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No vasto e frio deserto caminho pelas pedras sem destino.

Pisando com pés descalços no chão


árido e perfurante miro suas enormes e misteriosas muralhas de rocha e avisto uma pequena
cavidade sombria. Seu mistério me atrai e me leva até sua entrada funda e profunda. Cego por
suas trevas intensas adentro suas entranhas e vejo um poço luminoso adiante. Brilhante como
se iluminado pelo luar, sou enfeitiçado e engolido pela sua beleza como uma presa cativa em
uma teia, esgotada pelo seu próprio ímpeto em se libertar.

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