em:http://gestcultural.files.wordpress.com/2008/04/formacion-en-
administracion-y-gestion-cultural.pdf
ORTIZ, Renato. Cultura e Desenvolvimento. In.: Políticas culturais em revista, 1 (1), p. 122-128, 2008.
Disponível em: http://www.politicasculturaisemrevista
DEPARTAMENTO A QUE PERTENCE O COMPONENTE HOMOLOGADO PELO COLEGIADO
DE CURSO

_________________________________________ ________________________________________________
ASSINATURA DO CHEFE DO DEPARTAMENTO ASSINATURA DO COORDENADOR DO CURSO OU ÁREA

Você também pode gostar