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Apenas mais um dia de processo.

Foi divertida a parte da manhã pois revi ao filme “O Virgem


de 40 Anos”, uma experiência divertida e ao mesmo tempo tenebrosa no sentido de, talvez, eu
possa me tornar essa caricatura que é o personagem do Andy no filme, mas não literalmente
como ele é no filme, isso seria impossível já que o personagem dele apresenta uma visão
cômica e absurda do virgem, mas em vários traços menos ridículos do Andy eu me identifiquei
de uma certa maneira e temo por acabar me tornando essa figura no futuro. Mas será que eu
devo me preocupar tanto com isso ou é apenas eu reafirmando um senso comum que não se
aplica a minha realidade e muito menos possa afetar a minha felicidade no futuro? Acho que a
segunda afirmação esteja correta.

Durante muito tempo eu afirmei na minha mente diversas falsas verdades que me ajudaram a
julgar o mundo. Afirmações como: Se um cara faz isso e aquilo então ele é um (insira aqui
algum adjetivo pejorativo ou preconceito). Esse tipo de pensamento limita a capacidade
mental de real julgamento de cada ser humano e eu apliquei esse tipo de afirmei a minhas
próprias atitudes também.

Se eu ser um virgem, então serei um solitário, inseguro, fraco, antissocial e uma diversidade de
outros sinônimos do gênero. O que é extremamente equivocado pois nada disso é causado se
alguém ainda não transou, talvez a única coisa que o virgem pode ser de fato é um
desconhecedor dos prazeres sexuais, ou também alguém com poucas habilidades sociais para
convencer alguém a deitar-se com ele, ou é tímido demais para convidar alguém a ter um
intercurso. Mas nada que um virgem é de fato pode ser aplicado aos outros campos de
sociabilidade que ele tenha. Um sujeito pode muito bem ser versátil em relações de trabalho e
um completo desastre no amor, uma coisa não afeta a outra. Agora se o sujeito que é virgem
acredita que a falta de habilidade nesse assunto quer dizer que ele não tem habilidade em
qualquer outra área social, esse cara vai assumir como verdade algo sem fundamento algum e
agir dessa forma mesmo com plenas condições de agir normalmente nas suas relações diárias.

Então, se eu por acaso vir ser um virgem aos 40 anos, a única coisa que será uma falta para
mim é a experiência do prazer sexual com um parceiro, apenas isso e mais nada, todo o resto
das minhas habilidades sociais que são fracas podem ser solucionadas sem o sexo. Visto isso,
parece que não deve ser preocupante para mim querer transar logo e esperar que isso resolva
uma série de problemas paralelos ao coito que eu tenho. Um relacionamento pode sim me
ajudar a trabalhar esses problemas, como por exemplo os problemas com confiança, contato
visual, solidariedade entre outros. Com certeza aprende-se muito mais em cada
relacionamento, mas eu não tenho experiência nesse quesito para relatar o que eu aprendi
com os amores da vida.

São 23:39 do dia 09/01/2018. Título: As falsas verdades do virgem. Palavras: 514.

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