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Este artigo parte de uma discussão relacionando os autores Vygostky , Piaget , Bittencourt
e Mara, onde irei analisar o contexto da trajetória da História como disciplina e a apartir
disso relacioná-la com a perspectiva de cada autor mediante ao assunto discutido durante
o desenvolvimento deste artigo.
RESUMO: Este artigo tem como objetivo relacionar a trajetória da história como
disciplina visando relacionar a mudança de seu objetivo como matéria com a
problemática de desenvolver um senso crítico no aluno a partir da escola.
Essa história do Brasil enfrentou outros problemas, sendo objeto de disputa entre os
intelectuais e pela sua falta de nacionalismo. Nesta fase só eram considerados cidadãos os
afalbetizados e os que sabiam escrever ,com isso surge a obrigatoriedade do ensino da
História Nacional em diferentes currículos escolares e esse ensino tinha como objetivo
situar o Brasil no mundo civilizado. Após isso, os historiadores começaram a pesquisar
nos fatos nacionais possíveis "heróis" da pátria para enaltecer o espírito de Amor à Pátria
e a Nação, neste momento que grandes figuras históricas como Tiradentes foram postas
nos papéis que contavam a História do País.
Analisando este contexto nos dado por Circe, é possível perceber a partir de Vygotsky
que o Estado utilizou maneiras de mediar as informações que seriam ensinadas no
currículo escolar brasileiro. Segundo Vygostky essa mediação é feita através do
instrumennto e do signo. O instrumento tem função de regular as ações sobre os objetos.
Provocador de mudanças externas, pois amplia a possibildade de intervenção na natureza
e o signo regula as ações sobre o psiquismo das pessoas, serve para solucionar um dado
problema psicológico (lembrar, comparar coisas, relatar, escolher,etc.). Com o auxílio dos
signos o homem é capaz de controlar voluntariamente sua atividade psicológica e ampliar
sua capacidade de atenção, memória e acúmulo de informações.
A linguagem utilizada então nesse processo de formação do jovem, é outro aspecto que
Vygotsky dá suma importância. A linguagem é um sistema simbólico fundamental em
todos os grupos humanos , elaborado no curso da história social e que segundo Vygostky
causou três mudanças essenciais nos processos psíquicos do homem. A primeira permite
lidar com os objetos do mundo exterior mesmo quando estão ausentes - compreensão do
fato mesmo não tendo vivenciado ele. A segunda nos diz que através da linguagem é
possível analisar, abstrair e generalizar ás características dos eventos, objetos, situações
presentes na realidade. E a terceira afirma que a linguagem tem função de comunicação
entre os homens que garante, como consequência, a preservação, transmissão e
assimilação de informações a experiências pela humanidade ao longo da história. fornece
significados precisos para a comunicação entre os homens. E apartir dessas mudanças
fornecidas pela linguagem transmitida na história, o Estado é capaz de modelar e
transmitir as informações que serão passadas para esse jovem através da escola.
Outro aspecto da analíse de Circe que deve ser chamada a atenção, é a questão da
temporalidade em que os fatos históricos são narrados ao longo do desenvolvimento da
matéria.
"...não se pode falar de um tempo histórico único, mas de tempos históricos plurais, como
são plurais as sociedades; não se pode falar de um tempo histórico homogênio, pois as
sociedades são heterogêneas; não se pode falar de um tempo linear, pois as mudamças,
quando não reduzidas ao número, não têm direção dada antecipadamente, e as sociedades
se relacionam, diferentemente, em cada época, ao seu próprio passado e ao seu futuro. (Reis,
1994)"
Lana Mara nos fala que a cronologia embora essencial, só adquire valor quando
relacionada a uma cadeia de relações que lhe imprime sentido. A evolução da história
como matéria nos mostra as mudanças sofridas em relação á forma que os fatos são
cronoligicamente narrados, um exemplo disso é ordem cronológica passada pela História
Sagrada (que narrava os acontecimentos em ordem histórica contidos na bíblia). Após
várias mudanças ocorridas na matéria, a história deixa de ser uma narração cronológica e
passa a ser uma história-problema que visa à elaboração de um exame analítico de um
problema, ou de questões que podem se apresentar em diferentes periodos, ou seja, o
objeto central da história deixa de ser o estudo do passado para ser o estudo da relação
entre presente e passado, nas suas relações de continuidade e mudanças. Isso nos mostra
que o sentido dado ao tempo não se referencia apenas aos eventos de ordem política
institucional.A partir disso, Le Goff nos dirá que cabe fazer desse dado,o vivido cotidiano
da História, um objeto científico.
" No seio do cotidiano há uma realidade que se manifesta de forma completamente diferente
do que acontece nas outras perpectivas da História: a memória. A grande História do
cotidiano revela-nos o sentimento daquilo que muda, bem como daquilo que permanece, a
Lana nos diz que pensar historicamente supõe a capacidade de identificar e explicar
permanências e rupturas entre o presente/passado e futuro. Ao entender tudo isso que foi
discutido e citado até o momento, a questão deixada é como passar tais perpectivas para o
jovem e como desenvolver nele um pensamento mais crítico? Jean Piaget nos diz que
para que esse desenvolvimento se realize é que, no ambiente escolar, sejam oferecidas
aos alunos situações de ensino-aprendizagem adequadas.
Piaget afirma que as chaves do desenvolvimento são a própria ação do sujeito e o modo
pelo qual isto se se converte num processo de construção interna. O autor explica tais
processos de desenvolvimento e aprendizagem, atráves dos conceitos de assimilação,
acomodação e adaptação.
O método proposto por Piaget é teoricamente muito satisfatório, mas na prática é difícil
observar cada aluno e planejar atividades diferentes em relação ao nível de
desenvolvimento de cada um, pois , o tempo e o metódo didático dado pelo professor é
bastante limitado devido á grade curricular que lhe é dada. Por conta disso, a matéria é
dada de forma rápida para cumprir o tempo e os assuntos que lhe foi dado, com isso, o
aluno vê de forma resumida e breve tal conteúdo não tendo tempo para assimilar e
questionar quaisquer informações que lhe foram passadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Dessa forma, a função da História enquanto matéria foi se renovando ao longo das
mudanças que ocorreram na sociedade e é possível perceber como os contextos históricos
influenciaram na trajetória da História como disciplina escolar, e passando por diversas
modificações em seu objetivo como matéria, além de que a questão sobre como
desenvolver no aluno uma percepção mais crítica em relação ao seu redor ainda continua,
não sem resposta , mas sim sem modo de aplicá-la.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA