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VISITA AOS PALÁCIOS DE CASTELA

MADRIGAL DE LAS ALTAS TORRES, SEGÓVIA,


ÁVILA E ESCORIAL
O reino de Castela nasceu a 15 de setembro do ano 800 no hoje
desaparecido mosteiro de San Emeterio de Taranco de Mena, situado no vale
de Mena, no norte da actual província de Burgos. O nome de Castela aparece
num documento notarial no qual o abade Vitulo doava uns terrenos. Nesse
documento aparece escrito «Bardulia quae nunc vocatur Castella»
(Bardulia que desde agora chamaremos Castela). Também há que ter em
conta a antiquíssima documentação do bispado de Valpuesta, mosteiro
da província de Burgos (804-1087), onde nos seus velhos cartularios começam
a redigir-se palavras no nascente romance castelhano (futuro idioma
castelhano ou espanhol). A crença popular diz que o nome de Castela provêm
da grande quantidade de castelos ou fortalezas que existiam nestas terras; no
entanto, o nome pode ter tido outra origem.

Anos mais tarde consolidar-se-ia como entidade política autónoma, ainda que
permanecendo como condado vassalo do Reino de Leão. Esta terra estava
habitada maioritariamente por habitantes de origem cantábrica e basca com
um dialecto próprio, o castelhano, e umas leis diferenciadas, baseadas no livre
arbítrio e administradas, segundo a tradição, por juízes populares, em contraste
com o Fuero Juzgo romano-visigótico vigente no reino leonês.

No ano 932 o condado de Castela tornou-se independente de Leão com o


conde Fernão Gonçalves, sendo o primeiro rei de Castela Sancho II, filho do
rei Fernando I. No ano 1037 morreu Bermudo III, rei de Leão, na batalha de
Tamarón, enquanto lutava contra o seu cunhado, Fernando I. Ao falecer
Vermudo III, em 1037, sem descendência, seu cunhado considerou que era o
sucessor e, portanto, passou a reger ambos reinos. No ano 1054 Fernando I
lutou contra o seu irmão, Garcia Sánchez III de Nájera, rei de Navarra,
na Batalha de Atapuerca, morrendo também o monarca navarro e anexando
entre outras a comarca dos montes de Oca, perto da cidade de Burgos.

Por ocasião da morte de Fernando I, em 1065, os reinos foram repartidos entre


os seus filhos, sendo para Sancho II o de Castela e para Afonso VI o de Leão.
Sancho II é assassinado em 1072 e seu irmão ascende ao trono de Castela
(séculos depois os românticos inventaram o famoso juramento que tomou El
Cid a Afonso VI, em Santa Gadea de Burgos, baseado na inocência ou não do
monarca leonês, a respeito do assassinato do seu irmão). Ambos os reinos
foram governados pelo mesmo rei durante várias gerações.

Após a sua morte sucedeu-lhe no trono a sua filha, Urraca. Esta casou-se, em
segundas núpcias, com Afonso I de Aragão, mas ao não conseguir reinar em
ambos reinos, devido aos grandes confrontos entre classes dos diferentes
reinos, Afonso I repudiou Urraca em 1114, o que agudizou os confrontos. O
papa Pascual II anulou o casamento anterior.

D. Urraca teve que enfrentar o seu filho, conde da Galiza, para fazer valer os
seus direitos sobre esse reino. Ao morrer, D. Urraca foi substituída por este
mesmo filho, que sucedeu como Afonso VII, fruto do seu primeiro casamento.
Afonso VII conseguiu anexar terras dos reinos de Navarra e do Aragão (devido
à debilidade destes reinos causadas pela sua sucessão por altura da morte de
Afonso I de Aragão). Renuncia ao seu direito à conquista da
costa mediterrânica a favor da nova união de Aragão com o condado de
Barcelona (Petronila e Raimundo Berengário IV).

No seu testamento regressa-se à tradição real de diferentes monarcas para


cada reino. Fernando II será rei de Leão e Sancho III rei de Castela.

Em 1217 Fernando III, o Santo, recebeu de sua mãe Berengária o reino de


Castela e de seu pai, Afonso IX, em 1230, o de Leão. Assim mesmo,
aproveitou o declive do califado Almóada para conquistar o vale do
Guadalquivir, enquanto seu filho Alfonso tomava o Reino de Múrcia. As Cortes
de Leão e Castela fundiram-se, momento em que se considera que surgiu a
Coroa de Castela, formada pelos reinos de Castela, Leão, Toledo e os reinos
taifas e senhorios conquistados aos árabes. Estes reinos conservaram
instituições e legislação diferenciadas. Por exemplo, nos reinos
de Galiza, Leão e Toledo aplicava-se o direito de raiz romano-visigótica,
diferente da legislação principalmente baseada no costume que existia no reino
de Castela.
PROGRAMA:

1 de Março (6ª feira):


18h45m: Concentração do grupo na Gare do Oriente para embarque em
autocarro.

19h00: Partida de Lisboa em autocarro para a Guarda.

(Distância: Lisboa - Guarda: 320 km. Tempo: 4 horas + tempo de pausa em estação
de serviço para jantar)

24h00: Chegada e check-in no Hotel Lusitanea****.

2 de Março (Sábado):
08h00: Pequeno-almoço.

09h30 Saída do Hotel em autocarro para Madrigal de las Altas Torres.

(Distância entre Guarda e Madrigal de Las Altas Torres: 215km. Tempo de viagem:
02h30m).

12h00: Almoço livre.

14h00: Visita ao centro histórico de Madrigal de las Altas Torres, cidade onde
nasceu a rainha Isabel (1451-1504), a Católica:
exterior – Igreja de Santa María del Castillo, Palácio Soto de Vergara ou
Arco de Pedra, Muralhas e Portas da Villa;
interior – Real Hospital de la Puríssima Concepción,

Palácio de Juan II, onde nasceu a rainha Isabel (atual convento de


religiosas dominicanas)

Igreja de S. Nicolau de Bari (expoente da arte mudéjar)


18h30: Saída em autocarro de Madrigal de las Altas Torres para Ávila.

(Distância entre Madrigal de Las Altas Torres e Ávila: 80 km. Tempo viagem;
01h30m).

20h00: Chegada a Ávila e alojamento no Hotel Palácio de los Velada.


Jantar livre.

Palácio-Hotel de los Velada

3 de Março (Domingo):
07h30: Pequeno-Almoço.

08h30: Encontro na receção do hotel e saída em autocarro para Segóvia.

09h30: Visita ao centro histórico de Segóvia: Aqueduto romano, Casa dos


Bicos, Prisão, Praça Maior.
10h30 Visita livre ao Alcázar de Segóvia.

12h30 Visita livre à Catedral de Segóvia.

14h00: Almoço livre.

15h00: Saída em autocarro para o Palácio Real de Riofrio.

(Distância entre Segóvia e Palácio Real de Riofrio: 20 km. Tempo viagem: 00h30m).
15h30: Visita livre ao Palácio Real de Riofrio.

17h00: Saída para Ávila em autocarro.

(Distância entre o Palácio Real de Riofrio e Ávila: 60 km. Tempo viagem: 01h00).

18h00: Tempo livre e jantar livre.

4 de Março (2ª feira):


08h00: Pequeno-almoço.

09h45: Encontro na receção do hotel e visita ao centro histórico de Ávila.

10h00: Visita livre à Catedral e campanário de Ávila.

11h30: Visita ao Palácio de los Verdugo.


12h30: Visita livre ao Palácio de Polentinos.

13h30: Almoço livre.

15h30: Visita livre ao Real Mosteiro de S. Tomás. Temos de ir em autocarro,


pois fica fora das muralhas.

17h00: Visita livre ao Convento da Encarnação, onde Santa Teresa teve as


visões para a reforma carmelita.
18h00: Tempo livre.
20h00: Jantar livre.
22h00: Visita noturna por Palácios de Ávila (opcional e dependendo das
condições climatéricas).

5 de Março (3ª feira):


08h00: Pequeno-almoço.

08h45: Encontro na receção do hotel.

09h00: Saída em autocarro para o Mosteiro El Escorial.

(Distância entre Ávila e El Escorial: 60km. Tempo viagem: 01h15).

10h30: Visita livre ao Mosteiro de S. Lourenço do Escorial.


13h00: Almoço livre.
14h30: Regresso a Lisboa, via Vilar Formoso, com paragem em Fuentes de
Oñoro e ao longo da auto estrada.
(Distância entre El Escorial e Vilar Formoso: 635 km. Tempo viagem; 6h).

NOTA: Por motivos alheios à organização pode haver alteração de programa e


ajustamento de horários e dos locais a visitar por alteração de horários locais,
manutenção dos museus e núcleos museológicos, realizados sem aviso público.

Este passeio será orientado pelo Prof. Doutor Augusto Moutinho Borges

A visita é comentada por investigador especialista em Arquitetura Militar,


Património, Arte e Azulejaria.

Augusto José Moutinho Borges, é Doutor em Ciências da Vida, na


Especialidade em História das Ciências da Saúde, pela Universidade Nova de
Lisboa (2008); Especialista em Turismo e Lazer – IPGuarda (2013), Mestre em
Património e Turismo, pela Universidade do Minho – Braga (2004) e Licenciado
em Ciências Históricas, pela Universidade Portucalense – Porto (1988).

É Investigador Integrado do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e


Europeias da Universidade de Lisboa – CLEPUL (2010-2017) e da Cátedra
Infante Dom Henrique-UAberta (2015-2017). Professor Adjunto Convidado da
Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Instituto Politécnico da Guarda
(2011-2013). Desempenhou as funções de conservador de Museu Ordem
Hospitaleira (2002-2011) e foi Técnico Superior da Câmara Municipal de
Almeida (1992-2002), Professor Assistente da Escola Superior de Educação do
Instituto Politécnico da Guarda (1998-2002).

Académico da Academia Portuguesa da História (2013), é também Investigador


Colaborador do Centro de Estudos Interdisciplinares Século XX da
Universidade de Coimbra – CEIS20 (2008); Investigador Colaborador do
Instituto Europeu de Ciências da Cultura, da Universidade de Lisboa (2010);
Membro Correspondente do Conselho Científico da Comissão Portuguesa de
História Militar, Ministério da Defesa Nacional (2007) e Membro do Conselho
Científico do Instituto Europeu de Ciências da Cultura, da Universidade de
Lisboa (2012). Foi Membro da Direcção da Sociedade Histórica da
Independência de Portugal (2010-2013) e Membro da Direção da Secção de
História da Medicina da Sociedade de Geografia de Lisboa (2008-2012).

Autor de quinze livros sobre História, História da Arte, Património, Turismo,


Cultura e História das Ciências da Saúde, tem escritos 140 artigos e realizou
1100 conferências e 120 comunicações em Congressos e Colóquios, em
Portugal e no estrangeiro, sobre História, Arte, Património, Cultura, Cultura e
Ciências da Saúde.

Foram-lhe atribuídos os Prémios Imprensa Não diária 2002, pela Sociedade


Histórica da Independência de Portugal, o Prémio Defesa Nacional 2007, pela
Comissão Portuguesa de História Militar-Ministério da Defesa Nacional, o
Prémio SOS Azulejo Investigação Científica 2010, pelo Museu da Polícia
Judiciária, e o Prémio APOM Investigação 2012 (Menção Honrosa), pela
Associação Portuguesa de Museologia.

Preço do programa por pessoa:


 Com dormida em quarto duplo partilhado: 335 €.
 Com dormida em quarto individual: 425 €.
O preço inclui: 1 noite de alojamento no Hotel Lusitânia****, 3 noites no Hotel
Palácio de los Velada****, 4 pequenos-almoços, as atividades com entradas
nas visitas referidas no programa e transporte em autocarro. A actividade está
coberta por seguro.

O Hotel Palácio de los Velada, empleno centro histórico de Ávila, foi


inaugurado em 1995. O hotel é um palácio do século XVI remodelado e
ampliado em pleno centro histórico artístico de Ávila e considerado um
Monumento de Interesse Cultural.

Para inscrição enviar e-mail para caminhoscomcarisma@gmail.com


Saudações culturais,
Miguel Pereira
Caminhos com Carisma
Registo RNAT 86/2016 e RNAVT 7159 do Turismo de Portugal.
914907446 / 967055233.

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