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APRESENTAÇÃO

Caro (a) aluno (a),

Você está iniciando seu curso de Português no


Ensino Médio, seja bem-vindo !
Queremos caminhar ao seu lado para auxiliá-lo
e juntos fazer descobertas e vencer novos desafios.
Sabemos que a Língua Portuguesa está
presente em nosso dia-a-dia, em nossa
comunicação, portanto é importante que saibamos
usá-la e interpretá-la corretamente para
compreendermos melhor o mundo em que vivemos.
Pensando nisso é que elaboramos 13 módulos
contendo:
▪ Literatura Brasileira
▪ Leitura e Produção de Texto
▪ Estudo da Norma Padrão (gramática)
Lembre-se: o seu esforço e a sua
dedicação são os fatores mais importantes para o
seu desenvolvimento e crescimento pessoal.
Desejamos que você consiga vencer ainda
mais facilmente o desafio desse mundo em
constante evolução.
Estamos aqui para colaborar com esse desafio.
Então vamos começar !
Boa sorte !

Equipe de Português :

Cristiane, Ilza, Ivânia e Sandra.

6
INSTRUÇÕES

Como estudar Português

1. Leia atentamente todos os assuntos dos módulos;

2. Se houver necessidade, para assimilar melhor o assunto,


faça as atividades em seu caderno. NÃO ESCREVA E NEM
RASURE A APOSTILA, pois você a trocará e outro aluno
irá usá-la;

3. Depois que você terminar as atividades, consulte o


gabarito de respostas que está no final da apostila.
Você que irá corrigir os exercícios;

4. Consulte o dicionário quando encontrar uma palavra


desconhecida;

5. As redações devem ser feitas com capricho ! Não se


esqueça de fazer um rascunho antes da redação final.

6. Para se submeter às avaliações, você deverá apresentar


tudo o que foi solicitado, em seu caderno.

7. Sempre que houver dúvidas, procure esclarecê-las com


o professor;

8. Freqüente a biblioteca da escola e utilize os recursos que


nela estão disponíveis.

Bom estudo ! Bom aproveitamento !

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MÓDULOS 05 E 06

ÍNDICE

Literatura Brasileira

 Romantismo – Poesia.....................................................mód. 05
Romantismo – Prosa.......................................................mód. 06

Leitura e interpretação de texto

 Texto descritivo 1.............................................................mód. 05


Texto descritivo 2..............................................................mód. 06

Estudando a norma padrão

 Termos integrantes da oração..........................................mód. 05


Termos acessórios da oração...........................................mód. 06
Termos independentes da oração.....................................mód. 06

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ROMANTISMO

Dá-se o nome de Romantismo ao período literário que durou


desde 1836 a 1881 (séc. XIX).

Mas, você saberia diferenciar o termo romantismo da escola


literária Romantismo?

Não!!!

Então, antes de mais nada, é necessário fazer uma distinção


entre essas palavras.

A palavra romantismo é o comportamento caracterizado


pelo sonho, pelo devaneio, por uma atitude emotiva diante das
coisas, que pode ocorrer em qualquer época da história. É nesse
sentido que se fala, hoje, em música, cinema e telenovela
romântica.

O movimento histórico Romantismo designa uma tendência


geral da vida e da arte; é um estilo delimitado no tempo, um estilo
de época do século XIX.
Nesse período, mais que em qualquer outro, o artista
procurou focalizar em suas obras um dos mais nobres
sentimentos de ser humano que é o amor. Nunca antes, na
história literária, o sentimento amoroso fora tão valorizado.

AS CARACTERÍSTICAS DO ROMANTISMO

São inúmeras as características do Romantismo, uma vez


que a liberdade e a independência, que estão no fundamento da
atitude romântica, tornam o período rico e variado.
Influenciados por fatos sociais e políticos, o artista
romântico volta-se para seu interior e, numa atitude individualista,
retrata uma realidade criada pela sua imaginação e emoção.

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Daí surgem algumas características do Romantismo
brasileiro, que veremos a seguir.

1. Subjetivismo

É o culto do “eu”, pois o artista expressa seus


sentimentos, sonhos e emoções de forma individualista,
contrapondo-se ao universalismo da era Clássica.

“Acordo do meu sonho tormentoso


E choro o meu sonhar!
E fecho os meus olhos, e de novo intento
O sonho reatar.
(...)”.
(Gonçalves Dias)

2. Sentimentalismo

A razão cede lugar à emoção. Há a supervalorização do


amor e aparece, às vezes, a religiosidade.

“Lerás porém algum dia


Meus versos d’alma arrancados
D’amargo pranto banhados,
Com sangue escritos...”
(Gonçalves Dias)

3. Nacionalismo

Retrata a supervalorização da terra, do índio (indianismo),


a exaltação da natureza, o saudosismo (volta ao passado do
Brasil-Colônia).
Observe alguns desses traços nacionalistas presentes
nessa estrofe do poema “Canção do Exílio”.

“Minha terra tem palmeiras


Onde canta o sabiá
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá.”

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(Gonçalves Dias)

4. Idealização

Do herói - o índio brasileiro é dotado de valores e ações


tais quais os heróis europeus medievais. A exaltação de
valores, às vezes, está além das limitações humanas.

“Valente na guerra
Quem há como eu sou?
(...)
Quem golpes daria
Fatais como eu dou?”
(Gonçalves Dias)

Do mundo – o artista busca refúgio num mundo


imaginário, na morte. O desejo de evasão, de fuga da realidade
se manifesta.

“Por isso, é morte, eu amo-te e não temo.


Por isso, é morte, eu quero-te comigo.
Leva-me à região da paz horrenda
Leva-me ao nada, leva-me contigo.”
(Junqueira Freire)

Da mulher – é retratada como sendo pura, angelical,


carinhosa, inatingível, criada pela imaginação do artista.

“Se uma lágrima as pálpebras me inunda,


Se um suspiro nos seios treme ainda
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!”
(Álvares de Azevedo)

5. Liberdade de expressão

Os poetas abandonam valores, idéias de caráter universal


e se expressam de acordo com as suas emoções e desejos.

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Quanto à forma, a poesia abandona o rigor clássico da
métrica, da rima e apresenta uma linguagem mais simples,
coloquial.

“Não sabes criança? Estou louco de amores...


Prendi meus afetos, formosa Pepita.
Mas, onde? No templo, no espaço, nas névoas
Não rias, prendi-me
Num laço de fita.”
(Castro Alves)

Essas características fundem-se em momentos e obras


distintos durante o período romântico. Para facilitar o estudo do
Romantismo, vamos dividi-lo em poesia e prosa.

ROMANTISMO – POESIA

O período romântico dedicado à poesia é dividido em três


momentos.
São eles:
 PRIMEIRA GERAÇÃO
 SEGUNDA GERAÇÃO
 TERCEIRA GERAÇÃO

Vamos, agora, ver cada uma dessas gerações


separadamente.

PRIMEIRA GERAÇÃO : NACIONALISTA OU INDIANISTA

Os escritores dessa geração dão preferência a temas


nacionalistas, indianistas, religiosos.

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Autor de destaque: Gonçalves Dias.

Observe como Gonçalves Dias abordou a temática


nacionalista, exaltando a pátria através de elogios à natureza e
idealizando a figura indígena:

“Um dia vivemos!


“Nosso céu tem mais estrelas,
O homem que é forte
Nossas várzeas têm mais flores,
Não tema da morte;
Nossos bosques têm mais vida,
Só teme fugir;
Nossa vida mais amores.”
No arco que entesa
Tem certa uma presa,
Quer seja tapuia,
Condor ou tapir.”

AUTOR E OBRA

Gonçalves Dias (1823-1864)


Antônio Gonçalves Dias nasceu em Caxias, Maranhão. Era
filho de um comerciante português e de uma cafuza (mestiça de
negro e índio).
Fez seus primeiros estudos na sua cidade natal e depois foi
para Coimbra cursar Direito. Lá, iniciou suas atividades literárias e
escreveu, entre outros o poema “Canção do Exílio”.
Em 1845, quando retornou ao Brasil, publicou sua primeira
obra verdadeiramente romântica: “Primeiros Cantos”.
Viveu uma grande paixão por Ana Amélia a quem lhe fora
negado o casamento por preconceito racial; afinal, ele era um
mestiço.
Em 1862, retornou à Europa em busca de tratamento.
De volta ao Brasil, morreu num naufrágio de navio, próximo ao
Maranhão. 13
SEGUNDA GERAÇÃO: ULTRA-ROMÂNTICA OU BYRONIANA

É chamada de ultra-romântica ou byroniana devido a


influência de Lord Byron, poeta inglês que tinha o pessimismo
como temática em suas obras.
Marcada por profundo sentimentalismo, os escritores desta
geração preferiam temas que abordassem a morte, a solidão, a
tristeza o mistério e o sonho. Por isso, ficou conhecida, também,
como geração “mal-do-século”.

Autor de destaque: Álvares de Azevedo.

Leia agora, um fragmento do poema “Adeus, meus sonhos!”


de Álvares de Azevedo, onde o poeta, numa atitude pessimista,
deseja a morte como solução para seus amores e sonhos não
concretizados.

ADEUS, MEUS SONHOS!

“Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!


Não levo da existência uma saudade!
E a tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
(...)

Que resta, meu Deus? Morra comigo


A estrela de meus cândidos amores
Já que não levo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!”

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AUTOR E OBRA

Álvares de Azevedo (1831-1852)

Manuel Antônio Álvares de Azevedo nasceu em São Paulo.


Era o segundo filho de uma família de classe média.
Aos três anos, deparou-se com a morte do irmão recém-
nascido, restando-lhe apenas a irmã a quem se refere, muitas
vezes, em seus poemas.
Aos dezesseis anos, iniciou sua produção literária. Morreu
antes de completar vinte e um anos, no Rio de Janeiro, vítima de
tuberculose e de um tumor na fossa ilíaca por ter sofrido uma
queda de cavalo.
Como poeta da segunda geração, sua temática representa o
verdadeiro mal-do-século na poesia, sobretudo em relação ao
amor idealizado e à morte como fuga de suas insatisfações.

ESTUDO DO TEXTO

Agora vamos ler e analisar um poema de Álvares de


Azevedo.

Se eu morresse amanhã

Se eu morresse amanhã, viria ao menos


Fechar meus olhos minha triste irmã ;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã !

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Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de porvir e que manhã !
Eu perdera chorando essas coroas
Se eu morresse amanhã!

Que sol! Que céu azul! Que doce n’ alva


Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!

Mas essa dor da vida que devora


A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!

(Álvares de Azevedo)

Vocabulário:
Afã : trabalho, lida, cansaço, fadiga
Louçã: fresca, vigorosa, graciosa
Alva : a primeira luz da manhã
Porvir: futuro

Curiosidade: O poema “Seu eu morresse amanhã”


foi escrito por Álvares de Azevedo poucos dias antes de
sua morte. No dia do enterro do poeta, foi lido pelo
escritor Joaquim Manuel de Macedo.

ATIVIDADE I

 Agora, responda em seu caderno  :

1. Na 1ª estrofe, o eu-lírico mostra uma expectativa negativa


em relação à atitude das pessoas no dia de sua morte. Copie o
verso que confirma essa afirmativa.

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2. Observe: “Eu perdera chorando essas coroas”. O eu-lírico
lamenta a perda de “coroas” caso morra. “Essas coroas”, na 2ª
estofe, para ele são:

a-( ) glória, futuro, céu, sol.


b-( ) céu, doce n’alva, glória, aurora.
c-( ) glória, manhã, porvir, céu azul.

3. No poema, os elementos da natureza que representam


vida em oposição ao desejo de morte são:

a- ( ) sol, irmã, doce n’alva, natureza louçã.


b- ( ) sol, céu azul, doce n’alva, natureza louçã.
c- ( ) glória, manhã, porvir, céu azul.

4. A morte aparece como solução para a angústia do eu-


lírico. Que verso da 4ª estrofe conota essa idéia?
______________________________________________________

5. “Se eu morresse amanhã” é um poema que fala do


pessimismo e da morte. Como se chama a geração romântica que
abordou essa temática?

______________________________________________________

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TERCEIRA GERAÇÃO: CONDOREIRA

Essa geração ficou conhecida como condoreira por ter


como símbolo o condor (ave de alto vôo). Assim como o
condor, os escritores dessa geração, através da arte literária,
alçaram vôos em busca da liberdade, denunciando injustiças e
fazendo suas reivindicações sociais.
Logo, a temática desse período está ligada às questões
sociais e políticas, tais como a abolição da escravatura e o
pensamento republicano.

Autor de destaque: Castro Alves.

O autor e a obra

Castro Alves (1844 – 1871)

Antonio Frederico de Castro Alves nasceu em Curralinho,


Bahia. Era filho de médico. Iniciou o curso de Direito em Recife e
o concluiu em São Paulo.
Paralelamente aos estudos, iniciou sua carreira de poeta,
destacando-se como excelente declamador e revolucionário.
Castro Alves se destacou, principalmente, por suas
poesias de caráter social. Voltado para a problemática da
escravidão, ganhou o cognome de “Poeta dos Escravos”.
O estilo condoreiro de Castro Alves, sobretudo na poesia
abolicionista, apresentou um vocabulário amplo, rico em figuras
de linguagem(metáforas,hipérboles,comparações,etc.),numa
sonoridade marcante.
Nos poemas de Castro Alves, a temática amorosa é tratada
de forma sensual e erótica.
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Vamos, agora, ler partes de um dos poemas mais
conhecidos de Castro Alves, “O Navio Negreiro”.
O poema relata o sofrimento dos negros e as péssimas
condições a que eram submetidos quando transportados da
África para o Brasil.
Procure conhecer todo o poema, pois revela muita beleza e
emoção.

O Navio Negreiro

Era um sonho dantesco... O tombadilho


Que das luzernas avermelha o brilho,
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar do açoite...
Legiões de homens negros como a noite
Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas


Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue da mãe:
Outras, moças... mas nuas, espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs.

Senhor Deus dos desgraçados!


Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus...
Ó mar! Por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! Noites! Tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!...

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São os filhos do deserto
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados,
Que com tigres mosqueados
Combatem na solidão...
Ontem simples, fortes, bravos...
Hoje míseros escravos
Sem ar, sem luz, sem razão...

CURIOSIDADE SOBRE O POEMA “O NAVIO NEGREIRO”

“O Navio Negreiro – tragédia no mar é o exemplo mais vibrante da


poesia condoreira. Escrito em abril de 1868, esse poemeto épico
refere-se a uma situação anterior a 1850, ano em que o tráfico
negreiro foi proibido. O poema tornou-se o mais forte grito de
indignação utilizado pela campanha abolicionista.”
Emília Amaral

Vocabulário:

Dantesco: que lembra coisas terríveis descritas pelo escritor


Dante Alighieri no “Inferno” de sua obra Divina Comédia.
Tombadilho: parte do navio destinada a alojamentos.
Luzerna: grande luz, clarão.
Açoite: chicote, vergasta.
Espectro: fantasma; figura imaterial, real ou
imaginária, que povoa o pensamento.
Tufão: vendaval, furacão.
Mosqueado: que tem malhas ou manchas escuras.

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REVISANDO A LITERATURA

Agora, responda em seu caderno algumas


questões sobre o que você aprendeu nesta unidade
05.

1) Qual o período literário que durou o


Romantismo?

2)Cite as características do Romantismo?

3)O período romântico dedicado à poesia é


dividido em três momentos. Quais são estes
momentos?

4)Cada momento teve seu autor de destaque.


Quem foram eles?

Muito bem! Confira suas respostas no gabarito,


no final da apostila.

21
22
TEXTO DESCRITIVO

Os textos que você vai ler e analisar, procuram retratar


através de imagens criadas pela sensibilidade do descritor,
lugares, pessoas, objetos, os seres em geral. É a atividade
lingüística da descrição.
Descrever é detalhar, individualizar, levando o leitor a sentir,
a imaginar, a visualizar o objeto descrito. Por isso, o ato de
descrever baseia-se na percepção, nos cinco sentidos.

Visão – audição – tato – paladar – olfato

O texto que propomos, a seguir apresenta de forma


belíssima esse processo de criação e construção de imagens
pela linguagem. Leia-o com atenção.

Hino de Votorantim
Letra e Música: Lecy de Campos

Minha terra tem encantos,


Tem belezas naturais,
Tem jardins, fluviais recantos
E riquezas minerais...
Nas indústrias tem potência;
Tem igrejas para os fiéis,
Tem escolas, luz da ciência,
Nos esportes tem lauréis.

Refrão

O seu solo é um manancial


Fonte de riquezas mil,

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O seu clima é tropical
É um pedaço do Brasil,
E por isso com fervor
Hei de amar até o fim
Essa terra de esplendor
Este meu Votorantim.

Sons de máquinas, usinas


E de águas a rolar,
Em sussurros de surdinas
Pelo espaço a reboar;
São acordes de vitória
Num arcano musical,
Proclamando a sua glória
E pujança sem igual

Chaminés que, fumegantes


Estão sempre a evidenciar
As indústrias operantes
Que engrandecem o lugar,
Onde um povo exuberante
Que labuta sem cessar,
Construiu esse gigante
Portentoso e singular.

Vocabulário:
Laurel: coroa de louros; láurea, lauréola.
Manancial: nascente de água; olho-d'água; fonte.
Reboar: fazer eco; repercutir, retumbar.
Arcano: segredo, mistério.
Pujança: grandeza, poderio, magnificência.
Exuberante: animado, vivo.
Portentoso: maravilhoso, prodigioso.

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LECY DE CAMPOS

Nascido em Sorocaba (SP), em 11 de outubro de


1913, Lecy de Campos, autor da letra e da música do
Hino de Votorantim, viveu neste município desde 1929.
Faleceu em 1991.
O Hino de Votorantim, por ele composto, foi
oficializado em 28 de junho de 1972, através da lei
municipal nº 213.
A Praça de Eventos leva o seu nome, em
homenagem a quem soube amar e dignificar esta cidade.

O texto que você leu é um hino feito para homenagear a


cidade. Neste hino, o autor percorre os caminhos de sua memória
emotiva e expressa toda a sua emoção e sensibilidade ao
descrever um momento da cidade de Votorantim, em versos que
nos levam a imaginar e a recriar uma época dessa cidade que
tanto ele amou.

Atividade II

1. No poema predominam aspectos:

a- ( ) narrativos.
b- ( ) descritivos.
c- ( ) argumentativos.

2. Justifique a questão anterior assinalando a alternativa


correta.

a- ( ) o poema narra os fatos acontecidos em Votorantim.


b- ( ) o poema descreve e caracteriza de forma subjetiva
a cidade de Votorantim.

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3. Releia o refrão e identifique o sentimento predominante que
os versos expressam:

a- ( ) Amor
b- ( ) Saudade
c- ( ) Tristeza
d- ( ) Admiração

4. O autor descreve uma época da cidade, como se retratasse


um momento instantâneo de Votorantim. Essa época refere-
se:

a- ( ) ao passado.
b- ( ) à atualidade

No texto descritivo, o autor procura transmitir ao


leitor suas impressões sobre o objeto descrito, através de
imagens captadas pelos sentidos. Para isso, usa muita
adjetivação e comparações expressivas.

5. Certamente você gostou do hino. Copie a estrofe que você


considera a mais bonita, a de maior criatividade e
inspiração.
______________________________________________________
______________________________________________________

Redação - Produzindo seu próprio texto

Descreva a rua onde você mora ou trabalha ou onde passou


sua infância. Fale das casas, das pessoas, de partes que lhe
trazem lembranças. Relate algo acontecido ali, alguma cena que
ficou marcada em você. Lembre-se de como era há alguns anos e
de como é agora.
Enfim, transforme em emoções, o retrato de sua rua.
Escreva de 15 a 20 linhas.

26
27
Nesta unidade, estudaremos também os termos integrantes
da oração: o objeto direto, o objeto indireto, o complemento
nominal. Sem eles, a informação não fica completa, com sentido.
Para podermos entender mais sobre esse assunto, vamos
ler o trecho a seguir:

• O ar do avião é seco. Pingue soro fisiológico nas


narinas a cada duas horas para evitar que as mucosas
se ressequem, facilitando a entrada de micróbios. O
mesmo vale para os olhos (use colírio).
• Tomar água e outros líquidos deixa o organismo
sempre hidratado. O recomendado é um copo a cada
duas horas. Evite bebida alcoólica, que, entre outras
coisas, contribuem para a desidratação.
• Se o vizinho de poltrona tosse e espirra o tempo todo,
não tenha vergonha de usar a máscara cirúrgica. É a
melhor forma de se proteger de microorganismos
transmitidos por via aérea.
• Em vôos longos, é sempre aconselhável fazer
caminhadas pelo corredor para evitar a formação de
coágulos nas pernas, que poderão, no futuro,
provocar problemas mais sérios.

Revista Época On line , 17, maio, 1999.

 Responda em seu caderno  :

1)Localize no texto os complementos das seguintes formas


verbais:
a. pingue ________________________________________________
b. tomar _________________________________________________
c. evite __________________________________________________

28
d.contribuem ____________________________________________
c.proteger (-se) ___________________________________________

Os complementos verbais que foram localizados recebem o


nome de objeto, que pode ser direto ou indireto.
Vejamos, então, a sua classificação.

OBJETO DIRETO

É o termo da oração que completa um verbo transitivo direto


sem o auxílio de uma preposição. Observe:

Pingue soro fisiológico.


 
V.T.D Obj. Direto

Tomar água e outros líquidos.


 
V.T.D Obj. Direto

OBJETO INDIRETO

É o termo da oração que completa um verbo transitivo


indireto, através de uma preposição. Observe:

Contribuem para desidratação.


  
V.T.I (prep.) Obj. Indireto

Proteger-se de microorganismos.
  
V. T. I (prep.) Obj. Indireto.

29
Como você pode observar os verbos que foram
completados acima, têm como complementos verbais, objetos
diretos ou indiretos.

NÃO SE ESQUEÇA!
Principais preposições que acompanham um objeto indireto:
com, por, ao, de, da, para, em, à, sobre, etc.

O PRONOME OBLÍQUO NA FUNÇÃO DE OBJETO

Os pronomes oblíquos o, a, os, as são utilizados para


substituir o objeto direto, enquanto os pronomes oblíquos lhe,
lhes são utilizados para substituir o objeto indireto.
Os outros pronomes oblíquos me, te, se também podem
exercer a função de objeto.

Emprestei o livro.
 
V. T. D Obj. Direto

Emprestei- o.

Obj. Direto

O assunto interessa ao aluno.


  
Sujeito V. T. I Obj. Indireto

O assunto interessa-lhe.

Obj. Indireto

30
COMPLEMENTO NOMINAL

O texto seguinte trata da divisão do trabalho nas sociedades


indígenas:

As tarefas ligadas à
produção dos alimentos, dos
utensílios e à prestação dos
serviços são definidas em
função do sexo. Em
antropologia, diz-se que, nessas
sociedades, há uma divisão
sexual do trabalho (em oposição
àquelas em que há uma divisão
social do trabalho, em que
grupos ou classes sociais
ocupam posições diferentes no
processo de produção). Há,
portanto, tarefas femininas e
tarefas masculinas. Mesmo
quando acontece de as atividades masculinas serem mais
prestigiadas que as femininas, isso não chega a instaurar uma
desigualdade entre homens e mulheres, pois não chega a haver,
entre eles, relações de exploração. O que a divisão sexual do
trabalho expressa é a complementaridade entre homens e
mulheres no processo de produção.

SILVA, Aracy Lopes da. A questão indígena na sala de aula. São Paulo, Brasiliense, 1987, p.
153-4.

Veja:

produção dos alimentos


dos utensílios

31
 Responda em seu caderno  :
2. O substantivo produção exige um complemento? Por
quê?
______________________________________________________

O termo que completa o sentido do substantivo produção é


um complemento nominal. O complemento nominal é um termo
que completa o sentido de um nome e vem ligado a ele por meio
de uma preposição.

O complemento nominal completa o sentido de


substantivos, adjetivos e advérbios.

prep.

Tenho amor ao trabalho.


  
verbo (nome) complemento nominal
prep.

Vivo satisfeito com a vida.


  
verbo (adjetivo) complemento nominal

Estrutura do complemento nominal

1. Substantivo
2. Adjetivo Preposição Complemento
3. Advérbio nominal
1.Tenho respeito para com os mais velhos.
2.Estou contente com os resultados.
3.Votou contrariamente ao nosso candidato.

→ LEMBRE-SE:
O complemento nominal, como o próprio nome indica, está
completando um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).

32
ATIVIDADE III

Responda em seu caderno. 


1. Classifique as palavras sublinhadas abaixo usando este
código:

(D) objeto direto (I) objeto indireto

a- ( ) Não preciso de sua ajuda.


b- ( ) Vou tentar encontrar os culpados.
c- ( ) Alguém o viu no teatro.
d- ( ) Mandei-lhe um recado ontem.
e- ( ) Vou rasgar este documento.

2. Com relação às palavras sublinhadas abaixo, coloque:

(a) para complemento nominal


(b) para objeto indireto

1- ( ) Ele era muito útil à comunidade.


2- ( ) Ela não respondeu às minhas cartas.
3. ( ) Nunca lhe pediram satisfações.
4. ( ) Ela não tem mais confiança em ninguém.
5. ( ) A notícia agradou ao estudante.

3. Nos exercícios abaixo, assinale a resposta correta para a


função sintática do termo sublinhado.

A) Ela me contou os pormenores da briga.

a- ( ) objeto indireto
b- ( ) objeto direto
c- ( ) complemento nominal

33
B) Agiu favoravelmente ao réu.

a- ( ) objeto direto
b- ( ) objeto indireto
c- ( ) complemento nominal

C) Sempre gostei de seus primos.

a- ( ) objeto direto
b- ( ) objeto indireto
c- ( ) complemento nominal

Agora, confira as suas respostas com o gabarito no final desta


apostila.☺

PARABÉNS!
VOCÊ TERMINOU ESTA UNIDADE!
☺☺☺

34
35
ROMANTISMO - PROSA

Na unidade anterior, você teve seus primeiros


conhecimentos sobre o estilo literário Romantismo. Aprendeu
sobre suas principais características e alguns autores da poesia.
Vale lembrar que foi durante o Romantismo que a prosa
literária ganhou expressividade.
Gradualmente se desenvolviam os centros urbanos,
principalmente o Rio de Janeiro, e o novo público se formando:
jovens estudantes, mulheres da corte, aristocratas rurais,
profissionais liberais, militares, funcionários públicos.
Primeiramente surge o folhetim (histórias publicadas em
capítulos nos jornais diários) que, depois, foi se modificando de
acordo com as transformações culturais e as novas exigências
do público.
Em 1844, foi publicado o 1º romance brasileiro chamado “ A
Moreninha”, de Joaquim Manuel de Macedo.
Joaquim Manuel de Macedo inaugurou entre nós o chamado
romance urbano, aquele que tem como cenário a cidade grande.
No caso, o Rio de Janeiro, sede do Império. Essa categoria será
cultivada por outros escritores do período.
Conheçamos um pouco mais sobre o autor:

JOAQUIM MANUEL DE MACEDO

Nasceu em Itaboraí (RJ). Diplomou-se em Medicina, mas


nunca exerceu a profissão. Foi professor do Colégio Pedro II, a
instituição de ensino mais conhecida daquele estado na época.
Exerceu duas vezes o cargo de deputado, foi também poeta,
jornalista, historiógrafo, além de professor e escritor de livros
didáticos. Morreu no Rio de Janeiro, em 1882.
Vamos, agora, ler o resumo da obra:

36
A MORENINHA

O enredo é simples: três estudantes de Medicina –


Augusto, Filipe e Leopoldo – passam um feriado na casa da avó de
Filipe, numa ilha. Augusto, que se considerava muito inconstante
no terreno amoroso, faz uma aposta: se ficasse apaixonado por
uma mulher durante mais de quinze dias, escreveria um romance
contando a história dessa paixão. Conhece Carolina (a
Moreninha), por quem se apaixona. O único obstáculo à união dos
dois é uma promessa de fidelidade feita por Augusto a uma
menina que conhecera tempos atrás e cujo paradeiro e
identidade ignora. No final, ocorre a coincidência que resolve o
conflito: a tal menina era a própria Moreninha.

 Joaquim Manuel de Macedo, além de A Moreninha,


também escreveu O Moço Loiro (1845), Os dois amores (1848) e
algumas peças de teatro.

José de Alencar, nosso mais importante prosador


romântico, considerava Macedo “um mestre”. A convivência que
se iniciou nessa época entre os escritores contribui para a
formação de uma literatura nacional.

Falando em José de Alencar, saberemos a seguir, um pouco


mais sobre este autor.

37
O AUTOR

JOSÉ DE ALENCAR

José Martiniano de Alencar nasceu em Mecejana, Ceará. Era


filho de uma união ilícita. O pai era padre, abandonou o celibato e
ingressou na carreira política, mudando-se para o Rio de Janeiro
onde José de Alencar iniciou seus estudos elementares. Mais
tarde, foi para São Paulo cursar Direito, porém a maior parte de
sua vida viveu no Rio de Janeiro.
Assim como o pai, José de Alencar ingressou na carreira
política chegando a ocupar o cargo de Ministro da Justiça (1868 –
1870).
Foi também professor, crítico, advogado, teatrólogo, mas
principalmente, um grande romancista.
Morreu em 1877, vítima de tuberculose.

José de Alencar em suas obras, procurou retratar a vida na


corte, ambientes urbanos e regionais, o índio, a natureza tropical.
Para compreendermos melhor as características indianistas
de José de Alencar, leremos e analisaremos um fragmento da
obra, “Iracema”.
Iracema, nome da personagem, é anagrama de América e
símbolo do Brasil.
Conhecido também como “lenda do Ceará”, através desta
história, José de Alencar quis nos fazer conhecer, poeticamente,
as origens de sua terra natal.

38
Conheça um pouco da história lendo um trecho da obra,
quando Iracema conhece Martim.

TEXTO I

Iracema
José de Alencar

Além, muito além daquela serra, que ainda azula no


horizonte, nasceu Iracema.
Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos
mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de
palmeira.
O favo da jati não era doce como seu sorriso; nem a
baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.
Mais rápida que a ema selvagem, a morena virgem corria o
sertão e as matas do Ipu, onde campeava sua guerreira tribo da
grande nação tabajara, o pé grácil e nu, mal roçando alisava
apenas a verde pelúcia que vestia a terra com as primeiras águas.
Um dia, ao pino do sol, ela repousava em um claro da
floresta. Banhava–lhe o corpo a sombra da oiticica, mais fresca
do que o orvalho da noite. Os ramos da acácia silvestre
esparziam flores sobre os úmidos cabelos. Escondidos na
folhagem os pássaros ameigavam o canto.
Rumor suspeito quebra a doce harmonia da sesta. Ergue a
virgem os olhos, que o sol não deslumbra; sua vista perturba–se.
Diante dela e todo a contemplá–la, está um guerreiro
estranho, se é guerreiro e não algum mau espírito da floresta.
Tem nas faces o branco das areias que bordam o mar; nos olhos
o azul triste das águas profundas. Ignotas armas e tecidos
ignotos cobrem–lhe o corpo.
Foi rápido, como o olhar, o gesto de Iracema. A flecha
embebida no arco partiu. Gotas de sangue borbulham na face do
desconhecido.
Porém a virgem lançou de si o arco e a uiraçaba, e correu
para o guerreiro, sentida da mágoa que causara. A mão que
rápida ferira, estancou mais rápida e compassiva o sangue que
gotejava. Depois Iracema quebrou a flecha homicida: deu a haste
ao desconhecido, guardando consigo a ponta farpada.
O guerreiro falou:

39
— Quebras comigo a flecha da paz?
— Quem te ensinou, guerreiro branco, a linguagem de
meus irmãos? Donde vieste a estas matas, que nunca viram outro
guerreiro como tu ?
— Venho de bem longe, filha das florestas. Venho das
terras que teus irmãos já possuíram, e hoje têm os meus.
— Bem–vindo seja o estrangeiro aos campos dos
tabajaras, senhores das aldeias, e à cabana de Araquém, pai de
Iracema.
©2000 Enciclopédia Koogan-HouaisDigital

Vocabulário

Iracema (*): em guarani significa “lábios de mel” – de ira, “mel, e


tembe,” lábios “. Tembe na composição altera-se em ceme; é
também anagrama da palavra América”.
Jati (*): pequena abelha que fabrica delicioso mel.
Ipu (*): assim chamam ainda hoje no Ceará a certa qualidade de
terra muito fértil, que forma grandes coroas ou ilhas no meio dos
tabuleiros e sertões, e é de preferência procurada para a cultura,
Tabajara (*): senhor das aldeias; de taba, “aldeia”, e jará,
“senhor”.
Oiticica (*): árvore frondosa, apreciada pela deliciosa frescura que
derrama sua sombra,
Esparziam (*): espalhavam, derramavam, difundiam.
Sesta (*): hora que se descansa ou dorme após o almoço.
Ignotos (*): desconhecidos, ignorados.
Lesta (*): rápida, ligeira, ágil.
Uiraçaba (*): pequeno estojo para guardar as flechas.
Quebrou a flecha (*): era entre os indígenas a maneira simbólica
de estabelecerem a paz entre as diversas tribos, ou mesmo entre
dois guerreiros inimigos.

(*) Os verbetes assinalados são do próprio José de Alencar, nas


notas ao romance Iracema.

40
ATIVIDADE I

 Responda em seu caderno:

1. Para caracterizar Iracema, José de Alencar utiliza-se dos


elementos da natureza. Relacione os traços físicos da 2ª
coluna aos elementos comparativos da 1ª coluna:

(a) asa da graúna 1-( ) comprimento do cabelo


(b) talhe da palmeira 2-( ) lábios
(c) favo de jati 3-( ) agilidade
(d) baunilha 4-( ) sorriso
(e) de mel 5-( ) cor dos cabelos
(f ) ema selvagem 6-( ) hálito

2. Quando Iracema avista o guerreiro branco pela 1ª vez, ela


estava

a- ( ) caçando
b- ( ) tomando banho
c- ( ) repousando

3. Que fato, no texto, perturba a paz de Iracema e dá início ao


conflito?

4. Ao deparar-se com Iracema, o guerreiro branco é atingido


por uma flecha atirada por ela. Por que ele não revidou?

5. O que o guerreiro branco disse à Iracema mostrando ter


conhecimento de um costume indígena?

41
6. Iracema, no fragmento lido,

a-( ) é vista de forma preconceituosa pelo guerreiro branco.


b-( ) é idealizada como mulher inacessível.
c-( ) é retratada como elemento da natureza com a qual se
integra.
d-( ) é uma índia feroz de maus instintos, mas que o guerreiro
branco tenta dominar.
e-( ) é retratada objetivamente sem o sentimentalismo do
escritor.

7. Que raças estão simbolizadas no encontro de Iracema e


Martim?

8. Assinale as características do Romantismo que podemos


perceber
no fragmento lido:

a-( ) indianismo
b-( ) religiosidade
c-( ) idealização do herói
d-( ) saudosismo
e-( ) exaltação à natureza

42
Você estudou um fragmento do romance indianista de
Alencar. Agora, lerá um resumo da obra “Senhora”, romance
urbano, e verá como o escritor retrata os costumes, os valores e
os conflitos sociais da sociedade carioca da época.

SENHORA

“Aurélia Camargo é uma moça pobre e órfã de pai, noiva


de Fernando Seixas. Seixas é um bom rapaz, porém tem o
desejo de ascender rapidamente na escala social e, por isso
troca Aurélia por outra moça de dote mais valioso. Aurélia
passa a desprezar todos os homens, e eis que, com a morte
de um avô, torna-se milionária e, por isso, uma das mulheres
mais cortejadas dos cortes do Rio de Janeiro. Como vingança,
manda oferecer a Seixas um dote de cem contos, mas sem
que fosse revelado o nome da noiva, só conhecido no dia do
casamento. Seixas aceita e se casam; porém na noite de
núpcias, Aurélia revela-lhe seu desprezo. Seixas cai em si e
percebe o quanto fora vil em sua ganância. Vivem como
estranhos na mesma casa durante onze meses, mas
socialmente formam o “casal perfeito”. Ao longo desse
período, Seixas trabalha arduamente até conseguir obter a
quantia que recebera como sinal pelo “acordo”. Devolve os
cem mil-réis à esposa e se despede dela. Nesse momento,
porém, Aurélia revela-lhe seu amor. Os dois, agora igualados
no amor e na honra, podem desfrutar o casamento, que ainda
não havia se consumado.”
Cereja et alli, 1999:97

43
REVISANDO A LITERATURA

Agora, responda em seu caderno as questões


sobre o que você aprendeu nesta unidade 06.

1)Em que período a prosa literária ganhou mais


expressividade?

2) Qual foi o primeiro romance brasileiro e, em


que ano foi publicado?

3) José de Alencar, foi o nosso mais importante


prosador romântico. O que ele retratava em
suas obras?

4)Qual a principal obra de José de Alencar? E


como ficou conhecida esta obra?

Muito bem! Confira suas respostas no


gabarito, no final da apostila.

44
45
Na unidade anterior, você leu e analisou um texto descritivo
sobre a cidade. Nesta, leremos uma crônica jornalística.

O ciclista audaz
Nélida Piñon

Deixo o hotel apressada. Da calçada observo o movimento


dos carros. Os ruídos da cidade e a neurose coletiva extenuam-
se. Olho os homens ao volante de seus ridículos carros. Eles
avançam em direção ao túnel novo, abandonam a luminosidade
de Copacabana antes de mergulhar no escuro da própria alma.
Na rua, três ciclistas emergem do trafégo insensato. Sob
intrépida direção, suas bicicletas celebram os rituais da vida e da
velocidade. Presa àquele espetáculo de audácia, sigo-os atenta.
Aqueles homens, grudados às respectivas, aparentam desprezar
as regras intransigentes da existência.
Um deles atraiu-me a atenção. Vestido de verde, com um
tecido colado ao corpo, recorda-me um periquito perdido na
densa e ingrata floresta. Parece-me de longe o mais afoito de
todos. Sem demonstrar respeito pelos carros, ele arrisca a vida
com gosto, saliva de puro gozo. Costura em meio ao tráfego
como sua avó, no passado, decerto cerzira, meticulosa, a meia
furada do marido.
Observo, contudo, que a despeito do seu destemor, do seu
espírito de aventura, algo lhe falta no corpo, na bicicleta. E o que
podia ser, se de fato pedala com desenvoltura. É uma seta de
prata disparada por um arqueiro ansioso.
Ao analisar seu corpo, constato ausência da perna direita.
Para onde terá ido essa perna, excursionando pela terra?
Fascinada por semelhante desatino, que redime em parte a
espécie humana, reverencio nele o herói há muito buscado por
mim. Um herói de pedigree modesto, sem aura trágica,
conspurcado apenas pelas agruras do cotidiano. E que embora
seja filhado de uma brasilidade humilhada, não renuncia aos
prazeres com os quais sonha a cada amanhecer, tão logo
abandona o seu casebre. Sem dúvida um homem que, na ânsia de
viver o melhor da sua biografia, enfrenta a morte como se a
pudesse derrotar.
Aflito e exaltado, ele ultrapassa os morros. Persegue a
própria sombra projetada à frente, e que norteia os seus

46
devaneios. Neste esforço de exceder-se, o ciclista como que
querendo alcançar o mar, instala-se no barco da sua imaginação,
singra solitário em busca do velocino de ouro. Igual Jasão, herói
grego, ele demonstra vocação de apreender os mitos que surgem
sob forma do carros, velocidade, fantasia, o caos de uma cidade.
Na condição de herói anônimo, cabe-lhe praticar atos miúdos,
sem conseqüência. Gestos que importam a ele apenas, no seu
destino sem glória. Desprovido de eloqüência, suas atitudes,
porém quebram os grilhões da pobreza, do porvir sem água
corrente, sem conforto, sem as moedas da estabilidade. Ajudam a
trasladá-lo, por instantes, para o céu, até o reino da visão poética.
Para que eu jamais o esqueça.’
Gazeta do Povo. Curitiba, 5ª feira, 08/08/96

Vocabulário:

Extenuar: enfraquecer, debilitar, gastar.


Emergir: aparecer, surgir.
Intrépida: corajosa, firme.
Audácia: ousadia,atrevimento.
Intransigente: intolerante, inflexível, rígido.
Densa: escura,espessa, compacta.
Afoito: corajoso,ousado.
Cerzir: costurar.
Meticulosa: cautelosa, cuidadosa, minuciosa.
Arqueiro: combatente que luta com arco.
Desatino: disparate, loucura.
Reverenciar: acatar, respeitar.
Aura: zona luminosa em torno de um corpo.
Conspurcar: mancha, corromper, perverter.
Agrura: obstáculos, dissabor, amargura, aflição.
Devaneio: fantasia, sonho.
Exceder: superar, ultrapassar.
Singrar: navegar.
Velocino: pele de carneiro.
Eloqüência: capacidade de falar e exprimir-se com
facilidade,comover por meio da palavra.
Grilhão: corrente que prende, algema.
Porvir: o futuro.
Trasladar: transferir, transportar, mudar.

47
Como foi escrito no início, o que você leu foi uma crônica
jornalística.
Na crônica, o autor comenta fatos do cotidiano, procurando
transmitir esses fatos de modo bastante pessoal, refletindo sobre
os mesmos através de sua visão de mundo, de seus valores.
A autora da crônica, a escritora Nélida Piñon pertence à
Academia Brasileira de Letras e escreve, regularmente, para
jornais e revistas de grande circulação.
Nesse texto, como você observou, um fato chama a atenção
da cronista que, através de aspectos predominantemente
descritivos, procura refletir sobre a realidade, sobre o dia-a-dia
de nossa gente.

ATIVIDADE II

Releia o texto integralmente e consulte o vocabulário caso


você desconheça o significado de alguma palavra ou não consiga
inferir pelo contexto. (Não é necessário consultar o significado de
toda palavra desconhecida, a não ser que esse desconhecimento
esteja dificultando a sua compreensão ou que essa palavra esteja
repetida várias vezes sendo, portanto, uma palavra-chave).
Compreender o significado de palavras, expressões é
essencial para a construção do sentido global dos textos que
você lê. As questões 1 e 2 privilegiam esse tipo de conhecimento.

48
Agora, responda em seu caderno:

1. A cronista descreve um momento de uma cidade.

a) Que cidade está sendo descrita? Como você a


identificou?

b) Que particularidade da cidade ela observa e descreve?

c) A que espetáculo de audácia ela se refere?

d) Que constatação ela faz ao observar um dos três


ciclistas?

e) Dê as características físicas e psicológicas do ciclista.

f) Explique o título.

♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥

49
Não só saber o significado das palavras é importante para
chegarmos à compreensão do que lemos. Também importante é
conhecer, por exemplo, outros textos a que o autor faz referência,
outros assuntos, fatos, conceitos, a que o texto remete. É o que
chamamos de conhecimento do mundo. Ter esse conhecimento é
essencial para a leitura compreensiva.
No texto lido, a cronista faz referência a Jasão, herói grego e
ao velocino de ouro. (velocino = pele de carneiro).

Vamos, resumidamente, ler a história de Jasão:

Diz a mitologia grega que o velocino de ouro estava guardado


por um dragão. Para recuperar a coroa de seu reino, Jasão tinha
que ir em busca do velocino de ouro. Jasão saiu, então, em um
barco, enfrentando os perigos do mar e todos os obstáculos que
vinham pela frente, em busca da pele de ouro do carneiro.

2. Agora, faça a associação dessa história com a descrição do


ciclista audaz:

a) A quem o ciclista é comparado?

b) Que perigos do trânsito, enfrentados pelo ciclista são


relacionados aos perigos do mar e aos obstáculos que
Jasão enfrentou?

c) Jasão é um herói grego, cantado em prosa e em verso.


E o ciclista, que espécie de herói é?

3. No texto “O ciclista audaz” a intencionalidade é:

a) ( ) descrever as peripécias dos ciclistas.


b) ( ) descrever a agitação do trânsito.
c) ( ) refletir sobre o trânsito perigoso, a audácia dos ciclistas e
associar essas idéias à luta diária de um cidadão comum ao
enfrentar as adversidades da vida.

50
4. Coerente com a resposta anterior, assinale o que você
considera ser o tema do texto.

a) ( ) A agitação do trânsito.
b) ( ) A busca da felicidade.
c) ( ) O heroísmo anônimo e cotidiano do cidadão comum.

5. E para você, o que é ser um herói? Comente, justificando a


sua opinião.

51
52
Na unidade anterior estudamos, os termos integrantes da
oração, tais como: objeto direto e indireto e outros.
Agora, estudaremos os termos acessórios da oração:
adjunto adverbial, aposto e o termo independente da oração:
vocativo.

ADJUNTO ADVERBIAL

Observe os exemplos abaixo:

Os convidados chegaram tarde.


verbo adjunto adverbial.

Os alunos saíram da sala.


verbo adjunto adverbial

Compraram as frutas na feira.


verbo adjunto adverbial

As palavras destacadas são chamadas de adjunto


adverbial.

Saiba que, o adjunto adverbial é o termo da oração que se


refere ao verbo, ligando-se a ele com ou sem preposição, e tem
a função de indicar uma determinada circunstância. Veja.

O adjunto adverbial, quando expresso por um advérbio,


pode também se referir a adjetivo ou advérbio, como nos
exemplos a seguir:

Era uma aluna pouco expansiva.


adj. adv adjetivo

Falaram muito bem.


adj. adv adjetivo

53
TIPOS DE ADVÉRBIOS

Existem muitos tipos de advérbios, mas os mais


comuns são:

1. de tempo (Quando?)

Hoje, ontem, amanhã, agora, já, antes depois, tarde,


cedo, logo, outrora sempre, nunca, jamais, etc. e as
expressões que indiquem tempo.

2. de lugar (Onde?)

Aqui, lá, cá, debaixo, dentro, fora, longe, perto, além,


adiante, etc. e as expressões que indiquem lugar.

3. de modo (De que modo?)

Bem, mal, assim, devagar, depressa, atentamente,


propositalmente, tranqüilamente, amavelmente, etc. e as
expressões que indiquem modo.

4. de intensidade (Quanto?)

Muito, pouco, mais, menos, bastante, demasiado, demais,


meio, assaz, etc. e as expressões que denotem quantidade ou
intensidade.

5. de afirmação

Sim, certamente, realmente, etc.

6. de negação ATENÇÃO:

Não Os advérbios exercem na


frase, a função de adjuntos
adverbiais.
7. de dúvida
Talvez, acaso, porventura, provavelmente,etc.

54
LOCUÇÕES ADVERBIAIS

As expressões que indicam circunstâncias de tempo,


lugar, modo, intensidade, afirmação, negação, dúvida são
também advérbios (adjuntos adverbiais).

Observe:

1.Os jequitibás cresciam no solo do sertão.

(Os jequitibás cresciam onde? “no solo do sertão” é um


adjunto adverbial de lugar).

2. Ele saiu às oitos da manhã.

(Ele saiu quando? “às oitos da manhã” é um adjunto


adverbial de tempo).

APOSTO

Observe os exemplos:

1.João Cardoso, bom velho, era amigo de novidades.

2.Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, é cidade


populosa.

A expressão “bom velho” está explicando


(esclarecendo) um nome anterior João Cardoso.

55
Assim também “a capital do Rio Grande do Sul” está
explicando (esclarecendo) o nome anterior.

As expressões “bom velho e capital do Rio Grande do


Sul” são apostos. A palavra ou expressão que explica
(esclarece) um termo, geralmente anterior, chama-se aposto. O
aposto costuma vir depois de vírgulas ou travessões.

TERMO INDEPENDENTE DA ORAÇÃO

VOCATIVO

Agora observe as frases:

Olá! Amigo! Espere, homem! Ora, Antônio ,espere!

As palavras assinaladas são vocativos.

Vocativo é a palavra ou expressão que usamos para


chamar alguém. Há sempre a presença da vírgula separando
os vocativos.

ATIVIDADE III

1. Observe os termos em destaque e relacione as colunas.

56
a) Hortência, a rainha do basquete, dribla os 1.( ) vocativo
preconceitos
2.( ) Adjunto adverbial
b) “Meu amor que torta divina”!
3 ( ) Objeto indireto
(c) Temos confiança em nossos jogadores.
4. ( ) Aposto
(d) Você sempre foi muito eficiente.
5. ( )Complemento
(e) Carlos mostrou seu quarto ao amigo. nominal

2. Nas frases abaixo, escreva a circunstância expressa pelo


adjunto adverbial sublinhado.

a. “Seis semanas depois, uniram eles seus destinos”.

b. Compraram as frutas na feira.

c. Eles não saíram de casa.

d. Talvez ele faça o exercício corretamente.

3. Nos exercícios abaixo. Assinale a reposta correta para a função


sintática do termo sublinhado.

a) Vamos, garotos, entrem na sala de aula!

a) ( ) aposto
b) ( ) vocativo,
c) ( ) adjunto adverbial

b) Pedro II, Imperador do Brasil, morreu no exílio.

a) ( ) vocativo
b) ( ) aposto
c) ( ) adjunto adverbial

57
c) Alguns homens saíram às pressas do recinto.

a) ( ) adjunto adverbial
b) ( ) aposto
c) ( ) vocativo

PARABÉNS!
VOCÊ TERMINOU ESTE MÓDULO.

58
GABARITO – MÓDULO 05

ATIVIDADE I
1- Fechar meus olhos minha triste irmã,
Minha mãe de saudade morreria.

2- c

3- b

4- A dor do peito emudecera ao menos.

5- Ultra-romântica ou byroniana.

REVISANDO A LITERATURA

1- 1836 a 1881.

2- Subjetivismo, sentimentalismo, nacionalismo, idealização do


mundo, da mulher e do herói.

3- 1ª Geração: Nacionalista ou indianista;


2ª Geração: Ultra-romântica ou byroniana;
3ª Geração: Condoreira.

4- 1ª Geração: Gonçalves Dias;


2ª Geração: Álvares de Azevedo;
3ª Geração: Castro Alves.

LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO


ATIVIDADE II

1-b

2-b

3-a

4-a

5-pessoal

59
ESTUDANDO A NORMA PADRÃO

 Responda em seu caderno:


1. a) soro fisiológico
b) água
c) bebida alcoólica
d) para a desidratação
e) de microorganismo

2. Sim. Para completar o sentido da palavra.

ATIVIDADE III
1. a) I
b) D
c) D
d) I
e) D

2. 1. a
2. b
3. b
4. a
5. b

3. a) b
b) c
c) b

GABARITO – MÓDULO 06

ATIVIDADE I
1) 1. b
2. e
3. f
4. c
5. a
6. d

2) c

3) Um rumor suspeito.

60
4) Porque o gesto de Iracema foi rápido.

5) “ – Quebras comigo a flecha da paz?”

6) c

7) Raça Indígena e raça branca.

8) a – c – e

REVISANDO A LITERATURA

1) No período do Romantismo.

2) Em 1844, “A moreninha”.

3) A cidade grande, no caso, o Rio de Janeiro, sede do Império.

4) “Iracema”, conhecida como lenda do Ceará.

LEITURA E PRODUÇÃO DE TEXTO

Atividade II

1) a) Rio de Janeiro, Copacabana.


b) Os ruídos e a neurose coletiva.
c) Suas bicicletas celebram os rituais da vida e da velocidade.
d) Condição de herói anônimo, cabe-lhe praticar atos miúdos sem
conseqüências.
e) vestido de verde, com um tecido colado ao corpo, ele arrisca a vida com
gosto
de saliva de puro gozo.
f) um ciclista que enfrentava a morte como se a pudesse derrotar.

2) a) a Jasão.
b) herói, ele demonstrava vocação de apreender os mitos que surgem sob
forma de carros, velocidade, fantasia, o caos de uma cidade.
c) herói anônimo.
3) c

4) c

5) resposta pessoal.

61
ESTUDANDO A NORMA PADRÃO

Atividade III

1) a) 4
b) 1
c) 5
d) 2
e) 3

2) a) tempo
b) lugar
c) negação
d) dúvida - modo

3) a) b - vocativo
b) b - aposto
c) a - adjunto adverbial

62
Para você pensar ...

" O Sucesso

significa nunca parar,

ou seja, sempre ir

em busca de algo mais ."

EQUIPE DE PORTUGUÊS / CEESVO

CRISTIANE - ILZA - IVÂNIA - SANDRA

63
BIBLIOGRAFIA

 Proposta Curricular para o Ensino de Português - Ensino


Médio - Secretaria de Estado da Educação - Coordenadoria de
Estudos e Normas Pedagógicas - São Paulo - 2. Ed. - 1992.

 Parâmetros Curriculares Nacionais - Português e Apresentação


dos Temas Transversais - Ministério da Educação e do
Desporto - Secretaria da Educação - Brasília - 1997.

ABDALA JÚNIOR, Benjamim; CAPEDELLI, Samira Youssef.


Tempos
da literatura brasileira. São Paulo, Ática, 1985.

ALMANAQUE ABRIL. CD ROM, 8. ed. 2000.

Apostila de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira.


Educação de
Jovens e Adultos. Maringá, CEEBJA, 2001.

CINTRA, Lindley; CUNHA, Celso Ferreira da. Nova


Gramática do
português contemporâneo. 3. ed. Rio de Janeiro, Nova
Fronteira, 1985.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário


da
língua portuguesa. Rio de Janeiro.

JORNAIS: Folha de São Paulo, Estado de São Paulo, Cruzeiro do


Sul.

KURY, Adriano da Gama. Lições de análise sintática. 3. ed.


Rio
de Janeiro, Fundo de Cultura, 1984.

64
LEITE, Lígia Moraes. O foco narrativo. 4. ed. São Paulo.
Ática,
1989.

MACEDO, José Armando. A redação do vestibular. São


Paulo,
Moderna, 1977.

MAIA, João Domingues. Língua, literatura e redação. 2. ed.


São
Paulo, Ática, 2002.

NICOLA, José de; INFANTE, Ulisses. Gramática contemporânea


da
língua portuguesa. 11. ed. São Paulo, Scipione, 1993.

ROCCO, Maria Thereza Fraga. A redação no vestibular.


São
Paulo, Mestre Jou, 1981.

SOARES, Magda; CAMPOS, Edson Nascimento. Técnica


de
redação. Rio de Janeiro, ao Livro Técnico, 1979.

TELECURSO 2000, Língua Portuguesa, Ensino Médio. 2


ed.
São Paulo, Editora Globo.

TERRA, Ermani. Curso Prático de Gramática. 2. Ed. São


Paulo,
Scipione, 1991.

_________. & NICOLA, José de. Guia prático de ortografia.


São
Paulo, Scipione, 1995.

65
esta apostila foi elaborada pela
equipe de português do CEESVO
centro estadual de educação supletiva
de votorantim

professoras:
professoras cristiane albiero
ilza ribeiro da silva
ivânia valente miranda
sandra mara romano

coordenação : neiva aparecida ferraz nunes

votorantim, agosto/ 2002.

Observação

material elaborado para uso exclusivo


de
cees, sendo proibida a sua
comercialização.

APOIO: PREFEITURA MUNICIPAL DE


VOTORANTIM

66

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