Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
DIREITOS INDÍGENAS
MANUAL DE JURISPRUDÊNCIA DOS
DIREITOS INDÍGENAS
Ministério Público Federal
Procuradora-Geral da República
Raquel Elias Ferreira Dodge
Vice-Procurador-Geral da República
Luciano Mariz Maia
Vice-Procurador-Geral Eleitoral
Humberto Jacques de Medeiros
Ouvidor-Geral do MPF
Juliano Baiocchi Villa-Verde de Carvalho
Corregedor-Geral do MPF
Oswaldo José Barbosa Silva
Secretário-Geral
Alexandre Camanho de Assis
Secretária-Geral Adjunta
Eloá Todarelli Junqueira
Brasília, DF
MPF
2019
© 2019 – MPF
Todos os direitos reservados ao Ministério Público Federal
Disponível também em: http://www.mpf.mp.br/atuacao-
tematica/ccr6/documentos-e-publicacoes/manual-de-atuacao
B823m
CDDir 305.8
1.2.2. Resumo do Caso Povo Xucuru e seus Membros vs. Brasil. . .52
3.2.2. Resumo do Caso Povo Xucuru e seus Membros vs. Brasil. 121
7. Esbulho Renitente....................................................................252
Apresentação
Boa leitura!
E DE PLANTIO.”
(POVO IRANTXE/MANOKI/MT)
18
5. Sentença confirmada.
22
*****
(…)
decisão saneadora nesse ponto, razão pela qual ela foi alcançada
pela preclusão (arts. 471 e 473, CPC), do modo que não restou
configurado o cerceamento de defesa, já que encontra-se nos
autos a cópia integral do procedimento administrativo demar-
catório.
*****
*****
34
(...)
(…)
(...)
(…)
*****
*****
44
*****
45
(…)
(…)
(…)
(...)
(...)
(...)
(…)
220. Portanto,
A CORTE
(…)
DECLARA:
(...)
(…)
E DISPÕE:
(…)
68
2. Direito à Permanência de
Indígenas na Terra durante o
Processo de Demarcação
SÔNIA GUAJAJARA
(POVO GAJAJARA/MA)
71
[…].
*****
ELIANE POTIGUARA
(...)
*****
(…)
*****
*****
*****
*****
*****
*****
(…)
(…)
(…)
(...)
(...)
133
(…)
220. Portanto,
A CORTE
(…)
DECLARA:
E DISPÕE:
[…]
[…]
[...]
[...]
[…]
[...]
[...]
*****
153
*****
(...)
(...)
(…)
(…)
A CORTE
163
(...)
DECLARA,
(…)
(…)
E, DISPÕE
INDÍGENAS.”
JOÊNIA WAPICHANA
(POVO WAPICHANA/RR)
168
(…)
(…)
(…)
176
(Grifamos.)
7. Segurança denegada.
cer. Sobrou pouca coisa de pé. Nós queremos cuidar das árvo-
res, dos bichos, macaco. Se não tiver mato, bicho também não
tem. Lá tem macaco, terra boa para buscá-lo e fazer festa.”
*****
188
7. Segurança denegada.
*****
*****
3 Cf. https://cimi.org.br/2017/08/por-oito-zero-stf-reafirma-direitos-originarios-
dos-povos-indigenas/. Acesso em 14.Jan.2019.
197
Apesar dessa tese não ter sido o objeto central das referidas
ações, os ministros fizeram importantes ponderações concernentes
ao assunto. Houve também severas críticas quanto à utilização vin-
culatória das condicionantes do caso Raposa Serra do Sol (Pet
3388/RR) aos demais processos judiciais e administrativos em curso.
Penso que essa discussão não se coloca, aqui, por duas razões: a
primeira é que, no julgamento dos embargos de declara-
ção, naquela demanda em que eu mesmo fui relator, as-
sentou-se que os parâmetros ali estabelecidos somente se
aplicavam àquele caso. Em segundo lugar, nesse caso espe-
cífico que estamos debatendo, porque o parque indígena do
Xingu foi demarcado muito antes da vigência da Constituição
de 1988. Portanto, essa questão não se colocaria. (grifos nossos)
*****
*****
*****
(…)
*****
*****
(…)
Não foi por outra razão que o Ministro Ayres Britto, Relator da
Pet 3.388/RR, asseverou, ao censurar o cabimento de reclama-
ção análoga a que ora se examina (Rcl 8.070/MS), que “ação
popular não é meio processual de controle abstrato de normas,
nem se iguala a uma súmula vinculante”.
*****
*****
Não foi por outra razão que o Ministro Ayres Britto, Relator da
Pet 3.388/RR, asseverou, ao censurar o cabimento de reclama-
ção análoga à que ora se examina (Rcl 8.070/MS), que “ação
popular não é meio processual de controle abstrato de
normas, nem se iguala a uma súmula vinculante”.
*****
7. Segurança denegada.
*****
(...)
(...)
*****
217
*****
221
(…)
225
(…)
(...)
(…)
173. Portanto,
A Corte,
por unanimidade,
(…)
(...)
235
(...)
(...)
(...)
(...)
(...)
242. Portanto,
A CORTE,
DECLARA QUE:
Por unanimidade,
(…)
(…)
4 Cf. Caso da Comunidade Indígena Yakye Axa vs. Paraguai, § 137, nota 5;
Caso da Comunidade Indígena Sawhoyamaxa vs. Paraguai, § 118, nota 20, e
Caso do Povo Saramaka Vs. Suriname, § 88, nota 16.
244
(...)
(...)
(...)
246
(...)
(...)
(…)
(...)
(...)
(...)
(...)
250
337. Portanto,
A CORTE
(…)
DECLARA,
7. Esbulho Renitente
(...)
(...)
(…)
*****
*****
(…)
*****
*****
*****
270
(...)
(...)
b. A delimitação da terra;
(…)
(…)
273
*****
*****
Consideraciones de la Corte
LA CORTE
Por unanimidad,
DECLARA QUE,
CACIQUE SEATTLE
(POVO SUQUAMISH/EUA)
296
queles povos, como também sua riqueza ecológica, por ser ele um
berçário natural de distintas espécies. O Ibama, por sua vez, com-
provou que “a maioria das espécies reofílicas sofrerá grande impac-
to por ocasião do empreendimento com extinção local dessas popu-
lações”.
(…)
10 Idem ibidem.
310
(…)
“(…)
17 Idem, p. 419-420.
18 Idem, p. 420.
314
(…)
(…)
*****
82. Sua cultura é também muito parecida com a dos povos tri-
bais, já que os integrantes do povo Saramaka mantêm
uma forte relação espiritual com o território ancestral
que tradicionalmente usaram e ocuparam. A terra signi-
fica mais do que meramente uma fonte de subsistência
para eles; também é uma fonte necessária para a conti-
nuidade da vida e da identidade cultural dos membros
do povo Saramaka. As terras e os recursos do povo Sara-
maka formam parte de sua essência social, ancestral e
espiritual. Neste território, o povo Saramaka caça, pesca
e colhe, e coleta água, plantas para fins medicinais,
óleos, minerais e madeira. Os sítios sagrados estão dis-
tribuídos em todo o território, toda vez que o território
em si tem um valor sagrado para eles. Em especial, a iden-
335
(...)
(…)
(…)
339
(…)
are an integral and necessary part of the belief systems and li-
feway of Northwest California Indian peoples.' Accordingly,
the report recommended that the G-O road not be completed.19
This does not and cannot imply the incidental effects of go-
vernment programs, which may make it more difficult to prac-
tice certain religions but which have no tendency to coerce in-
dividuals into acting contrary to their religious beliefs, require
government to bring forward a compelling justification for its
otherwise lawful actions. The crucial word in the constitutio-
nal text is 'prohibit'.’For the Free Excercise Clause is written
in therms of what the government cannot do to the individual,
not in terms of what the individual can exact from the govern-
347
ment’. Sherbert [v. Verner, 374 U.S. 398 (1963)], at 412 (Dou-
glas, J., concurring).”20
Porém, o que fez célebre o leading case foi o voto vencido. Ele
partiu da visão religiosa dos próprios indígenas para demonstrar
que a religião está interligada com seu próprio modo de viver, e não
é tratado como algo separado. Ao se separar esses aspectos, força-se
os indígenas a entrar em conceitos não-indígenas:
For at least 200 years and probably much longer, the Yurok,
Karok, and Tolowa Indiana have held sacred an approximately
25—square-mile area of land situated in what is today the Blue
Creek Unit of Six Rivers Nacional Forest in northwestern Ca-
lifornia. As the Government readily concedes, regular visits to
this area, known to respondent Indians as the “high country”,
have played and continue to play a ''critical'' role in the religi-
ous practices and rituals of these Tribes. Those beliefs, only bri-
efly described in the Court's opinion, are crucial to a proper
understanding of respondents' claims.
20 Idem, p. 731.
348
21 Idem, p. 734.
349
22 Idem, p. 735.
23 Idem, 735/736.
352
I dissent.24
24 Idem, p.736/737.
354
9. Inadequação de Mandado de
Segurança para Tratar de Demarcação
de Terra Indígena
DAVI KOPENAWA
(POVO YANOMAMI/RR)
355
(...)
*****
*****
(…)
*****
*****
364
*****
(…)
*****
DANIEL MUNDURUKU
(POVO MUNDURUKU/PA)
371
(…)
*****
*****
*****
(POVO MUNDURUKU/PA)
379
26 Para melhor compreensão dos danos de UHE Belo Monte sobre a Volta
Grande do Xingu, ver vídeo produzido pela AYMÏX, Instituto Socioambiental
(ISA) e Universidade Federal do Pará (UFPA):
https://www.youtube.com/watch?v=fh1mwlwOzLw. Acesso em 16.Nov.2018.
380
[...]
terial e imaterial (CF, art. 216, caput, incisos I e II) pelo Pro-
grama de Aceleração Econômica do Poder Executivo Federal,
há de resultar, assim, dos comandos normativos dos arts. 3º,
incisos I a IV e 5º, caput e incisos XXXV e LXXVIII e respecti-
vo parágrafo 2º, c/c os arts. 170, incisos I a IX e 225, caput, e
231, § 3º, da Constituição da República Federativa do Brasil,
em decorrência dos tratados e convenções internacionais, neste
sentido, visando garantir a inviolabilidade do direito funda-
mental à sadia qualidade de vida, bem assim a defesa e preser-
vação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, em busca
do desenvolvimento sustentável para as presentes e futuras ge-
rações.
“(…)
(…)
................................................................................……………...
(…)
“Artigo 6º
Artigo 7º
(…)
(...)
III
(…)
(...)
IV
***
[…]
[…]
461
*****
[…]
*****
471
*****
*****
475
*****
*****
31 Corte IDH. Caso del Pueblo Saramaka vs. Surinam. Sentencia Serie C n. 172
del 28 de noviembre de 2007 (Excepciones Preliminares, Fondo, Reparaciones
y Costas). Disponível em:
485
<http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_172_esp.pdf>. Acesso
em: 1 ago. 2013.
486
[…]
(...)
(...)
(...)
(…)
(…)
***
(…)
B.10 Conclusão
(…)
(…)
(…)
(…)
b) Considerações da Corte
Pontos Resolutivos
341. Portanto,
517
A CORTE DECLARA:
(...)
(…)
E DISPÕE:
(…)
(…)
33 CORTE IDH. Caso Comunidade Garífuna de Ponta Pedra e seus membros vs.
Honduras. Sentencia Serie C n.. 302 de 5 de octubre de 2015 (Excepciones
Preliminares, Fondo, Reparaciones y Costas). Disponível em:
<http://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_304_esp.pdf>. Acesso
em: 17 mai. 2017.
520
173. Cabe señalar que, aún si el Estado habría probado que los
talleres de socialización o información anteriormente referidos
(supra párr. 93) efectivamente tuvieron lugar con la presencia
de los representantes legítimos de la Comunidad, este Tribu-
nal recuerda que la mera socialización con la Comuni-
dad o brindar información no necesariamente cumple
con los elementos mínimos de una consulta previa ade-
cuada, en la medida que no constituye un diálogo genui-
no como parte de un proceso de participación con miras
a alcanzar un acuerdo. (grifos nossos)
(…)
(iv) Reiteró que debe existir una consulta del proceso para rea-
lizar una consulta previa, pero que, en todo caso, esta última
opera en todas las fases del proyecto, obra o actividad, o ante
529
OLLANTAY ITZAMNÁ
(POVO QUECHUA/EQUADOR)
533
[…]
537
[…]
AIRTON KRENAK
(POVO KRENAK/MG)
543
(…)
(…)
547
Não lhes assiste razão. O mesmo art. 17, no item 3, dispõe que
“dever-se-á impedir que pessoas alheias a esses povos possam se
aproveitar dos costumes dos mesmos ou do desconhecimento
das leis por parte dos seus membros para se arrogarem a pro-
priedade, a posse ou o uso das terras a eles pertencentes”. E no
art. 18 complementa:
549
(...)
(...)
552
(…)
*****
Isso porque não se pode afirmar, nesta etapa inicial, que o en-
carceramento cautelar do paciente seja completamente despido
de justificativas.
*****
[...]
(…)
(...)
*****
*****
*****
******
*****
*****
ENCONTRAM-SE AMEAÇADOS”
JOÊNIA WAPICHANA
(POVO WAPICHANA/RR)
574
(...)
(…)
(…)
(…)
(…)
(…)
(…)
(…)
“(…)
(...)
*****
3. Sentença confirmada.
*****
*****
*****
*****
*****
B. Considerações da Corte
(…)
(…)
(…)
(…)
(…)
341. Portanto,
A CORTE DECLARA:
(…)
(…)
644
DAVI KOPENAWA
(POVO YANOMAMI/RR)
646
37 Cf. https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Pares%C3%AD#Morfologia_social
647
(..)
que uma certa atividade possa ser danosa, ela deve ser
evitada), exigindo-se, assim, na forma da lei, para insta-
lação de obra ou atividade potencialmente causadora de
significativa degradação do meio ambiente, estudo de
impacto ambiental, a que se dará publicidade (CF, art.
225, § 1º, IV).
(…)
*****
“[o]s governos deverão zelar para que, sempre que for possível,
sejam efetuados estudos junto aos povos interessados com