OD) OFF fg ToSn ASA 7) GIULIO CARIOARGAN — IMAGEM E PERSUASAO Ensaios sobre o barroco sarin CONTROL suunico sana Das Revsto tenia eselestoionogrtc om aS TETRASreo =P PRubens, O retrato de Maria de’ Medici apresentado a HenriquelV, Paris, Louvre = Domenichino, 4 caridade de santa Cecflia, Roma, San Luigi dei Francesi ‘Ao pintar Henrique IV observando o retrato de Maria de’ Medici c. 1622), Rubens alegoriza um fato recente: finalmente senbor de um disputa- do reino, Henrique decide escolher uma nova espasa, eo evento cotncidecom a a a 6 ‘eto nobre,clsicoe rafaclesco; a arquitenura da composigdo é precisa, na ‘epatigaopausada devericaise borizontaise na calculada distribute das Jura na altura, na largura ena prfundidade, lux nod Iugar a for POETICAE RETORICA No plano das grandes idéias,o barroco representa sem divida uma rea- «20 flosofia da Idéia e20 neoplatonismo maneirista, assinalando uma reto- ada da filosoia da experiéncia. As duas grandes fontes do seu pensamen- tbestéico sto. Poéticae a Retorica de Aristteles ¢ suas derivagdes latinas. “Associado & Poética esté 0 conceito de carter mais ético que gnoseo- Na 5 damental da comédia e das cenas ‘de génera” e de costumes. Como vere~ tmos,existem obras que buscam fixar no campo da arte figurativa, esquemas, absolutamente equivalentes aos da tragédia e da comédiaaristotélicas. na preceitos morais, mas sim no processo ou mecanismo de sua produgao: si0 Seis as imagens produzidas pelo processo da verossimilhanga; nocivas as 67Ye imagens produzidas pelo capricho arbitrario da fantasia Aquilo que se gina nto impo nto quanto moo de nape De Les eens para introduzir a aga tancia do funda. A Retéricaé 0 tatado da arte de persuadir ou da arte do discurso; mas, € sobretudo a arte de falar no AreOpaga 1st dda discussao politica. Aapli capo da teoia do Uscuso PORTS : y Af mas a idea do arte arte como elocutio € quinhentista,véneta: Pino e Dolce lou. - uma aE 8 r © _-interpela, The faz perguntas, prevé objepdes. Mas embora 0 seu objetivo nao ‘seja demonstrar a verdade, nao se trata de mero artificio verbal: ele leva em Aretérica no trata de nenhuma matéria especifica, € apenas o meio de cencontras,ordenar e expor ‘as coisas que so propicias para persuadir em qualquer assunto" numa civlizacio em que “o falar € proprio do homemn": € n nig é:s6.diseurso, mas didloga, mesmo se uma das partes se limita a ouvir, a ‘oou e conta 0 costume, 08 principios ou os valores que, mesmo no sendo verda- des absolutas, tém um fundamento na consciéncia comum e contribyem para determinar os modos de comportamento: [No Estado ndo estio certamente suprimidos o cardter,o temperamento, as paixbes, as virtudes e 05 vicios dos individuos, mas todos esses fatos jé no ‘40 considerados em relacdo & natureza humana, e sim 2 sociedade. De socedade nao tem uma forma definida-e imutivel mas € um apitado con junto de circunstandias. O individuo em sociedade participa de certa tadi= ‘Glo, de um costume, tem certas atitudes e idéias comuns sobre o bom ¢ 0 ruim, sobre o tile instil tem visdes préximas e distantes, precisas e impre- ‘isas, interesses que mudam segundo as circunstincias, uma concep¢0 do 69