Manaus-AM
2005
1
FICHA CATALOGRÁFICA
CDD- CDU
SINOPSE
A identificação de estoques do caparari (Pseudoplatystoma tigrinum) na
bacia do rio Apure, foi avaliada por médio da análise morfológica dos
crânios e otólitos. Por outro lado, o ciclo de vida foi analisado através da
análise de estrutura de tamanhos, sexo, peso e idade, assim como:
parâmetros populacionais como: crescimento, mortalidade e rendimento
por recruta. A pesca comercial explora todas as classes de comprimento
acima de 34 cm. A pesca tem reduzido o comprimento médio de captura e
as classes etárias dominantes são 2 e 3 anos. com um predomínio das
fêmeas nas capturas O caparari forma uma marca de crescimento por ano
(otólito). O nível ótimo de mortalidade por pesca para atingir o rendimento
ótimo sustentável foi menor que o atual, indicando sobrepesca de
crescimento. Propõe-se um novo enfoque de manejo baseado no manejo
adaptativo usando as informações do caparari como referencial.
2
ÍNDICE
DEDICATORIA.................................................................................................VII
AGRADECIMENTOS.......................................................................................VIII
RESUMO...........................................................................................................IX
ABSTRACT........................................................................................................X
LISTA DE TABELAS........................................................................................XI
LISTA DE FIGURAS........................................................................................XV
INTRODUÇÃO GERAL.....................................................................................01
CAPÏTULO I
SITUAÇÃO ATUAL DA PESCA DO CAPARARI NOS LLANOS
VENEZUELANOS
Aspectos geográficos e ambientais...................................................................05
Clima e hidrologia .............................................................................................07
O caparari .........................................................................................................11
Biologia e dinâmica populacional ......................................................................11
A pesca na Venezuela ......................................................................................13
Possibilidade de uso e manejo do caparari ..................................................... 20
CAPÍTULO II
IDENTIFICAÇÃO DOS ESTOQUES DO CAPARARI ATRAVÉS DA
MORFOLOGIA GEOMÉTRICA
INTRODUÇÃO ..................................................................................................23
A Morfometria Geométrica na Identificação de Estoques (Bases teóricas).......24
Métodos de marcos anatômicos .......................................................................25
Métodos de contorno ........................................................................................27
MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................29
Amostragem ......................................................................................................29
Análise dos neurocrânios ..................................................................................30
Análise da forma através dos marcos anatômicos (análise de procrustes) ......31
Análise de deformação relativa e de deformações de placas (RWA e TPS) ....32
Análise de otólitos através dos descritores elípticos de Fourier .......................34
Cálculo das amplitudes harmônicas .................................................................35
RESULTADOS...................................................................................................38
Análise da forma do neurocrânio ......................................................................38
Análise da forma dos otólitos ............................................................................51
DISCUSSÃO .....................................................................................................55
Análise de marcos anatômicos .........................................................................57
Análise de contorno ..........................................................................................60
Definição de estoque ........................................................................................63
3
CAPÍTULO III
DETERMINAÇÃO DA IDADE E CRESCIMENTO SAZONAL DO CAPARARI
NO RIO APURE
INTRODUÇÃO ..................................................................................................64
MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................66
Coleta de dados ................................................................................................66
Análise de dados ..............................................................................................67
Processamento dos otólitos ..............................................................................67
Análise qualitativa .............................................................................................68
Análise quantitativa ...........................................................................................68
Periodicidade de formação das marcas de crescimento ..................................69
Definição da idade ............................................................................................71
Fatores sazonais que condicionam o crescimento do caparari ........................72
Coeficiente de regressão peso-comprimento ...................................................72
Índice de condição ............................................................................................73
Estágios de maturação sexual .........................................................................73
RESULTADOS .................................................................................................74
Padrão de marcação dos otólitos .....................................................................74
Análise qualitativa .............................................................................................74
Análise quantitativa ...........................................................................................75
Periodicidade de formação das marcas ............................................................79
Definição da idade do caparari .........................................................................83
Chave idade-comprimento ................................................................................85
Distribuição das classes etárias do caparari no Baixo Llano ............................86
Fatores sazonais que condicionam o crescimento ...........................................87
Análise do coeficiente de regressão da relação peso-comprimento.................87
Análise do índice de condição do caparari na bacia do rio Apure.....................89
Estádios de maturação sexual ..........................................................................92
DISCUSSÃO .....................................................................................................94
Determinação da idade .....................................................................................94
Crescimento sazonal ........................................................................................95
Índices biológicos ..............................................................................................98
Variação sazonal dos ciclos reprodutivos .........................................................99
Variação sazonal da relação peso-comprimento ............................................100
Variação sazonal do indice de condição K .....................................................100
CAPÍTULO IV
VARIAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DA ESTRUTURA POPULACIONAL E
CICLO DE VIDA DO CAPARARI NO RIO APURE
INTRODUÇÃO ...............................................................................................102
MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................104
Coleta de dados .............................................................................................104
Análise de dados ............................................................................................105
Distribuição espacial e temporal das freqüências de comprimento ...............105
Variação espacial e temporal da Relação peso-comprimento .......................105
Variação espacial e temporal dos comprimentos Lopt e L50 ............................106
Variação espacial e temporal da proporção sexual ........................................107
Distribuição espacial e temporal das classes de idades .................................107
4
RESULTADOS ................................................................................................108
Distribuição espacial dos comprimentos do caparari no Alto Llano ................108
Distribuição temporal dos comprimentos do caparari no Baixo Llano ............110
Variação espacial e temporal dos coeficientes de regressão da Relação peso-
comprimento................................................................................................... 113
Variação espacial e temporal do comprimento médio de maturidade sexual (L50)
, e Comprimento ótimo (Lopt). ..........................................................................114
Variação espacial e temporal da proporção sexual ........................................116
Distribuição espacial das classes etárias do caparari no alto Llano ...............117
DISCUSSÃO ...................................................................................................121
Distribuição espaço temporal dos comprimentos ...........................................121
Análise espaço temporal das classes etárias .................................................124
Distribuição espaço temporal dos comprimentos de maturidade sexual.........126
Análise espaço temporal da proporção sexual ...............................................126
Análise espaço temporal da relação peso-comprimentos ..............................127
Ciclo de vida ...................................................................................................128
Hipótese do modelo de migração ...................................................................132
CAPÍTULO V
DINÂMICA POPULACIONAL DO CAPARARI
INTRODUÇÃO ................................................................................................135
MATERIAIS E MÉTODOS...............................................................................137
Crescimento do caparari no sistema do rio Apure ..........................................137
Modelo de retrocálculo ....................................................................................138
Parâmetros de crescimento ............................................................................139
Mortalidade total (Z) ........................................................................................141
Mortalidade natural (M) ...................................................................................141
Estimativas da Idade de maturação sexual, recrutamento e captura .............142
Índice de crescimento .....................................................................................142
Análise de populações virtuais (VPA) .............................................................143
Rendimento por recruta ..................................................................................143
Biomassa por recruta ......................................................................................144
Estimativas de sobrepesca .............................................................................145
Descrição dos indicadores ..............................................................................145
RESULTADOS ...............................................................................................147
Relação corpo-estrutura .................................................................................147
Modelos de retrocálculos ................................................................................148
Parâmetros de crescimento.............................................................................153
Longevidade e mortalidade .............................................................................156
Idades da primeira maturidade sexual, recrutamento e de captura ................157
Análise de populações virtuais (VPA) .............................................................158
Rendimento e Biomassa por recruta ..............................................................161
DISCUSSÃO....................................................................................................167
Modelos de retrocálculos ................................................................................168
Parâmetros de crescimento ............................................................................169
Estratégias de vida .........................................................................................171
Mortalidade .....................................................................................................173
Rendimento por recruta ..................................................................................174
5
Biomassa por recruta ......................................................................................176
Análise de populações virtuais (VPA) .............................................................177
Estimativas de sobrepesca .............................................................................178
CAPITULO VI
PROPOSTA DE ORDENAMENTO PESQUEIRO PARA O SISTEMA
HIDROGRAFICO DO RIO APURE
INTRODUÇÃO................................................................................................182
Ferramentas de manejo .................................................................................185
Pesqueiras .....................................................................................................186
Ecológicas ......................................................................................................186
Econômicas ....................................................................................................187
Projetos pilotos ...............................................................................................187
Situação atual da pesca no rio Apure ............................................................187
Manejo Pesqueiro: A Abordagem Adaptativa e Precautória ........................189
Desenvolvimento da proposta de ordenamento pesqueiro ............................190
Objetivo geral .................................................................................................190
Objetivos específicos......................................................................................190
Abrangência geográfica..................................................................................191
Desenho Experimental das Estratégias de Manejo Pesqueiro.......................191
Sistema de informação pesqueira (Estatísticas pesqueiras) .........................192
Zoneamento das estratégias de manejo pesqueiro .......................................192
Ordenação baseada no controle espacial da pesca.......................................199
Ordenação baseada nos direitos de propriedade ..........................................199
Ordenação baseada no controle temporal da pesca......................................197
Ordenação baseada na recuperação da integridade biótica .........................198
Restabelecimento da comunicação lateral ....................................................199
Fiscalização ambiental ...................................................................................200
Considerações finais ......................................................................................200
CONCLUSÕES ..............................................................................................203
RECOMENDAÇÕES .....................................................................................204
6
DEDICATÓRIA
7
AGRADECIMENTOS
A minha Orientadora Dra. Nidia Fabré pela colossal ajuda, e com quem tenho
uma divida quase impagável, mas mesmo assim muito obrigado pela
compreensão, desprendimento e assistência que muitas vezes foram muito
além de suas obrigações como orientadora.
A mis amigos pescadores del rio Apure Pedro Carrillo, piquinha, Rafael
Alfonso, pela ajuda nas pescarias dos surubins no rio Apure.
E como olvidar a minha amiga e irmã da alma Beth, com quem tenho também
uma divida impagável.
8
RESUMO
9
ABSTRACT
10
LISTA DE TABELAS
CAPÏTULO I
Tabela 1. Desembarques anuais, em toneladas, da frota pesqueira da
Venezuela durante o período entre 1984 -1998............................................... 14
CAPÏTULO II
Tabela 1. Definição dos pontos homólogos de referência no neurocrânio do
caparari para a análise de morfologia geometria. .............................................30
CAPÍTULO III
Tabela 1. Descrição das técnicas de clarificação e coloração utilizadas nos
otólitos Asteriscus do caparari...........................................................................67
11
Tabela 5. Chave idade-comprimento do caparari no baixo Llano, mostrando as
freqüências absolutas e relativas (sexos combinados).....................................85
CAPÍTULO IV
Tabela 1. Estatísticas descritivas do comprimento furcal dos caparari
capturados no alto Llano. Onde: x= media; Mo= moda; σ= desvio padrão; CV=
coeficiente de variação; n= observações. .......................................................108
12
CAPÍTULO V
13
Tabela 11 Estimativa da mortalidade total (Z) anual para o período 1996-2003
no baixo Llano (sexos combinados)................................................................157
Tabela 12. Resumo das idades médias de maturidade sexual (T50), idade de
recrutamento (Tr) e da primeira captura (Tc) do caparari para o baixo llano
durante o período 1996-2003 (sexos combinados). .......................................158
CAPITULO VI
14
LISTA DE FIGURAS
CAPÍTULO I
Figura 1. Localização dos Llanos ocidentais venezuelanos, da bacia do rio
Orinoco, área de estudo deste trabalho. ...........................................................05
Figura 4. Esquema hidrográfico do rio Apure e parte do rio Arauca, assim como
o delta interno do rio Apure na Venezuela. .......................................................08
Figura 5. Embarcação e tripulação padrão da frota comercial pesqueira, rio
Apure (Foto cortesia: A. Barbarino & N. Ortiz). ...........................................................18
CAPÍTULO II
Figura 1. Representação do espaço de Kendall: A) representa a posição de
uma forma no espaço curvo de Kendall; B) é a posição correspondente no
hemisfério depois de aplicar algum método de superposição (exemplo:
procrustes), quando tem se ajustado ao tamanho do centróide; C) é a projeção
estereográfica do ponto A sobre o espaço tangencial; e D) é a projeção
ortogonal do ponto B sobre o espaço tangencial. .............................................25
xv
Figura 8b. Resultados da comparação dos fatores de ponderação entre os
tributários Arauca-Sanare do alto Llano, da análise de componentes da forma.
O simbolo representa o grupo de referencia e o tributário a comparar. .....42
Figura 9a. Resultados do grau de torsão de placas (Thin Plates Spline), das
coordenadas dos pontos de referência homólogos do neurocrânio do caparari,
baseadas nos fatores de ponderação da inflexão parcial (partial warp score) do
rio San Carlos (abaixo) e configuração de consenso (acima). .........................46
Figura 10. Distribuição dos escores da análise CVA, onde o círculo representa
o rio Arauca; estrela rio Caparo; o triangulo rio San Carlos; a cruz Sarare; o
quadrado rio Portuguesa e o asterisco rio Guanare. ........................................49
Figura 13. Comparação dos valores das amplitudes das sete primeiras
harmônicas, que definem o contorno do otólito Asteriscus com relação ao
comprimento furcal do caparari. .......................................................................54
xvi
Figura 14. Localização das sub-populações do caparari (P. tigrinum)
encontradas na bacia do rio Orinoco (modificada de Escobar, 2001).
...........................................................................................................................60
CAPÍTULO III
Figura 1. Localização da área de amostragem do caparari, correspondente ao
baixo Llano do sistema hidrográfico do rio Apure. ............................................66
Figura 12. Variação mensal do índice de condição por sexos (anos 2000-2002
combinados), comparados ao hidrociclo anual do rio Apure. ...........................90
xvii
Figura 13. Freqüência relativa mensal dos estádios de maturação sexual das
fêmeas de Caparari no sistema hidrográfico do rio Apure.................................91
Figura 14. Freqüência relativa mensal dos estádios de maturação sexual das
fêmeas de Caparari durante a enchente no alto e baixo Llano. .......................92
CAPÍTULO IV
Figura 1. Localização das áreas de amostragem do caparari, correspondente
ao alto e baixo Llano do sistema hidrográfico do rio Apure. ...........................104
CAPÍTULO V
Figura 1. Exemplo hipotético de uma espécie mostrando a distribuição de
freqüência de comprimentos, onde: Lm indica o comprimento de primeira
maturidade sexual, Lopt indica o comprimento onde o rendimento máximo pode
ser atingido e Lmax é o comprimento máximo atingido durante a vida. ...........146
xviii
Figura 5. Variação dos comprimentos médios retrocalculados de cada idade
para as diferentes classes etárias no caparari. ..............................................150
CAPITULO VI
Figura 1. Mapa esquemático do sistema hidrográfico do rio Apure, mostrando
os tributários ( ), reservatórios ( ), principais vilas ou comunidades de
ribeirinhos ( ) assim como os projetos pilotos ( tratamentos), cinco no alto
llano (Caparo=1, Guanare=2, Guaritico=3, Arichuna=4). .............................. 000
Figura 2. Áreas propostas para o estabelecimento de uma rede de reservas de
pesca para o sistema do rio Apure. ................................................................196
xix
Figura 5. Seleção das áreas para a recuperação dos habitats de tributários
críticos no alto Llano do sistema do rio Apure. ...............................................199
xx
INTRODUÇÃO GERAL
1
processos que controlam a produtividade de um recurso pesqueiro como
é muito difícil, devido ao fato da maioria das bacias hidrográficas tropicais ter
existe uma notável tendência econômica para usos não pesqueiros (Hall &
Maimprize, 2004).
etc.). Isto significa que a agência de manejo da pesca deve ordenar o recurso
variação das precipitações dentro e entre anos. Não obstante pese a resilência
2
natural, um estresse superior, em épocas críticas, pode superar a capacidade
volume das capturas subestimado a que são submetidas, além das alterações
sobre os aspectos mais importantes do ciclo de vida de uma das espécies mais
deslocamento das espécies entre essas áreas, assim como sua dinâmica; e
desta espécie e um ponto de partida para iniciar uma série de estudos sobre a
3
A presente tese foi dividida em cinco capítulos, assim distribuídos: o
4
CAPÍTULO I
SITUAÇÃO ATUAL DA PESCA DO CAPARARI NOS LLANOS
VENEZUELANOS
5
A topografia do sistema do rio Apure é relativamente diversa. Devido aos
cristalinas e geladas ao sopé dos Andes a 150 metros acima do nível do mar,
ocidentais encontra-se entre 70-40 metros acima do nível do mar (Figura 2).
ser divididos em alto e baixo. O alto Llano é usualmente definido como a área
adjacente ao sopé dos Andes entre 70-150 m (Figura 3). São áreas com solos
6
declividade do terreno, o solo é argiloso e as inundações são mais longas
(JICA, 1993).
75º0`00`` W
Alto Llano
Baixo Llano
6º0`00`` N
nasce no extremo ocidental dos Andes venezuelanos próximos aos limites com
7
comprimento, desde sua desembocadura no rio Orinoco, até Guasdualito (no
alto Llano), com um caudal médio de 2.000 m3/s (Saunders & Lewis, 1988).
75º00`00``W
Delta
interno
6º0`00`` N
Figura 4. Esquema hidrográfico do rio Apure e parte do rio Arauca, assim como
Por outro lado, as atividades antrópicas sobre a bacia do rio Apure têm
8
Apure apresentam, em termos gerais, menos alteração do habitat e áreas de
preservação.
dados gerados, principalmente, por Saunders & Lewis (1988) que indicam que
(9,8mg/L), podendo ser classificado como rio de águas brancas (Sioli, 1975).
(1,9µg/L), sendo um dos valores mais altos registrados para rios neotropicais
(PH1), enchente (PH2), cheia (PH3) e vazante (PH4) (Saunders & Lewis,
9
savanas adjacentes evento aproveitado pelas espécies de peces para iniciar
Grande parte do baixo Llano está formada por áreas de várzeas criadas
pelos rios do sistema hidrográfico do rio Apure, que são utilizadas pelas
aves, mamíferos etc.), além da como também para a população humana local,
10
O caparari
Loubens & Panfili (2000) indicaram que existe uma segregação espacial entre
essas espécies no rio Mamoré, enquanto que, no rio Apure, não existe
Barthem & Goulding, 1997; Ruffino & Isaac, 1999; Fabré et al., 2000).
Segundo Ramírez & Ajiaco (1995), esta espécie produz 66.000 ovócitos/Kg
11
ovócitos/fêmea, para exemplares maiores que 100 cm de comprimento padrão,
uma espécie com estratégia reprodutiva tipo r-2, já que possui alta
para os machos.
documentada por vários autores (Goulding, 1980; Castillo et al., 1988; Arboleda
aos outros grandes bagres, o que pode ser um indício de que essas espécies
de noite.
12
com a dourada (Alonso,2002) a piraiba (Petrere et al.,2004) e a piramutaba
crescimento nas vértebras, indicam que P. tigrinum pode alcançar até 22 anos
A pesca na Venezuela
Na Venezuela, a pesca comercial tem uma grande tradição e constitui
mundial de pescado. Essa posição tem aumentado nos anos recentes (31.º),
13
tem contribuído ao redor 50 -70 % da produção total, com tendência de
venezuelana.
(Canestri, 1972).
pesca do interior foi de 56.000 ton. mantendo uma tendência crescente desde
14
1993. As exportações para Colômbia e outros países têm continuado, apesar
estudo recente realizado por Novoa (2002) demonstrou que a pesca representa
Amacuro e Apure.
ao redor dos anos 80. Um fenômeno semelhante foi observado por Barthem et
seu maior registro histórico de captura em 1996 (mais de 10.000 ton.). Logo
capturas.
(herbívoros), os quais são por vez controlada pelos seus predadores topos
15
(carnivoros). Isto é, um incremento na biomassa dos piscívoros conduz a um
nos últimos anos. No início da década de 80, a maior parte da produção era
medida que a demanda pelos peixes de água doce tem incrementado tanto no
16
Por outro lado, a pesca tem experimentado um desenvolvimento
nos rios Caparo, Sarare e Paguey, a pesca é realizada com pouca intensidade,
inundação.
aquáticos.
17
1,5m, sendo propulsadas por motores de popa (40Hp) e geralmente levam uma
tanto no rio como nas lagoas, paraná e igapó, geralmente com 120-140 m de
distâncias de 8-9 cm entre nós opostos são as mais comuns, sendo; também,
240 m) são puxadas por duas canoas com motores de popa similar às
18
observadas na figura 5. As campanhas de pesca com este tipo de
embarcações têm uma duração entre um e dois dias, sendo maior durante a
deslocando-se para as calhas dos rios, sendo esta época a mais produtiva para
período.
com este tipo de pesca ocorre uma alta captura incidental de outras espécies
(estágio juvenil).
19
Durante o período da enchente (maio e junho), o nível das águas dos
(poças profundas formadas nas curvaturas dos rios), que constituem habitats
de refúgio durante a seca, começa a deslocasse rio acima para cumprir com o
processo reprodutivo.
20
A pesca não responsável também, têm um alto impacto no
populações das presas aumentem e que surjam novos alvos para a exploração
exploração dos peixes nos níveis tróficos mais baixos seria a antítese do
comercial e social.
21
O nível de conhecimento das outras espécies comerciais ainda é mais
espécie, este aspecto será tratado com detalhes no próximo capítulo, apartir de
otólitos do caparari.
22
CAPÏTULO II
IDENTIFICAÇÃO DOS ESTOQUES DO CAPARARI ATRAVÉS DA
MORFOLOGIA GEOMÉTRICA
INTRODUÇÃO
para que sejam feitas estimativas das taxas de exploração, para entender
23
A Morfometria Geométrica na Identificação de Estoques (Bases teóricas)
morfologia dos organismos (Monteiro, 2000). Porém, isto mudou no início dos
anos 80, quando surgiu um novo paradigma com uma base teórica e filosófica,
24
Y
C D
X
Figura 1. Representação do espaço de Kendall: A) representa a posição de
uma forma no espaço curvo de Kendall; B) é a posição correspondente no
hemisfério depois de aplicar algum método de superposição (exemplo:
procrustes), quando tem se ajustado ao tamanho do centróide; C) é a projeção
estereográfica do ponto A sobre o espaço tangencial; e D) é a projeção
ortogonal do ponto B sobre o espaço tangencial.
torsão de placas “Thin Plates Spline” (TPS) (Figura 2b), quantificando o grau de
25
A B
(Rohlf,1990).
Por sua parte, a análise de torsão de placas Thin Plates Spline (TPS) é
26
homólogos na segunda forma do crânio nos outros espécimes (Bookstein,
1989, 1991).
Métodos de contorno
Bookstein, 1990). A teoria indica que qualquer função não linear pode ser
27
eqüitativamente para o total de dados, a solução é simples, usando-se a
al., 2004).
28
MATERIAIS E MÉTODOS
Amostragem
realizadas na parte alta de cinco tributários do rio Apure (Figura 4): Sarare (n=
25), Caparo (n=20), Guanare (n= 37), Portuguesa (n= 31), San Carlos (n=44).
Também foram coletadas amostras do rio Arauca (n=56), sendo este um rio
avaliar qualquer variação dos crânios nos peixes do alto Llano. Foi também
utilizada uma amostra (n=62) dos 650 neurocrânios de caparari do baixo Llano.
75º0`00``W
San Carlos
Portuguesa
Guanare
Caparo
San Fernando
Alto Llano
Arauca
Sanare
6º0`00``N
29
Análise dos neurocrânios
min.) e colocado num forno (±75°C; 30 min.) para sua conservação final a seco.
mesa. As imagens foram armazenadas com formato TIFF, a partir das quais
30
Para este procedimento foi usado o programa TpsDig (versão 1.34 ©
2003 por F. James Rohlf), que facilita a localização e marcação dos pontos de
L2 L6 L10
L3 L4 L5 L8 L9
L7 L11
(versão 1.19 © 2003 por F. James Rohlf), que permite a manipulação dos
arquivos TPS, para serem utilizados como arquivo “input” em outros programas
pontos de referência homólogos que formam uma figura. Como primeiro passo,
31
o algoritmo de procrustes realiza uma normalização do tamanho ao padronizar
programas Tpspls (versão 1.34 © 2003 por F. James Rohlf) como APS (versão
1.2 © 1999 por Penin), foi criada uma matriz simétrica a partir dos resíduos de
variação entre as amostras dos cinco tributários através da análise relativa das
localidades.
32
O propósito da análise de deformação relativa é explorar toda a
forma foram calculados com a opção escalar α=0, que distribui o mesmo peso
Por sua parte, a análise do TPS foi utilizada para ajustar uma função de
Sheets).
parcial warp (autovalores) para uma referência comum e produz uma matriz
33
coluna com os novos grupos determinados pelo CVA. O estudo dessa matriz
foi ajustado ao tamanho dos otólitos para assegurar a maior resolução possível
produzidas com luz refletida. Cada otólito foi digitalizado, proporcionado entre
Fourier (DEF), foram usados para representar a forma dos otólitos na ausência
34
Os coeficientes de Fourier foram calculados usando-se o programa
Onde:
R = comprimento do raio
θ = ângulo polar
a0 = amplitude da harmônica 0 (zero)
Ak = amplitude da enésima harmônica
φk = ângulo de fase da enésima harmônica
k = número de harmônicas
ak e bk = coeficientes de Fourier da enésima harmônica
35
amplitude da harmônica 0 (zero). Esse procedimento impede que os diferentes
proposto por Kuhl & Giardina (1982). Segundo esse método, a forma
p
( ∆t p = ∑ ∆ti ), e o perímetro do contorno é definido pela expressão T=tk, onde:
n =1
p
coordenada X cada ponto pth é definido como: X p = ∑ ∆xi onde: ∆xi é o
n =1
Y seria:
36
∞ 2n * π * t p 2n * π * t p ∞ 2n * π * t p 2n * π * t p
Y p = Ysen + ∑ c ak cos + d bk sen X p = X sen + ∑ a ak cos + bbk sen
n =1 T T n =1 T T
Onde:
T k ∆X 2n * π * t p 2n * π * t p −1
∑
p
an = * * (cos − cos )
2n * π
2 2
p =1 ∆t p T T
T k ∆X 2n * π * t p 2n * π * t p −1
∑
p
bn = * * ( sen − sen )
2n 2 * π 2 p =1 ∆t p T T
T k ∆X 2n * π * t p 2n * π * t p −1
∑
p
cn = * * (cos − cos )
2n 2 * π 2 p =1 ∆t p T T
T k ∆X 2n * π * t p 2n * π * t p −1
∑
p
dn = * * ( sen − sen )
2n * π
2 2
p =1 ∆t p T T
Liu et al., (1996). Nesse sentido, o programa SHAPE extrai o contorno da forma
coeficientes para cada otólito (quatro por cada uma das 20 harmônicas). Os
dimensões.
37
RESULTADOS
órbita ocular.
38
Distancia média de
procrustes D=0,006
Distancia média de
procrustes D=0,090
RIO GUANARE
Distancia média de
procrustes D=0,041
RIO PORTUGUESA
Distancia média de
Procrustes D=0,150
RIO SANARE
Distancia média de
Procrustes D=0,190
RIO CAPARO
CONFIGURAÇÃO DE CONSENSO
39
Tabela 2. Resultado da análise de componentes da forma dos peixes do alto
Llano no sistema do rio Apure, para os dois primeiros componentes.
Variáveis PC 1 PC 2
Arauca -0,002 0,012
San Carlos -0,003 -0,034
Portuguesa -0,009 -0,052
Guanare -0,007 0,047
Sarare 0,001 -0,002
Caparo 0,013 -0,047
Variância explicada 68,590% 18,407%
crânios dos peixes nos diferentes tributários. Para isto, cada tributário do alto
Llano foi comparado com o rio Arauca, usando-se este último como grupo de
40
No rio Caparo, foi observada uma segregação (Figura 8a) mostrando
Caparo
Arauca
lado direito do gráfico em relação aos crânios mais compridos entre os escores
outros. No caso do rio Sarare (Figura 8b), também foi observada uma
41
Arauca - Sanare
Arauca - Portuguesa
42
Por outro lado, nos rios Portuguesa e Guanare (Figura 8c,8d) a mistura
dos escores foi alta para todos os componentes. No caso do rio Portuguesa, o
discriminação.
Arauca - Guanare
(Figura 8e), a distribuição dos escores, foi semelhante ao rio Sarare, noqual o
limitada (9%).
43
Arauca - SanCarlos
(out-group) sempre foi maior que os grupos testados, inclusive no caso do rio
San Carlos foi menor, tudo isto além de se apresentar em forma misturada.
diferença dos caparari do rio Caparo com respeito ao grupo de referência (rio
Arauca) seguido pelo rio San Carlos. A diferença apenas não foi significativa
44
Tabela 3. Resultados do teste Goodall’s com reamostragem (bootrap) da
distância de procrustes, aplicado entre os tributários do alto llano.
Goodall’s F g.l.1 g.l.2 P Dist. Linf Lsup α=0,01 Re-
F-test Media amostragem
Arauca- 7,31 40 2680 <0,005 0,0175 0,015 0,022 99% 1000
caparo
Arauca- 6,39 40 3240 <0,005 0,0111 0,009 0,013 99% 1000
SnCarlos
Arauca- 4,93 40 2960 <0,005 0,0116 0,010 0,014 99% 1000
Guanare
Arauca- 5,27 40 2720 <0,005 0,0145 0,011 0,021 99% 1000
Portuguesa
Arauca- 3,08 40 2880 0,386 0,0090 0,009 0,012 99% 1000
Sarare
Essa configuração padrão foi comparada com cada peixe dos diferentes
9d).
45
Configuração de consenso
Figura 9a. Resultados do grau de torsão de placas (Thin Plates Spline), das
coordenadas dos pontos de referência homólogos do neurocrânio do caparari,
baseadas nos fatores de ponderação da inflexão parcial (partial warp score) do
rio San Carlos (abaixo) e configuração de consenso (acima).
46
Rio Portuguesa
Rio Guanare
47
Rio Caparo
Rio Sanare
48
Com o propósito de validar este padrão de segregação do rio Caparo
com o resto dos tributários, foi aplicada a análise variante canônica (CVA), que
indicou diferenças significativas entre os tributários (Wilks λ= 0,304; F[22, 196] =
primeiro eixo da variável canônica (CVA1, 70%), os peixes deste tributário são
Figura 10. Distribuição dos escores da análise CVA, onde o círculo representa
o rio Arauca; estrela rio Caparo; o triangulo rio San Carlos; a cruz Sarare; o
quadrado rio Portuguesa e o asterisco rio Guanare.
49
Os resultados desses classificação foram significativos (P<0,001), porém
reconhecimento dos tributários Caparo (eixo 1), Arauca (eixo 2), San Carlos
(eixo 3) e Portuguesa (eixo 4). Os peixes dos rios Guanare e Sarare não foram
forma (Figura 7), com a diferença de que o CVA conseguiu mostrar uma
50
Tabela 5. Resultados da classificação da análise variante canônica (CVA),
entre os peixes dos tributários do alto Llano. Onde: A= Rio Arauca; C= Rio
Caparo; R= Rio San Carlos; G= Rio Guanare; S= Rio Sarare; P= Rio
Portuguesa. Os valores entre parênteses (x) foram reagrupados pelo CVA.
A C R G S P
Tributários 1 2 3 4 5 6
A 1 47(47) 0(0) 0(1) * 0(2) * 0(0) 0(0)
C 2 0(0) 10(10) 0(0) * 0(0) * 0(0) 0(0)
R 3 0(0) 0(0) 18(13) * 0(5) * 0(2) 0(3)
G 4 0(0) 0(0) 0(2) * 16(7) * 0(2) 0(1)
S 5 0(0) 0(0) 0(1) * 0(2) * 21(17) 0(0)
P 6 0(0) 0(0) 0(1) * 0(0) * 0(0) 14(10)
* grupos não reconhecidos pela análise variante canônico.
Llano, foi realizada baseados nos resíduos dos coeficientes dos descritores
6).
51
o rio Caparo (com sinal negativo) do resto dos tributários. É importante
geral dos otólitos para cada tributário, mostrando uma singularidade na forma
52
Río Arauca Río Sanare Río Guanare
53
variabilidade de padrões de contorno em otólitos de maior tamanho, conforme
Figura 13. Comparação dos valores das amplitudes das sete primeiras
harmônicas, que definem o contorno do otólito Asteriscus com relação ao
comprimento furcal do caparari.
54
DISCUSSÃO
subpopulações”.
55
Alguns autores sugerem que os estudos genéticos para a separação de
morfométricos (Pawson & Jennings, 1996), pois um estudo realizado com estas
56
Estudos morfométricos em peixes têm sido aplicados para uma vasta
quantidade de espécies (Loy et al., 1996; Carpenter, 1996; Corti & Crosetti,
1996; Jeffrey,1997; Fink & Zelditch,1997; Calvacanti, 1999; Jeffrey et al., 2000;
Duglas et al, 2001; Ruber & Adams, 2001; Neves & Monteiro, 2003; Calvacanti,
com esta nova abordagem estão quase todos enfocados na morfologia externa
preservação.
entre outros, também são escassos. Os crânios têm sido a estruturas mais
cada tributário, foi observado que os rios Caparo e Guanare uma limitada
57
diferenciação entre os outros tributários, mostrando também, uma baixa
de grupos.
Caparo. O fato é que este subgrupo foi caracterizado por uma tendência
condições ambientais.
Este último aspecto pode ser altamente significativo, já que nos rios
Sarare e Caparo são os únicos tributários do rio Apure que apresentam baixas
58
densidades de populações humanas, sem fontes de poluição e habitats poucos
pode ter ou não uma vantagem adaptativa. Uma abordagem diferente como,
populações desta espécie na bacia do rio Orinoco, que aqui vamos de chamar:
59
Estoque 4 (Delta)
Estoque 3 (Caura)
Estoque 2 (Apure)
Estoque 1 (Meta)
neurocrânio.
Análise de contorno
A análise da forma dos otólitos está sendo utilizada cada vez mais como
Reddin,1994; Stransky, 2001). De modo que a forma dos otólitos tem mostrado
ser específica para espécies (Hecht & Appelbaum, 1982) e para populações
60
(Messich, 1972; Neilson et al., 1985). Em alguns casos, a forma dos otólitos
estoques (Castonguay et al., 1991; Campana & Casselman, 1993; Berg &
Brown, 2000).
pode mostrar uma variação clinal pela distância ou pela localização geográfica
(Worthman, 1979; Smith, 1987; Begg & Brown, 2000; Gauldie & Jones, 2000).
A variação clinal da forma dos otólitos tem sido explorada como ferramenta
(Gauldier & Crampton, 2000) ou poderia estar vinculada com a idade, visto que
a borda dos otólitos tende a ser mais irregular conforme os peixes aumentam
61
presente trabalho no rio Caparo (ver capitulo IV), confirmam o mencionado
comprimento ou idade dos peixes, que podem ser relacionadas a uma espécie
harengus).
foi mais evidente, o que poderia ser explicado pela irregularidade na forma dos
versão1, 2 tem um algoritmo que normaliza o tamanho dos otólitos sem afetar
62
Definição de estoque
permitiu uma diferenciação baseada na formas dos otólitos para esta espécie.
caparari, através das técnicas de Procrustes e Thin plate spline, indicaram que
padrão morfológico dos neurocrânios e dos otólitos, mas não foram tão
63
CAPÍTULO III
DETERMINAÇÃO DA IDADE E CRESCIMENTO SAZONAL DO CAPARARI
NO RIO APURE
INTRODUÇÃO
anual com fatores tais como: ciclo reprodutivo, ritmos fisiológicos, nível do rio
64
Para definir a idade dos peixes, o conhecimento sobre a determinação
marcas que o peixe forma por ano) é uma condição indispensável (Beamish &
para espécies que habitam nas áreas alagáveis tais como: Prochilodus
da espécie.
65
MATERIAIS E MÉTODOS
Coleta de dados
75º00`00``W
San Fernando
Baixo Llano
6º00`00``N
Colômbia
66
Análise de dados
digital de imagens.
67
observação dos Asteriscus inteiros foi realizada com luz refletida numa base
Análise qualitativa
estudo está inserido (Oliveira, 1997; Valeruz-Rego et al., 1998; Perez, 1999;
Análise quantitativa
68
Para verificar se os critérios de leituras foram mantidos durante o estudo
(Sokal & Rohlf, 1981; Zar, 1996). Para verificar a normalidade dos dados, foi
realizado um ajuste dos dados para uma curva de distribuição normal, avaliada
utilizado o método do incremento marginal relativo IMR (Fabré & Saint Paul,
IMR= (Rt-Rn/RN-Rn-1)
Onde:
Rt = raio total do otólito
Rn = raio do centro da estrutura até a última marca
Rn-1= raio do centro da estrutura até penúltima marca de crescimento
69
Borda
M4 Rt
M3 Rn
M2 Rn-1
M1
Rohlf, 1981; Zar, 1996). Essas informações foram relacionadas com os níveis
médios do rio Apure (no baixo Llano) para os últimos três anos, proporcionados
70
pela direção setorial de hidrologia do Ministério do Ambiente e dos Recursos
y ≡ α + β1 ∗ cos(θ ) + β 2 ∗ sen(θ ) + δ
Onde:
y= variável dependente
β= coeficiente de regressão
α= média geral
θ= freqüência angular (2π*t / K)
t= variável independente
K= número de dias ou meses
π= pi
δ= erro aleatório
amostrados.
Definição da idade
coincidindo com o período citado por Reid (1983) e Castillo et al.(1988). Dessa
71
forma, foi estabelecido arbitrariamente 1º de junho como data de aniversário,
reprodutivo da espécie.
W= a*L b
Onde:
W= peso (g)
a= intercepto da ordenada
b= coeficiente de regressão
L= Comprimento furcal (cm)
72
Índice de condição
esperado para esse peso (Anderson & Gutreuter, 1983). Neste estudo, o índice
Wev
Kn= -------------
aLb
Onde:
Kn = índice de condição
Wev= peso eviscerado (g)
aLb = peso estimado, sendo a e b constantes da relação peso-comprimento e L
o comprimento furcal do peixe.
baixo Llano. Para a definição dos diferentes estádios gonadais (I, II, III, IV, e V)
dos grandes bagres da Amazônia, foi usada uma classificação qualitativa das
73
RESULTADOS
das leituras das marcas de crescimento através dos cortes transversais. Com a
tamanhos entre os otólitos direito e esquerdo pelo teste t, entre médias com
análise de regressão linear entre o comprimento furcal e o raio total dos otólitos
Análise qualitativa
74
apresentou o menor valor (10,2%). Estas marcas duplas geralmente apareciam
quando a forma do otólito era muito irregular, e o padrão de marcação era difícil
de identificar.
principalmente quando duas marcas apareciam juntas (em uma série); nesse
Análise quantitativa
75
Raio total (mm)
LF= -34,56+41,79*Rt
r= 0,89
se = 0,35
n = 120
forma geral, um deslocamento das modas para cada marca, conforme aumenta
76
o tamanho, indicando que os critérios de leituras foram mantidos (duas leituras
por um leitor) durante o processo de contagem de anéis (Figura 4). Por outro
enquanto que as marcas VI, e VII não apresentaram um ajuste à curva normal
77
Figura 4. Distribuição da freqüência relativa dos tamanhos das marcas de
crescimento observadas no otólito Asteriscus do caparari no baixo Llano.
78
Periodicidade de formação das marcas
Na avaliação do crescimento sazonal do caparari no baixo Llano, o IMR
nos anos 2001 e 2002. Enquanto para o 2003, o mês de março foi diferente ao
resto dos meses, indicando uma clara relação entre o IMR com o hidrociclo do
79
A
80
Neste sentido, ao longo dos três períodos hidrológicos amostrados o
M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A
81
Igualmente na Figura 6, observa-se que existem dois momentos de
menor crescimento, sendo um mais intenso que o outro, sendo mais acentuado
anel.
82
Definição da idade do caparari
meses de vida (durante a seca), sendo designados como grupo etário “0”.
capturados em junho 2002, por sua vez já teriam alcançado seu primeiro ano
de vida e seriam designados à classe etária 1. Por outro lado, aqueles peixes
grupo ”1+”. Se esses peixes fossem capturados em junho 2003, já teriam dois
marcas e uma área de crescimento (2+) de modo que, em maio desse ano
poderia existir duas possibilidades: a) os peixes têm duas marcas e uma área
83
Figura 8. Estados de crescimento de otólitos. A linha sólida representa marcas
completas alternando-se com áreas hialinas representando áreas de rápido
crescimento. As linhas com traços são marcas incompletas. A área
intermédiaria (jul-dez) pode representar uma área nova de crescimento sobre a
margem do otólito. O terceiro estágio representa duas possibilidades, cuya a
marca pode ou não ter começado a formar um anel nesse ano.
Chave idade-comprimento
crescimento a uma determinada classe etária, foi possível definir a idade dos
indivíduos capturados pela frota comercial do rio Apure. Com base nestes
(Tabela 5).
abundantes que os machos (capítulo IV). Uma explicação poderia ser que os
machos são realmente menores que as fêmeas com a mesma idade, e não são
84
Tabela 5. Chave idade-comprimento do caparari no baixo Llano, mostrando as
freqüências absolutas e relativas (sexos combinados).
Grupos idade 0 % I % II % III % IV % V % VI %
2003 2002 2001 2000 1999 1998 1997
Classes
Comprimento
10
15
20 11 100
25 39 100
30 52 100
35 77 96,3 3 3,7
40 27 77,1 8 22,9
45 12 24,0 33 66,0 5 10,0
50 6 12,2 35 71,4 8 16,3
55 3 4,6 52 81,3 9 14,1
60 1 2,2 18 40,0 24 53,3 2 4,4
65 6 12,8 32 68,1 9 19,1
70 7 20,0 12 34,3 12 34,3 4 11,4
75 7 21,9 4 12,5 15 46,9 5 15,6 1 3,1
80 4 19,0 6 28,6 3 14,3 7 33,3 1 4,7
85 1 5,8 2 11,8 0 0,0 11 64,7 2 11,8 1 5,8
90 5 35,7 1 7,1 2 14,3 5 35,7 1 7,1
95 0 0,0 2 25,0 4 50,0 2 25,0
100 1 20 1 20,0 2 40,0 1 20,0
105 1 50,0 1 50,0
110 1 100
etárias dos anos 2001 e 2003, foram observadas baixas freqüências nos
classes etárias para esse ano, especificamente a classe de dois anos (coorte
2000) no ano 2002. Essa classe dominou as capturas desse ano. No ano
85
2001
variou de 0,01 a 0,07 (Tabela 6). Aparentemente, existe uma variação sazonal
86
fisiológico, relacionado com o processo reprodutivo, já que, durante a
incrementam-se (Tabela 6). Igualmente foi observada uma queda dos valores
87
2000
88
2002-2003
queda ao longo do ano. No caso dos machos, o índice mostrou valores baixos
desde março até junho, sendo este comportamento mais pronunciado nas
machos.
89
Figura 12. Variação mensal do índice de condição por sexos (anos 2000-2002
combinados), comparados ao hidrociclo anual do rio Apure.
90
Estádios de maturação sexual
assim como de fêmeas prontas para a desova (estágio IV), nos meses de
Figura 13. Freqüência relativa mensal dos estádios de maturação sexual das
fêmeas de Caparari no sistema hidrográfico do rio Apure.
91
de maturidade sexual por áreas (alto e baixo Llano), conformando que, durante
Por outro lado, foi observada uma alta freqüência de fêmeas nos
estádios III e IV, enquanto que, no baixo Llano, durante esse mesmo período a
(Figura 14).
Figura 14. Freqüência relativa mensal dos estádios de maturação sexual das
fêmeas de Caparari durante a enchente no alto e baixo Llano.
92
O caparari inicia sua migração durante a vazante, como uma resposta a
calha do rio.
os peixes (não somente os capararis) estão ovados. Esse fato foi verificado
principais mercados municipais do alto Llano, onde foi observado que quase
caparari deve acontecer no fundo das poças quase isoladas que se formam na
calha principal dos rios durante a seca no alto Llano, entre 150-200 m acima do
nível do mar, no sopé dos Andes, onde começam os leitos de pedra e seixo
dos rios.
93
DISCUSSÃO
determinação da idade, por ser uma estrutura que permite uma fácil leitura dos
ritmo de crescimento.
Determinação da idade
Existem vários métodos, tanto diretos como indiretos, para a validação das
crescimento por méio do IMR requer uma amostragem representada por peixes
94
de diferente tamanhos, idades e sexos (Brothers, 1983). Geralmente, esta
condição é difícil de satisfazer. Por esse motivo, Campana (2001) sugere que a
dois ciclos completos de modo que a sobreposição dos resultados possa definir
Crescimento sazonal
trabalhos na região neotropical têm mostrado uma estreita relação entre o ciclo
Vieira,2003).
crescimento ao final da seca de cada ano. Isto também foi confirmado pelo
95
vários trabalhos publicados, alguns ciclos biológicos de espécies aquáticas,
tempo (Fabré & Saint-Paul,1998). Esse método foi considerado como uma
intensas poderia chegar a produzir uma marca mais forte. Se esta idéia
pudesse ser confirmada no futuro, isto poderia ser um indicador dos efeitos de
(Alonso, 2002).
96
De acordo com Lowe-McConnell (1987), para os carnívoros a
crescimento não foi discriminada por tipo de habitat ou ambiente durante este
marcas são indicativas da idade é anual como em Paulicea lutkeni (Reina et al.,
Panfili,2000).
97
(Pygocentrus sp.), que eventualmente alimentam-se de frutas ou sementes
(Goulding, 1980).
Índices biológicos
espécies de peixes que habitam nas áreas alagáveis (Saint-Paul, 1984; Junk et
1997).
98
Os resultados do ciclo reprodutivo avaliado pela freqüência dos
A explicação desta redução dos valores de “b” no início do ano pode ser
destes parâmetros.
99
Apesar de que não existem pontos de referência biológico que considere
mortalidade total rendimento otímo, entre outros (Caddy & Mahon,1995), este
como valor isométrico K=1, sendo que valores acima de um, representa uma
oposta.
100
Considerando que o caparari forma uma marca por ano no otólito, a
sazonais do nível do rio, gerando marcas que podem ser causadas por um
único fator.
101
CAPÍTULO IV
VARIAÇÃO ESPACIAL E TEMPORAL DA ESTRUTURA POPULACIONAL E
CICLO DE VIDA DO CAPARARI NO RIO APURE
INTRODUÇÃO
102
Aspectos como os que foram mencionados anteriorermente mostram
que a migração dos peixes, dentro de um contexto ecológico, não pode ser
vida das espécies dentro do sistema do rio Apure seria a principal causa para
dos ecossistemas aquáticos dos rios tropicais (Junk,1997). No rio Apure, como
impacto na parcela da população que está sendo pescada. Por isso, ao longo
103
MATERIAIS E MÉTODOS
Coleta de dados
2001 (n=2488).
Rio Portuguesa
Rio Guanare
Rio Caparo
San Fernando
Rio Sarare
104
Análise de dados
usando-se como fator os anos (no baixo Llano) e os tributários do rio Apure (no
ICLARM).
cada um dos tributários estudados e ao longo dos anos, foi calculada a relação
W= a*L b
Onde:
W= peso eviscerado (g)
a= intercepto da ordenada
b= coeficiente de regressão
L= Comprimento furcal (cm)
105
Para detectar alometria no crescimento da espécie, foi aplicado o teste t
dp(x) b-3
t = ------------ * ------------ * √ n-1
dp(y) √ 1-R2
Onde:
dp(x) = desvio padrão do ln do comprimento furcal
dp(y) = desvio padrão do ln do peso eviscerado
n = número de observações
r = coeficiente de correlação do ln do comprimento furcal e peso eviscerado
b = coeficiente de regressão do ln do comprimento furcal e peso eviscerado
cada área do alto Llano e cada ano do baixo Llano, foram estimados o
valor que depois foi utilizado nas equações empíricas de Binolhan & Froese
(2000).
106
Variação espacial e temporal da proporção sexual
(alto Llano) e por anos (baixo Llano), foi testada a hipótese H0: a proporção
total, por tributários e por anos. Para a confirmação desta hipótese, foi
menor que 200, a estatística G foi ajustada pela correção de Wiliams (Sokal &
Rohlf, 1981).
metodologia proposta por Chugunova (1963) e Holden & Raitt (1974). Segundo
107
RESULTADOS
forma geral, o menor valor médio dos comprimentos foi observado no rio San
(Tabela 1).
das modas e médias entre estes tributários no sentido San Carlos-> Caparo,
senão que nesta última localidade foram incorporadas novas modas que
sendo baixa nos rios Guanare, Portuguesa e San Carlos onde a pressão
pesqueira é mais intensa que nos restos dos tributários do sistema hidrográfico
do rio Apure.
108
Figura 2. Distribuição das freqüências de comprimento no alto Llano (sexos
combinados).
109
Distribuição temporal dos comprimentos do caparari no Baixo Llano
1996 (73,63 cm) e menor em 2002 (56,61 cm) (Tabela 2 e Figura 2).
Anos x Mo σ CV n
1996 73,63 82,0 13,356 18,13 204
1997 64,77 70,0 13,264 20,47 929
1998 62,02 60,0 11,485 18,51 301
1999 75,37 72.5 11,230 14,89 466
2000 62,87 49,0 19,228 30,58 202
2001 59,02 45,4 19,495 33,03 100
2002 56,61 49,0 18,430 32,56 204
2003 60,14 45,0 13,272 22,07 187
Media 64,31 59,11 11,630 23,78
modas dos comprimentos, de 1996 (82 cm) até o ano 2003 (45 cm). Os valores
dos dados com relação à média, com valores baixos entre os anos 1996 e
usando os anos como fator mostrou diferenças significativas (F0,05 [7; 3586]=
110
Tabela 3. Resultados das probabilidades do teste LSD da comparação dos
comprimentos do caparari entre os anos no baixo Llano.
Fator 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Média geral
1996
1997 4,1E-15
1998 2,1E-18 0,0046
1999 8,2E-08 0,0007 2,5E-07
2000 7,0E-17 0,0735 0,26908 9E-06
2001 3,1E-30 1E-09 0,12005 2E-18 0,00166
2002 0,000 2E-13 2,3E-05 4E-20 4E-08 0,0004
2003 5,4E-13 0,0047 0,28952 2E-05 0,07141 0,8298 0,0456
Llano resultou numa distribuição tri-modal, para a maioria dos anos analisados
ano 1999 poderia ser inserido neste grupo, porém as freqüências dos
111
comprimentos para 1999 mostrando uma clara distribuição unimodal. No ano
2002 houve uma pequena amostra de peixes do grupo 1, mas nos anos 1996;
2001 e 2003 foi possível distinguir três grupos de tamanhos (2, 3, 4 e 5),
analisadas por sexo e por ano, mostrou que os comprimentos médios das
fêmeas são maiores que o dos machos, com exceção dos anos 2000 e 2003.
112
As diferenças entre as médias oscilaram entre 4 e 12 cm dependendo
do ano, mas nas modas estas diferenças foram mais evidentes. Em ambos os
Fobs= 1981,46) (Tabela 5). Por outro lado, teste t-student indicou alometrias
113
positivas (b>3) nos rios Sanare, Caparo, Portuguesa e San Carlos alometria
114
resultados mostraram diferenças significativas entre os anos (F0,05
capitulo V.
115
(Lopt) do caparari, também foi baixo para estes rios. Em quanto que os rios
de 1,10:0,90 a favor das fêmeas. No baixo Llano, esta hipótese também foi
116
predomínio das fêmeas durante o período (2002-2003). A relação de
1999 com predomínio das fêmeas. Porém, a partir de 2000 não se evidenciou
amostra para o total dos peixes amostrados, os resultados indicam que mais de
70% dos capararis capturados no alto Llano tinha entre dois e três anos, e que
estas classes etárias representaram mais de 80% das capturas (Figura 6).
117
Figura 6. Variação espacial da estrutura etária do caparari nos principais
tributários (alto Llano) do rio Apure no período 2001-2003.
Nos rios Guanare e San Carlos predominaram os indivíduos de dois
anos, diferenciando-se dos rios Sarare e Caparo, nos quais as classes de dois,
três e quatro anos se tornam mais importantes assim como também se observa
118
um incremento progressivo das classes etárias cinco e seis, principalmente no
maioria dos indivíduos (>60%) capturados pela frota comercial em 1996 tinha
três anos de idade, com amplitude total entre três e sete anos.
das classes etárias menores, isto é, classes zero, um e dois. (Figura 7).
Entretanto somente para o ano 2002 a moda ficou na classe etária dois.
119
Figura 7. Variação temporal distribuição etária do caparari no baixo Llano no
período 1996-2003.
120
DISCUSSÃO
cada setor. No caso do alto Llano, foi observado que a composição dos
tamanhos nos principais tributários da bacia do rio Apure, tem uma alta
apresentaram maior proporção de indivíduos >70 cm. Já para o baixo Llano, foi
comprimento furcal.
121
observar às modas no alto Llano, aumentando comparativamente na medida
no rio Orinoco. Por sua vez, as modas no baixo Llano mostraram tendência de
ciclo similar.
quanto que nas outros tributários (Sarare e Caparo) não apresentam altas
permite que o sistema ecológicos destes ambientes tenha uma maior resilencia
(Novoa, 1996).
de peixes submetidas à exploração tem sido observada por Haedrich & Barnes
(1997); Ault et al. (1998); Babcock et al.(1999), entre outros. Vários autores têm
espécies marinhas das regiões temperadas (Froesen & Pauly, 1998; McAllister
122
Por isso, o comprimento médio tem sido recomendado como um ponto
de referência, pois este indicador poderia ser mantido mais alto que o
indivíduos de uma coorte consigam reproduzir pelo menos uma vez (Caddy &
rios (Rabinovich & Novoa,1982); poluição das águas com biocidas (Novoa,
Leite & Bittencourt,1991), entre outros que sem duvida alguma, também
123
sustentabilidade deste recurso, se medidas de manejo não forem tomadas a
estrutura da população pode variar dentro de certos limites como uma resposta
Collie, 1997).
Portuguesa e San Carlos (grupo 2), assim como no rio Sarare (grupo 3).
analisados.
do caparari no sistema do rio Apure, que permitam entender seu ciclo de vida
124
A composição de uma população pode ser representada pelo número e
comprimentos (Nikolsky,1969).
similares, com a exceção dos rios Guanare, Portuguesa e San Carlos no alto
Llano onde predominando a classe etária de dois anos esta dominância pode
alto Llano. Uma conclusão similar foi advertida por Barbarino (no prelo). Desta
capitulo II.
Llano outra leitura pode ser realizada com esses dados. Considerando que os
125
peixes de uma coorte podem pertencem a diferentes classes etárias, é possível
explorando por vários anos até 2003. Isto poderia explicar a alta freqüência de
de mares temperados, este tipo de evento é mais comum que nas espécies de
de estatísticas pesqueiras.
conformado por aqueles que esta sendo recrutados pelo aparelho de pesca. De
forma geral os dados de comprimento do baixo Llano são diferentes aos do alto
tamanhos.
proporção sexual a favor das fêmeas. Nesta área foram encontradas fêmeas
126
em estado virgem ou em repouso e a diferença entre os sexos foi de
foi ainda mais evidente a favor das fêmeas. Estes dados confirmaram a cada
região (alto e baixo Llano) como áreas homogêneas nos qual o caparari tem
caparari no rio Apure, sendo estas as que atingem o maior tamanho. Mas
no rio Apure durante o período 1996-2000, indicam que as fêmeas foram mais
nenhum sexo indicando, também, que ao longo do tempo existem funções que
127
encontrou diferença significativa entre os tributários, indicando que os peixes
do rio Sarare apresentaram os valores mais altos. Isto poderia ser visto como
que incrementam o comprimento. De acordo com isto, seria lógico esperar que
aqueles dos demais peixes do alto Llano, mas provavelmente algum tipo de
limitação relacionada à alimentação pode estar ocorrendo neste rio para que os
Ciclo de vida
Esta migração pode ter dois propósitos. Por um lado, aproveitar a oferta
(Reid,1983; Barbarino et al.,1999). E por outro lado, pode ser uma mudança de
do ciclo de vida do caparari dentro do sistema do rio Apure. Esta última opção
poderia ser a principal causa para que os caparari migrem durante a vazante,
128
acumular suficientes reservas alimentícias para o próximo evento do ciclo de
ecológico, a migração dos peixes não pode ser descrita sem considerar
Por outro lado, nas regiões tropicais as migrações mais importantes são
realizadas por espécies de água doce que cumprem seu ciclo de vida na água
Os peixes dos rios tropicais têm adaptado seu ciclo de vida a correnteza
129
A bacia do rio Orinoco constitui um complexo ecossistema que envolve
para o caparari presentes na bacia do rio Orinoco foram observada quatro sub-
“Metaica” (alto Orinoco) (Figura 8). Portanto, cada população teria seu próprio
130
Nesse sentido, o rio Apure representa uma parte de um sistema de
peixes geralmente migram rio acima dentro da calha do rio Apure até atingir
Goulding, 1997).
Escobar, 2001), permitem considerar esta região do alto Llano como área de
uma parte da população fica em repouso reprodutivo no baixo Llano. Este fato
também foi documentado por Loubens & Panfili (2000) no rio Mamoré.
131
As distribuições etárias do alto e baixo Llano mostraram o predomínio
das classes etárias 2 e 3, sendo que no baixo Llano todas as classes etárias
ausente. Um caso particular foi a presença de adultos de grande porte nos rios
determinado ano. Estas larvas seria arrastadas até o baixo Llano, durante a
enchente, esta coorte que nasceu nesse ano (grupo etário “0”), estaria
laogas,etc.), para seu desenvolvimento. Por outro lado, os caparari com mais
Já para este período os caparari com tem mais de um ano de idade, (grupo
permanece nas áreas de refugio durante a seca nas poças profundas formadas
132
coorte, já com dois anos e mais de 50 cm comprimento furcal, comença a ser
Llano e a outra parcela inicia a migração para o alto Llano a fim de dar inicio ao
(Figura 9).
133
perseguição dos caracídeos ou apenas procurando os habitats de refugio
que se realizou este estudo. Este fato também tem sido identificado em outras
bacias como no rio Mekong no sudeste da Ásia, onde os grandes bagres após
a desova voltam para as áreas de criação nas áreas inundáveis (Poulsen et al.,
Desta forma, concluímos que, a pesca comercial que atua no rio Apure
134
CAPÍTULO V
DINÂMICA POPULACIONAL DO CAPARARI
INTRODUÇÃO
135
aspectos sobre idade e crescimento (Barthem & Petrere, 1995; Ruffino & Isaac,
1995; SANYO, 1995; Barthem & Goulding, 1997; Loubens & Panfili, 2000).
136
MATERIAIS E MÉTODOS
y –y*
EMR= ---------------
y*
n
Onde:
y = comprimento observado
y* = comprimento esperado, estimado pelos modelos matemáticos
n = número de observações
137
Modelo de retrocalculo
para verificar a validação das estimativas (Francis, 1990), foram testados três
fórmulas:
Lobs = α+β*Rt+γ*T
Onde:
Lobs = Comprimento do peixe no momento da captura
Rt = Raio total do otólito
T = Idade do peixe
α = Intercepto da ordenada
β = Coeficiente de regressão para Rt
γ = Coeficiente de regressão para T
138
Posteriormente, no modelo de Morita & Matsuishi (2001) foram inseridos os
Lretroi= -α/β+(Lobs+α/β+γ/β*T)*Ri/Rt-γ/β*T
Onde:
lretroi = comprimento retrocalculado a idade i
Lobs = comprimento do peixe ao momento da captura
Ri = distância do centro do otólito ate a marca de crescimento i
Rt = raio total do otólito
T = idade do peixe no momento da captura
i = idade da marca de crescimento i
α = intercepto da reta da regressão múltipla
β = coeficiente de regressão para Rt da regressão múltipla
γ = coeficiente de regressão para T da regressão múltipla
comprimentos em classes.
Parâmetros de crescimento
139
Lt = L∞ ( 1-e – k (t-t0))
Onde:
2000).
Onde:
L∞ = comprimento assintótico teórico esperado
K = taxa de crescimento
t = idade do peixe no comprimento Lt
to = idade teórica do peixe no comprimento zero
Lmax= comprimento máximo observado
Tmax= longevidade
M = mortalidade natural
140
Mortalidade total (Z)
Larkin (1973).
Z= K*(L∞-L)/(L - L`)
Onde:
Z = coeficiente instantâneo de mortalidade total
N = tamanho da amostra
L‘= classe de comprimento melhor representado (moda) da amostra.
L = tamanho médio dos peixes maiores que L` da amostra
K e L∞ = parâmetros de crescimento de von Bertalanffy
representada na captura, o “L‘ ” foi utilizado como limite inferior desse intervalo
água.
M = 3*K(1-0,62)/0,62
M = - ln(1-0,95) / A0.95; A0.95 = to + 2,996 / k
log (M) = -0,0066-0,279*Log(L∞)+Log(k) +0,4634*Log(t)
141
Onde:
A 0.95= Longevidade
to = idade do peixe no comprimento zero
M = Mortalidade Natural
L∞ e k = são parâmetros de crescimento de von Bertalanffy
T (°C) = temperatura média anual da água em graus centígrados
ia reproduzido ao menos uma vez (Sparre & Venema, 1995; King, 1995).
Venema, 1995).
Índice de crescimento
método de Munro & Pauly (1983), conhecido como Phi prime test, sendo.
∅= log(k)+2*log (L∞)
142
Onde:
L∞ = comprimento máximo teórico esperado
K = taxa de crescimento
cada ano, assim como a mortalidade por pesca, foi utilizada uma análise de
última classe etária (Nx). Logo se estima o número de peixes no ano anterior
(N), depois a taxa de sobrevivência (S), mortalidade total (Z), por pesca (Fi) e
por último, o número médio de peixes durante o ano, repetindo o processo até
o início da coorte. Estes cálculos foram realizados com ajuda do programa VIT
143
Y/R= F*exp[-M*(Tc-Tr)]*W∞*[(1/z)-(3S/(Z+K))+(3S2 /(Z+2K))-3S3 /(Z+3K))]
Onde:
Y/R= Rendimento por recruta (gr/recruta)
F = Mortalidade por pesca
M = Mortalidade natural
Tc = idade de primeira captura
Tr = idade de recrutamento
W∞= Máximo peso teórico
Z = Mortalidade total
S = exp[-K*(Tc-to)]
k e to = parâmetros de crescimento de von Bertalanffy
pelo programa Yield (versão 1.0 ©Mrag Ltd.), sendo avaliados diferentes níveis
constante o valor de M.
Para estes casos, pode ser estimada a biomassa por recruta (B/R), que
relacionada com a captura por unidade de esforço. Portanto a B/R pode ser
144
B/R= (1/F) *Y/R
Onde:
Y/R = Rendimento por recruta (gr/recruta)
F = Mortalidade por pesca
B/R = biomassa por recruta (gr/recruta)
Estimativas de sobrepesca
indicadores propostos por Froese (2004), que permitem uma avaliação efetiva
espécimes maduros na capturas. O objetivo deveria ser permitir que 100% dos
número de peixes de uma dada classe etária sem pesca multiplicada com seu
peso médio individual qual seja máxima. Permita que o comprimento ótimo seja
maturidade sexual. O objetivo deveria ser que os 100% dos peixes capturados
145
maior ao comprimento ótimo (Lopt + 10%). Este indicador pode ter três
interpretações.
Indicador 2
Indicador 3
Indicador 1
146
RESULTADOS
Relação corpo-estrutura
Os valores de correlação dessas funções para o total de peixes (sexos
combinados) foram diferentes nos três modelos (Tabela 1). Dos modelos
relação também foi selecionada por apresentar o menor valor do erro médio
147
Raio total (mm)
Raio total (mm)
Modelos de retrocalculos
148
Porém, o modelo de Morita-Matsuishi (Tabela 5), apresentou os valores
mais altos das médias dos comprimentos retrocalculados de cada idade. Assim
dos peixes. Este modelo (Tabela 5), minimiza o efeito da contração das marcas
149
Figura 5. Variação dos comprimentos médios retrocalculados de cada idade
para as diferentes classes etárias no caparari.
Porém, a representação gráfica das médias dos comprimentos
150
Tabela 4 Distribuição da freqüência dos comprimentos retrocalculados de
caparari usando o método de Everhart no baixo Llano (sexos combinados)
onde: LF-N= comprimento furcal; x=média; sd=desvio padrão; cv= coeficiente
de variação; ∆= incremento entre idade; n= número de observações.
Idade LF-1 LF-2 LF-3 LF-4 LF-5 LF-6 LF-7
1 27,56
2 27,52 39,89
3 27,13 38,21 48,14
4 26,66 38,02 47,20 54,55
5 28,60 41,13 51,56 60,39 67,40
6 30,29 42,39 52,80 62,09 69,45 76,08
7 28,42 41,70 52,07 61,91 70,86 78,06 84,578
X 28,02 40,22 50,35 59,74 69,24 77,07 84,578
Sd 1,21 1,83 2,51 3,54 1,74 1,40
Cv 4,31 4,54 4,99 5,93 2,51 1,82
∆ 12,20 10,13 9,38 9,50 7,83 7,508
N 594 503 361 221 118 69 32
(Tabela 5).
151
Tabela 5. Distribuição da freqüência dos comprimentos retrocalculados do
caparari usando o método de Morita-Matsuishi no baixo Llano (sexos
combinados) onde LF-N= comprimento furcal; x=média; sd=desvio padrão; cv=
coeficiente de variação; ∆= incremento entre idade;n= número de observações.
Idade LF-1 LF-2 LF-3 LF-4 LF-5 LF-6 LF-7
1 33,12
2 35,03 43,03
3 36,95 47,97 54,07
4 37,12 49,65 56,69 62,01
5 41,58 54,37 62,55 68,92 73,79
6 42,51 58,26 66,75 73,79 79,09 83,66
7 42,87 58,32 66,82 74,31 80,77 85,73 90,17
X 38,45 51,93 61,38 69,76 77,89 84,70 90,17
Sd 3,87 6,11 5,82 5,71 3,64 1,46
Cv 10,07 11,77 9,48 8,18 4,68 1,73
∆ 13,48 9,44 8,38 8,13 6,81 5,48
N 594 503 361 221 118 69 32
crescimento nos otólitos, não foi observado o fenômeno de Lee (Tabela 6 e 7).
152
Tabela 7. Distribuição da freqüência dos comprimentos retrocalculados usando
o método de Morita-Matsuishi (fêmeas); x= média; sd= desvio padrão; cv=
coeficiente de variação; ∆= diferença no tamanho; n= número de observações.
Idade LF-1 LF-2 LF-3 LF-4 LF-5 LF-6 LF-7
1 35,93
2 36,28 43,65
3 42,32 51,47 57,77
4 40,24 50,11 57,25 62,65
5 41,41 52,44 60,58 66,91 72,01
6 50,69 61,26 69,18 75,99 81,56 85,77
7 45,50 56,93 65,39 72,48 78,53 83,45 87,82
X 41,77 52,64 62,03 69,51 77,37 84,61 87,82
Sd 5,17 6,02 5,14 5,91 4,88 1,64
Cv 12,38 11,44 8,28 8,50 6,30 1,93
∆ 10,88 9,39 7,47 7,86 7,24 3,21
N 374 353 261 121 88 39 12
Parâmetros de crescimento
153
Tabela 8. Parâmetros de crescimento segundo o modelo de von Bertalanffy
com seus intervalos de confiança estimados pelo método de MSV (baseado
nos comprimentos retrocalculados)
Parâmetros Estimados L inf L sup
Sexos combinados R=0.96 N= 1841
L∞ 118,950 118,500 119,400
k 0,168 0,167 0,173
to -1,107 -1,167 -1,047
Fêmeas R=0.96 N= 444
L∞ 119,990 119,390 120,590
k 0,171 0,164 0,1783
to -1,052 -0,972 -1,1328
Machos R=0.95 N= 375
L∞ 108,630 108,230 109,040
k 0,197 0,191 0,2035
to -1,184 -1,2447 -1,1247
indicam uma leve tendência na diminuição dos valores de L∞, to, ∅ e tmax
(Tabela 9).
154
Dos métodos analisados para determinar as estimativas dos parâmetros
155
Como já foi mencionado anteriormente, obteve-se um alto coeficiente de
Longevidade e mortalidade
populacional. De acordo com os resultados obtidos para cada ano (Tabela 11),
pelo método de Berverton & Holt (1959), não mostraram tendência, enquanto
que pelo método de Ssentongo & Larkin (1973) foi observado um padrão no
156
Tabela 11 Estimativa da mortalidade total (Z) anual para o período 1996-2003
no baixo Llano (sexos combinados).
Ano Beverton & Holt Ssentongo & Larkin
1996 0,3635 0,994
1997 0,7541 1,567
1998 0,5100 1,610
1999 0,8579 1,890
2000 0,4903 2,327
2001 0,4053 2,072
2002 0,5222 2,135
2003 0,3853 2,083
Média 0.5360 1,832
período de estudo mostrou uma variação interanual de 2,3 a 3,7 anos (Tabela
12). Por outro lado, nessa mesma tabela, pode-se apreciar que os capararis do
ano de 1996 começavam a ser recrutados entre 1,48 -1,60 ano. Igualmente
sem revelar padrão algum. Por outro lado, Tc, ao longo do período 1996-2003,
157
evidenciou uma marcada tendência na redução da idade de primeira captura,
Tabela 12. Resumo das idades médias de maturidade sexual (T50), idade de
recrutamento (Tr) e da primeira captura (Tc) do caparari para o baixo llano
durante o período 1996-2003 (sexos combinados).
Anos 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003
Tr 1,48 1,41 1,60 1,39 1,45 1,48 1,45 1,58
T50 2,88 2,84 2,35 3,10 3,75 2,88 3,01 2,59
Tc 4,86 4,25 3,18 3,80 1,90 1,97 2,21 1,80
análise de populações virtuais, com o programa VIT para Windows (versão 1,1
158
Da análise da Tabela 14, observa-se que a composição em peso da
captura para 1996, obtida pela análise de populações virtuais, mostraram que o
peso ótimo do estoque foi a partir de indivíduos com 3 anos de idade, com um
rendimento médio de 1.418 ton, somente para essa faixa etária, já para o ano
2003 este grupo etário contribuiu com apenas 397 ton. (Tabela 14 e 15).
começa a explorar o recurso a partir da classe etária de três anos com valores
(2-7 anos).
159
Tabela 15. Estimativas de parâmetros populacionais pela análise de
populações virtuais (VPA) para o caparari no baixo Llano no ano 2003.
Idade Comp. peso médio captura peso inicial peso médio Z F F/Z
Médio (cm) (kg) (Kg) (Kg) (Kg)
0 30,53 0,39 714,84 62.444,23 152.410,75 0,21 0,01 0,048
1 44,90 1,25 22.714,48 262.130,18 384.466,15 0,26 0,06 0,231
2 56,88 2,58 98.485,30 506.561,54 581.419,49 0,37 0,17 0,459
3 66,18 4,11 516.224,63 640.030,97 397.115,60 1,50 1,30 0,867
4 75,13 6,09 121.985,88 219.175,59 164.205,64 0,94 0,74 0,787
5 82,32 8,09 58.928,10 117.347,78 87.516,86 0,87 0,67 0,770
6 88,21 10,03 36.533,98 62.502,80 41.562,52 1,08 0,88 0,815
7 92,89 11,78 21.458,19 25.694,10 11.413,93 2,08 1,88 0,904
biomassa do estoque do rio Apure, estimado pelo programa VIT para Windows
sensível diminuição da produção pesqueira desde o ano 1995. Por outro lado
A B
160
Rendimento e Biomassa por recruta
3,0 anos) e simulando diferentes taxas de mortalidade natural (M= 0,20 e 0,40).
Tc=2,0) (Figuras 9f, 9g). Por outro lado, para a simulação realizada com um
Tc=3 anos (F=0,96) (Figura 9d). Já com os valores sucessivos de Tc= 2,5; 2,0
alcançar o menor rendimento com uma taxa menor de mortalidade (F= 0,56)
Tc, considerando M= 0,40 (Figura 9a). Por outro lado, com M= 0,20 observa-se
161
A E
B F
C G
D H
Beverton & Holt (1957), com diferentes valores de mortalidade natural e idade
162
e o valor de idade de captura (Tc=1,8) para avaliar o efeito interanual do
rendimento por recruta calculado para cada ano para esse mesmo período.
1997, sendo este valor menor para os atuais níveis de exploração do caparari
163
Figura 11. Curva de consenso do rendimento por recruta do caparari no baixo
llano, mostrando o ponto de referência biológico (F0,1); o rendimento máximo
sustentável (MSY) e o nível atual de exploração pesqueira.
analíticos.
16), observa-se que, em média, 73% das capturas do caparari têm atingido o
164
Tabela 16. Porcentagem dos indicadores de sobre-exploração proposta por
Froese (2004) aplicado ao caparari no sistema do rio Apure.
Anos 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 media
% Ind. > (Lm) 95,59 79,12 94,67 92,35 60,25 15,41 64,04 83,69 73,14
% Ind. = (Lopt) 72,06 55,54 77,67 30,62 15,98 15,17 17,73 46,81 41,45
% Ind. Velhos>(Lopt +10%) 43,63 19,81 50,00 8,79 9,84 9,83 14,78 31,21 23,48
destes indicadores desde 1996, mostrou que, época na qual quase todos os
Para o ano 2003 este cenário muda, o indicador 1 já mostra que uma
165
é ainda mais afetado, evidenciando uma porcentagem baixa (46,81%) de
peixes atingindo seu comprimento ótimo. Por último o indicador 3 mostra que a
De acordo com estes dados, é evidente que o caparari ainda não mostra
166
DISCUSSÃO
matemáticas têm explicado melhor essa relação, como foi observado no caso
corpo-estrutura foi bem explicada pela função linear (Perez, 1999; Perez &
Fabré, 2003).
enquanto que os peixes maiores tende a ter uma maior diversidade de formas
167
Modelos de retrocalculos
1976; Morita & Matsuishi, 2001). Existem dois tipos de hipótese para a
de retrocalculos.
melhor se ajusta aos nossos dados. Neste estudo, foram testados três modelos
Este modelo também foi selecionado por Alonso (2002) para descrever o
168
crescimento dos otólitos se matém constante mesmo sem crescimento
diferencial seria um dos fatores que produz esse efeito e, portanto, os peixes
No trabalho de Alonso (2002), assim como neste estudo, não foi observada
Parâmetros de crescimento
169
Ao longo do desenvolvimento deste trabalho (especificamente no
crescimento para esta espécie calculadas por Reid (1983). Entre outras razões,
para outras espécies neotropicais (Oliveira, 1997; Perez & Fabré, 2003; Vieira,
1999; Alonso, 2002; Vieira, 2003). No presente estudo, foi calculada a taxa de
& Panfili (2000), porém diferente aos resultados apresentados por Reid (1983)
espécies de bagres amazônicos obtidos por (Ruffino & Isaac, 1999; Barthem &
Fabré, 2004), uma taxa de crescimento (k) relativamente baixa para o caparari
170
mesma espécie em estudos anteriores de outras bacias hidrográficas (Reid,
entre outros), representa uma estratégia para atingir um tamanho maior para
Uma análise das estimativas do parâmetro "k" de von Bertalanffy por ano
para os capararis indicou que estes peixes foram menores nos anos 1996-
2000, enquanto que os maiores foram observados nos anos 2001 e 2003,
mudanças, mas ela não indica uma mudança na estratégia de vida da espécie.
Estratégias de vida
171
algum ponto desse contínuo (Winemiller & Taphorn, 1989; Clark,1991;
Winemiller, 1992).
Por exemplo, o caparari tem uma alta fecundidade, com táctica reprodutiva
maturação sexual de dois anos que pode ser considerada baixa, característica
que permite classificar-lo como uma espécie r-estrategista. Por outro lado, o
Uma situação similar foi detectada por Alonso (2002) com a dourada no rio
(2000) sobre o status dos grandes bagres da América do Sul, optamos por
172
encontradas neste estudo, o seja diminuição da biomassa, redução dos
neste momento nenhuma das duas situações está sendo atendida pelas
de maturidade sexual é L50= 47,62 cm. Deste modo, os peixes não têm
Mortalidade
diferentes métodos variaram entre M= 0,20 (Taylor 1958 apud: Sparre &
mortalidade natural foi a mais baixa entre as que já foram estimadas para a
mesma espécie em bacias vizinhas (Ruffino & Isaac, 1995; Loubens & Panfili,
2000).
Larkin (1973) e Beverton & Holt (1956), foi menor em comparação com os
173
estabelecer que a mortalidade total para o caparari é relativamente alta,
pesqueira sobre o estoque. A relação F/Z= 0,5 tem sido proposta como uma
deveria ser usado como um valor mais conservativo, nos estoques pelágicos
das pequenas espécies. Outros autores como Rochet & Trenkel (2003)
consideram que ao menos a relação F/Z= 0,5 deveria ser considerada, como o
explorado.
Os resultados da relação F/Z no caparari mostra que para 1996 ainda não
tinha atingido o nível de sobrepesca já que em media a relação F/Z foi menor
sobrepesca de crescimento.
174
interações interespecificas. No obstante a análise da B/R representa uma
mortalidade por pesca (F0.1, Fmax, Flow, Fmed, Fhigh, FMSY, 2/3FMSY, Fcrash, Floss,
Bloss). Todes eles são utilizados como indicadores para avaliação dos recursos
Neste estudo utilizamos o F0,1 que define a mortalidade por pesca no 10%
rendimento por recruta para o caparari, a mortalidade por pesca (F) ótima para
atingir o Maximo rendimento pro recruta (Fmax). Foi concluído que o valor atual
de mortalidade por pesca (F=1,83) está além do valor ótimo (F=1,30) e mais
(F0,1=1,01).
175
Os resultados obtidos para a simulação dos diferentes valores de M e Tc
pesqueiros.
Beverton & Holt (1957), também mostrou baixos rendimentos por recruta,
devido a que a pesca no baixo Llano é realizada quase durante todo o ano,
sem riscos.
Por outro lado, a biomassa por recruta deveria ser mantida por baixo
176
pesca. Ao menos 75% do RMS poderia ser atingido simplesmente mantendo a
a mortalidade por pesca deveria ser reduzida ao menos até 35% para manter a
possível.
da pesca nas diferentes coortes. Por meio desta ferramenta, é possível estimar
177
o tamanho da população e sua distribuição de idade, assim como a taxa de
longo dos anos como por classes etárias. Por exemplo, foi observado um
de idade 6 e 7 (2003).
correlação negativa não foi evidenciada para o caparari no rio Apure, isto
poderia indicar que o efeito da pesca sobre o estoque do caparari ainda não
sustentável.
Estimativas de sobrepesca
178
colocado em perigo de um colapso ou que seus rendimentos sejam inferiores
fossem aplicados.
recurso, enquanto que outro se refere ao rendimento que o homem pode obter
capturados antes que eles atingem o peso ótimo, fazendo que o rendimento
baixo rendimento na pesca. Neste caso o risco é para a pesca (como atividade
179
mesmo que esta última seja mais perigosa. Este problema deveria ser
população.
180
monitoramento das espécies como o caparari que são afetadas pela ameaças
determinado ano.
base nos resultados das avaliações periódicas (Gulland, 1983; Hilborn &
desenvolvimento sustentável.
de manejo não tanto apenas para o caparari, senão para a pesca em geral. Por
181
CAPITULO VI
PROPOSTA DE ORDENAMENTO PESQUEIRO PARA O SISTEMA
HIDROGRAFICO DO RIO APURE
INTRODUÇÃO
geralmente deve tomar decisões em pouco tempo sem conduzir uma análise
182
conseqüente acessória para a agência administradora a qual é a instância que
recursos naturais (Garcia, 1996; Garcia, 1994; Garcia et al., 1999). A estratégia
183
quando um determinado recurso biológico diminui sua densidade populacional
curto prazo mais do que é responsável ganhar é muito forte. Além disso, os
identificar.
184
mantida mais em mente que a sobrepesca de recrutamento, mesmo que esta
Até neste momento, não existem dados que permitam atribuir de forma
dos rios, poluição das águas com biocidas, ursinas hidroelétricas, entre outros)
situação.
necessidade de diminuir o esforço pesqueiro por ciclos a cada dois anos onde
realidade para esta espécie. Dada a forte pressão da pesca, é possível que
Ferramentas de manejo
existe um conjunto de objetivos que não sempre são compatíveis como: evitar
185
recurso e gerar empregos, assim como minimizar as flutuações da abundancia
manejo tem um custo e um resultado que pode ser mais ou menos fácil de
Pesqueiras
pesqueiro que podem ser de grande utilidade para a avaliação da pesca, como,
Ecológicas
186
e, portanto, com os deslocamentos tanto lateral (savana inundável-calha do rio)
Econômicas
pesqueiro.
Projetos pilotos
pequena (<100.000 Km2) sobre a qual seja possível monitorar a reposta das
pesca.
187
pesqueira foram baseadas em dados das estatísticas pesqueiras oficiais
(SARPA,1996).
captura).
integridade do ecossistema.
188
pesqueira. Infelizmente não temos séries longas de dados pesqueiros
manejo adaptativo.
189
qual a exploração dos recursos pesqueiros possa ser realizada de forma
sustentável.
Objetivo geral
ambiente.
Objetivos específicos
Abrangência geográfica
190
Este Plano de Manejo deverá delinear as ações de manejo para o
2
1
4
1 3 1
Bruzual
El Saman
Apurito
San Fernando
Arichuna
San Viciente
1
Quintero
Palmarito
191
Desenho Experimental das Estratégias de Manejo Pesqueiro
todo o recurso o qual não é econômico nem viável. Portanto, propõe-se criar
presas.
192
Tabela 1. Proposta de gestão dos recursos pesqueiros para o alto Llano do sistema hidrográfico do rio Apure.
ABORDAGEM OBJETIVOS DE MANEJO ESTRATEGIAS DE MANEJO ATIVIDADES INDICADORES PROJETO PILOTO
Manejo Conservação (Medio - Pesqueiras: Aumentar os Estimativas de L50 ALTO LLANO
Precautorio prazo) Aumento dos tamanhos de Controle:
comprimentos médios de abertura das redes CPUE/área Rio Paguey
Recuperação dos estoques captura. Estabelecer biomassa
dos grandes bagres período de defeso Tratamentos:
pimelodidos. - Ecológicas: Rio Caparo
Proteção do período Estabelecer Mortalidade total Réplicas:
reprodutivo reservas de pesca % infrações a lei Rio Sarare
Proteção das áreas de Maximizar
alimentação fiscalização
Proteção (Longo prazo) ALTO LLANO
- Pesqueiras: Proibição de Estimativas do
Recuperação dos habitats Restrição dos aparelhos malhadeiras comprimento medio Controle:
aquáticos dos tributários do de pesca não seletivos. Rio Portuguesa
3
rio Apure. Fiscalização Vazão m /seg
- Ecológicas: manter uma coordenada sólidos totais Tratamentos:
vazão mínima na seca dissolvidos Rio Guanare
Recuperação florestal das Iniciar um Réplicas:
margens dos rios programa de # clube de pesca Rio Bocono
reflorestamento estabelecidos
- Econômicas:
Fomento da pesca Fomento de clube # de eventos
esportiva de pesca esportivos
Torneios de pesca realizados
esportiva
193
Tabela 2. Proposta de gestão dos recursos pesqueiros para o baixo Llano do sistema hidrográfico do rio Apure.
ABORDAGEM OBJETIVOS DE MANEJO ESTRATEGIAS DE MANEJO ATIVIDADES INDICADORES PROJETO PILOTO
Manejo Fomento (Curto prazo) - Pesqueiras: Censo das BAIXO LLANO
adaptativo Maximizar a produção Zoneamento da frota comunidades Estimativas de Controle:
através das espécies r- pesqueira Definição áreas de comprimento de Rio Apure
estrategistas. Proteção das lagoas na pesca recrutamento
várzea Censo da frota Tratamentos:
Regulação de pesqueira % infrações a lei Rio Chirere
aparelhos de pesca Definição de lagoas Réplicas:
- Ecológicas: proteção fechadas % caminhões com Rio Boquerones
das áreas de criação Proibição da pesca na pescados
- Econômicas: savana inundável
subsídios aos Pagamento de 3
pescadores durante a salários mínimos
cheia
Conservação (Médio - Pesqueiras: Negar novas licenças. % matrícula BAIXO LLANO
prazo) estabilizar o tamanho barcos novos Controle:
da frota pesqueira Fiscalizar as Rio Arauca
Manter a sobrepesca de - Ecológicas: construções ilegais de % barragens
crescimento das espécies Conservação das áreas barragens eliminadas Tratamentos:
r-estrategistas. de várzeas Monitoramento da Mortalidade total Paso Arauca
Estabelecer reservas comunidade íctica El saman
de pesca Aplicar o co-manejo Rendimento Réplicas:
- Econômicas: em comunidades máximo Yagual
estabelecer direitos da ribeirinhas sustentável
propriedade do recurso
194
A mortalidade ocasionada pela pesca pode ser modificada restringindo-
medidas podem ser aplicadas para reduzir a taxa de mortalidade das espécies
juvenis.
nesses rios, é preciso proteger grupos etários maiores do caparari do que nos
outros tributários.
mas não são suficientes, sendo necessário uma área maior, onde os processos
declarar uma parte do delta interno do rio Apure (área sem vocação agrícola e
195
Redes de
reservas de pesca
com responsabilidade.
196
As áreas El Baul, Arismendi, Saman e Aricuna são propostas como
baixo llano próximo ao delta interno do rio Apure propõe-se uma área de
Assinação de direitos
de propriedade do
Recurso
Controle da captura
Controle do esforço
.
Figura 3. Áreas propostas para designar direitos de propriedade do recurso,
considerando as principais comunidades de ribeirinhos, no sistema do rio
Apure.
Ordenação baseada no controle temporal da pesca
nas cabeceiras dos principais tributários do rio Apure, como medida precautória
começa durante a enchente (abril junho), o aumento dos espaços aquáticos faz
com que a pesca seja bem limitada no baixo Llano, portanto este período é
197
considerado como de defeso natural. Nesse sentido, e levando em conta os
.
Figura 4. Áreas propostas para aplicação do período de defeso no alto Llano e
baixo Llano, no sistema hidrográfico do rio Apure.
198
Restabelecimento da comunicação lateral
terras com fins agrícolas, além da construção de barragens nas cabeceiras dos
rios que reduz a enchente em cada ano, assim como a sedimentação, esta
prioridade dos habitats aquáticos e das margens dos rios devido ao avançado
Áreas críticas
de recuperação
199
Fiscalização ambiental
com peso suficiente para garantir o cumprimento da lei por parte da população
(Figura 6).
Pontos de Fiscalização
Considerações finais
200
sobre o sistema que estão tentando manejar, fazendo modificações
para o manejo pesqueiro sem requerer uma ação que dependa de estudos
extensivos. Por outro lado, os políticos poderiam ver como uma opção política
201
descrever o status quo, não proporciona informação sobre o porque de uma
tenha demonstrado que para estas divisões paga-se caro, já que, com a perda
202
CONCLUSÕES
• Utilizando análise de contorno, a forma dos otólitos foi avaliada através dos
• O ciclo de vida do caparari indica que esta espécie desova no alto Llano e a
baixo Llano.
sobrepesca de crescimento.
203
RECOMENDAÇÕES
1. Iniciar um programa de monitoreo dos desembarco para a coleta de dados
biológicos pesqueiros para melhorar a estatística pesqueira através de
procedimentos padronizados em toda a bacia do rio Apure.
204
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