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FACULDADE DE TECNOLOGIA DE

SOROCABA

FATEC-SO

EIXOS

- TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA EM SISTEMAS ROTATIVOS

- DIMENSIONAMENTO DE EIXOS

- FORÇAS ATUANTES NOS EIXOS

CURSO: TECNOLOGIA MECÂNICA


MODALIDADE: PROJETOS

DISCIPLINA: CONSTRUÇÕES DE MÁQUINAS I

PROF. JOSÉ ANTONIO ESQUERDO LOPES


Prof. Esquerdo FATEC-SO 2005

PÁGINA

INTRODUÇÃO......................................................................................................................................................... 2

1. TRASNSMISSÃO DE POTÊNCIA EM SISTEMAS ROTATIVOS......................................................................... 2


1.1. POTÊNCIA........................................................................................................................................................ 2
1.2. SISTEMAS DE TRASNSMISSÃO..................................................................................................................... 2
1.3. ROTAÇÃO E TORQUE .................................................................................................................................... 3
1.4. RELAÇÃO DE TRASNSMISSÃO...................................................................................................................... 3
1.5. RENDIMENTO .................................................................................................................................................. 4
1.6. ROTAÇÃO EM MOTOR ASSÍNCRONO .......................................................................................................... 5
1.7. EXERCÍCIO .................................................................................................................................................. 5, 6

2. EIXOS .................................................................................................................................................................. 7
2.1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................. 7
2.2. MATERIAIS................................................................................................................................................... 7, 8
2.3. DIMENSIONAMENTO ................................................................................................................................ 9, 14
2.3.1. RIGIDEZ ................................................................................................................................................ 15, 16
2.4. CONCENTRAÇÃO DE TENSÕES , FADIGA ........................................................................................... 16, 28

3. FORÇAS TÍPICAS ATUANTES EM EIXOS ....................................................................................................... 29


3.1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 29
3.2. EIXO SUPORTANDO TRANSMISSÃO POR CORREIA ................................................................................ 29
3.3. EIXO SUPORTANDO TRANSMISSÃO POR CORRENTE............................................................................. 30
3.4. EIXO SUPORTANDO ENGRENAGENS CLINDRICAS DE DENTES RETOS ............................................... 31
3.5. EIXO SUPORTANDO ENGRENAGENS CLINDRICAS DE DENTES HELICOIDAIS..................................... 32
3.6. EIXO SUPORTANDO ENGRENAGENS CONICAS .................................................................................. 33,34
3.7. SISTEMA COM COROA E EIXO TIPO PARAFUSO SEM FIM ...................................................................... 35

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................................................................... 37

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INTRODUÇÃO:

Esta apostila se constitui em material didático para as aulas de teoria da disciplina


“Construção de Maquinas I”, do curso de Tecnologia Mecânica Modalidade Projetos, da Fatec-So.

Este material se resume na condensação de notas e tabelas / gráficos com os fatores de


concentração de tensões pesquisados por Jacobsen e Weigand, com o objetivo de proporcionar ao
aluno o material prático para consulta no desenvolvimento de projetos. É composta de 34 páginas e
está subdividida conforme segue:

1. Transmissão de potência em sistemas rotativos


2. Eixos
3. Forças atuantes nos eixos

1- TRANSMISSÃO DE POTÊNCIA EM SISTEMAS ROTATIVOS.

Vamos estudar parâmetros e relações matemáticas que nos servem de ferramentas, para
avaliarmos o que está agindo nos elementos componentes de máquinas e equipamentos, em termos
de esforços mecânicos e energia envolvida.

1.1 - POTÊNCIA: Define-se como o produto escalar entre força e velocidade:

N = POTÊNCIA [ kgf * m / s ]

N=F*V F = FORÇA [ kgf ]

(eq. 01) V = VELOCIDADE [ m / s ]

75 kgf * m / s = 1 C.V. = 736 Watts = 0.736 kWatts ( UNIDADES USUAIS )

1.2 - SISTEMAS DE TRANSMISSÃO:

Muitos equipamentos industriais são acionados por alguma fonte de potência. Essas fontes
geralmente fornecem parâmetros de potência (força e velocidade) inadequados aos tipos de serviços
executados.
Energia Trabalho

FONTE DE POTÊNCIA SISTEMA DE TRANSMISSÃO MÁQUINA ACIONADA

Exemplo: Motor elétrico Exemplo: Caixa de engrenagem Exemplo: Máquinas ferramentas


Motor à explosão Redutor Equipamentos
Turbina, etc. Câmbio, etc. Veículos

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1.3 - ROTAÇÃO E TORQUE:

São os elementos que quando aplicados a um movimento circular de diâmetro d qualquer,


nos fornece os parâmetros F e V da potência:

V = π d n /60 [ m / s ] ( eq. 02) MT V


d = Diâmetro [m] n
n = Rotação [ rpm ] F
MT = Torque [ kgf.m ] d/2

r = raio
d/2=r

F = MT / r = 2 . MT / d (eq. 03) substituindo eq. 02 e 03 em 01 temos:

N = 2 . MT . π . d . n [ C.V. ] ou MT = 716,2 . N [ kgf . m ]


d . 60. 75 n

1.4 - RELAÇÃO DE TRANSMISSÃO:

Em um para rotativo qualquer a relação de transmissão é o quociente da rotação da roda


motriz pela rotação da roda movida.

i = relação de transmissão = n1 / n2

n1 = rotação da roda motora


n2 = rotação da roda movida

RODA MOTRIZ 1

d1; n1; MT1

V
RODA MOVIDA 2
F
d2 ; n2; MT2
No ponto de contato V1 = V2

∴ V1 = π d1 n1 = V2 = π d2 n2
60 60

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∴ n1 = d2 = i = relação de transmissão
n2 d1

No ponto de contato F1 = F2

2 ⋅ M T1 2 ⋅ M T2
F1 = = F2 =
d1 d2

∴ d2 = MT2 = i = relação de transmissão


d1 MT1

1.5 - RENDIMENTO: (η)

É definido como sendo o quociente entre a potência útil pela potência fornecida em um
sistema qualquer.

NF = Potência fornecida NU = Potência útil


SISTEMA DE TRANSMISSÃO

ND = Potência dissipada

η = NU < 1 Exemplo: η = 0,95 ou 95%


NF O rendimento é sempre < 1

Se o sistema for subdividido ou composto por outros sistemas temos:

NF SISTEMA 1 SISTEMA 2 SISTEMA 3 SISTEMA n NU

η1 η2 η3 ηn

η total = NU = η1 . η2 . η3. ..... .ηn


NF

∴ η total = η1 . η2 . η3 . .... . ηn

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1.6 - ROTAÇÃO EM MOTOR ELÉTRICO ASSÍNCRONO: Da eletricidade temos:

nm = rotação do motor
f = freqüência da corrente elétrica
p = número de pólos do motor

nm = 120 . f
p

1.7- EXERCÍCIO DE APLICAÇÃO: Para o elevador de cargas esquematizado abaixo, determinar:

Potência nominal do motor: N


Relação de velocidade necessária ao redutor: i
Torque no eixo do motor: MTM
Torque no eixo do tambor de enrolamento do cabo: MTT

DADOS:
Carga a elevar G = 2000 kgf Rendimento no par de mancais ηm = 0,99
Velocidade de elevação V = 10m / minuto Rendimento cabo / tambor = ηcb = 0,95
Diâmetro do tambor-carretel DT = 250 mm Motor deverá ter 08 pólos p = 8 e f = 60 Hz
Rendimento do redutor ηR = 0,90

Acoplamento com freio


Motor

Redutor

Acoplamento Mancais

DT

Cabo

Velocidade V

Carga G

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Solução:

a) Potência do motor:

N= F.V [ C.V. ] F = G = 2000 kgf V = 10m/min = 10/60 m/s


75

Substituindo vem N = 4,44 C.V. esta é a potência útil = NU

Devemos determinar a potência que o motor precisa fornecer ao sistema: NF

NF = NU ηtotal = ηr . ηm . ηcb = 0,90 . 0,99 . 0,95 = 0,846


ηtotal
Substituindo vem NF = 5,24 C.V.

A potência fornecida é também chamada de potência necessária ao sistema, consultando um


catalogo de fabricante de motores, verificamos que o motor normalizado disponível mais próximo de
nossa necessidade é um motor de 6 ( seis ) C.V.

Portanto, a potência especificada para o motor é de 6 C.V. ( potência Instalada ou nominal )

b) Relação de velocidade do redutor: i

Para avaliarmos a relação de velocidade do redutor, necessitamos saber a rotação de entrada


e saída do redutor:

120 ⋅ f 120 ⋅ 60
( ne ) rotação de entrada = rotação do motor nm = = = 900 rpm (nomina )
p 8

Rotação real (dado extraído do catálogo do fabricante do motor ) 880 rpm (motor assíncrono)

( ns ) rotação de saída = rotação do eixo do tambor, da expressão V = π . DT . nT [m/min]

temos: nT = 10 = 12,73 rpm


π . 0,25

portanto i = ne / ns = 880 / 12,73 = 69,128 ; i = 1 : 69,128

c) Torque:

Nota: É usual como fator preventivo, no dimensionamento de alguns componentes como eixos,
acoplamentos, chavetas, etc., utilizar a potência instalada e desprezar as perdas; no nosso caso 6
C.V. , porém para alguns equipamentos esta opção pode ser exageradamente conservativa, cabe ao
projetista do equipamento avaliar.
DT/2
MTM = 716,2 . N = 716,2 . 6 = 4,88 kgf.m ou 4.880 kgf.mm Tambor
nm 880

MTT = i . MTM = 69,128 . 4,88 = 337,56 kgf.m ou 337.560 kgf.mm

MTT = G . DT = 2000 . 0,25 = 250 kgf.m ou 250.000 kgf.mm ( real ) G


2 2

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2 - EIXOS

2.1- INTRODUÇÃO:

Eixos são elementos de máquinas que suportam corpos e constituem o seu centro de rotação.
Geralmente apoiados em mancais, são elementos de ligação de sistemas e, por serem peças muito
solicitadas e normalmente vitais para um sistema, devem ter seu estudo, dimensionamento e escolha
dos materiais muito bem elaborados.
Denominamos eixos (simplesmente) peças que suportam elementos de máquinas em rotação
e são o centro de giro.
Denominamos eixos - árvore, os eixos que, além de suportarem elementos de máquinas em
rotação e serem o seu centro de giro, transmitem momentos torsores (torque), transferindo energia
entre os elementos a ele conectados.
São peças rotativas ou muitas vezes estacionárias usualmente de seções circulares, onde se
montam elementos como engrenagens, polias, rodas dentadas, etc. Estão geralmente sujeitos aos
esforços de flexão, torção, compressão, tração ou combinações destes. Podem ter em vista disto,
seções variáveis.

Existem normas de padronização dimensional para eixos:

DIN 114 - Diâmetro de eixos padronizados


DIN 112 - Rotações normalizadas
DIN 42943 - Pontas de eixos para máquinas elétricas

Naturalmente, quando o eixo precisa de abruptas mudanças de secção, temos dificuldades


em usar dimensões normalizadas; nestes casos, ligeiros desvios são aceitáveis. Além disto, quando
se determina a forma da variação da secção de um eixo devemos estar atentos aos pontos de
concentração de tensões.

2.2- MATERIAIS:

Os materiais a serem usados em eixos devem ser escolhidos de acordo com as


características de operação dos eixos. Devem possuir alta resistência mecânica, baixa sensibilidade à
concentração de tensões e boa usinabilidade. Podem ser fabricados de aço carbono ( 1025 a 1045
SAE/ABNT ) mais comumente, com tratamento térmicos de normalização ou tempera.
Uma maior resistência localizada nas pontas dos eixos pode ser conseguida endurecendo o
aço até 40 ou 50 RC.Para se conseguir melhores e mais adequados materiais, menores diâmetros e
acrescenta resistência ao desgaste nas pontas dos eixos, são usados aços carbonos ligados e
efetuados tratamento térmicos e termoquímicos. No entanto isso resulta em maior custo e em
maior sensibilidade à concentração de tensões, reduzindo um pouco o seu campo de aplicação.

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Resumidamente, podemos recomendar alguns aços mais comumente indicados para


aplicação em eixos:

ABNT / SAE 1020 e 1030 - Baixa solicitação - peças secundárias.


ABNT / SAE 1045 - Média solicitação - é o mais utilizado.
ABNT / SAE 4140 - Média solicitação ( Aço cromo - molibdênio )
ABNT / SAE 4320 - Média solicitação. ( Aço níquel - cromo- molibdênio)
ABNT / SAE 4340 - Alta solicitação. ( Aço níquel - cromo- molibdênio)
ABNT / SAE 8640 - Alta solicitação. ( Aço níquel - cromo- molibdênio)

A seguir tabela com a resistência mecânica dos materiais mais usados na construção de
eixos. (valores orientativos, valores exatos dependem da bitola da matéria prima e processo de
fabricação)*:

MATERIAL TRATAMENTO TENSÃO DE


RUPTURA
σR ( kgf / mm )
2
AISI / SAE TÉRMICO

1020 NORMALIZADO 40

1030 NORMALIZADO 50

1045 NORMALIZADO 63

1045 TEMPERA 75
TOTAL

4320 NORMALIZADO 65

4340 TEMPERA 160


TOTAL

8640 NORMALIZADO 70

8640 TEMPERA 125


TOTAL

* Para mais informações e outros materiais ver apostila: “Resistência mecânica dos materiais” da
disciplina Estática e Resistência dos Materiais I.

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2.3- DIMENSIONAMENTO:

Para dimensionamento de um eixo, ou seja , para a definição completa de seu projeto


devemos seguir à seguinte seqüência de ação:

a) Executar um layout (croqui), em escala, dos componentes envolvidos.

b) Definir as forças atuantes

c) Fazer esquema em perspectiva posicionando as forças encontradas. Salvo justificativa, na maioria


dos casos, o peso próprio pode ser desconsiderado, se o seu valor não afeta de maneira significativa
o dimensionamento.

d) Isolar o eixo que queremos analisar, definir as reações nos apoios, executar os diagramas de
momentos fletores e torsores. Deverá sempre ser considerado um modelo estrutural específico da
resistência dos materiais ( comumente viga bi-apoiada em apoios articulados). Na determinação dos
diagramas dos esforços solicitantes em planos verticais e horizontais, MFV e MFH (fletores)
normalmente tem valores distintos ao passo que os momentos MTV e MTH (torsores) são os mesmos e
simplesmente definidos por MT.

A B C D E

Consideremos o eixo esquematizado acima suportando três engrenagens e transmitindo


torque, admitamos seu carregamento conforme indicado abaixo:

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E R4H
MTD

D
MTC
F1H
C F4V R2V
MTB
B
C

A F2V F3V
R5A F2V
R3H

R1V

Calculam-se as reações nos apoios e efetuam-se os diagramas:

MFVC
MFeqC
E
D
PLANO
VERTICAL

MFhC

B
A

PLANO HORIZONTAL

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Para a secção crítica “C”, ou para as seções a serem analisadas calcula-se o momento fletor
equivalente:

Meqv. C = ( MfvC )2 + ( MfhC )2

Diagrama de torção:
Mt

Executar o dimensionamento, ou a verificação das dimensões considerando:

Pré-cálculo pela teoria da resistência dos Materiais, em função dos esforços determinados.
Podemos calcular a secção mais crítica ou fazer o cálculo para cada secção que nos interesse. Por
exemplo, num determinado eixo, que é escalonado, onde as seções aumentam ou diminuem,
podemos fazer em vários pontos, cálculos de diâmetros de eixos totalmente individuais, partindo MFH1
e MFv1, MFh2, MFh3 e MFv3 e encontrando d1, d2 e d3 para cada secção, sempre considerando também
os MT1, MT2, MT2, etc.
Vamos verificar que tipos de esforços que existem: se existem só fletores, se só existem
momentos torsores ou se existem momentos fletores e torsores simultâneos.

Caso tenhamos eixo onde só exista a flexão, defino a secção crítica ou as seções escolhidas
e nela haverá MF ou MFeq

temos σ = MFeq = tensão atuante (sigma)

W
W = π.d ≅ 0,1.d
3 3
W = módulo de resistência à flexão para eixos
32

para que o eixo resista é necessário: σ≤ σ e σ = σR σR = tensão de ruptura do material


s
σ = tensão admissível do material
3 s = coeficiente de segurança
ou então: MFeqv
d =
0,1. σ

Caso tenhamos um eixo onde só exista a torção temos o MT (geralmente constante ao longo
do eixo ) e no caso dos planos horizontal e vertical MTH = MTV = MT

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τ = tensão atuante = MT W T = módulo de resistência à torção W T = π.d = 0,2. d


3 3

WT 16

Para que o eixo resista é necessário: τ ≤ τ e τ = τR τR = tensão de ruptura do material


s
τ = tensão admissível do material
3
ou então: MT s = coeficiente de segurança
d =
0,2 . τ τR ≅ 0,5 σR (para aços )
τ = (táu)

Caso o eixo esteja solicitado à flexão e torção simultaneamente, ou seja à flexo-torção,


necessitamos ter em mãos os valores de MF ou MFeqv e MT. Além disso temos que pensar agora na
influência da variação das cargas e consequentemente na variação das tensões e sua influência no
momento fletor e torsor. Podemos ter uma tensão constante no tempo, pulsante ou alternada;
conseqüência da forma de atuação do carregamento.

Tensão constante (carregamento tipo I) Tensão pulsante (carregamento tipo II)

σ ou τ σ ou τ

tempo tempo

Tensão alternada (carregamento tipo III)

σ ou τ

tempo

O critério que vamos adotar para o dimensionamento de eixos à flexo-torção na FATEC-SO é


o critério de Dobrovolski. Esse critério é ligeiramente conservativo e seus coeficientes para cálculo
das tensões admissíveis já levam em consideração o aspecto de carregamento alternado e é a base

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para um pré-dimensionamento do eixo. À medida que a geometria do eixo vai sendo definida de
maneira mais clara pelo projetista, deve-se fazer verificações adicionais comprobatórias das seções
críticas, levando-se em consideração os aspectos específicos de concentrações de tensões e fadiga,
porém normalmente as dimensões definidas por Dobrovolski atendem a maioria das aplicações.

Diagrama típico de ruptura por fadiga do aço


σR

≅ 0,4.σR

tensão admissível de Dobrovolski ≅ 0,1σR

6 9
10 a 10 ciclos N= n° de ciclos

O critério de Dobrovolski se baseia na expressão de dimensionamento por flexão, acrescido


de um conceito de combinação do MF com o MT, este conceito nos proporciona um momento fictício
chamado de momento ideal ou combinado, e o efeito de carregamento diferente é corrigido pelo fator
α , conforme a seguir:

Mf 2 eqv + (α × Mt )
2
d= 3
0,1× σ flexao

O fator α é o fator de relação entre as tensões provocadas por diferentes tipos de carregamentos.

tensão admissível p/ o caso de carregamento da Flexão


α=
tensão admissível p/ o caso de carregamento a Torção

Exemplos :

• Se as tensões da flexão variarem de acordo com o caso I e as da torção variarem de acordo com o
caso II, teremos:

σI
α =
σ II

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• Se as tensões da flexão variarem de acordo com o caso II e as da torção variarem de acordo com
o caso III, então:

σII
α=
σIII

Na maioria dos casos temos o clássico:


σIII
α=
σI
Porque quase sempre as tensões da flexão variam de acordo com o caso III e as da torção variam de
acordo com o caso I.

Sabemos que existem valores empíricos de uma correlação matemática obtida por pesquisa
experimental, que vale:

σIII σII σ τIII τ τ


= = I e = II = I
1,0 1,7 3,8 1,0 1,7 3,8

Portanto, considerando o exemplo anterior, teríamos:

σI 3,8
se α= →α= = 2,24
σII 1,7

σIII 1
se α= →α= = 0,263
σi 3,8

α = 1 para momento fletor e momento torsor sujeitos ao mesmo tipo de carregamento.

Para o dimensionamento de eixos vamos usar como ponto de partida para o cálculo das
tensões admissíveis a seguinte relação:
σI = 0,333 × σ ruptura

Terminado o pré-cálculo em função dos esforços, continuaremos a seqüência do


dimensionamento partindo para:

2.3.1 - Verificação da rigidez:

2.3.1.1 - Rigidez à flexão

Em função da elasticidade do material os eixos se deformam pela flexão; estas deformações


são avaliadas pelos deslocamentos da linha elástica e rotação das seções. A determinação da
grandeza destas deformações se faz com os princípios da elasticidade e teorias conhecidas no curso
de Resistência dos Materiais.

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Com a finalidade de simplificar os cálculos em caso de eixos escalonados (vários segmentos


com diâmetros variados) prescinde-se de cálculo mais exato substituindo este eixo por um de
diâmetro constante e com rigidez equivalente.
Os limites aceitáveis das deformações variam em função da aplicação específica dos eixos, e
pode ser definida em normas específicas ou especificações técnicas por um bom desempenho.
Citamos como exemplo o caso de eixos que suportam engrenagens, estas deformações quando
grandes, alteram a eficiência de um engrenamento. E para estes eixos, salvo outra exigência, pode-se
assumir como aceitáveis os seguintes valores para de formação:

f = flecha admissível
f < 0,0002
L = distância entre os apoios
ϕ = rotação admissível da secção
ϕ = 0,001 radiano para mancal plano
ϕ = 0,008 radiano para rolamento radial de esfera
ϕ = 0,05 radiano para rolamento autocompensador

2.3.1.2 - Rigidez à torção

É avaliada pelo cálculo do ângulo θ. No caso de eixos com vários seguimentos de diâmetros e
comprimentos diferentes e torques eventualmente diferentes para cada segmento se avalia em θ
específicos. Sendo a deformação total:

n
Mti × Li
θ= ∑ G× J
i=1 pi

θ = ângulo de torção
MTi = momento torsor
Li = comprimento do segmento i
G = módulo de elasticidade transversal do material
JPI = momento polar de inércia do segmento i
i = primeiro segmento
n = último segmento

Salvo outro limite especificado podem em geral adotar-se θ = 0,25 a 0,35 graus / metro

2.3.1.3 - Rigidez à vibração lateral e rotação crítica

O eixo, ao girar sob condição da flecha ƒ e de uma massa m da roda e do eixo; fica sujeito à
força centrífuga.

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Deslocamento f

FC

Com o aumento da rotação do eixo, aumenta a força centrífuga, dependendo da rigidez do


eixo a flecha aumenta com mais ou menos intensidade, podendo para certas velocidades, provocar
com o acréscimo nos níveis de tensão a ruptura do eixo. A rotação que pode dar início à tal fenômeno
chamado de ressonância é a rotação crítica dada pela expressão:

1
n crit ≅ 300
f

A rotação de trabalho de um eixo próximo da rotação crítica, deve situar-se em um intervalo


de segurança em função da rotação crítica que varia da ordem de :

0,7n crit < n trabalho < 1,3n crit

2.4.- Verificação quanto a concentração de tensão (caso as solicitações estejam sujeitas a fadiga).

Fadiga é o efeito a que está submetido o material de uma peça que sofre variação de tensão
ao longo do tempo; sob essa condição a resistência do material diminui.

σ
σmáx

σm

σmin.
tempo

σ max + σ min
σm = tensão média =
2

σ max − σ min
σa = tensão alternada =
2

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• Para o carregamento tipo I (tensão constante) tem-se σmin = σmax = σm e σa = 0


σ max σ max
• Para o carregamento tipo II (tensão pulsante) tem-se σmin = 0 , σ m = e σa =
2 2
• Para o carregamento tipo III (tensão alternada) tem-se σ max = σ min , σ m = 0 e σ a = σ max

As tensões mais importantes para o fenômeno de fadiga são σm e σa.


As tensões que produzem a fadiga podem ser de tração, compressão, cisalhamento, flexão e
torção, ou ainda, a combinação desses efeitos.

Curva de Fadiga

O ensaio até a ruptura de corpos de prova submetidos à flexão alternada nos mostra que o
número de ciclos que conseguimos aplicar varia em função do valor de carregamento (tensão)
aplicado.

log σ
σr log σ ′f = − m log N + b

σfo

3
10 Nfo log N

σr = Tensão de ruptura

σfo = Tensão em que ocorre a ruptura por fadiga no corpo de prova

N = Número de ciclos aplicados (rotações)


σ ′f = Tensão limite de fadiga para N ciclos

Outra conclusão importante é que para abaixo de certo nível de carregamento (tensão) o
corpo de prova não rompe qualquer que seja o número de ciclos.

Na falta de informações mais exatas podemos usar para aços : σf0 = (0,4 a0,5) σr
6 9
Nf0 = 10 a 10

Para peças que não atingirão um número de ciclos elevado, podemos trabalhar com tensões
maiores, porém se atingirmos Nfo a peça romperá.
6
Supondo Nf0 = 10 ;

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A ) Para o trecho entre 10 3 ≤ N ≤ 10 6

10 b 1 0,9σ,
logσ ′f = −mlogN + b ∴ σ ′f = Sendo : m= log
Nm 3 σ f0

b = log
(0,9σ, )2
σ f0

B ) Se N<103 σ f0 = σr

Fatores que influenciam a fadiga: o nível de tensão que provoca a fadiga é afetado por uma
série de fatores, com base nesses fatores corrigimos o valor de tensão de fadiga à ser admitida para o
projeto:

σ f = tensão de fadiga corrigida

σ f = Ka ⋅ Kb ⋅ Kc ⋅ Kd ⋅ Ke ⋅ Kf ⋅ σ f0

Ka = fator de acabamento superficial (ver tabela)


Kb = fator tamanho (ver tabela)
Kc = fator confiabilidade (ver tabela)
344,4
Kd = fator temperatura (Kd = 1 para T< 71°C para T ≥ 71°C: Kd = )
273,3 + T
1
Ke = fator concentração de tensões Ke =
1 + q(Kt − 1)
Kt = fator teórico de concentração de tensões (ver tabelas)
q = coeficiente de sensibilidade do aço (ver tabela)
Kf = outros fatores: a) tensões residuais
b) processo de produção do material (laminação, forjamento, etc.)
c) tratamento superficial
d) corrosão
e) revestimentos metálicos
f) elementos fixados sob ajustes com interferência
Na falta de informações específicas do material podemos considerar σ f0:

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Material À Tração À Flexão À Torção

Aço carbono 0,32σr 0,4σr 0,25σr


Aço fundido 0,26σr 0,4σr 0,2σr
Fo.Fo. cinzento 0,25σr 0,5σr 0,38σr
Fo.Fo. maleável 0,28σr 0,4σr 0,26σr

σf
A tensão admissível à fadiga: σf =
s

s = coeficiente de segurança adotado


s = 1,5 para choque leves (exemplo: máquinas elétricas)
s = 1,9 para choque médios (exemplo: máquinas operatrizes, máquinas ferramentas, equipamentos)
s = 1,9 à 2,5 para para choque fortes (exemplo: prensas)
s = 2,5 à 3,5 para choques muito fortes (exemplo: laminadores)
Se quisermos saber o coeficiente de segurança à flexo-torção de uma peça conhecendo-se
as tensões atuantes podemos calcular:

Ct ⋅ Cf 1 1
C= sendo Cf = e Ct =
Cf 2 + Ct 2 σm σa τm τa
+ +
σe σf τe τ f

Para MF → III → σm = 0
Para MT → I → τa = 0
σe = tensão de escoamento do material

A seguir, veremos as tabela e gráficos que nos fornecem os coeficientes obtidos


experimentalmente sobre concentrações de tensões.

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Ka = fator de acabamento superficial

Kb = fator tamanho

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q = coeficiente de sensibilidade do aço

Kc = fator confiabilidade

0,5 0,60 0,70 0,80 0,90 0,91 0,92 0,93 0,95 0,95 0,96 0,97 0,98 0,99
C 0
Kc 1,0 0,98 0,96 0,93 0,9 0,89 0,89 0,88 0,88 0,87 0,86 0,85 0,84 0,81
0

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Kt = fator de teórico de concentração de tensões para eixos em flexão

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Kt = fator teórico de concentração de tensões para eixos em torção

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Kt = fator teórico de concentração de tensões para eixos chavetados

torção

À flexão

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Kt = fator teórico de concentração de tensões para eixos tracionados

Fórmulas para calcular o módulo de resistência líquido para seções dos eixos considerando
as perdas dos rasgos para chavetas, etc.

Alguns exemplos considerando os efeitos de fadiga:

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5
1. Determinar a tensão limite de fadiga para N = 10 ciclos para um material de σr = 80 Kgf / mm2 e
6
Nf0 = 10 .

10 b 1 0,9σ, 1 0,9 ⋅ 80
σ ′f = Usando σf0 = 0,4 σr = 0,4 ⋅ 80 = 32 m= log = log = 0,117
Nm 3 σ f0 3 32

b = log
(0,9σ, )2 = log
(0,9 ⋅ 80 )2 = 2,21
σ f0 32

10 2,21
σ ′f = = 42,23kgf/m m 2 este é o valor limite da tensão de fadiga para
(10 )
Portanto: N=
6 0,117
5
10 ciclos.

2. Para o eixo abaixo, considerando o carregamento, os diagramas de esforços indicados, os efeitos


de fadiga e concentração de tensões, determinar os coeficientes de segurança sabendo-se que o
material tem σr = 100 kgf / mm
2

500kg d1 = 56
6
r = 3,5 200kg d2 = 40

secção 1 sec. 2
400kg 300kg

100 100 200 100 100

MF

MF1=400.000 kgf.mm

MF2= 800.000
MT
MT=100.000

Cálculo das tensões atuantes nas seções críticas 1 e 2 :

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Secção 1 só flexão (III)

40.000
σ= = ±6,25Kgf/mm 2
0,1⋅ 40 3

Secção 2 flexão (III) torção (I)

Usando o critério de Dobrovolski e com α = 0,26, temos:

80.000 2 + (0,26 ⋅ 100.000 )


2
σ= = 6,74kgf/mm 2
0,1⋅ 50 3

80.000
σ= = 6,4kgf/mm 2 só flexão
0,1⋅ 40 3

100.000
τ= = 4kgf/mm 2 só torção
0,2 ⋅ 50 3

Cálculo das tensões de fadiga corrigida pelos fatores de concentração de tensões e fadiga,

usando-se as tabelas e gráficos dos fatores, considerando acabamento polido, temperatura ≤71°C,
σe =70 kgf/mm2 e confiabilidade de 0,99, temos:

para secção 1 d1 = 40mm

Ka = 0,88 D/d = 56/40 = 1,4

Kb = 0,87 r/d = 3,5/40 = 0,09 → Kt = 1,78 → q = 0,82 →Ke = 0,82


Kc = 0,81
Kd = 1

σf = 0,88 ⋅ 0,87 ⋅ 0,81⋅ 0,61⋅ 1⋅ 0,4 ⋅ 100 = 15,2kgf/mm 2

Para a secção 2

Ka = 0,88 ρ=2 t=6


Kb = 0,82
Kc = 0,81
Kd = 1

Ke torção → kt = 2,6 → q = 0,88 → ket = 0,41

Ke flexão → kt = 1,28 → q= 0,7 → ket = 0,83

σf = 0,88 ⋅ 0,82 ⋅ 0,81⋅ 1⋅ 0,83 ⋅ 0,4 ⋅ 100 = 19,44kgf/m m 2

Para o efeito de torção que segue o carregamento tipo I, não há fadiga porém vamos
considerar o coeficiente Ket=0,41 para concentração de tensão devido o rasgo da chaveta,
majorando a tensão τ calculada:

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1
τm = 4,0 ⋅ = 9,75
0,41

Cálculo dos coeficientes de segurança:

Para a secção 1 ( só flexão)

1 1
Cf = = = 2,43
σm σa 0 6,25
+ +
σe σf 70 15,2

Para a secção 2 flexo-torção

1 1 1
Cf = = 3,04 Ct = = = 3,59 τa = 0(I)
0 6,4 τm τa 9,75
+ +
70 19,44 τe τf 35

τ e = 0,5 ⋅ σe

Ct ⋅ Cf 3,59 ⋅ 3,04
C= = = 2,3
Cf + Ct
2 2
3,04 2 + 3,59 2

Portanto como conclusão, temos que o menor coeficiente de segurança para o eixo ocorre na
secção 2 à flexo-torção e vale 2,3.

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3- FORÇAS TÍPICAS ATUANTES NOS EIXOS.

3.1-INTRODUÇÃO:

As forças que atuam nos eixos podem ter as mais variadas origens dependendo da finalidade do eixo
ou do equipamento; vamos abordar aqui os casos mais comuns sendo que outros casos que possam
surgir devem ser interpretados e diagnosticados pelo tecnólogo tendo por base os princípios de que
todas as forças que surjam ações ou reações devem ser absorvidas pelo eixo e transmitidas aos
mancais.

3.2-EIXO SUPORTANDO TRANSMISSÃO COM CORREIAS:

No contato da correia com a polia, para que haja a transmissão da energia mecânica é necessário
aderência entre ambas, e isto é obtido através do atrito e de força inicial de esticamento (F0). Com a
atuação desta força é possível pelo conjunto polias correia transmitir a energia, e isto se faz através
da força de transmissão Ft à uma certa velocidade.
FT

MT1
F0
F0 2
1
R R
2.Mt
DP1 F0 F0 Dp2 Ft =
Dp1

F0 é recomendado = FT para correias planas R=força resultante assumida para o eixo:


R =2.FT para correia plana
F0 é recomendado = 0,75.FT para correias “V”
R =1,5.FT para correia “V”

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3.3 - EIXO SUPORTANDO TRANSMISSÃO COM CORRENTE:

Para transmissão mecânica por corrente e roda dentada não há necessidade da força
adicional de esticamento ( para grandes transmissões em o peso atua de maneira significativa pode
haver necessidade de força adicional para compensar o efeito catenária ) pois a transmissão ocorre
por contato direto entre o rolo da corrente e a roda dentada. Para o cálculo da força resultante no eixo
leva-se em consideração a força de transmissão majorada por um fator de choque “ f ”:

R = f ⋅ Ft

Condição de Fator f
funcionamento
cargas uniformes 1,0
cargas c/ 1,2
choques
moderados
cargas c/ 1,4
choques severos
cargas reversas 1,5

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3.4- EIXOS SUPORTANDO ENGRENAGENS DE DENTES RETOS:

A força de ação básica num par de engrenagens é a força normal “Fn” que atua normal à
tangente no ponto de contado de dois dentes engrenados, essa força é decomposta em componentes
chamada força radial “Fr” e força tangencial “Ft” em função do angulo de pressão θ das engrenagens.

Mt Ft
Ft = 2 Fn = Fr = Ft ⋅ tangθ
Dp cosθ

Dp = diâmetro primitivo da engrenagem


Mt = torque no eixo da engrenagem considerada

Um eixo que suporta engrenagem motriz recebe como cargas atuantes as reações às forças Fr e Ft.
Um eixo que suporta engrenagem movida recebe como cargas atuantes as ações das forças Fr e Ft.

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3.5- EIXOS SUPORTANDO ENGRENAGENS DE DENTES HELICOIDAIS:

Nestes casos o dente tem a inclinação da hélice fazendo surgir além das Fr e Ft vistas no
caso anterior a força axial “Fa”:

tangθ
Fa = Ft ⋅ tangβ Fr = Ft β = angulo de inclinação da hélice
cosβ

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3.6 - EIXOS SUPORTANDO ENGRENAGENS CÔNICAS:

Nestes casos as forças Ft, Fr e Fa dependem da forma do dente:

À seguir exemplos de montagem:

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3.7-SISTEMA COM COROA E PARAFUSO ROSCA SEM FIM:

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BIBLIOGRAFIA:

ELEMENTOS DE MÁQUINAS -NIEMANN GUSTAV

ELEMENTOS ORGÂNICOS DE MÁQUINAS- FAIRES VIRGIL

MECHANICAL ENGINEERING DESIGN - SHIGLEY JOSEPH

ENGRENAGENS - STIPKOVIC F. MARCO

STRENGHT OF MATERIALS - TIMOSHENKO S.

APARATOS DE ELEVACION E TRANSPORTE - ERNEST

INGENIERIA DE DISEÑO- ORLOF

ORGÃOS DE MÁQUINAS - CARVALHO JOSÉ RODRIGUES

DESIGN OF MACHINE ELEMENTS - SPOTTS M. F.

ELEMENTOS E ORGÃOS DE MÁQUINAS - COLEÇÃO SHAUM

CINEMÁTICA DOS MECANISMOS - SHIGLEY JOSEPH

DISEGNO DI MACHINE - SPELUZZI E TESSAROTTO

MACHINERY’S HANDBOOK - OBERG E JONES

ROSCAS E PARAFUSOS - OLIVEIRAN. C. GILDE

DESENHO DE MÁQUINAS - KWAYSSER EMIL

MACHINE DESIGN - BLACK PAUL H.

PRACTICAL GEAR DESIGN - DUDLEY DALDLEY

DESIGN OF MACHINE MEMBERS - DOUGHTIE VENTON

RESISTENCIA DOS MATERIAIS - VLADIMIR ARRIVABENE

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