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COMPORTAMENTO
r
I
Obra publicada
com a aprovação da
U N IV E R S ID A D E DE S A O P A U I O
Comissão Editorial:
Striefel, Sebastian.
S911c Como ensinar uma criança a imitar: manual
para o desenvolvimento de habilidades motoras em
crianças retardadas |tradução: Suzana Behmer
Cardosoj São Paulo, EPU, 1975.
ilust.
Bibliografia.
MANIPULAÇÃO DE
COMPORTAMENTO
PARTE 6
Código 63026
© E.P.U. — Editora Pedagógica e Universitária Ltda., São Paulo, 1975.
Todos os direitos reservados. Interdito qualquer tipo de reprodução, mesmo
de partes deste livro, sem a permissão, por escrito, dos editores. Aos infrato
res se aplicam as sanções previstas na Lei (artigos 122-130 da Lei 5.988, de
14 de dezembro de 1973).
E.P.U. — Praça Dom José Gaspar, 106 — 3? andar — caixa postal 7509 —
01.000 São Paulo, Brasil.
Impresso no Brasil Printed in Brazil
índice
Preâmbulo .................................................................................... XV
Prefácio ........................................................................................XVII
I. Introdução ......................................................................... 1
A Imitação e sua Im portância.......................................... 1
Objetivo deste Programa .................................................. 2
Quem pode usar o Programa .......................................... 3
Motivação da Equipe ...................................................... 3
Fluxogramas ..................................................................... 3
Informações sobre os Antecedentes da C riança............... 4
Ambiente, Sessões e Registro de Dados ....................... 6
Perguntas de R evisão......................................................... 6
IX
Materiais Necessários ........................................................ 20
Definições dos Comportamentos ...................................... 20
Reforçamento ................................................................... 20
Critério ............................................................................. 21
Procedimento ..................................................................... 21
Como Estabelecer o Comportamento de S e n ta r............ 24
Como Estabelecer Contacto Visual ............................... 26
Como Estabelecer o Comportamento das Mãos no Colo
Como Estabelecer o Comportamento de Olhar para
Objetos ............................................................................. 28
Eliminação de Comportamentos Inadequados ............... 28
Perguntas de Revisão ...................................................... 29
X
Tentativas de Revisão ...................................................... 54
Outros Testes ....... .................................................. .......... 55
Perguntas de Revisão ..................... ................................. 58
Referências ................................................................................. 75
Referências Suplementares ......................................................... 77
XI
Figuras e Tabelas
XIII
Figura 10. Divisão em passos do comportamento de “apontar
para a orelha” ......................................................... 57
Tabela 7. Folha de coleta de d a d o s ...................................... 59
Figura 11. Fluxograma da seqüência de teste ........................ 62
Figura 12. Fluxograma do procedimento de tentativas de
treinamento ............................................................. 64
Figura 13. Fluxograma do procedimento de orientação . . . . 65
Figura 14. Fluxograma do procedimento de seqüência alter
nativa ....................................................................... 68
Figura 15. Exemplo de gráfico do número total de compor
tamentos aprendidos .............................................. 69
Figura 16. Exemplo de gráfico do número de tentativas ne
cessárias para atingir o critério para cada com
portamento ............................................................. 70
XIV
Preâmbulo
XV
F
I
Prefácio
XVII
O autor expressa seus agradecimentos a Dieter H. Eberl e David
L. Gast por sua ajuda do desenvolvimento do programa e na coleta
dos dados da pesquisa. Agradece também ao Dr. Joseph Spradlin,
principal pesquisador da bolsa 00870 e à equipe Title I do Parsons
State Hospital por terem ajudado a testar o programa. Agradeci
mentos também sfto devidos às seguintes pessoas por seus comentá
rios relativos a este manuscrito: Dr. Robert Fulton, Dr. Lois Dixon,
Don Horner, Dr. Paul Smeets, Janet Striefel, Dr. Xngo Keilitz e Dr.
Joseph Carrier.
xvm
I; Introdução
1
necessidade da aprendizagem por tentativa e erro. A aprendizagem
por imitação exige muito menos tempo e produz muito menos res
postas “emocionais” do que a aprendizagem por tentativa e erro.
Por exemplo, servir-se numa “cafeteria” 1 pela primeira vez pode
ser uma experiência penosa se não houver ninguém à sua frente
para ser imitado.
A maioria das crianças ao atingir seis ou sete anos de idade
já adquiriram milhares de comportamentos. Tentar ensinar todos
estes comportamentos (um de cada vez) a crianças autistas ou
retardadas que não imitam, levaria muito tempo e a criança prova
velmente não iria adquirir mais do que as habilidades básicas.
Além disso, a não ser que a criança aprenda a imitar, será
praticamente impossível ensiná-la a falar. O treino de linguagem
com uma criança que não imita é, quando muito, um processo lento
em comparação com o treino de outra que sabe imitar. A combi
nação da imitação e da compreensão ajuda a criança a aprender a
usar a linguagem em situações sociais. Ê através da imitação que
a criança aumenta suas habilidades verbais e não-verbais em situa
ções novas. Recomendamos às pessoas interessadas em maiores
detalhes sobre a imitação, seus usos, limitações e métodos de trei
namento já usados, os trabalhos de Peterson (1968); Baer, Peterson
e Sherman (1967); Metz (1965); Sherman (1971) e ainda Ham-
blin, Buckholdt, Ferritor, Kozloff e Blackwell (1971).
2
auxiliar instrutores inexperientes no uso da tecnologia do compor
tamento (modelagem, esmaecimento, reforçamento),
Motivação da Equipe
Fluxogramas
3
ficar a tarefa do leitor, permitindo-lhe compreender a seqüência ló
gica do procedimento sem ter que reler cada palavra da descrição.
Os fluxogramas podem ser usados para lembrar ao instrutor qual é o
passo seguinte: seja enquanto ele está aprendendo a usar o programa,
seja durante as sessões reais de treinamento, Para usar um fluxo-
grama, o instrutor deve seguir as setas e nunca ir em direção oposta.
O fluxo é sempre em direção à direita ou para baixo, a não ser que
0 contrário seja indicado pelas setas. São usadas três formas geomé
tricas: losango, retângulo e círculo. Os pontos de decisão estão colo
cados nos losangos. As decisões são sempre perguntas que podem
ser respondidas com um “sim” ou “não”. Os círculos indicam o
local de início, fim ou a direção a ser tomada em seguida. Os retân
gulos fornecem informações sobre o que deve ser feito. A Figura
1 é um exemplo de uma decisão e das opções do instrutor. Se a
criança responder corretamente, o instrutor segue a seta do “sim” e
reforça a criança. Caso a criança cometa um erro, o instrutor passa
para um procedimento de correção.
4
V
5
tais como testes psicológicos, nível das realizações da criança e coisas
das quais ela gosta ou não, poderão ser úteis. A Tabela i apre
senta um exemplo de formulário que poderá ser utilizado para a
coleta de informações sobre a criança.
Perguntas de Revisão
6
2. Por que a imitação é importante na socialização da criança?
3. Por que a imitação é mais eficiente do que a aprendizagem
por ensaio e erro?
4. A imitação é útil no treinamento da fala?
5. Qual é o objetivo deste programa?
6. Este programa pode ser usado por professores?
7. O que é um fluxograma?
8. Este programa foi planejado para ser usado com crianças
cegas? Explique sua resposta.
9. Que tipo de ambiente deve ser usado no treinamento?
10. O que é uma tentativa?
NOTAS (Respostas)
7
TABELA 1
Informação Essencial:
Médica:
Medicamentos:
(para que toma)
Deficiência Física:
Visão:
Avaliação auditiva:
8
Inicio
9
II: Reforçamento
Reforçadores
11
eficazes são geralmente a refeição da criança e seus alimentos fa
voritos. Assim é preferível ter uma variedade de itens que sejam
reforçadores para a criança, já que isto permite ao instrutor usar re
forçadores diferentes de uma sessão para outra ou até dentro da
mesma sessão.
Os reforços tangíveis (comestíveis, líquidos, brinquedos, tam
bém chamados de reforçadores de apoio) devem ser sempre entre
gues imediatamente após uma resposta correta. Quanto mais rá
pido for o reforçamento, maior é a probabilidade de que a criança
aprenda o comportamento adequado. Como é possível fazer um
elogio durante o tempo que se leva para entregar itens como ali
mento; o reforço tangível deverá ser sempre precedido por um re
forço social tal como “muito bem!”. O reforçamento social por si
só poderá com o tempo tornar-se eficaz na modificação ou manu
tenção do comportamento.
O instrutor poderá também estabelecer um sistema de fichas,
no qual as fichas são usadas em lugar de outros reforços. A fim de
estabelecer as fichas como reforçadores, a criança recebe uma ficha
imediatamente após ter emitido a resposta correta. A ficha é ime
diatamente trocada por um reforço, como por exemplo balas. Com
o decorrer do tempo, o intervalo entre a entrega da ficha e sua troca
por itens como balas vai aumentando. Mais adiante, exige-se que
a criança ganhe duas fichas e depois três, quatro ou mais, antes de
poder trocá-las por outros itens. As fichas são convenientes, fáceis
de entregar e podem ser trocadas por uma grande variedade de itens
diferentes. Não é provável ocorrer saciação e são práticas em ter
mos de manuseio. A utilidade e conveniência do sistema de fichas
pode ser vista em nosso sistema monetário, que na realidade é um
sistema de fichas. Para maiores informações sobre reforços vide
Panyan (1972) e Hall (1971 b).
Objetivos
Um objetivo desta parte do programa é selecionar, de uma lista
de reforços potenciais, um ou mais que poderão ser usados para mo
12
tivar a criança a agir. Durante este processo, a criança tem a opor
tunidade de se acostumar com o ambiente de treinamento e com as
pessoas presentes. A determinação de reforçadores deve ser feita
durante as primeiras sessões com a criança, mas pode ser repetida
periodicamente durante o treinamento, se ocorrer saciação ou se um
reforço perder sua força. Se você já tem um reforçador escolhido
para a criança com a qual vai trabalhar, pode dirigir-se à Parte III:
Comportamentos de Entrada. Se a criança demonstrar uma prefe
rência por um ou mais itens durante o procedimento de determinação
de reforços é provável que se tenha descoberto um estímulo refor
çador. Para verificar se o reforçador potencial é ou não realmente
um reforço, use-o para aumentar a freqüência de algum comporta
mento, tal como um comportamento de entrada.
Material
A sessão deve ser realizada numa sala onde não haja barulho
ou distração. São necessárias uma mesa, duas cadeiras, uma Folha
de Registro da Seleção de Reforços (Veja a Tabela 2) e os reforços
potenciais, como os abaixo citados:
— COMESTÍVEIS — sorvete, cereais, uva-passa, salgadinhos,
amendoins, chicletes, bombons, balas, etc.
— LÍQUIDOS — água, sucos, refrigerantes, leite, chá, limo
nada, etc.
— AUDIO-VISUAIS — espelhos, música, apitos, figuras, brin
quedos, etc.
Procedimento
13
F
TABELA 2
1
2
3
4
5
6
Tentativas 7
8
9
10
11
12
13
14
15
Total #
14
Início
Deixe a criança
experimentar cada item
15
PASSO R l: Deixe a criança experimentar cada comestível, pro
vando um de cada. Tenha pelo menos cinco tipos diferentes.
PASSO R2: Coloque uma amostra de cada comestível na mesa com
quatro polegadas entre eles,
PASSO R3: Diga — “veja isto” (aponte para os itens da esquer
da), “e isto” (aponte para o item seguinte), até que tenha apon
tado para todos os itens. Agora diga para a criança — “Você pode
escolher um destes. Oual deles você quer?”
PASSO R4: Deixe a criança escolher um (apenas um) item e co
mê-lo.
PASSO R5: Registre a resposta da criança da maneira apresen
tada na Tabela 2.
PASSO R6: Recoloque o item escolhido na mesa e modifique a
ordem dos itens.
PASSO R7: Repita os passos R3 e R6 15 vezes.
PASSO R8: Repita os passos R l e R7 durante pelo menos três
sessões. Conte o número de vezes que a criança escolhe cada item
em cada sessão. Caso a criança responda de forma quase igual a
todos os itens, não demonstrando preferência, siga para o passo
R9. Se ela demonstrar uma preferência (responder a um item em
mais do que 50% das tentativas em qualquer sessão) siga para o
passo R ll .
PASSO R9: Repita os passos Rl a R8 com líquidos.
PASSO RIO: Caso não tenha sido demonstrada nenhuma prefe
rência marcante, tente outras coisas, como, por exemplo, brinquedos.
PASSO R l l : Redija uma lista de reforçadores potenciais da crian
ça, baseando-se nesta avaliação. Elabore esta lista colocando no
alto o item escolhido com maior freqüência, em seguida, o escolhido
em segundo lugar em termos de freqüência e assim por diante. Não
inclua itens que tenham sido escolhidos em menos de 50% das ten
tativas em no mínimo uma sessão.
16
locar os comestíveis preferidos numa bandeja de gelo (um em cada
divisão) e permitir que a criança escolha um após cada resposta cor
reta durante o treinamento. A escolha de reforço ajuda a adiar a
saciação.
Perguntas de Revisão
1. O que é um reforçador?
2. Quanto tempo após a ocorrência da resposta deve ser entregue
o reforço?
3. De que forma as fichas se tornam reforçadoras?
4. Existe relação entre motivação e reforçamento? Explique sua
resposta.
5. Os únicos reforços que devem ser usados são os comestíveis (ver
dadeiro ou falso)? Porque?
6. Quais são as três maneiras de se determinar o que pode ser re
forçador para uma criança?
NOTAS (Respostas)
17
III: Comportamentos de Entrada
Objetivos
19
a chamar pelo nome e olhar para aquilo que o instrutor estiver
fazendo, nesta ordem. Este encadeamento de comportamentos pode
ser mantido por um reforço, que é entregue assim que a criança é
levada a emitir um comportamento imitativo.
Materiais Necessários
Reforçamento
20
Critério
Procedimento
21
TABELA 3
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 % Correta
(Registre o tempo)
23
seguida registre o tempo em que ela mantém a posição, usando o
mesmo método de contagem apresentado no passo A2. Continue
a olhar para a criança enquanto conta até mil e cinco, ou até que a
criança tire as mãos do colo. Registre o número de segundos em
que a criança manteve as mftos no colo.
Olhar para os Objetos (PASSO A4): Coloque os cinco objetos
(carro, bola, colher, escova e copo) na mesa, com aproximadamente
12 polegadas entre eles e diga “olhe isto” e, em seguida, leve seu
dedo da frente dos olhos da criança até um dos cinco objetos.
Registre se a criança olhou para o objeto.
Repetição (PASSO A5): Coloque a criança em pé e recomece do
Passo Al (repita a seqüência do Passo A l ao Passo A4 dez vezes
em cada sessão).
Se a criança não atingir o critério de 80% para todos os com
portamentos essenciais treine os comportamentos que estiverem de
ficientes. Veja na Figura 4 o fluxograma do procedimento para a
avaliação das habilidades de atenção. No caso de a criança possuir
as habilidades de atenção necessárias, siga para a Parte IV. Em
alguns casos, pode ser necessário usar o procedimento de Elimina
ção de Comportamentos Inadequados antes de estabelecer as habi
lidades de atenção relevantes.
24
PASSO Sl: Coloque a criança em pé, chame-a pelo nome e diga
“sente-se”. Se for necessário, faça a criança sentar e entregue ime
diatamente um reforço social e um tangível Sc a criança levantar,
recomece chamando-a pelo nome e mandando-a sentar. Se a
criança permanecer sentada após ter consumido o reforço tangível,
reforçe-a novamente até que ela atinja O critério de 8 respostas
corretas em 10 consecutivas. Ao permanecer tentada por mais de
120 segundos consecutivos, a criança recebe oito ou mais reforços e
está pronta para passar para o Passo S2,
PASSO S2: Coloque a criança em pé, chame-a pelo nome e diga
“sente-se”. Se for necessário, faça-a sentar. Espere um segundo
e, se ela ainda estiver sentada, entregue um reforço social e um de
apoio. Se a criança levantar, repita o procedimento até que o
critério seja atingido. Se a criança permanecer sentada por um
segundo, depois de ter consumido o reforçador, reforce-a e continue
este procedimento até atingir o critério.
PASSO S3: Coloque a criança em pé, chame-a pelo nome e diga
“sente-se”. Se for necessário, faça-a sentar e espere dois segundos.
Se a criança ainda estiver sentada, entregue um reforço social e um
de apoio. Se a criança levantar, repita o procedimento até atingir
o critério. Se ela permanecer sentada por dois segundos após ter
consumido o reforço, reforce-a novamente e continue o procedimento
até que ela atinja o critério.
PASSO S4: Mantendo a seqüência, aumente de forma contínua o
tempo que a criança deve permanecer sentada de 2 para 4, 6, 8,
12, 16, 22 e 30 segundos. Se a criança tiver dificuldade em fazer
a transição de um período de tempo para outro, reforce períodos
menores. Por exemplo, se a criança permanece sentada sistema
ticamente por 16 segundos, mas não por 22 segundos, reforce-a por
17, 18 segundos e assim por diante, até chegar a 22 segundos.
PASSO S5: Depois de a criança ter atingido o critério de perma
necer sentada sistematicamente por 30 segundos, sendo reforçada
a cada resposta correta, passe a reforçá-la com menos freqüência.
Comece reforçando-a, em média, uma vez em cada dois períodos de
30 segundos que ficar sentada; depois uma vez em cada três períodos
25
e assim por diante, até que ela fique sentada durante, no mínimo,
dez períodos de 30 segundos, sendo reforçada, em média, uma vez
a cada dez períodos. Se a criança não estiver progredindo ou deixar
de progredir é provável que você não esteja usando um reforço
eficiente e, neste caso, procure usar um reforço diferente.
26
PASSO V3: Agora passe a reforçar o contacto visual com menos
freqüência. A criança será reforçada em média por um contacto
visual de cinco segundos de duração. Às vezes podem ocorrer duas
tentativas seguidas reforçadas, ou entfto duas tentativas seguidas não
reforçadas. Quando os contactos visuais de cinco segundos pude
rem ser mantidos sendo reforçados xa cada duas tentativas, passe
para uma a cada três e depois cada quatro e cinco tentativas. Pros
siga agora para o programa mais adequado para o seu caso especifico.
27
de reforço menos freqüente. Use o procedimento descrito no pro
grama de Como Estabelecer Contacto Visuál. Quando este com
portamento puder ser mantido com uma média de um reforço a cada
cinco ocorrências, passe para outro programa. Na maioria dos casos
o próximo programa será o de olhar para objetos.
28
nados antes do treinamento dos comportamentos de atenção.
Outros, tais como deitar no chão e mexer as mãos de maneira estra
nha, podem ser eliminados através do treinamento das habilidades
de atenção; assim, por exemplo, é impossível permanecer sentado e
deitar no chão ao mesmo tempo. Se a freqüência de permanecer
sentado durante um determinado tempo aumentar, é provável que
a do comportamento de deitar no chfto diminua. Alguns compor
tamentos inadequados, como gritar, podem ser eliminados depois de
terem sido treinados os comportamentos de atenção. Durante o
treinamento não se deve entregar nenhum reforço à criança que
esteja emitindo comportamentos inadequados que interfiram com o
treino, mesmo que simultaneamente esteja emitindo um comporta
mento desejável. A criança não deve ser reforçada por ficar sentada,
se ao mesmo tempo estiver gritando. Comportamentos inadequados
podem geralmente (mas não sempre) ser eliminados se desviarmos
o olhar até que o comportamento tenha cessado por alguns minutos.
Isto requer que o instrutor aja como se fosse “surdo e cego” em
relação ao comportamento inadequado. Caso o comportamento
seja do tipo que não pode ser ignorado, pode tornar-se necessário
colocar a criança em um canto ou num quarto sozinha, até que o
comportamento cesse. A melhor maneira de se eliminar um com
portamento inadequado é ignorá-lo e reforçar um comportamento
incompatível — um comportamento que ao ocorrer impede a emis
são do inadequado. Por exemplo, uma criança não pode ao mesmo
tempo permanecer sentada muna cadeira e deitar-se no chão gritando
e chutando.
Outras informações a respeito da eliminação de comportamentos
inadequados podem ser encontradas nos trabalhos de Hall (1971 c),
Hamblin e col. (1971) e Ulrich, Stachnik e Mabry (1970).
Perguntas de Revisão
29
2. Defina o comportamento das mãos no colo.
3. Qual é o critério de sucesso adotado para os comportamentos
de entrada?
4. O que você deve fazer para determinar se a criança irá perma
necer sentada enquanto faz a avaliação das habilidades de
atenção?
5. Qual é o tempo mínimo que uma criança deve permanecer sen
tada no final do procedimento para estabelecer este comporta
mento?
6. Como você procederia para obter contacto visual com uma
criança que não responde ao ser chamada pelo nome?
7. Descreva uma maneira de eliminar o comportamento de gritar.
NOTAS (Respostas)
30
IV: Fases Preliminares do Programa de
Imitação Motora
31
meio, precisa aprender muitos comportamentos imitativos. Por
outro lado, poderemos ensinar menos comportamentos de imitação
motora a uma criança para a qual a imitação motora está sendò
usada como um degrau para a imitação verbal. Se a imitação mo
tora estiver sendo usada como um passo preliminar para a imitação
verbal, a lista da Tabela 5 deverá ser suficiente. Talvez não seja
necessário desenvolver um treino de imitação motora com crianças
que imitam itens verbais. Isto vai depender dos objetivos deter
minados pelo instrutor para ela. Os sons e palavras apresentados na
Tabela 5 foram selecionados ao acaso. No caso de serem usados
itens verbais, o instrutor deverá novamente definir o que será con
siderado como resposta aceitável.
Definindo Comportamentos
Pré-teste
32
TABELA 4
33
I
TABELA 5
3 iu como em partiu 18 tu
6 on como em ontem 21 PÓ
11 la como em tamanco
15 ar como em armadilha
34
TABELA 6
35
Figura 5: Fluxogram a do procedim ento de pré-teste e tentativas de teste.
36
Figura 6: Como sentar-se.
37
PASSO P-l — Se você for usar objetos, coloque um na mesa ao
lado da criança e outro objeto igual ao seu lado»
PASSO P-2 — Verifique se a criança está na posição de começar
(sentada, mãos no colo), e sente-se da mesma maneira.
PASSO P-3 — Chame a criança pelo nome. Quando a criança
estabelecer contacto visual, diga “faça isto”, isto é, “Fulano, faça
isto”.
PASSO P-4 — Modele o comportamento por aproximadamente três
segundos (se o comportamento é o de levantar um bloco, o instrutor
levanta o bloco por aproximadamente três segundos).
PASSO P-5 — Espere aproximadamente cinco segundos pela res
posta da criança.
PASSO P-6 — Se ocorrer uma resposta correta, diga imediatamente
“Muito bem”, ou algo semelhante, e entregue o reforço de apoio
(comestível) o mais rápido que puder.
PASSO P-7 — Registre um sinal + se a criança se comporta de
forma correta; um sinal — se for incorreta; e ( + ) se for parcialmente
correta (se no comportamento levantar um bloco, a criança tocar no
bloco, mas não o levantar, está parcialmente correta ( + ) porque
é uma aproximação ao comportamento correto).
PASSO P-8 —' Repita os passos P-l e P-7 para o comportamento
seguinte. Repita o pré-teste de todos os itens de imitação motora
pelo menos três vezes. O pré-teste pode geralmente ser realizado
em três sessões, porém algumas crianças necessitarão de mais tempo.
Se você está interessado em imitação verbal, repita cada um dos itens
verbais três vezes. O procedimento é o mesmo, exceto no Passo
P-3. Neste caso, o instrutor deve dizer “diga” (faça, isso, diga
bola). Agora realize o pré-teste com a criança com a qual você
está trabalhando.
Ponto de Decisão
38
2. Se a criança acertar menos de 80%, só terá a ganhar com o
treinamento deste programa de imitação motora.
3. Se a criança acertar 80% dos itens de imitação verbal, você
precisará escolher qual será seu próximo objetivo de treinamento.
Este poderia ser o de ensinar a criança a dizer o nome dos objetos.
4. Se a criança acertar mais de 30% e menos que 80% dos itens
de imitação verbal, vá para algum programa de treinamento de imi
tação verbal, se este é o seu objetivo para a criança. Veja os rela
tórios de Metz (1965), Lovaas, Berbcrich, Perloff e Schaeffer
(1966).
Perguntas de Revisão
NOTAS (Respostas)
39
f
I
V; Programa de Imitação Motora
_ — — 1. Levante o bloco
_ - _ 2. Escove o cabelo
41
—
— — 3. Aponte para o nariz
+ + + 4. Fique de pé
— (+) - 5. Jogue a bola
(+) (+) (+) 6. Bata palmas
+ + + 7. Sente-se
— - - 8, Levante a mão
— - - 9. Cruze os braços
— — — 10. Aponte para a orelha
4. Escove o cabelo
5. Levante a mão
6. Cruze os braços
7. Aponte para o nariz
8. Aponte para a orelha
42
Seqüência de Teste
Tentativas de Treinamento
43
modelo. Esta probabilidade aumenta através da apresentação repe
tida de tentativas do mesmo comportamento e do reforçamento de
todas as respostas corretas. Como a criança já emite o comporta
mento algumas vezes, ela será reforçada em algumas das tentativas.
Portanto, o comportamento deverá ocorrer com maior freqüência.
Se isto acontecer, não haverá necessidade de usar o procedimento
mais elaborado de orientação. O reforçamento do comportamento
correto irá aumentar a freqüência deste comportamento.
Procedimento de Orientação
44
abertas, dedos separados (fotografia 6 ); começa a levar a mão da
criança para cima em direção à posição final (fotografia 4 ); leva
a mão e o braço da criança até três quartos do caminho em direção à
posição final (fotografia 3 ); leva o braço e a mão da criança até
a posição final (fotografia 2); e, enquanto segura o braço na posição
final, entrega o reforço (fotografia 1). Esta seqüência é desenvol
vida num movimento contínuo e completa o Passo-1 deste procedi
mento de orientação. Na segunda tentativa, o instrutor orienta a
criança através da seqüência do comportamento mostrado nas foto
grafias 9 até 2 e, se a criança mantém a mfio levantada, será reforçada.
Isto completa o Passo-2. Em cada passo o instrutor exige que
a criança desempenhe um pouco mais do comportamento. No
Passo-3, exige-se que a criança levante a mão depois que o instrutor
a tenha levado até a posição da fotografia 3. Dessa forma, o ins
trutor sistematicamente fornece menos orientação física até chegar
ao ponto em que só terá que fornecer o modelo para que a criança
por si própria emita a resposta completa. Se a criança não com
pletar a resposta quando o instrutor fornecer apenas orientação física
parcial, deverá retornar ao passo anterior e repeti-lo por cinco vezes.
Uma resposta correta em um dos passos do procedimento significa
a passagem para o passo seguinte na outra tentativa.
45
Posição inicial 1) I leva o braço de C
até a posição final
e o segura assim
46
6) I ajeita a m ão de C 7) I toca a mão de C
(m ão aberta, dedos
separados) e a solta
Posição final
47
Posição inicial 1) I leva a mão de C
com o copo até
a boca, na posição
adequada para beber,
e a segura desta m aneira
48
6) I leva a mão de C
em direção ao copo
(e solta a m ão)
Posição final
(fazendo de conta que
está bebendo do copo)
49
PASSO OR-6: Reforce imediatamente a criança se ela completar
a resposta corretamente.
50
Seqüência de Passos para o Comportamento de “Entrelaçar as Mãos’’.
(Escreva os passos aqui)
51
Posição inicial 1) I leva as m ãos de C
até a posição final e
m antém a resposta final
52
6) I toca a m ão de C 7) I leva sua mão
em direção
à mão de C
Figura 9: Divisão em passos do com portam ento de “entrelaçar as. mãos”. Para
cada passo, o instrutor (I) coloca a criança (C ) na posição inicial e a orienta
através da seqüência do com portam ento, iniciando com o da foto 8 e term i
nando com o que aparece na foto que corresponde ao núm ero do passo.
C é reforçada se emitir o com portam ento final.
53
Seqüência de Passos para o Comportamento de "Apontar para a
Orelha”.
Escreva as passos aqui
Seqüência Alternativa
Tentativas de Revisão
As tentativas de revisão são realizadas diariamente para rever
os comportamentos que o sujeito aprendeu. Através da revisão de
alguns (ou todos) comportamentos aprendidos durante cada sessão»
54
o instrutor assegura-se de que comportamentos já treinados não são
esquecidos enquanto o sujeito está sendo treinado num novo com
portamento. Revise no mínimo cinco comportamentos aprendidos no
início de cada sessão. Um comportamento recém-adquirido deve
ser revisado diariamente durante pelo menos quinze sessões. A re
visão de comportamentos aprendidos assegura também que o su
jeito inicie cada sessão com um desempenho de sucesso. As tenta
tivas de revisão são realizadas da mesma maneira que as tentativas
de pré-teste.
Outros Testes
55
Posição inicial 1) I leva o dedo de C
até a posição final
e mantém a posição
56
6) I toca a m ão de C 7) I leva sua mão
cm direção à mão de C
57
Perguntas de revisão
NOTAS (Respostas)
58
TABELA 7
Tentativa
ot/J
Passo
59
VI: Treinamento
61
Início
Execute
as tentativas
de revisão
62
até que cometa três erros consecutivos. Se a criança imitar corre
tamente em cinco tentativas consecutivas, vá para uma seqüência al
ternativa. Se o sujeito cometer três erros consecutivos, vá para o
procedimento de orientação. A Figura 12 apresenta um fluxogra-
ma do procedimento de tentativas de treinamento.
63
Início
Coloque a c,riança na
posição cert a para
começar (in cluindo
o contato v suat)
'r
64
I n íc io
Setcciuni' a JiVisiio
M jbseqüentc tio
c om portam e nto
» scr m an ip u lad o
65
mento para o próximo comportamento. Se a criança não desempe
nhar corretamente os comportamentos recém-aprendidos em 14 das
15 tentativas das seqüências alternativas, volte ao início do procedi
mento de orientação deste comportamento específico e prossiga como
se fosse a primeira vez que está treinando este comportamento. A
Figura 14 apresenta o fluxograma do Procedimento de Seqüência
Alternativa.
Perguntas de Revisão
66
3. O que deve fazer o instrutor na tentativa seguinte quando a
criança responde corretamente durante o procedimento de
orientação?
4. Quantas seqüências alternativas devem ser realizadas antes que
um comportamento seja considerado como aprendido?
NOTAS {Respostas)
Figura 14: Fluxograma do procedimento de seqüência alternativa.
68
SESSÕES
69
Número de tentativas para o critério
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70
VII: Vários
Término do Programa
O término do programa é determinado pelo comportamento
da criança e pelos seus objetivos a longo prazo. O treinamento
de imitação motora pode terminar quando a criança começar a
imitar cada novo comportamento na primeira vez que ele for apre
sentado. Isto pode requerer o treinamento de maii de 25 compor
tamentos. Se você for treinar outros comportamentos além dos que
foram inicialmente pré-testados, deverá repetir os procedimentos das
Partes IV, V e VI. Os comportamentos novos devem ser sele
cionados e cada comportamento deve ser definido, dividido em
passos, pré-testado e provado antes de se iniciar qualquer treina
mento. O programa pode ser encerrado depois que se tenha trei
nado o sujeito a imitar uma série de comportamentos complexos
como escovar os dentes, lavar-se ou vestir-se, ou então, quando a
criança começar a imitar itens verbais. Aliás, quando a criança
começar a imitar itens verbais, pode-se realizar treinamento motor
e verbal em horários diferentes do dia.
Áreas de Problemas Potenciais
O treinamento de crianças que desempenham poucos compor
tamentos é, no melhor dos casos, uma tarefa difícil. É bastante
provável que ocorram dificuldades se o instrutor procurar usar pro
cedimentos sistemáticos sem antes ter uma total compreensão deles.
Alguns dos erros mais freqüentemente cometidos pelos instrutores
incluem:
1. Não entender bem o programa antes de começar a aplicá-lo
em uma criança. Em resumo, não ter lido e exercitado os
procedimentos até que estivessem bem compreendidos.
71
2. Não seguir o programa.
3. Não ter um reforçador eficiente.
4. Não entregar o reforço imediatamente após a ocorrência da
resposta.
5. Não ignorar comportamentos inadequados. Dar atenção à
criança quando ela está emitindo comportamento inadequado
resulta em reforçar este comportamento.
6. Reforçar uma seqüência de comportamentos que inclui um
comportamento correto e um inadequado. Por exemplo,
quando a criança põe o dedo no nariz e então levanta a mão,
quando o instrutor deu o modelo para levantar a mão. O
instrutor não deve reforçar este comportamento e, sim, reco
meçar a tentativa após um pequeno intervalo.
7. Não estabelecer habilidades de atenção antes de inidar o trei
namento de imitação.
8. Iniciar uma tentativa antes que a criança esteja na posição
inicial (sentada, com •as mãos no colo).
9. Não orientar a criança através de todos os passos do proce
dimento de orientação; ou seja, esperar que a criança desem
penhe mais comportamento do que está preparada para fazer,
aumentando assim a probabilidade de erros.
10. Não fornecer orientação física nas horas adequadas.
11. Fazer comentários verbais que só servem para distrair a
criança.
12. Não manter uma definição de comportamento constante de
uma sessão para outra. Por exemplo, inicialmente a defi
nição do comportamento “levantar a mão’* exige que a criança
erga a mão acima da cabeça; mais adiante a criança levanta
a mão apenas até a altura do ombro, depois abaixo do ombro
e ainda assim é reforçada. Em resumo, o instrutor está mu
dando a definição do que é esperado da criança.
13. Iniciar uma nova tentativa antes que a criança tenha consu
mido o reforço da tentativa anterior.
72
Outros Usos do Programa
73
cedimentos são completos, contudo é possível que os instrutores se
deparem com situações particulares a uma determinada criança.
Nestes casos o instrutor deverá fazer as modificações que julgar
convenientes. Lembre-se que as técnicas básicas explicadas aqui
çáo eficientes e, se forem corretamente usadas, funcionarão com
quase todas as crianças. O instrutor deverá segui-las adequada
mente e fazer modificações mínimas para adaptá-las às necessidades
particulares de algumas crianças.
Perguntas de Revisão
74
Referências
75
and language training. Boston: Houghton Mifflin Company, 1968
(pp. 61-74).
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New YorJc: Academic Press, 1971.
Eberl, D. e Gast, D. Individual differences among subjects in
S t r i e f e l , S .,
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Center Working Paper No. 284, Parsons State Hospital, Parsons, Kansas,
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child and its controlling stimuli. Journal of A pplied Behavior Analysis,
1973, 6, (4) no prelo.
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I e II) Glenview, 111.: Scott Foresman and Co., 1966-1970.
Graduation D ay. (filme 16 mm ) Audio-visual Center, 746 Mass., University
of Kansas, Lawrence Kansas 66045.
76
Referências Suplementares
77
AU my Buttons (filme colorido 16 mm, 28 minutos), 1973, H & H Enterprises,
Inc., Box 3342, Lawrence, Kansas 66044
Appdied Behavior Analysis Research Designs, (filme colorido 16 mm, 40 minu
tos) 1974, H & H Enterprises, Inc., Box. 3342, Lawrence, Kansas
66044
Outras publicações, filmes, formulários de dados e materiais educativos estSo
disponíveis na t í & H Enterprises, Inc., Box 3342. Lawrence, Kansas, 66044.
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