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O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente e inconsciente. Claro,
todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto de vista evolutivo, todos os órgãos
desenvolveram-se para permitir manter um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre
outros, para que as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.
E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela simples falta da
atividade cerebral adequada.
Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre. Mas, não há muito
tempo, também achávamos que as sensações (o amor, por exemplo), emanavam do coração.
Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas décadas. A necessidade
de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou “morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes de órgãos, e tornou-se necessário
protocolizar seu diagnóstico, já que indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis doadores.
Existem algumas diferenças para a definição de morte cerebral em diferentes países, mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas
características clínicas, que são facilmente reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e
não responsivas à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas 24 horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi
regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o
indivíduo esteja. [...]
Uma vez definida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá ter seus órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato que possivelmente
poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.
O seguinte fragmento “ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc,” (5º§) aponta ações que são empregadas, no texto, a fim de:
O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente e inconsciente. Claro,
todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto de vista evolutivo, todos os órgãos
desenvolveram-se para permitir manter um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre
outros, para que as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.
E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela simples falta da
atividade cerebral adequada.
Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre. Mas, não há muito
tempo, também achávamos que as sensações (o amor, por exemplo), emanavam do coração.
Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas décadas. A necessidade
de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou “morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes de órgãos, e tornou-se necessário
protocolizar seu diagnóstico, já que indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis doadores.
Existem algumas diferenças para a definição de morte cerebral em diferentes países, mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas
características clínicas, que são facilmente reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e
não responsivas à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas 24 horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi
regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o
indivíduo esteja. [...]
Uma vez definida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá ter seus órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato que possivelmente
poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.
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12/04/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
A partir de uma leitura atenta, nota-se que o autor utilizou como estratégia de construção do seu texto:
O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente e inconsciente. Claro,
todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto de vista evolutivo, todos os órgãos
desenvolveram-se para permitir manter um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre
outros, para que as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.
E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela simples falta da
atividade cerebral adequada.
Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre. Mas, não há muito
tempo, também achávamos que as sensações (o amor, por exemplo), emanavam do coração.
Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas décadas. A necessidade
de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou “morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes de órgãos, e tornou-se necessário
protocolizar seu diagnóstico, já que indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis doadores.
Existem algumas diferenças para a definição de morte cerebral em diferentes países, mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas
características clínicas, que são facilmente reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e
não responsivas à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas 24 horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi
regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o
indivíduo esteja. [...]
Uma vez definida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá ter seus órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato que possivelmente
poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.
Texto II
Perícia Médica
PERDA AUDITIVA NEUROSSENSORIAL POR EXPOSIÇÃO CONTINUADA A NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA DE ORIGEM OCUPACIONAL
APRESENTAÇÃO
A presente atualização da Norma Técnica sobre Perda Auditiva Induzida por Ruído – PAIR, objetiva simplificar, uniformizar e adequar o trabalho do médico perito ao atual
nível de conhecimento desta nosologia.
A evolução da Medicina do Trabalho, da Medicina Assistencial e Preventiva, dos meios diagnósticos, bem como a nova realidade social, motivou, sobremaneira, esta
revisão, tornando-a mais completa e eficaz.
Dessa concepção surgiram dois momentos que passaram a constituir os módulos do presente trabalho: a Atualização Clínica da Patologia e a Avaliação da Incapacidade
Laborativa. Este estudo resultou de iniciativa da Divisão de Perícias Médicas do INSS, que buscou parceria com diversos segmentos da sociedade, num debate aberto,
visando abordar todos os aspectos relevantes sobre o assunto, no período compreendido entre junho de 1996 e junho de 1997, com a efetiva participação de
representantes das Perícias Médicas, Reabilitação Profissional, Núcleo de Referência em Doenças Ocupacionais da Previdência Social – NUSAT/SRMG e Procuradoria
Estadual do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS; Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - Fundacentro/MTb; Associação Brasileira
de Medicina do Trabalho - ABMT; Centro de Referência de Saúde do Trabalhador do Estado de São Paulo - Cerest; Confederação Nacional das Indústrias - CNI;
Confederação Nacional do Comércio - CNC; Central Única dos Trabalhadores - CUT; e especialistas de renome. [...]
Ao comparar os dois textos que compõem a sua prova, pode-se concluir, em relação à adequação, que:
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12/04/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Assunto: Interpretação de Textos (compreensão)
ORDEM DE SERVIÇO 608 - INSS
Perícia Médica
PERDA AUDITIVA NEUROSSENSORIAL POR EXPOSIÇÃO CONTINUADA A NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA DE ORIGEM OCUPACIONAL
APRESENTAÇÃO
A presente atualização da Norma Técnica sobre Perda Auditiva Induzida por Ruído – PAIR, objetiva simplificar, uniformizar e adequar o trabalho do médico perito ao atual
nível de conhecimento desta nosologia.
A evolução da Medicina do Trabalho, da Medicina Assistencial e Preventiva, dos meios diagnósticos, bem como a nova realidade social, motivou, sobremaneira, esta
revisão, tornando-a mais completa e eficaz.
Dessa concepção surgiram dois momentos que passaram a constituir os módulos do presente trabalho: a Atualização Clínica da Patologia e a Avaliação da Incapacidade
Laborativa. Este estudo resultou de iniciativa da Divisão de Perícias Médicas do INSS, que buscou parceria com diversos segmentos da sociedade, num debate aberto,
visando abordar todos os aspectos relevantes sobre o assunto, no período compreendido entre junho de 1996 e junho de 1997, com a efetiva participação de
representantes das Perícias Médicas, Reabilitação Profissional, Núcleo de Referência em Doenças Ocupacionais da Previdência Social – NUSAT/SRMG e Procuradoria
Estadual do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS; Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - Fundacentro/MTb; Associação Brasileira
de Medicina do Trabalho - ABMT; Centro de Referência de Saúde do Trabalhador do Estado de São Paulo - Cerest; Confederação Nacional das Indústrias - CNI;
Confederação Nacional do Comércio - CNC; Central Única dos Trabalhadores - CUT; e especialistas de renome. [...]
O texto é um fragmento da parte intitulada “apresentação” em uma Ordem Serviço. Assim, os dois primeiros parágrafos, em relação à atualização proposta pelo texto,
cumprem a função de apresentar respectivamente:
a) finalidade e consequências.
b) descrição do problema e solução.
c) objetivos e motivação.
d) motivação e críticas.
e) críticas e objetivos.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/465249
Diálogos
- Quinze anos.
- Quer, quer...
Chegam na consulta antes da hora. Agitado, ele fala muito, essa é minha filha, desejo que fale com ela, que a convença a não viajar.
A garota, adolescente, mal-humorada, queixo projetado pra cima, boca cerrada com determinação.
- Nada, não tenho o que falar, não tenho o que discutir, não queria vir, não preciso vir aqui. Já falei para o meu pai.
- Quero viajar, encontrar minha mãe que mora fora, quero ir morar com ela. Meus pais são separados, ele não quer me deixar, mas vou assim mesmo.
- Não adianta, ele não quer ouvir, e por isso que minha mãe foi embora e eu não quero mais falar disso.
(Estaria repetindo o gesto da mãe, indo embora sem conversa, sem explicação?)
- Talvez quisesse que seu pai conversasse com você, em vez de lhe trazer para falar com uma psicóloga que não conhece nem pediu pra conhecer.
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12/04/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
- Sua filha quer que você fale com ela, quer ser ouvida por você, não por mim. Ela não tem o que falar para mim, mas tem muito a dizer a você.
- Não, não, não sei falar com ela, não entendo o que ela diz, é igual à mãe, por isso a trouxe aqui, para que você fale com ela.
(LOEB, Sylvia. Diálogos. In: ____. Contos do divã. Cotia: Ateliê Editorial, 2007. P. 73)
Assinale a alternativa correta.
É possível perceber uma relação entre a estrutura e o tema do texto acima, sobretudo porque o texto é organizado por falas, o que:
Diálogos
- Quinze anos.
- Quer, quer...
Chegam na consulta antes da hora. Agitado, ele fala muito, essa é minha filha, desejo que fale com ela, que a convença a não viajar.
A garota, adolescente, mal-humorada, queixo projetado pra cima, boca cerrada com determinação.
- Nada, não tenho o que falar, não tenho o que discutir, não queria vir, não preciso vir aqui. Já falei para o meu pai.
- Quero viajar, encontrar minha mãe que mora fora, quero ir morar com ela. Meus pais são separados, ele não quer me deixar, mas vou assim mesmo.
- Não adianta, ele não quer ouvir, e por isso que minha mãe foi embora e eu não quero mais falar disso.
(Estaria repetindo o gesto da mãe, indo embora sem conversa, sem explicação?)
- Talvez quisesse que seu pai conversasse com você, em vez de lhe trazer para falar com uma psicóloga que não conhece nem pediu pra conhecer.
- Sua filha quer que você fale com ela, quer ser ouvida por você, não por mim. Ela não tem o que falar para mim, mas tem muito a dizer a você.
- Não, não, não sei falar com ela, não entendo o que ela diz, é igual à mãe, por isso a trouxe aqui, para que você fale com ela.
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(LOEB, Sylvia. Diálogos. In: ____. Contos do divã. Cotia: Ateliê Editorial, 2007. P. 73)
Assinale a alternativa correta.
Diálogos
- Quinze anos.
- Quer, quer...
Chegam na consulta antes da hora. Agitado, ele fala muito, essa é minha filha, desejo que fale com ela, que a convença a não viajar.
A garota, adolescente, mal-humorada, queixo projetado pra cima, boca cerrada com determinação.
- Nada, não tenho o que falar, não tenho o que discutir, não queria vir, não preciso vir aqui. Já falei para o meu pai.
- Quero viajar, encontrar minha mãe que mora fora, quero ir morar com ela. Meus pais são separados, ele não quer me deixar, mas vou assim mesmo.
- Não adianta, ele não quer ouvir, e por isso que minha mãe foi embora e eu não quero mais falar disso.
(Estaria repetindo o gesto da mãe, indo embora sem conversa, sem explicação?)
- Talvez quisesse que seu pai conversasse com você, em vez de lhe trazer para falar com uma psicóloga que não conhece nem pediu pra conhecer.
- Sua filha quer que você fale com ela, quer ser ouvida por você, não por mim. Ela não tem o que falar para mim, mas tem muito a dizer a você.
- Não, não, não sei falar com ela, não entendo o que ela diz, é igual à mãe, por isso a trouxe aqui, para que você fale com ela.
(LOEB, Sylvia. Diálogos. In: ____. Contos do divã. Cotia: Ateliê Editorial, 2007. P. 73)
Assinale a alternativa correta.
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12/04/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Nos sete primeiros assaltos, Raul foi duramente castigado. Não era de espantar: estava inteiramente fora de forma. Meses de indolência e até de devassidão tinham
produzido seus efeitos. O combativo boxeador de outrora, o homem que, para muitos, fora estrela do pugilismo mundial, estava reduzido a um verdadeiro trapo. O
público não tinha a menor complacência com ele: sucediam-se as vaias e os palavrões.
De repente, algo aconteceu. Caído na lona, depois de ter recebido um cruzado devastador, Raul ergueu a cabeça e viu, sentada na primeira fila, sua sobrinha Dóris, filha
do falecido Alberto. A menina fitava-o com o olhos cheios de lágrimas. Um olhar que trespassou Raul como uma punhalada. Algo rompeu-se dentro dele. Sentiu renascer
em si a energia que fizera dele a fera do ringue. De um salto, pôs-se de pé e partiu como um touro para cima do adversário. A princípio o público não se deu conta do
que estava acontecendo. Mas quando os fãs perceberam que uma verdadeira ressurreição se tinha operado, passaram a incentivá-lo. Depois de uma saraivada de golpes
certeiros e violentíssimos, o adversário foi ao chão. O juiz procedeu à contagem regulamentar e proclamou Raul o vencedor.
Todos aplaudiram. Todos deliraram de alegria. Menos este que conta a história. Este que conta a história era o adversário. Este que conta a história era o que estava
caído. Este que conta a história era o derrotado. Ai, Deus.
(SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.58-59)
De acordo com o entendimento do texto, pode se afirmar que a expressão “uma visão alternativa”, presente no título, justifica-se:
Nos sete primeiros assaltos, Raul foi duramente castigado. Não era de espantar: estava inteiramente fora de forma. Meses de indolência e até de devassidão tinham
produzido seus efeitos. O combativo boxeador de outrora, o homem que, para muitos, fora estrela do pugilismo mundial, estava reduzido a um verdadeiro trapo. O
público não tinha a menor complacência com ele: sucediam-se as vaias e os palavrões.
De repente, algo aconteceu. Caído na lona, depois de ter recebido um cruzado devastador, Raul ergueu a cabeça e viu, sentada na primeira fila, sua sobrinha Dóris, filha
do falecido Alberto. A menina fitava-o com o olhos cheios de lágrimas. Um olhar que trespassou Raul como uma punhalada. Algo rompeu-se dentro dele. Sentiu renascer
em si a energia que fizera dele a fera do ringue. De um salto, pôs-se de pé e partiu como um touro para cima do adversário. A princípio o público não se deu conta do
que estava acontecendo. Mas quando os fãs perceberam que uma verdadeira ressurreição se tinha operado, passaram a incentivá-lo. Depois de uma saraivada de golpes
certeiros e violentíssimos, o adversário foi ao chão. O juiz procedeu à contagem regulamentar e proclamou Raul o vencedor.
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12/04/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Todos aplaudiram. Todos deliraram de alegria. Menos este que conta a história. Este que conta a história era o adversário. Este que conta a história era o que estava
caído. Este que conta a história era o derrotado. Ai, Deus.
(SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.58-59)
Considere o trecho abaixo para responder à questão.
“Mas quando os fãs perceberam que uma verdadeira ressurreição se tinha operado, passaram a incentivá-lo.” (2º§)
Pode-se inferir que a mudança do comportamento dos fãs deveu-se:
A propaganda é um gênero textual que busca, por meio de recursos verbais e não verbais, atingir, diretamente, um público-alvo. Nesse sentido, o texto propõe um
diálogo entre palavras e imagens pois:
A propaganda presente no texto pode ser vista como detentora de todos os objetivos abaixo, EXCETO:
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a) explicar o funcionamento das doenças citadas.
b) provocar mudança de hábitos nos homens.
c) gerar reflexão acerca da qualidade de vida.
d) estimular a importância da prevenção.
Esta questão não possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/537742
Camelos e beija-flores...
(Rubem Alves)
A revisora informou delicadamente que era norma do jornal que todas as “estórias” deveriam ser grafadas como “histórias”. É assim que os gramáticos decidiram e
escreveram nos dicionários.
Respondi também delicadamente: “Comigo não. Quando escrevo ‘estória’ eu quero dizer ‘estória’. Quando escrevo ‘história’ eu quero dizer ‘história’. Estória e história são
tão diferentes quanto camelos e beija-flores...”
Escrevi um livro baseado na diferença entre “história” e “estória”. O revisor, obediente ao dicionário, corrigiu minhas “estórias” para “história”. Confiando no rigor do
revisor, não li o texto corrigido. Aí, um livro que era para falar de camelos e beija-flores, só falou de camelos. Foram-se os beija-flores engolidos pelos camelos...
Escoro-me no Guimarães Rosa. Ele começa o Tutameia com esta afirmação: “A estória não quer ser história. A estória, em rigor, deve ser contra a história.”
Qual é a diferença? É simples. Quando minha filha era pequena eu lhe inventava estórias. Ela, ao final, me perguntava: “Papai, isso aconteceu de verdade?” E eu ficava
sem lhe poder responder porque a resposta seria de difícil compreensão para ela. A resposta que lhe daria seria: “Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça
sempre...”
A história é o reino das coisas que aconteceram de verdade, no tempo, e que estão definitivamente enterradas no passado. Mortas para sempre. [...]
Mas as estórias não aconteceram nunca. São invenções, mentiras. O mito de Narciso é uma invenção. O jovem que se apaixonou por sua própria imagem nunca existiu.
Aí, ao ler o mito que nunca existiu eu me vejo hoje debruçado sobre a fonte que me reflete nos olhos dos outros. Toda estória é um espelho. [...]
A história nos leva para o tempo do “nunca mais”, tempo da morte. As estórias nos levam para o tempo da ressurreição. Se elas sempre começam com o “era uma vez,
há muito tempo” é só para nos arrancar da banalidade do presente e nos levar para o tempo mágico da alma.
Assim, por favor, revisora: quando eu escrever “estória” não corrija para “história”. Não quero confundir camelos e beija-flores...
O texto de Rubem Alves é uma crônica. Ao compará-lo com as características desse gênero, só NÃO é correto afirmar:
Camelos e beija-flores...
(Rubem Alves)
A revisora informou delicadamente que era norma do jornal que todas as “estórias” deveriam ser grafadas como “histórias”. É assim que os gramáticos decidiram e
escreveram nos dicionários.
Respondi também delicadamente: “Comigo não. Quando escrevo ‘estória’ eu quero dizer ‘estória’. Quando escrevo ‘história’ eu quero dizer ‘história’. Estória e história são
tão diferentes quanto camelos e beija-flores...”
Escrevi um livro baseado na diferença entre “história” e “estória”. O revisor, obediente ao dicionário, corrigiu minhas “estórias” para “história”. Confiando no rigor do
revisor, não li o texto corrigido. Aí, um livro que era para falar de camelos e beija-flores, só falou de camelos. Foram-se os beija-flores engolidos pelos camelos...
Escoro-me no Guimarães Rosa. Ele começa o Tutameia com esta afirmação: “A estória não quer ser história. A estória, em rigor, deve ser contra a história.”
Qual é a diferença? É simples. Quando minha filha era pequena eu lhe inventava estórias. Ela, ao final, me perguntava: “Papai, isso aconteceu de verdade?” E eu ficava
sem lhe poder responder porque a resposta seria de difícil compreensão para ela. A resposta que lhe daria seria: “Essa estória não aconteceu nunca para que aconteça
sempre...”
A história é o reino das coisas que aconteceram de verdade, no tempo, e que estão definitivamente enterradas no passado. Mortas para sempre. [...]
Mas as estórias não aconteceram nunca. São invenções, mentiras. O mito de Narciso é uma invenção. O jovem que se apaixonou por sua própria imagem nunca existiu.
Aí, ao ler o mito que nunca existiu eu me vejo hoje debruçado sobre a fonte que me reflete nos olhos dos outros. Toda estória é um espelho. [...]
A história nos leva para o tempo do “nunca mais”, tempo da morte. As estórias nos levam para o tempo da ressurreição. Se elas sempre começam com o “era uma vez,
há muito tempo” é só para nos arrancar da banalidade do presente e nos levar para o tempo mágico da alma.
Assim, por favor, revisora: quando eu escrever “estória” não corrija para “história”. Não quero confundir camelos e beija-flores...
Ao confrontar “estórias” e “histórias”, o texto estabelece pares antitéticos com palavras ou expressões.
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12/04/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
a) “beija-flores” / “camelos”.
b) “coisas que não aconteceram nunca” / “coisas que aconteceram de verdade”.
c) “tempo do nunca mais” / “era uma vez, há muito tempo”.
d) “tempo da ressurreição”/ “tempo da morte”.
e) “mito de Narciso” / “referência a Guimarães Rosa e ao Tutameia
”.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/541269
A notícia curtinha veio em forma de anedota e não descrevia o tipo do homem, o que é um mal. O leitor gosta de ver o personagem e dá menos trabalho quando a
fotografia já vem revelada. Negativo é sempre negativo. Em todo o caso, devia ser mais pra baixo do que pra alto, menos magro do que gordo, mas necessitado de um
preparado à base de petróleo do que uma boa escova de nylon, para cabelo. É assim que a gente imagina os homens de bom coração e devia ter um de manteiga o que
passou a mão pela cabeça arrepiadinha de cachos da menina e falou com bondade:
- Que pena vocês não terem um lar.
- Lar nós temos, o que não temos é uma casa pra botar o lar dentro – respondeu a menina, que tinha cinco anos e morava com o pai, a mãe e dois irmãozinhos em um
apertadíssimo quarto de hotel. Naturalmente, espantada com a ignorância do amigo barbado. E sem saber a felicidade que tinha, sem saber que era dona dessa coisa
maravilhosa, que vai desaparecendo nesta época ultracivilizada de discos voadores corvejando por cima da cabeça dos homens. Dá até pra desconfiar que são os homens
que não têm lar, que inventam essas geringonças complicadas. Porque o lar é tão gostoso, tão bom, que quem tem um não deve ter lá muita vontade de andar atolado
em ferro, em metais, em ácidos corrosivos, fervendo os miolos em altas matemáticas numa fábrica ou num laboratório. O que muitos têm é casa – e são os felizardos, já
que a maioria não tem uma coisa nem outra – mas uma casa tão vazia de lar, como a lata de biscoitos, depois que as crianças avançam em cima dela no café da manhã.
Casa é difícil, mas ainda se pode arranjar: quem compra bilhete pode ver chegando o seu dia: o funcionário público dorme na fila de uma autarquia e o bancário vai
alimentando a esperança de cair nas graças do patrão e numa tabela Price a juros de 7%. Mas lar, lar mesmo, só com muita sorte. Até porque ninguém tem fórmula de
“lar”. A rigor, não se sabe bem o que é que faz o lar. Sabe-se que ele pode ser feito, muitas vezes desfeito e, algumas, também refeito. É uma coisa parecida com
eletricidade; não se entende a sua origem, mas se faltar a luz dentro de casa todo o mundo sabe que está no escuro. Então lar é isso. É aquilo que a garotinha de cinco
anos sentiu com tanta força e que nós todos sabemos quando ele está presente, como sabemos quando houve desarranjo sério nas turbinas ou simples curto circuito
num fusível qualquer.
Há pessoas práticas e previdentes que costumam ter uma espécie de lar em conserva; num canto do armário, ao lado de outras coisas enlatadas e que é, como estas,
servido às visitas esperadas. Mas a gente percebe logo a diferença daquele outro que tem, como o palmito fresco, o sabor de substância simples e natural. Parece que
ficou estabelecido, nos princípios da criação, que o homem faria a casa, para dar um lar à mulher. E que a mulher construiria o lar, para dar casa e lar ao homem. Sim,
porque o homem tinha que levar vantagem, não podia ser por menos. Pois então é isso: casa é arquitetura de homem e lar, essa coisa simples e complexa, evidente e
misteriosa, que depende de tudo e não depende de nada, essa coisa sutil, fluídica, envolvente é simplesmente engenharia da mulher.
Com base na leitura, analise as afirmativas a seguir.
I. A crônica estabelece uma oposição semântica entre casa e lar, dissociando os dois termos, muitas vezes, tomados como sinônimos no dia a dia.
II. De acordo com a crônica, existem pessoas que possuem uma casa, mas não têm um lar.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II.
d) nenhuma das duas afirmativas.
Esta questão possui comentário do professor no site. www.tecconcursos.com.br/conteudo/questoes/544211
“Há, portanto, uma arte de escrever - que é a redação. Não é uma prerrogativa dos literatos, senão uma atividade social indispensável, para a qual falta, não obstante,
muitas vezes, uma preparação preliminar.
A arte de falar, necessária à exposição oral, é mais fácil na medida em que se beneficia da prática da fala cotidiana, de cujos elementos parte em princípio.
O que há de comum, antes de tudo, entre a exposição oral e a escrita é a necessidade da boa composição, isto é, uma distribuição metódica e compreensível de ideias.
Impõe-se igualmente a visualização de um objetivo definido. Ninguém é capaz de escrever bem, se não sabe bem o que vai escrever.
Justamente por causa disso, as condições para a redação no exercício da vida profissional ou no intercâmbio amplo, dentro da sociedade, são muito diversas das da
redação escolar. A convicção do que vamos dizer, a importância que há em dizê-lo, o domínio de um assunto da nossa especialidade tiram à redação o caráter negativo
de mero exercício formal, como tem na escola.
Qualquer um de nós senhor de um assunto é, em princípio, capaz de escrever sobre ele. Não há um jeito especial para a redação, ao contrário do que muita gente pensa.
Há apenas uma falta de preparação inicial, que o esforço e a prática vencem.
Por outro lado, a arte de escrever, na medida em que consubstancia a nossa capacidade de expressão do pensar e do sentir, tem de firmar raízes na nossa própria
personalidade e decorre, em grande parte, de um trabalho nosso para desenvolver a personalidade por este ângulo. [...]
A arte de escrever precisa assentar numa atividade preliminar já radicada, que parte do ensino escolar e de um hábito de leitura inteligentemente conduzido; depende
muito, portanto, de nós mesmos, de uma disciplina mental adquirida pela autocrítica e pela observação cuidadosa do que outros, com bom resultado, escreveram."
(JOAQUIM MATTOSO CÂMARA JR. Manual de expressão oral & escrita. 7a. Edição, Vozes, Petrópolís, 1983.)
Ao tratar sobre a escrita, o autor construiu um texto cujo objetivo é:
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a) Moralizante
b) Humorístico
c) Argumentativo
d) Didático
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(Martha Medeiros)
Arroz, feijão, bife, ovo. Isso nós temos no prato, é a fonte de energia que nos faz levantar de manhã e sair para trabalhar. Nossa meta primeira é a sobrevivência do
corpo. Mas como anda a dieta da alma?
Outro dia, no meio da tarde, senti uma fome me revirando por dentro. Uma fome que me deixou melancólica. Me dei conta de que estava indo pouco ao cinema,
conversando pouco com as pessoas, e senti uma abstinência de viajar que me deixou até meio tonta. Minha geladeira, afortunadamente, está cheia, e ando até um
pouco acima do meu peso ideal, mas me senti desnutrida. Você já se sentiu assim também, precisando se alimentar?
Revista, jornal, internet, isso tudo nos informa, nos situa no mundo, mas não sacia. A informação entra dentro da casa da gente em doses cavalares e nos encontra
passivos, a gente apenas seleciona o que nos interessa e despreza o resto, e nem levantamos da cadeira neste processo. Para alimentar a alma, é obrigatório sair de
casa. Sair à caça. Perseguir.
Se não há silêncio a sua volta, cace o silêncio onde ele se esconde, pegue uma estradinha de terra batida, visite um sítio, uma cachoeira, ou vá para a beira da praia, o
litoral é bonito neste época, tem uma luz diferente, o mar parece maior, há menos gente.
Cace o afeto, procure quem você gosta de verdade, tire férias de rancores e mágoas, abrace forte, sorria, permita que o cacem também.
Cace a liberdade que anda tão rara, liberdade de pensamento, de atitudes, vá ao encontro de tudo que não tem regra, patrulha, horários. Cace o amanhã, o novo, o que
ainda não foi contaminado por críticas, modismos, conceitos, vá atrás do que é surpreendente, o que se expande na sua frente, o que lhe provoca prazer de olhar, sentir,
sorver. Entre numa galeria de arte. Vá assistir a um filme de um diretor que não conhece. Olhe para a sua cidade com olhos de estrangeiro, como se você fosse um
turista. Abra portas. E páginas.
Arroz, feijão, bife, ovo. Isso me mantém de pé, mas não acaba com meu cansaço diante de uma vida que, se eu me descuido, se torna repetitiva, monótona, entediante.
Mas nada de descuido. Vou me entupir de calorias na alma. Há fartas sugestões no cardápio. Quero engordar no lugar certo. O ritmo dos meus dias é tão intenso que às
vezes a gente se esquece de se alimentar direito.
O texto é marcado pela postura subjetiva uma vez que apresenta relatos pessoais. Dentre os fragmentos transcritos abaixo, assinale a opção cujo elemento linguístico
em destaque NÃO ilustre pessoalidade.
(...)
Por meio dos autores reunidos por Fernandes, percebese que a ideia de comunidade remete ao sentimento de vida em comum fundado nas relações de parentesco e
vizinhança, baseado na reciprocidade, norteado por laços afetivos que ligam indivíduos que convivem em um mesmo espaço físico e nele adquirem os recursos básicos
para a sua subsistência. Cada um dos autores apresentados por Fernandes atribui valor a um ou outro dos atributos. Mas, se pudéssemos identificar um tipo ideal de
comunidade, no sentido weberiano do termo, a partir dos diversos autores reunidos por Fernandes, esta teria: base territorial comum, fortes laços afetivos, reciprocidade,
autonomia política e econômica e subordinação do individual ao social.
Já uma sociedade seria definida por relações voluntárias e contratuais. Na medida em que compartilham determinado interesse, indivíduos podem se associar para
alcançar objetivos relacionados ao mesmo, embora não necessariamente tenham outros aspectos de suas vidas compartilhados, tais como relações de parentesco,
interdependências econômicas ou convivam numa mesma base territorial. Portanto, o conceito de sociedade é mais amplo e inclui o de comunidade.
Essa diferenciação conceituai vem à tona a partir do aprofundamento do processo da divisão social do trabalho. A fragmentação das atividades laborais, a prevalência do
contrato sobre o status, a multiplicação dos grupos formais, a passagem da família para o Estado como forma de organização social predominante e a ampliação e
internacionalização das trocas comerciais são algumas condições sociais que promovem modos de vida societários e fundamentam a separação conceituai entre
comunidade e sociedade; e, mesmo, sugerem a passagem da primeira forma à segunda como modo predominante de agrupamento social, embora a bibliografia seja
quase unânime em afirmar a coexistência entre as duas formas sociais ao longo da História. (...)
a) Informativo
b) Literário
c) Crônica
d) Narração
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Que é Segurança do Trabalho?
Segurança do trabalho pode ser entendida como os conjuntos de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem
como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.
A Segurança do Trabalho estuda diversas disciplinas como Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas,
Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as
Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias, Proteção do Meio
Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos.
O quadro de Segurança do Trabalho de uma empresa compõe-se de uma equipe multidisciplinar composta por Técnico de Segurança do Trabalho, Engenheiro de
Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes profissionais formam o que chamamos de SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de
Segurança e Medicina do Trabalho. Também os empregados da empresa constituem a CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, que tem como objetivo a
prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tomar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde
do trabalhador.
A Segurança do Trabalho é definida por normas e leis. No Brasil, a Legislação de Segurança do Trabalho compõe- se de Normas Regulamentadoras, leis complementares,
como portarias e decretos e também as convenções Internacionais da Organização Internacional do Trabalho, ratificadas pelo Brasil.
a) O texto referido é do gênero informativo, já que apresenta informações sobre a Segurança do Trabalho, possibilitando múltiplas interpretações.
b) O texto referido é do gênero científico, já que apresenta informações sobre a Segurança do Trabalho, possibilitando múltiplas interpretações.
c) O texto referido é do gênero científico, já que apresenta informações sobre a Segurança do Trabalho, possibilitando única interpretação.
d) O texto referido é do gênero informativo, já que apresenta informações sobre a Segurança do Trabalho, possibilitando única interpretação.
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Nos sete primeiros assaltos, Raul foi duramente castigado. Não era de espantar: estava inteiramente fora de forma. Meses de indolência e até de devassidão tinham
produzido seus efeitos. O combativo boxeador de outrora, o homem que, para muitos, fora estrela do pugilismo mundial, estava reduzido a um verdadeiro trapo. O
público não tinha a menor complacência com ele: sucediam-se as vaias e os palavrões.
De repente, algo aconteceu. Caído na lona, depois de ter recebido um cruzado devastador, Raul ergueu a cabeça e viu, sentada na primeira fila, sua sobrinha Dóris, filha
do falecido Alberto. A menina fitava-o com o olhos cheios de lágrimas. Um olhar que trespassou Raul como uma punhalada. Algo rompeu-se dentro dele. Sentiu renascer
em si a energia que fizera dele a fera do ringue. De um salto, pôs-se de pé e partiu como um touro para cima do adversário. A princípio o público não se deu conta do
que estava acontecendo. Mas quando os fãs perceberam que uma verdadeira ressurreição se tinha operado, passaram a incentivá-lo. Depois de uma saraivada de golpes
certeiros e violentíssimos, o adversário foi ao chão. O juiz procedeu à contagem regulamentar e proclamou Raul o vencedor.
Todos aplaudiram. Todos deliraram de alegria. Menos este que conta a história. Este que conta a história era o adversário. Este que conta a história era o que estava
caído. Este que conta a história era o derrotado. Ai, Deus.
(SCLIAR, Moacyr. Contos reunidos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.58-59)
Em relação às características da tipologia narrativa da qual o texto é um exemplo, só NÃO se verifica no conto de Scliar:
O homem vive em média sete anos a menos que a mulher. A cada três mortes de adulto, duas são de homens. Segundo dados do Sistema de Informação de Mortalidade
(SIM) do Ministério da Saúde, na faixa de 20 a 59 anos, os homens morrem mais por causas externas, como acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e lesões por
violência. O segundo motivo de morte entre homens nesta faixa etária são as doenças do aparelho circulatório, seguida das neoplasias. Comemorado neste sábado (15),
o Dia Internacional do Homem traz para o debate os cuidados com a saúde masculina no país.
Atualmente no Brasil 18% dos homens brasileiros são obesos e 57% apresentam sobrepeso. Com relação ao tabagismo, 12,7% fumam e sobre doenças crônicas, 7,8%
dos homens têm diabetes e 23,6% têm hipertensão. Vinte e sete por cento dos homens consomem bebida alcóolica abusivamente e 12,9% dirigem após beber. Os dados
fazem parte do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizado anualmente pelo governo federal.
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Assunto: Reescrita de Frases. Substituição de palavras ou trechos de texto.
Também tem de ser verdade
A onda sustentável que tomou o planeta nas últimas décadas levantou considerações em torno da fabricação de baterias. A busca pelo aumento da eficiência passou a
rivalizar com a batalha por tornar esses dispositivos mais verdes. O caminho seguro é a substituição gradual de fontes sujas de energia, a exemplo do petróleo, pelas
renováveis. A energia solar, em especial, foi alavancada ao status de possível solução definitiva para os dois problemas que rondam as baterias: a eficiência e a
sustentabilidade. Se toda a radiação que atinge a Terra em um dia, vinda do sol, virasse eletricidade, seria possível sustentar a humanidade por 27 anos. Na prática, o
que falta hoje para a adoção ampla da alternativa solar é apenas vontade, da indústria e de consumidores, para implantá-la. A startup
alemã Changers achou uma boa
forma de incentivo.
A Changers vende os modelos abastecidos por radiação solar. Seus carregadores, finos e maleáveis, podem ser acoplados a mochilas ou levados dentro de uma bolsa.
Após quatro horas carregando no sol, uma dessas baterias absorve energia suficiente para produzir 16 watts-hora, o suficiente para recarregar a bateria de
um smartphoneduas vezes no dia.
Um aplicativo, normalmente entregue junto com as baterias da Changers, motiva clientes a ser sustentáveis - e, no processo, mostra as vantagens de adotar essa postura
(mesmo que para isso seja preciso pagar um pouco mais caro pelo produto alimentado pelo sol, em comparação com as baterias carregadas com fontes sujas). [...] A
fundadora da Changers, Daniela Schieffer, afirma: "Todos adoram falar da necessidade de cuidar da Terra, mas poucos se mexem para isso. Queremos dar um empurrão,
dizer 'vamos começar de algum lugar' e mostrar quando é fácil adotar posturas mais conscientes".
"Um aplicativo, normalmente entregue junto com as baterias da Changers, motiva clientes a ser sustentáveis - e, no processo, mostra as vantagens de adotar essa
postura (mesmo que para isso seja preciso pagar um pouco mais caro pelo produto alimentado pelo sol, em comparação com as baterias carregadas com fontes sujas)."
(3º§)
Considerando o valor semântico do termo em destaque, ele poderia ser substituído, sem prejuízo de sentido, por:
a) Visto que
b) Embora
c) À medida que
d) Que
(Fernando Sabino)
Mal o pai colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal.
Com três anos já sabia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças paternas: não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira.
Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar do chão as suas coisinhas, enrolandoas num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um
caminhão de plástico com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave (onde diabo meteram a chave da despensa? - a mãe mais tarde irá dizer), metade de uma
tesourinha enferrujada, sua única arma para a grande aventura, um botão amarrado num barbante.
A calma que baixou então na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua aberta, correu até o portão:
- Viu um menino saindo desta casa? – gritou para o operário que descansava diante da obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.
Correu até a esquina e teve tempo de vê-lo ao longe, caminhando cabisbaixo ao longo do muro. A trouxa, arrastada no chão, ia deixando pelo caminho alguns de seus
pertences: o botão, o pedaço de biscoito e – saíra de casa prevenido – uma moeda de 1 cruzeiro. Chamou-o, mas ele apertou o passinho, abriu a correr em direção à
Avenida, como disposto a atirar-se diante do ônibus que surgia a distância.
O ônibus deu uma freada brusca, uma guinada para a esquerda, os pneus cantaram no asfalto. O menino, assustado, arrepiou carreira. O pai precipitou-se e o
arrebanhou com o braço como a um animalzinho:
- Que susto você me passou, meu filho – e apertava-o contra o peito, comovido.
Irresoluto, o pai pensava agora se não seria o caso de lhe dar umas palmadas:
Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala – tendo antes o cuidado de fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele fizera com a da despensa.
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E o barulho recomeçou.
Assinale a opção que apresenta uma forma reescrita do trecho abaixo na qual, alterando-se a pontuação, ocorra também alteração de sentido.
“Irresoluto, o pai pensava agora se não seria o caso de lhe dar umas palmadas:” (15º§)
a) O pai, irresoluto, pensava agora se não seria o caso de lhe dar umas palmadas:
b) O pai irresoluto pensava agora se não seria o caso de lhe dar umas palmadas:
c) O pai pensava agora, irresoluto, se não seria o caso de lhe dar umas palmadas:
d) Pensava agora o pai, irresoluto, se não seria o caso de lhe dar umas palmadas:
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(...)
Por meio dos autores reunidos por Fernandes, percebese que a ideia de comunidade remete ao sentimento de vida em comum fundado nas relações de parentesco e
vizinhança, baseado na reciprocidade, norteado por laços afetivos que ligam indivíduos que convivem em um mesmo espaço físico e nele adquirem os recursos básicos
para a sua subsistência. Cada um dos autores apresentados por Fernandes atribui valor a um ou outro dos atributos. Mas, se pudéssemos identificar um tipo ideal de
comunidade, no sentido weberiano do termo, a partir dos diversos autores reunidos por Fernandes, esta teria: base territorial comum, fortes laços afetivos, reciprocidade,
autonomia política e econômica e subordinação do individual ao social.
Já uma sociedade seria definida por relações voluntárias e contratuais. Na medida em que compartilham determinado interesse, indivíduos podem se associar para
alcançar objetivos relacionados ao mesmo, embora não necessariamente tenham outros aspectos de suas vidas compartilhados, tais como relações de parentesco,
interdependências econômicas ou convivam numa mesma base territorial. Portanto, o conceito de sociedade é mais amplo e inclui o de comunidade.
Essa diferenciação conceituai vem à tona a partir do aprofundamento do processo da divisão social do trabalho. A fragmentação das atividades laborais, a prevalência do
contrato sobre o status, a multiplicação dos grupos formais, a passagem da família para o Estado como forma de organização social predominante e a ampliação e
internacionalização das trocas comerciais são algumas condições sociais que promovem modos de vida societários e fundamentam a separação conceituai entre
comunidade e sociedade; e, mesmo, sugerem a passagem da primeira forma à segunda como modo predominante de agrupamento social, embora a bibliografia seja
quase unânime em afirmar a coexistência entre as duas formas sociais ao longo da História. (...)
a) então
b) assim
c) contudo
d) que
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Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos com a vida. Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira ruga, ou do
começo de barriguinha, então viver é de certa forma uma desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser uma doença crônica de prognóstico
sombrio. Nessa festa sem graça, quem fica animado? Quem não se amargura?
[...]
Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na mão lendo na poltrona junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos de florzinha branca
(ou, em horas mais festivas, minúsculas flores ou bolinhas coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser simplesmente à cidade vizinha para
visitar uma amiga), indo ao teatro e ao cinema, indo a restaurante (pode ser o de quilo, ali na esquina), eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando risada
à toa com os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de arte, ou
comer sorvete na calçada batendo papo com alguma nova amiga.
[...]
Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos outros e da vida, críticos o tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo. Das pessoas. Da
própria família. Dos amigos. Se formos os eternos acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de nossas próprias palavras e sentimentos. Se não
soubermos rir, se tivermos desaprendido como dar uma boa risada, ficaremos com a cara hirta das máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e intervenções para
manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa.
Em “Não precisamos ser tão incrivelmente sérios” (3º§), o vocábulo destacado poderia ser substituído, sem prejuízo de sentido, por:
a) perigosamente
b) possivelmente
c) controladamente
d) exageradamente
e) impulsivamente
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Desde que a TV surgiu, nos anos 40, fala-se do seu poder de causar dependência. Os educadores dos anos 60 bradaram palavras acusando-a de “chupeta eletrônica”. Os
militantes políticos creditavam a ela a alienação dos povos. Era um demônio que precisava ser destruído. Continuou a existir, e quem cresceu vendo desenhos animados,
enlatados americanos e novelas globais não foi mais imbecilizado – ao menos não por esse motivo. Ponto para a televisão, que provou também ser informativa, educativa
e (por que não?) um ótimo entretenimento. Com exceção da qualidade da programação dos canais abertos, tudo melhorou. Mas começaram as preocupações em relação
aos telespectadores que não conseguem dormir sem o barulho eletrônico ao fundo. Ou aos que deixam de ler, sair com amigos e até de namorar para dedicar todo o
tempo livre a ela, ainda que seja pulando de um programa para o outro. “Nada nem ninguém me faz sair da frente da TV quando volto do trabalho”, afirma a
administradora de empresa Vânia Sganzerla.
Muitos telespectadores assumem esse comportamento. Tanto que um grupo de estudiosos da Universidade de Rutgers, nos Estados Unidos, por meio de experimentos e
pesquisas, concluiu que a velha história do vício na TV não é só uma metáfora. “Todo comportamento compulsivo ao qual a pessoa se apega para buscar alívio, se fugir
do controle, pode ser caracterizado como dependência”, explica Robert Kubey, diretor do Centro de Estudos da Mídia da Universidade de Rutgers.
Os efeitos da televisão sobre o sono variam muito. “Quando tenho um dia estressante, agitado, não durmo sem ela”, comenta Maurício Valim, diretor de programas
especiais da TV Cultura e criador do site Tudo sobre TV. Outros, como Martin Jaccard, sonorizador de ambientes, reconhecem que demoram a pegar no sono após uma
overdose televisiva. “Sinto uma certa irritação, até raiva, por não ter lido um bom livro, namorado ou ouvido uma música, mas ainda assim não me arrependo de ver
tanta TV, não. Gosto demais.” É uma das mais prosaicas facetas desse tipo de dependência, segundo a pesquisa do Centro de estudos da Mídia. As pessoas admitem que
deveriam maneirar, mas não se incomodam a ponto de querer mudar o hábito. Sinal de que tanto mal assim também não faz.
(SCAVONE, Míriam. Revista Claudia. São Paulo: Abril, abr. 2002. P.16-7)
As orações organizam-se em diferentes níveis em um texto gerando estruturas mais ou menos complexas. Observe a seguinte frase e, em seguida, assinale o comentário
correto:
“As pessoas admitem que deveriam maneirar, mas não se incomodam a ponto de querer mudar o hábito. “ (3º §)
a) a segunda oração é coordenada em relação à primeira indicando dependência.
b) há um predomínio de orações independentes sintaticamente.
c) a construção “querer mudar” deve ser entendida como locução verbal.
d) a conjunção “mas” poderia ser substituída por “todavia” sem alteração de sentido.
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O que é filosofia?
Querida Sofia,
Muitas pessoas têm hobbies diferentes. Algumas colecionam moedas e selos antigos, outras gostam de trabalhos manuais, outras ainda dedicam quase todo o seu tempo
livre a uma determinada modalidade de esporte.
Também há os que gostam de ler. Mas os tipos de leitura também são muito diferentes. Alguns leem apenas jornais ou gibis, outros gostam de romances, outros ainda
preferem livros sobre temas diversos como astronomia, a vida dos animais ou as novas descobertas da tecnologia.
Se me interesso por cavalos ou pedras preciosas, não posso querer que todos os outros tenham o mesmo interesse. Se fico grudado na televisão assistindo a todas as
transmissões de esporte, tenho que aceitar que outras pessoas achem o esporte uma chatice.
Mas será que alguma coisa interessa a todos? Será que existe alguma coisa que concerne a todos, não importando quem são ou onde se encontram? Sim, querida Sofia,
existem questões que deveriam interessar a todas as pessoas. E é sobre tais questões que trata este curso.
Qual é a coisa mais importante da vida? Se fazemos esta pergunta a uma pessoa de um país assolado pela fome, a resposta será: a comida. Se fazemos a mesma
pergunta a quem está morrendo de frio, então a resposta será: o calor. E quando perguntamos a alguém que se sente sozinho e isolado, então certamente a resposta
será: a companhia de outras pessoas.
Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta alguma coisa de que todo mundo precise? Os filósofos acham que sim. Eles acham que o ser
humano não vive apenas de pão. É claro que todo mundo precisa comer. E precisa também de amor e cuidado. Mas ainda há uma coisa de que todos nós precisamos.
Nós temos a necessidade de descobrir quem somos e por que vivemos. Portanto, interessar-se em saber por que vivemos não é um interesse “casual” como colecionar
selos por exemplo. Quem se interessa por tais questões toca um problema que vem sendo discutido pelo homem praticamente desde quando passamos a habitar este
planeta. A questão de saber como surgiu o universo, a Terra e a vida por aqui é uma questão maior e mais importante do que saber quem ganhou mais medalhas de
ouro nos últimos Jogos Olímpicos.
(GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.24-25)
Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.
“Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta alguma coisa de que todo mundo precise?” (6º §)
Assinale a alternativa em que se faz um comentário sintático INCORRETO sobre o trecho em análise.
a) Existe apenas uma oração subordinada introduzida pela conjunção integrante “que”.
b) “alguma coisa” cumpre a função sintática de sujeito simples do verbo “resta”.
c) O adjetivo “satisfeitas” exerce, no contexto, a função sintática de predicativo.
d) O emprego da preposição “de” após o substantivo “coisa” obedece à regência desse nome.
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Questão 228: IBFC - Ass Adm (CEP 28)/CEP 28/2015
Assunto: Análise das estruturas linguísticas do texto
Também tem de ser verdade
A onda sustentável que tomou o planeta nas últimas décadas levantou considerações em torno da fabricação de baterias. A busca pelo aumento da eficiência passou a
rivalizar com a batalha por tornar esses dispositivos mais verdes. O caminho seguro é a substituição gradual de fontes sujas de energia, a exemplo do petróleo, pelas
renováveis. A energia solar, em especial, foi alavancada ao status de possível solução definitiva para os dois problemas que rondam as baterias: a eficiência e a
sustentabilidade. Se toda a radiação que atinge a Terra em um dia, vinda do sol, virasse eletricidade, seria possível sustentar a humanidade por 27 anos. Na prática, o
que falta hoje para a adoção ampla da alternativa solar é apenas vontade, da indústria e de consumidores, para implantá-la. A startup
alemã Changers achou uma boa
forma de incentivo.
A Changers vende os modelos abastecidos por radiação solar. Seus carregadores, finos e maleáveis, podem ser acoplados a mochilas ou levados dentro de uma bolsa.
Após quatro horas carregando no sol, uma dessas baterias absorve energia suficiente para produzir 16 watts-hora, o suficiente para recarregar a bateria de
um smartphone
duas vezes no dia.
Um aplicativo, normalmente entregue junto com as baterias da Changers, motiva clientes a ser sustentáveis - e, no processo, mostra as vantagens de adotar essa postura
(mesmo que para isso seja preciso pagar um pouco mais caro pelo produto alimentado pelo sol, em comparação com as baterias carregadas com fontes sujas). [...] A
fundadora da Changers, Daniela Schieffer, afirma: "Todos adoram falar da necessidade de cuidar da Terra, mas poucos se mexem para isso. Queremos dar um empurrão,
dizer 'vamos começar de algum lugar' e mostrar quando é fácil adotar posturas mais conscientes".
"Um aplicativo, normalmente entregue junto com as baterias da Changers, motiva clientes a ser sustentáveis - e, no processo, mostra as vantagens de adotar essa
postura (mesmo que para isso seja preciso pagar um pouco mais caro pelo produto alimentado pelo sol, em comparação com as baterias carregadas com fontes sujas)."
(3º§)
A partir da análise sintática das formas verbais "entregue", "motiva", pode-se concluir todos os comentários abaixo, EXCETO:
A onda sustentável que tomou o planeta nas últimas décadas levantou considerações em torno da fabricação de baterias. A busca pelo aumento da eficiência passou a
rivalizar com a batalha por tornar esses dispositivos mais verdes. O caminho seguro é a substituição gradual de fontes sujas de energia, a exemplo do petróleo, pelas
renováveis. A energia solar, em especial, foi alavancada ao status de possível solução definitiva para os dois problemas que rondam as baterias: a eficiência e a
sustentabilidade. Se toda a radiação que atinge a Terra em um dia, vinda do sol, virasse eletricidade, seria possível sustentar a humanidade por 27 anos. Na prática, o
que falta hoje para a adoção ampla da alternativa solar é apenas vontade, da indústria e de consumidores, para implantá-la. A startup
alemã Changers achou uma boa
forma de incentivo.
A Changers vende os modelos abastecidos por radiação solar. Seus carregadores, finos e maleáveis, podem ser acoplados a mochilas ou levados dentro de uma bolsa.
Após quatro horas carregando no sol, uma dessas baterias absorve energia suficiente para produzir 16 watts-hora, o suficiente para recarregar a bateria de
um smartphone
duas vezes no dia.
Um aplicativo, normalmente entregue junto com as baterias da Changers, motiva clientes a ser sustentáveis - e, no processo, mostra as vantagens de adotar essa postura
(mesmo que para isso seja preciso pagar um pouco mais caro pelo produto alimentado pelo sol, em comparação com as baterias carregadas com fontes sujas). [...] A
fundadora da Changers, Daniela Schieffer, afirma: "Todos adoram falar da necessidade de cuidar da Terra, mas poucos se mexem para isso. Queremos dar um empurrão,
dizer 'vamos começar de algum lugar' e mostrar quando é fácil adotar posturas mais conscientes".
"Um aplicativo, normalmente entregue junto com as baterias da Changers, motiva clientes a ser sustentáveis - e, no processo, mostra as vantagens de adotar essa
postura (mesmo que para isso seja preciso pagar um pouco mais caro pelo produto alimentado pelo sol, em comparação com as baterias carregadas com fontes sujas)."
(3º§)
a) "Vantagens"
b) "Changers"
c) "Baterias"
d) "Ser sustentáveis"
(...)
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12/04/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Por meio dos autores reunidos por Fernandes, percebese que a ideia de comunidade remete ao sentimento de vida em comum fundado nas relações de parentesco e
vizinhança, baseado na reciprocidade, norteado por laços afetivos que ligam indivíduos que convivem em um mesmo espaço físico e nele adquirem os recursos básicos
para a sua subsistência. Cada um dos autores apresentados por Fernandes atribui valor a um ou outro dos atributos. Mas, se pudéssemos identificar um tipo ideal de
comunidade, no sentido weberiano do termo, a partir dos diversos autores reunidos por Fernandes, esta teria: base territorial comum, fortes laços afetivos, reciprocidade,
autonomia política e econômica e subordinação do individual ao social.
Já uma sociedade seria definida por relações voluntárias e contratuais. Na medida em que compartilham determinado interesse, indivíduos podem se associar para
alcançar objetivos relacionados ao mesmo, embora não necessariamente tenham outros aspectos de suas vidas compartilhados, tais como relações de parentesco,
interdependências econômicas ou convivam numa mesma base territorial. Portanto, o conceito de sociedade é mais amplo e inclui o de comunidade.
Essa diferenciação conceituai vem à tona a partir do aprofundamento do processo da divisão social do trabalho. A fragmentação das atividades laborais, a prevalência do
contrato sobre o status, a multiplicação dos grupos formais, a passagem da família para o Estado como forma de organização social predominante e a ampliação e
internacionalização das trocas comerciais são algumas condições sociais que promovem modos de vida societários e fundamentam a separação conceituai entre
comunidade e sociedade; e, mesmo, sugerem a passagem da primeira forma à segunda como modo predominante de agrupamento social, embora a bibliografia seja
quase unânime em afirmar a coexistência entre as duas formas sociais ao longo da História. (...)
Por meio dos autores reunidos por Fernandes, percebese que a ideia de comunidade remete ao sentimento de vida em comum fundado nas relações de parentesco e
vizinhança, baseado na reciprocidade, norteado por laços afetivos que ligam indivíduos que convivem em um mesmo espaço físico e nele adquirem os recursos básicos
para a sua subsistência.
É por causa do meu engraxate que ando agora em plena desolação. Meu engraxate me deixou. Passei duas vezes pela porta onde ele trabalhava e nada. Então me (1)
inquietei, não sei que (2) doenças mortíferas, que (3) mudança pra outras portas se passaram em mim, resolvi perguntar ao menino que (4) trabalhava na outra
cadeira. O menino é um retalho de hungarês, cara de infeliz, não dá simpatia alguma. E tímido, o que torna instintivamente a gente muito combinado com o universo no
propósito de desgraçar esses desgraçados de nascença. “Está vendendo bilhete de loteria”, respondeu antipático, me (5) deixando numa perplexidade penosíssima:
pronto! Estava sem engraxate! Os olhos do menino chispeavam ávidos, porque sou um dos que ficam fregueses e dão gorjeta. Levei seguramente um minuto pra definir
que tinha de continuar engraxando sapatos toda a vida minha e ali estava um menino que, a gente ensinando, podia ficar engraxate bom.
(ANDRADE, Mário de. Os Filhos da Candinha. São Paulo, Martins, 1963. P. 167)
Quanto ao emprego das palavras que e me, destacadas no texto, identifique com V a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e com F, a(s) falsa(s):
( ) Nas três ocorrências, a palavra que (2), (3) e (4) tem a mesma função sintática.
a) VVFV
b) FVFV
c) FVVF
d) FFVV
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“Aproveita agora, ______ ele ainda não tem cólicas noturnas______ainda mama nas horas certas,______ depois a sua vida se transformará num verdadeiro inferno
noturno.”
(Mário Prata)
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Paternidade Responsável
Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai passar pela sua cabeça: “Será que vou conseguir sustentar um filho?”.
Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos pudesse sustentar, garantindo-lhes uma boa escola, um lugar com algum conforto para morar e remédios quando
necessários.
Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para a criança engravidar durante a adolescência porque o corpo da menina ainda não está preparado para o
parto. Problemas como a gestante adolescente apresentar anemia ou o bebê nascer prematuramente são comuns. Além de eventuais problemas de saúde, tem-se um
problema de ordem social: como sustentar uma criança, já que, para tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda dos pais ou responsáveis, terá de abandonar a
escola?
Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. Vale lembrar que, salvo raras exceções (estupro ou risco de morte para a mãe), o aborto no Brasil, é
considerado crime. A mulher recorre, então, a clínicas clandestinas, sem fiscalização, e põe sua saúde em risco. Quem não tem condições de pagar tais clínicas faz uso de
métodos ainda mais precários.
Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um projeto amplo de planejamento familiar que assegure aos mais pobres o direito de decidir quantos filhos
desejam ter. Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos, quando, na verdade, conseguiriam sustentar apenas um ou dois.
(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São Paulo, 2011, p. 106)
A pergunta que inicia o texto emprega um pronome “você” que faz referência:
a) ao autor.
b) às adolescentes.
c) ao leitor em geral.
d) aos especialistas.
O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente e inconsciente. Claro,
todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto de vista evolutivo, todos os órgãos
desenvolveram-se para permitir manter um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre
outros, para que as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.
E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela simples falta da
atividade cerebral adequada.
Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre. Mas, não há muito
tempo, também achávamos que as sensações (o amor, por exemplo), emanavam do coração.
Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas décadas. A necessidade
de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou “morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes de órgãos, e tornou-se necessário
protocolizar seu diagnóstico, já que indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis doadores.
Existem algumas diferenças para a definição de morte cerebral em diferentes países, mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas
características clínicas, que são facilmente reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e
não responsivas à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas 24 horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi
regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o
indivíduo esteja. [...]
Uma vez definida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá ter seus órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato que possivelmente
poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.
No período “Possibilita que pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente e inconsciente.” (1º§), foram empregados todos os
mecanismos coesivos descritos abaixo, EXCETO:
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O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso consciente e inconsciente. Claro,
todos os órgãos são relevantes, e, sem o conjunto, não poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto de vista evolutivo, todos os órgãos
desenvolveram-se para permitir manter um cérebro cada vez mais exigente e complexo. Aprimoraram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção, entre
outros, para que as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.
E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras funções deixam de ser necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela simples falta da
atividade cerebral adequada.
Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de bater. Hoje sabemos que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre. Mas, não há muito
tempo, também achávamos que as sensações (o amor, por exemplo), emanavam do coração.
Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu adequado diagnóstico são tópicos recentes e datam de apenas algumas décadas. A necessidade
de conceituar formalmente a “morte cerebral” ou “morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos transplantes de órgãos, e tornou-se necessário
protocolizar seu diagnóstico, já que indivíduos com morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis doadores.
Existem algumas diferenças para a definição de morte cerebral em diferentes países, mas muitos aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas
características clínicas, que são facilmente reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de movimentação, ausência de respiração, pupilas dilatadas e
não responsivas à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter recebido nenhuma medicação nas 24 horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes aspectos foi
regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o
indivíduo esteja. [...]
Uma vez definida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá ter seus órgãos doados (caso tenha havido consentimento para tal), um ato que possivelmente
poderá ajudar a salvar várias vidas. A partir deste momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.
O deslocamento da expressão destacada, em “Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas características clínicas,”, provocaria estranhamento no sentido e na
estruturação do enunciado apenas na seguinte reescritura:
Perícia Médica
PERDA AUDITIVA NEUROSSENSORIAL POR EXPOSIÇÃO CONTINUADA A NÍVEIS ELEVADOS DE PRESSÃO SONORA DE ORIGEM OCUPACIONAL
APRESENTAÇÃO
A presente atualização da Norma Técnica sobre Perda Auditiva Induzida por Ruído – PAIR, objetiva simplificar, uniformizar e adequar o trabalho do médico perito ao atual
nível de conhecimento desta nosologia.
A evolução da Medicina do Trabalho, da Medicina Assistencial e Preventiva, dos meios diagnósticos, bem como a nova realidade social, motivou, sobremaneira, esta
revisão, tornando-a mais completa e eficaz.
Dessa concepção surgiram dois momentos que passaram a constituir os módulos do presente trabalho: a Atualização Clínica da Patologia e a Avaliação da Incapacidade
Laborativa. Este estudo resultou de iniciativa da Divisão de Perícias Médicas do INSS, que buscou parceria com diversos segmentos da sociedade, num debate aberto,
visando abordar todos os aspectos relevantes sobre o assunto, no período compreendido entre junho de 1996 e junho de 1997, com a efetiva participação de
representantes das Perícias Médicas, Reabilitação Profissional, Núcleo de Referência em Doenças Ocupacionais da Previdência Social – NUSAT/SRMG e Procuradoria
Estadual do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS; Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - Fundacentro/MTb; Associação Brasileira
de Medicina do Trabalho - ABMT; Centro de Referência de Saúde do Trabalhador do Estado de São Paulo - Cerest; Confederação Nacional das Indústrias - CNI;
Confederação Nacional do Comércio - CNC; Central Única dos Trabalhadores - CUT; e especialistas de renome. [...]
Em relação à construção do último parágrafo do texto, pode-se afirmar que se trata do uso de apenas:
a) orações coordenadas.
b) um período composto.
c) uma frase nominal.
d) uma oração absoluta.
e) uma oração subordinada.
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A notícia curtinha veio em forma de anedota e não descrevia o tipo do homem, o que é um mal. O leitor gosta de ver o personagem e dá menos trabalho quando a
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fotografia já vem revelada. Negativo é sempre negativo. Em todo o caso, devia ser mais pra baixo do que pra alto, menos magro do que gordo, mas necessitado de um
preparado à base de petróleo do que uma boa escova de nylon, para cabelo. É assim que a gente imagina os homens de bom coração e devia ter um de manteiga o que
passou a mão pela cabeça arrepiadinha de cachos da menina e falou com bondade:
- Que pena vocês não terem um lar.
- Lar nós temos, o que não temos é uma casa pra botar o lar dentro – respondeu a menina, que tinha cinco anos e morava com o pai, a mãe e dois irmãozinhos em um
apertadíssimo quarto de hotel. Naturalmente, espantada com a ignorância do amigo barbado. E sem saber a felicidade que tinha, sem saber que era dona dessa coisa
maravilhosa, que vai desaparecendo nesta época ultracivilizada de discos voadores corvejando por cima da cabeça dos homens. Dá até pra desconfiar que são os homens
que não têm lar, que inventam essas geringonças complicadas. Porque o lar é tão gostoso, tão bom, que quem tem um não deve ter lá muita vontade de andar atolado
em ferro, em metais, em ácidos corrosivos, fervendo os miolos em altas matemáticas numa fábrica ou num laboratório. O que muitos têm é casa – e são os felizardos, já
que a maioria não tem uma coisa nem outra – mas uma casa tão vazia de lar, como a lata de biscoitos, depois que as crianças avançam em cima dela no café da manhã.
Casa é difícil, mas ainda se pode arranjar: quem compra bilhete pode ver chegando o seu dia: o funcionário público dorme na fila de uma autarquia e o bancário vai
alimentando a esperança de cair nas graças do patrão e numa tabela Price a juros de 7%. Mas lar, lar mesmo, só com muita sorte. Até porque ninguém tem fórmula de
“lar”. A rigor, não se sabe bem o que é que faz o lar. Sabe-se que ele pode ser feito, muitas vezes desfeito e, algumas, também refeito. É uma coisa parecida com
eletricidade; não se entende a sua origem, mas se faltar a luz dentro de casa todo o mundo sabe que está no escuro. Então lar é isso. É aquilo que a garotinha de cinco
anos sentiu com tanta força e que nós todos sabemos quando ele está presente, como sabemos quando houve desarranjo sério nas turbinas ou simples curto circuito
num fusível qualquer.
Há pessoas práticas e previdentes que costumam ter uma espécie de lar em conserva; num canto do armário, ao lado de outras coisas enlatadas e que é, como estas,
servido às visitas esperadas. Mas a gente percebe logo a diferença daquele outro que tem, como o palmito fresco, o sabor de substância simples e natural. Parece que
ficou estabelecido, nos princípios da criação, que o homem faria a casa, para dar um lar à mulher. E que a mulher construiria o lar, para dar casa e lar ao homem. Sim,
porque o homem tinha que levar vantagem, não podia ser por menos. Pois então é isso: casa é arquitetura de homem e lar, essa coisa simples e complexa, evidente e
misteriosa, que depende de tudo e não depende de nada, essa coisa sutil, fluídica, envolvente é simplesmente engenharia da mulher.
Com base na leitura, analise as afirmativas a seguir.
I. A cronista é contra a participação das mulheres no mercado de trabalho, pois elas devem se dedicar ao lar.
II. Segundo a autora, as mulheres são incapazes de compreender os fenômenos elétricos e científicos, por isso elas devem se dedicar a uma atividade em que
predomina a intuição, característica tipicamente feminina.
a) I, apenas.
b) II, apenas.
c) I e II.
d) nenhuma das duas afirmativas.
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a) As pessoas que desejarem se inscrever devem acessar o site até dia 15.
b) Pedi a meu amigo José, que me envie seu currículo.
c) O rapaz chegou a tempo porém, não embarcou no trem.
d) Assustado o garoto negou à professora, sua travessura.
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Questão 242: IBFC - Ass San (EMBASA)/EMBASA/Agente Operacional/2017
Assunto:
Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.
A ____________ da Câmara dos Deputados durou mais de 10 horas. Foi aprovada a ____________da área aos índios.
a) sessão - seção.
b) seção - sessão.
c) sessão - cessão.
d) seção - cessão.
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O diretor considerou inadequado, as ideias expostas pelo funcionário na reunião, mas houve colegas que apoiaram ele.
Notícia de jornal
Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, trinta anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros,
em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante setenta e duas horas, para finalmente morrer de fome.
Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos de comerciantes, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar
auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome.) era alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em
homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.
O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Médico Legal sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome. Um homem morre
de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um
marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa – não é homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas
todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum, e o homem continua
morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.
Não é de alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer
de fome.
E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis.Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão
de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para
escarmento dos outros homens.
Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome. E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição em plena rua, no centro mais movimentado da
cidade do Rio de Janeiro, um homem morreu de fome.
Morreu de fome.
I. A repetição de que o homem morreu de fome expressa a indignação do cronista com o fato.
II. De acordo com o cronista, a fatalidade aconteceu apesar das atitudes corretas dos comerciantes e dos que passaram ao lado do homem.
a) I e II.
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b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) Nenhuma.
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Notícia de jornal
Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, trinta anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros,
em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante setenta e duas horas, para finalmente morrer de fome.
Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos de comerciantes, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar
auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome.) era alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em
homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.
O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Médico Legal sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome. Um homem morre
de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um
marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa – não é homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas
todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum, e o homem continua
morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.
Não é de alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer
de fome.
E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis.Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão
de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para
escarmento dos outros homens.
Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome. E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição em plena rua, no centro mais movimentado da
cidade do Rio de Janeiro, um homem morreu de fome.
Morreu de fome.
I. “Presumíveis” é adjetivo e indica que não se tem certeza da idade do homem que morreu.
II. “Escarmento” é substantivo concreto e pode ser substituído no texto por “indignação”.
a) I e II.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) Nenhuma.
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Notícia de jornal
Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, trinta anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros,
em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante setenta e duas horas, para finalmente morrer de fome.
Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos de comerciantes, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar
auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome.) era alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em
homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.
O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Médico Legal sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome. Um homem morre
de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um
marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa – não é homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas
todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum, e o homem continua
morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.
Não é de alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer
de fome.
E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis.Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão
de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para
escarmento dos outros homens.
Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome. E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição em plena rua, no centro mais movimentado da
cidade do Rio de Janeiro, um homem morreu de fome.
Morreu de fome.
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12/04/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
I. O cronista considera que o homem era um vagabundo, um mendigo, um bicho e, por isso, seu destino era previsível.
II. Ao atribuir o adjetivo “pleno” a “centro” e “rua”, o cronista destaca o descaso das pessoas.
a) I e II.
b) I, apenas.
c) II, apenas
d) Nenhuma.
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Notícia de jornal
Leio no jornal a notícia de que um homem morreu de fome. Um homem de cor branca, trinta anos presumíveis, pobremente vestido, morreu de fome, sem socorros,
em pleno centro da cidade, permanecendo deitado na calçada durante setenta e duas horas, para finalmente morrer de fome.
Morreu de fome. Depois de insistentes pedidos de comerciantes, uma ambulância do Pronto Socorro e uma radiopatrulha foram ao local, mas regressaram sem prestar
auxílio ao homem, que acabou morrendo de fome.
Um homem que morreu de fome. O comissário de plantão (um homem) afirmou que o caso (morrer de fome.) era alçada da Delegacia de Mendicância, especialista em
homens que morrem de fome. E o homem morreu de fome.
O corpo do homem que morreu de fome foi recolhido ao Instituto Médico Legal sem ser identificado. Nada se sabe dele, senão que morreu de fome. Um homem morre
de fome em plena rua, entre centenas de passantes. Um homem caído na rua. Um bêbado. Um vagabundo. Um mendigo, um anormal, um tarado, um pária, um
marginal, um proscrito, um bicho, uma coisa – não é homem. E os outros homens cumprem seu destino de passantes, que é o de passar. Durante setenta e duas horas
todos passam, ao lado do homem que morre de fome, com um olhar de nojo, desdém, inquietação e até mesmo piedade, ou sem olhar nenhum, e o homem continua
morrendo de fome, sozinho, isolado, perdido entre os homens, sem socorro e sem perdão.
Não é de alçada do comissário, nem do hospital, nem da radiopatrulha, por que haveria de ser da minha alçada? Que é que eu tenho com isso? Deixa o homem morrer
de fome.
E o homem morre de fome. De trinta anos presumíveis.Pobremente vestido. Morreu de fome, diz o jornal. Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão
de fome, pedindo providências às autoridades. As autoridades nada mais puderam fazer senão remover o corpo do homem. Deviam deixar que apodrecesse, para
escarmento dos outros homens.
Nada mais puderam fazer senão esperar que morresse de fome. E ontem, depois de setenta e duas horas de inanição em plena rua, no centro mais movimentado da
cidade do Rio de Janeiro, um homem morreu de fome.
Morreu de fome.
“Louve-se a insistência dos comerciantes, que jamais morrerão de fome, pedindo providências às autoridades.”
a) I e II.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) Nenhuma.
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A cerimônia que compareci, foi bem planejada pelos organizadores, onde todos os elementos estavam harmoniosos
I. A vírgula depois do verbo “compareci” está incorreta, pois separa o sujeito do predicado.
II. Há um problema de regência: o correto seria “a cerimônia à que compareci”.
a) I e II.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) Nenhuma.
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a) Critica – sofa.
b) Violencia – reporter.
c) Enfase – vivencia.
d) Especifica – lamentavel.
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O crescimento assustador de casos de febre amarela trata-se de um sério problema e fizeram com que muitas pessoas procurassem os postos de saúde.
I. O verbo “trata-se” está empregado incorretamente, pois o uso do “se” é incompatível com a presença do sujeito simples.
II. Há um problema de concordância verbal: o verbo “fazer” deveria estar na terceira pessoa do singular.
a) I e II.
b) I, apenas.
c) II, apenas.
d) Nenhuma.
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Questão 255: IBFC - ATB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Apoio Técnico em Escolas Estaduais - Auxiliar de Secretaria/2015
Assunto:
Fobias
Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos),
acrofobia (medo de altura) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até a treikaidesafobia (medo do número 13), mas o
pânico de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses. O vício que lhe dá origem é a
gutembergomania, uma dependência patológica na palava impressa. Na falta dela, qualquer palavra, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e
entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham "Frio" e "Quente" escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri
uma lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e
lençóis, à procura de uma etiqueta, qualquer coisa.
[...] Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga.
- Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga, Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.
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12/04/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
- Tricô.
Uma esperança!
- Com manual?
- Não.
Danação.
- Manda!
(VERISSIMO, Luiz Fernardo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. p. 97-98)
A compreensão do sentido global do texto de Veríssimo permite concluir que o tema da leitura está sendo destacadamente desenvolvido:
Questão 256: IBFC - ATB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Apoio Técnico em Escolas Estaduais - Auxiliar de Secretaria/2015
Assunto:
Fobias
Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos),
acrofobia (medo de altura) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até a treikaidesafobia (medo do número 13), mas o
pânico de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses. O vício que lhe dá origem é a
gutembergomania, uma dependência patológica na palava impressa. Na falta dela, qualquer palavra, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e
entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham "Frio" e "Quente" escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri
uma lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e
lençóis, à procura de uma etiqueta, qualquer coisa.
[...] Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga.
- Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga, Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.
- Tricô.
Uma esperança!
- Com manual?
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Danação.
- Manda!
(VERISSIMO, Luiz Fernardo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. p. 97-98)
Ao longo o texto, o autor utiliza o humor como ferramente de construção de sentidos. Todos os elementos abaixo foram por ele empregados para provocar tal efeito,
exceto:
Questão 257: IBFC - ATB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Apoio Técnico em Escolas Estaduais - Auxiliar de Secretaria/2015
Assunto:
Fobias
Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos),
acrofobia (medo de altura) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até a treikaidesafobia (medo do número 13), mas o
pânico de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses. O vício que lhe dá origem é a
gutembergomania, uma dependência patológica na palava impressa. Na falta dela, qualquer palavra, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e
entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham "Frio" e "Quente" escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri
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uma lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e
lençóis, à procura de uma etiqueta, qualquer coisa.
[...] Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga.
- Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga, Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.
- Tricô.
Uma esperança!
- Com manual?
- Não.
Danação.
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(VERISSIMO, Luiz Fernardo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. p. 97-98)
O texto de Veríssimo é uma crônica. Assinale a opção em que se tece um comentário correto sobre esse gênero textual e o texto em análise.
a) Ao contrário do que se espera desse gênero textual, "Fobia" apresenta uma linguagem informal típica da oralidade.
b) Considerando o suporte normalmente empregado na veiculação das crônicas, não se protejam muitos leitores para o texto.
c) Por relatarem situações, geralmente fictícias, não é possível relacionar ás crônicas com a realidade dos leitores.
d) É possível perceber diversos traços narrativos "Fobia", o que não a descaracteriza como instrumento de reflexão.
Questão 258: IBFC - ATB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Apoio Técnico em Escolas Estaduais - Auxiliar de Secretaria/2015
Assunto:
Fobias
Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos),
acrofobia (medo de altura) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até a treikaidesafobia (medo do número 13), mas o
pânico de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses. O vício que lhe dá origem é a
gutembergomania, uma dependência patológica na palava impressa. Na falta dela, qualquer palavra, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e
entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham "Frio" e "Quente" escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri
uma lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e
lençóis, à procura de uma etiqueta, qualquer coisa.
[...] Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga.
- Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga, Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.
- Tricô.
Uma esperança!
- Com manual?
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(VERISSIMO, Luiz Fernardo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. p. 97-98)
Os advérbios estabelecem importantes relações lógico-discursivas nos textos dependendo dos termos a que fazem referência. Considere o seguinte fragmento do texto:
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/5345213/imprimir 25/29
12/04/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Questão 259: IBFC - ATB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Apoio Técnico em Escolas Estaduais - Auxiliar de Secretaria/2015
Assunto:
Fobias
Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos),
acrofobia (medo de altura) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até a treikaidesafobia (medo do número 13), mas o
pânico de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses. O vício que lhe dá origem é a
gutembergomania, uma dependência patológica na palava impressa. Na falta dela, qualquer palavra, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e
entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham "Frio" e "Quente" escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri
uma lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e
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- Tricô.
Uma esperança!
- Com manual?
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(VERISSIMO, Luiz Fernardo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. p. 97-98)
No fragmento "O vício que lhe á origem é a gutembergomania.", presente no primeiro parágrafo; o pronome em destaque cumpre papel coesivo e regasta o seguinte
vocábulo:
a) "insônia"
b) "vício"
c) "neuroses"
d) "dependência patológica"
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Questão 260: IBFC - ATB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Apoio Técnico em Escolas Estaduais - Auxiliar de Secretaria/2015
Assunto:
Fobias
Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos),
acrofobia (medo de altura) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até a treikaidesafobia (medo do número 13), mas o
pânico de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses. O vício que lhe dá origem é a
gutembergomania, uma dependência patológica na palava impressa. Na falta dela, qualquer palavra, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e
entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham "Frio" e "Quente" escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri
uma lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e
lençóis, à procura de uma etiqueta, qualquer coisa.
[...] Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga.
- Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga, Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.
- Tricô.
Uma esperança!
- Com manual?
- Não.
Danação.
- Manda!
(VERISSIMO, Luiz Fernardo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. p. 97-98)
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12/04/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
No penúltimo parágrafo do texto, empregam-se as reticências visando a provocar um efeito expressivo. Trata-se:
Questão 261: IBFC - ATB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Apoio Técnico em Escolas Estaduais - Auxiliar de Secretaria/2015
Assunto:
Texto
Ninguém nasce sabendo ler: aprende-se à medida que vive. Se "ler livros" geralmente se aprende nos bancos da cola, outras leituras se aprendem por aí, na chamada
escola da vida: a leitura do voo das arribações que indicam a seca [...] independe da aprendizagem formal e se perfaz na interação cotidiana como o mundo das coisas e
dos outros.
Como entre tais coisas e tais outros incluem-se também livros e leitores, fecha-se o círculo: lê-se para entender o mundo, para viver melhor. em nossa cultura, quanto
mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem
costuma) encerrar-se nela.
Do mundo da leitura à leitura do mundo, o trajeto se cumpre sempre refazendo-se, inclusive, por um vice-versa que transforma a leitura em prática circular e infinita.
Como fonte de saber e de sabedoria, a leitura não esgota seu poder de sedução nos estreitos círculos da escola.
(Marisa Lajolo. Do mundo da Leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993. p.7)
No primeiro parágrafo do texto, a autora fala em "outras leituras" que podem ser entendidas como:
a) os livros adotados nas escolas, mas que também podem ser lidos em casa.
b) a leitura de experiências das ações e dos objetos que formam a realidade o indivíduo.
c) os manuais que orientam na execução de tarefas como tratar da seca.
d) as leituras feitas nos bancos das escolas, frequentados pela maioria das pessoas.
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Questão 262: IBFC - ATB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Apoio Técnico em Escolas Estaduais - Auxiliar de Secretaria/2015
Assunto:
Texto
Ninguém nasce sabendo ler: aprende-se à medida que vive. Se "ler livros" geralmente se aprende nos bancos da cola, outras leituras se aprendem por aí, na chamada
escola da vida: a leitura do voo das arribações que indicam a seca [...] independe da aprendizagem formal e se perfaz na interação cotidiana como o mundo das coisas e
dos outros.
Como entre tais coisas e tais outros incluem-se também livros e leitores, fecha-se o círculo: lê-se para entender o mundo, para viver melhor. em nossa cultura, quanto
mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem
costuma) encerrar-se nela.
Do mundo da leitura à leitura do mundo, o trajeto se cumpre sempre refazendo-se, inclusive, por um vice-versa que transforma a leitura em prática circular e infinita.
Como fonte de saber e de sabedoria, a leitura não esgota seu poder de sedução nos estreitos círculos da escola.
(Marisa Lajolo. Do mundo da Leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993. p.7)
No trecho "Ninguém nasce sabendo ler: aprende-se à medida que se vive.", construção em destaque estabelece uma relação semântica entre as ações descritas e que
explicita o valor:
a) Tempo.
b) Condição .
c) Proporcionalidade.
d) Conformidade.
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Questão 263: IBFC - ATB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Apoio Técnico em Escolas Estaduais - Auxiliar de Secretaria/2015
Assunto:
Texto
Ninguém nasce sabendo ler: aprende-se à medida que vive. Se "ler livros" geralmente se aprende nos bancos da cola, outras leituras se aprendem por aí, na chamada
escola da vida: a leitura do voo das arribações que indicam a seca [...] independe da aprendizagem formal e se perfaz na interação cotidiana como o mundo das coisas e
dos outros.
Como entre tais coisas e tais outros incluem-se também livros e leitores, fecha-se o círculo: lê-se para entender o mundo, para viver melhor. em nossa cultura, quanto
mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem
costuma) encerrar-se nela.
Do mundo da leitura à leitura do mundo, o trajeto se cumpre sempre refazendo-se, inclusive, por um vice-versa que transforma a leitura em prática circular e infinita.
Como fonte de saber e de sabedoria, a leitura não esgota seu poder de sedução nos estreitos círculos da escola.
(Marisa Lajolo. Do mundo da Leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993. p.7)
De acordo com o posicionamento apresentado pela autora, ao longo do texto, é correto afirmar que:
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/5345213/imprimir 27/29
12/04/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
d) o desinteresse pela leitura encontra justificativa pelo fato de não ser um troço humano inato.
Questão 264: IBFC - ATB (SEE MG)/SEE MG/Nível I Grau A/Apoio Técnico em Escolas Estaduais - Auxiliar de Secretaria/2015
Assunto:
Texto I
Fobias
Não sei como se chamaria o medo de não ter o que ler. Existem as conhecidas claustrofobia (medo de lugares fechados), agorafobia (medo de espaços abertos),
acrofobia (medo de altura) e as menos conhecidas ailurofobia (medo de gatos), iatrofobia (medo de médicos) e até a treikaidesafobia (medo do número 13), mas o
pânico de estar, por exemplo, num quarto de hotel, com insônia, sem nada para ler não sei que nome tem. É uma das minhas neuroses. O vício que lhe dá origem é a
gutembergomania, uma dependência patológica na palava impressa. Na falta dela, qualquer palavra, qualquer palavra serve. Já saí de cama de hotel no meio da noite e
entrei no banheiro para ver se as torneiras tinham "Frio" e "Quente" escritos por extenso, para saciar minha sede de letras. Já ajeitei o travesseiro, ajustei a luz e abri
uma lista telefônica, tentando me convencer que, pelo menos no número de personagens, seria um razoável substituto para um romance russo. Já revirei cobertores e
lençóis, à procura de uma etiqueta, qualquer coisa.
[...] Uma vez liguei para a telefonista de madrugada e pedi uma Amiga.
- Você não entendeu! Eu quero uma revista Amiga, Capricho, Vida Rotariana, qualquer coisa.
- Tricô.
Uma esperança!
- Com manual?
- Não.
Danação.
- Manda!
(VERISSIMO, Luiz Fernardo. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2003. p. 97-98)
Texto II
Ninguém nasce sabendo ler: aprende-se à medida que vive. Se "ler livros" geralmente se aprende nos bancos da cola, outras leituras se aprendem por aí, na chamada
escola da vida: a leitura do voo das arribações que indicam a seca [...] independe da aprendizagem formal e se perfaz na interação cotidiana como o mundo das coisas e
dos outros.
Como entre tais coisas e tais outros incluem-se também livros e leitores, fecha-se o círculo: lê-se para entender o mundo, para viver melhor. em nossa cultura, quanto
mais abrangente a concepção de mundo e de vida, mais intensamente se lê, numa espiral quase sem fim, que pode e deve começar na escola, mas não pode (nem
costuma) encerrar-se nela.
Do mundo da leitura à leitura do mundo, o trajeto se cumpre sempre refazendo-se, inclusive, por um vice-versa que transforma a leitura em prática circular e infinita.
Como fonte de saber e de sabedoria, a leitura não esgota seu poder de sedução nos estreitos círculos da escola.
(Marisa Lajolo. Do mundo da Leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 1993. p.7)
Embora os textos I e II abordem o mesmo tema - a leitura; não o fazem do mesmo modo. Após confrontá-los, assinale a afirmação correta.
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12/04/2018 TEC Concursos - Questões para concursos, provas, editais, simulados.
Gabarito
201) D 202) A 203) C 204) C 205) D 206) E 207) E
208) D 209) C 210) B 211) B 212) A 213) B 214) E
215) C 216) D 217) C 218) A 219) D 220) B 221) D
222) B 223) B 224) C 225) D 226) D 227) D 228) A
229) D 230) D 231) C 232) C 233) C 234) D 235) E
236) B 237) D 238) B 239) A 240) A 241) D 242) C
243) B 244) C 245) B 246) B 247) C 248) D 249) A
250) B 251) C 252) B 253) A 254) A 255) A 256) D
257) D 258) B 259) C 260) A 261) B 262) C 263) B
264) D
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/cadernos/experimental/5345213/imprimir 29/29