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BARÃO DE M *
A AMAZÔNIA
r. o
CENTBAL DO BRAZIL
L I V K A K I A ANTIGA E MODEKNA
A. itoontms
113, Travessa de S. Nicolau, H 3
A AMAZÔNIA «s^o®**^»
AS PROVÍNCIAS DO PAR
E O
B A R Ã O IDE
LISBOA
CAPITULO I
A Amazônia — S u a importância
CAPITULO I I
Riqueza» p r o g r e s s o m a t e r i a l e i n t e l l e c t u a l
d a Amazônia. E s t a d o a c t u a l .
ou 31 °/o ao anno.
A companhia de seguros Paráense tem sempre da-
do aos seus accionistas 12 y % , não obstante além
2
CAPITULO I I I
Q u e i x a s d a s províncias do Pará e A n i m o u
as
S. PAULO E PARÁ
IP-A.IR-Á.
Ministérios 1870-71 1880-81
Império 87:8880080 ( ) a
1166:7510925
Justiça 85:7440716 215:0470436
Marinha 385:1960077 521:0300104
Guerra 444:0410600 540:1810286
Estrangeiros... 5:8250000 2:7800692
Agricultura.... 17:5240966 5(^:9560613
Fazenda 457:6220810 640:4300473
1483:8730292 2110:1780529
(Continuação)
Amazonas 1906OO
—S. Paulo 60220
S. Sebastião 274
Portei 77
Melgaço 32
Porto de Moz 93
Gurupá 290
Souzel 24
2,108
Macapá 398
Mazagão
escravos os quaes são empregados na pequena lavou- 109
ra d'esses municipios.
Admittido mesmo que esses 2108 braços estejam
empregados na industria extractiva, elles represen-
tam apenas 14 °/o da população escrava, e só figura-
r i a m no valor de exportação d'esse producto n'essa
mesma proporção, o que daria uma somma insignifi-
cante.
O trabalho escravo não concorre na exploração das
riquezas naturaes do Pará, mas só e unicamente do
cultivo da canna do assucar, e do arroz, os quaes
são assim representadas p o r kilos na estatística de
1881.
r>-2 A AMAZOMA
Àssucür»> 1371,535
Arroz i 1123,860
e esses gêneros estão muito longe de bastarem para
o consumo, por quanto importamol-os em grande quan-
tidade.
Eis ahi o que é o braço escravo na zona dos serin-
gaes.
E querem os deputados paraenses que sejamos equi-
parados a S. Paulo, cuja felicidade repousa em 168:950
escravos empregados no café, e acariciados nas tortu-
ras do tronco e do bacalháo!
Não tem p o r conseguinte justificação alguma o si-
lencio de suas ex. .
as
i
A AMAZOMA
1
A AMAZOMA 73
eladas (
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Exercícios to
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1872- -1873 45 23000 Cd
1821 6 324 71
1873- -1874 81 42361 2884 8 2048 214
1874- -1875 83 35220 2870 13 3246 253
1875- -1876 88 34950 3399 12 4106 259
1876- -1877 49 20793 1662 6 1641 152
1877- -1878 63 26800 1921 6 2630 158
1878- -1879 89 40616 3136 9 5070 292
1879- -1880 94 40887 3552 12 4991 389
1880- -1881 109 50196 3740 23 7729 728
1881--1882 169 54722 4277 17 8281 489
1.° semestre
1882—1883 | 60 | 30003 | 2172 | 10 | 6281 | 345
As sahidas foram:
pagens
pagens
CO
sladas
to ca co
T3
Exercícios O O
">
ca -CS2 >ce
~3
O
'=3
cr 55 s '5
cH w Ho cr
1872- -1873 41 21990 1529 4 404 56
1873- -1874 77 41376 2754 6 1616 188
1874- -1875 82 33589 2755 6 3025 178
1875- -1876 85 34112 3329 9 4000 251
1876- -1877 47 22559 1790 4 1522 122
1877- -1878 57 23804 1713 8 2797 240
1878- -1879 85 38906 3055 9 5030 292
1879- -1880 92 40043 3260 11 4981 380
1880- -1881 105 50596 3744 23 44708 857
1881--1882 118 50326 4034 20 12587 726
1.° semestre
1882—1883 | 55 | 26267 | 2077 | 9 | 7366 | 429
78 A AMAZÔNIA
OJ-OiíK-íOOOOhOlOO-HO o
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80 A AMAZÔNIA
í«??"" a™94:8140215
Sví i « ™ 1 5 5 : 1 5 8 0 3 4 0
í£5~ 146:3660020
ft77~ « 7 Q 7 5 : 0 3 9 0 0 4 *
!?Zo 253:5660750
o^n 1 8 7 9
418:6350710
\ f m ~ R 8 ? 9 4 2 : 3 8 3 0 5 6 0
llli â l l 1 . 1 7 3 : 5 3 1 0 3 0 5
1881—1882 1.563:3210405
1882—1883 (1.° semestre).... 1.035:6610575
No mappa annexo, encontrareis mais desenvolvida-
mente as quantidades e os produetos exportados com
os respectivos valores.
Foi durante o exercício de 1872-1873 que se fez a
p r i m e i r a exportação d'este porto para o estrangeiro
pelo interposto do Pará, na falta de vapores directos'
geraes.
Os prôductos exportados foram: borracha fina entre-
Pelo quadro acima vê-se que o valor da exporta-
ção n o exercício de 1879-1880 quasi que egualou o
total dos sete exercícios anteriores, na importância de
1.170:0990416, quantia, esta que entretanto foi exce-
dida no exercício seguinte de 1880-1881, e m que os
6
82 A AMAZÔNIA
1878—1879 3.654:580^590
1879—1880 5.480:5600060
1880—1881 5,$94:4760204
*
1879-80- MENOS
9(000
2? 13.009:2000000
9 9.828:0000000
4.230:8000000
Í000
-0-
000 3.157:7000000
LÜ 000 -0-
-0-
o*
000
000 652:8000000
000 -0-
1.623:5000000
000 -0-
000 119:2000000
o 000 -0-
>00 171000 -0-
33.611:2000000
feo tinhaprovincias.
A AMAZOMA
Cacáo 1062:656 k. s
v. offi. al
•601:7900120
Castanha '..1065:856 « « « .150:0000184
Couros verdes.... 211:051 « « « • 77:4570360
« de veado.. 18:687 <t « « • 45:4560436
Grude de peixe... 8:056 « « « • 20:5420000
Salsa 9:538 « « « • 12:2330836
Oleo de Cupahyba. 6:481 • 11:4300942
Guaraná 6:679 « « « • 9:5620715
Ucuúba 84:660 t « « ,. 8:4560000
Urucú 28:150 « « « , 6:9170401
Cumaru 2:696 « « « . 6:3590200
Couros seccos 601 « « « 2:050033:;
« espichados 321 1:6050176
Algodão 2:064 « « « . 1:0300500
955:4920205
Sirvam estes quadros para responder áquelles que
dizem com o intuito de deprimir esta provincia
que so á borracha é devido o seu engrandecimento'
h este argumento um d'aquelles que nada prova por
provar de mais, pois que não ha provincia alguma
que nao tenha um ramo de producção que constitua
a sua principal renda, como para S. Paulo, Rio e Mi-
nas acontece com o café, para o Rio Grande do Sul
com a sua industria pastoril, para Pernambuco e Ba-
hia com o assucar, para o Paraná com a herva mate
E dizendo que aquelle argumento nada prova por pro-
var de mais, nao me engano, pois que elle provaria
ao mesmo tempo que para o nosso florescimento bas-
tou um so ramo a explorar, restando ainda, não um
mas muitos outros ramos a prometterem não menor
engrandecimento á Amazônia. Não dá o cacáo a ri-
quesa a tantas regiões da America central? Pois bem
o cacáo da Amazônia é o único que quasi oblem o
mesmo preço que o de Caracas, que è o melhor do
A AMAZÔNIA
Arsenal de marinha
D e s i g u a l d a d e de impostos
CAPITULO* IV
A centralização e s e u s i n c o n v e n i e n t e s
ti tnHA 5
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Publica acha-se derramada
em todo o Império, a nossa população tem-se tor-
nado tripla ou quádrupla do que era, todas as pro-
víncias tem mandado e mandam um grande numero
de mancebos. para os paizes mais cultos do mundo
todas as províncias commerceiam com os pontos mais
longínquos do Universo, as viagens repetidas e fáceis
que as linhas férreas e os barcos a vapor nos per-
mittem, nos tem feito conhecer, que se muito nos te-
mos adiantado ainda muito mais nos resta a fazer
pois que a divisa do nosso século se symbolisa na
palavra—Progredior, e que as instituições que faziam
que o paiz depositasse a sua vontade e a sua intelli-
gencia nas mãos do governo não podem mais durar
cumpre que sejam profundamente modificadas, e que
as províncias hoje crescidas e illustradas se lhes não
negue o que se nega ao homem quando chega á idade
aouita o trabalhar e engrandecer-se pelo próprio es-
orço. Se estas modificações se não derem na nossa
legislação acontecerá que a distancia entre o governo
e os governados cada vez se tornará maior, os inte-
resses de um e dos outros se tornarão antagônicos, e
ou o governo por si terá de ceder aos desejos das po-
pulações das provincias, ou o Brazil em um arranco,
(t esses lao communs na historia das nações, rebenta-
ra os laços que o comprimem em demazia.
Felizmente o discurso da coroa, que agora acabo
i IQQP ° abertura da sessão legislativa
r o n u n c i a d n a
sr. M a r t i m F r a n c i s c o R i b e i r o de A n d r a d e —
O Diário do Gran-Pará e os deputados pe-
lo P a r á — D i v i s ã o e acquisição de t e r r a s —
A u g m e n t o da representação p a r l a m e n t a r do
Pará e m relação ao elleitorado, á população
escolar, á s u a importância commercial, ás
r e n d a s geraes—Reflexões sobre o município
neutro, S. Paulo e R i o G r a n d e do S u l — O
correio do Pará e a s u a elevação de cathe-
g o r i a — O zelo do governo central p e l a ins-
trucção p u b l i c a no P a r á — O A r s e n a l de Ma-
r i n h a e as officinas p a r t i c u l a r e s — A r s e n a l de
G u e r r a e E n f e r m a r i a m i l i t a r — C a e s do Pará
= V i a férrea de Bragança=Reflexões do e x . m0