Você está na página 1de 99
Consideracées i gerais e estado-da-arte 1.1 Introducaéo Eeimeras conquistas tecnoldgicas ites, principalmente as relacionadas com apli- Eecoes relevantes em areas, tais como aerondutica, roespacial, petroquimica, na- al, bioengenharia, automobilistica, construgio civil, ¢ de artigos esportivos, entre is. Esta rangente, compreendendo desde os polimeros Butras, samente se t ram vidveis apés o advento dos compésitos estrutura ante ampla de materiais 6 ba orcad outros compésitos que incorporam mat com fib) s materials hibrid s metal/compésito € os concretos estrutu: metélica ou mi: riz. ceraimica. Por racteristica basica dos compésitos 6 combinar, a nivel macroscépico, pelo Bmenos, duas fases distintas denominadas de n i2.e reforco. Os compdsitos obtidos partir de reforgos continuos apresentam um excelente desempenho estrutural, con- erando-se a resisténcia e a rigidez especificas, Estes materi s silo muito resisten- Ea varios tipas de corrosao, se ¢ mparados &s ligas metilicas estruturais sfio bem Bis leves (por fatores superiores a até 4 vezes). No caso particular dos compésitos ono forcados com Fibras de ‘arbono (CRFC), estas atrativas caracteristicas 1994) mtém-se em temperaturas significativamente elevadas (Sava Embora a associacao do termo compésitos esteja ligada ds chamadas tecnologias e dispositivos oriundos desse material stio empregados em Smponentes utilizados em satélites; aeronaves e helicépteros; implantes ortopédi- B= ponta, nas quais pe Bs e odontolégicas biocompativeis; Je Formula 1; plataformas maritimas de leo; pontes; telescépios; instrumentos musicais; ¢ estruturas inteligentes em Compésitos estruturais: eténcia e tecnologia 2 — 9 geral, a origem desta importante classe de materiais remonta a incontaveis milhares madeiras, 08 o8s0s e os tecidos musculares sio exemplos fos naturals (Hull de anos, uma vez que notaveis em termos de eficién 1996). Nestes materiais também pode- te na forma filamentar, ¢ outra aglutinante (a matriz) transfiram esforgos mecfnicos entre si e trabalhem de forma integra a estrutural dos chamados comp distinguir uma fase de reforco, normalmen- a qual permite que os reforgos da, Em muitos casos, 6 possivel obter-se efeitos sinergisticos ao se combinar dife rentes materiais para criar compésitos, os quais, via de regra, apresentam proprieda- us constituintes possui isoladamente. Se reforgos remamente resistentes, rigidos ¢ leves ilizasse des especiais que nenhum individuais constituidos por filamentos fossem utilizados sem uma matriz. que os aglutinasse, protegesse ¢ os geometricamente, s6 poderiam ser empregados em componentes submetidos unica- teriais poliméricos, ceramicos ou mente a esforcos de traglo. Por outro lado, os m metilicos, tipicamente usados como m penho estrutural elevado em dois ou mais aspectos distintos. Ou seja, nao exibem entam rigidez , dese atriz, nao apresentam, isoladament sisténcia mecdnica e A corroséo, ou nao apr simultaneamente tenacidade a fratura aliada & baixa massa especifica. Intimeros tipos de compésitos sfo conhecidos por apresentarem altos indices de resistencia e rigidez por unidade 1s combinados de tragéo (ou com- de peso, mesmo quando so submetidos a e D em muitos casos (Hull, 1996; Levy, 1983). Uma diferentes tipos de matriz para a obtengao de um compésito ¢ ilustrada n silo), flexo e torcdo; elevado amortecimento estrutural; auséncia de corrosao metais; e boa tenacidade a fratura em muitos representago grdfica do conceito de se reforgar Figura 1.1 mbientes agressivos ao: idos a partir de matriz polimé: Se tomarmos como exemplo os compésitos ot 5 utilizadas a nivel comercial sao as rica, constatamos que as fibras de reforgo ma e carbono, fibra de vidro-E e fibras de aramida. Estas fibras conferem alta ponentes que as utilizam, Mais recentemente fibras de fibras rigidez ¢ resisténcia a cot polietileno de ultra-alta massa molecular ¢ fibras de co-poliésteres aromaticos (PBO) mponentes sujeitos a impacto. As matrizes poliméricas t@m sido utilizadas e1 (termorrigidas e termopl cm), so bem menos resistentes e rigidas que as fibras. Esta peculiaridade faz centem baixa massa especifica (~1g/ sticas), embora apr que as propriedades mecAnicas (tensdes de ruptura e constantes elisticas) do compésitos poliméricos utilizados em aplicacdes de engenharia sejam significativ (0 (@ngulo de direcionamento) das fibr mecnicas, como pelas fragdes volumétricas de seus cons- mente influenciadas tanto pela orienta em relagio as solicitagdes tituintes individuais, Tal dependéncia também ocorre nas propriedades higrotér rmica micas dos compésitos poliméricos, tais como condugao de calor, dilatacao e absorgao de umidade, entre outras (Gibson, 1994). Consig Bigara ll Representa Em decorréncia dos BB relacao aos materiais Beeesentam um grau de Ge etilicos aprese: BE brocess0s clissico Beets décadas. Por out Beat influenciadas por iat torna BB dificil e trabalhoso, g Bee do material compés Beeeiendo a um requisit Peseamente projetac Be para uma dada aplical Be Feauisitos de projeto) modelamen 12 Definicdes e Bem contexto bem amg Bee Entre os compésit Bend as diferentes clas Consideracdes gerais e estado-da-arte Matria } potimérica Mattie mmetélica Figura 1.1 kepresentac20 das comblnacdes possivels em Compésitos com matriz Cert mica, Metalica ¢ Polimérica Em decorréncia do exposto anteriormente, pode-se verificar que os compésitos, em relacdo aos materiais estruturais isotrépicos tradicionais (materiais metélicos apresentam um grau de complexidade inerente significativamente maior. Os materi ais metalicos apresentam propriedades bem definidas, repetitivas e previsiveis a partir de processos clissicos de fabricagao ja consolidados tecnologicamente ao longo de muitas décadas. Por outro lado, as propriedades dos compésitos sao significativa- mente influenciadas por um muimero de fatores e varidveis. Mas, se por um lado este fato toma o modelamento matemético do comportamento mecénico dos compésitos imuiis dificil ¢ trabalhoso, por outro pode possibilitar a liberdade de ajustar a manufa- tura do material compésito dotando-o de propriedades adequadas & necessidade, atendendo a um requisito especifico de projeto. Dessa forma, 0 compésito pode ser efetivamente projetado simultaneamente ao componente estrutural de que se neces- sita para uma dada aplicagio, dotando-o de propriedades tinicas, de forma a atender aos requisitos de projeto especificos exigidos. 1.2 Definicées e classificacao Em um contexto bem amplo, os compésitos podem ser divididos em naturais e sinté: ticos. Entre os compasitos sintéticos, que so 0 objeto principal deste livro, e consi- derando as diferentes classes relacionadas com a 1S opgoes de matriz, pode-se

Você também pode gostar