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Memória Atlântica
Apoio institucional
Academia Portuguesa da História
Fundação Editora UNESP – Cultura Acadêmica
Comissão Editorial
Armando Martins
Universidade de Lisboa e Academia Portuguesa da História
Dulce O. Amarante dos Santos
Universidade Federal de Goiás
Jean Marcel Carvalho França
Universidade Estadual Paulista, Franca
Leila Mezan Algranti
Universidade Estadual de Campinas
Manolo Florentino
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Manuela Mendonça
Universidade de Lisboa e Academia Portuguesa da História
Margarida Garcez Ventura
Universidade de Lisboa e Academia Portuguesa da História
Maria de Fátima Reis
Universidade de Lisboa e Academia Portuguesa da História
Maria Helena da Cruz Coelho
Universidade de Coimbra e Academia Portuguesa da História
Ricardo Alexandre Ferreira
Universidade Estadual Paulista, Franca
Susani Silveira Lemos França
Universidade Estadual Paulista, Franca
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Cultura Acadêmica
Praça da Sé, 108
01001-900 – São Paulo – SP
Tel.: (0xx11) 3242-7171
Fax: (0xx11) 3242-7172
www.culturaacademica.com.br
205 p.
ISBN: 978-85-7249-001-6
A
coleção Memória Atlântica, uma iniciativa do Grupo
de Pesquisa Escritos sobre os Novos Mundos (FAPESP),
em parceria com a FEU (Fundação Editora da Unesp)
e com a Academia Portuguesa da História, tem como propósito
oferecer gratuitamente ao público, especializado ou não, acesso
a edições digitais de documentos e obras raras da cultura luso-
brasileira. É um pequeno contributo ao sempre polêmico mas
necessário processo de construção da memória e da identidade
nacionais, deste e do outro lado do Atlântico. As edições, que
abarcam documentos inéditos, obras nunca antes publicadas em
português e obras cujas impressões estão hoje inacessíveis, são
precedidas por uma introdução histórica, composta por um ou
mais especialistas, e seguida da versão integral do escrito, anota-
da e com ortografia e pontuação modernizadas.
SUMÁRIO
1
O INSTITUTO. Jornal scientifico e litterario. Volume décimo quinto.
Coimbra: Imprensa da Universidade, 1872, p. 203.
2
ARCHIVO de pharmacia e sciencias accessorias da India Portugueza.
Publicado e redigido por Antonio G. Roberto. Nova Goa: Imprensa
Nacional, 1867, p. 14.
9
TRATADO SOBRE MEDICINA
3
DUARTE, Eustáquio. Tratado único da constituição pestilencial de
Pernambuco. In: MORÃO, ROSA e PIMENTA. Notícia dos três primeiros
livros em vernáculo sobre a medicina no Brasil. Estudo crítico de Gilberto
Osório de Andrade. Introduções históricas, interpretações e notas de
Eustáquio Duarte, prefácio de Gilberto Freyre. Pernambuco: Arquivo
Público Estadual, 1956.
4
ROSA, João Ferreira da. Trattado unico da constituiçam pestilencial de
Pernambuco: offerecido a ElRey N.S. por ser servido ordenar por seu
Governador aos Medicos da America, que assistem aonde ha este conta-
10
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Um médico português
11
TRATADO SOBRE MEDICINA
11
Maximiano Lemos registra Zacuto Lusitano como trineto do “célebre
matemático” Abraão Zacuto, ao passo que Benjamin Teensma afirma
serem, respectivamente, bisneto e bisavô. Cf. LEMOS, Maximiano.
Zacuto Lusitano, 1909, p. 30; TEENSMA, Benjamin N. “Os filhos do
Doutor Zacuto. Identificação de Isaac Russon”. In: GALINDO, Marcos
(org.). Viver e morrer no Brasil holandês. Recife: Fundaj; Editora Massan-
gana, 2007, p. 50.
12
Para maiores informações, ver: ALBUQUERQUE, Luís de. Zacuto,
Abraão. In: Dicionário de História dos Descobrimentos Portugueses. Lisboa:
Círculo de Leitores, 1994. v. II.
13
Cf. FAINGOLD, Reuven. Judeus nas cortes reais portuguesas. Sefarad.
Revista de Estudios Hebraicos, Sefardíes y de Oriente Próximo, v. 55. Fasc.1.
Madrid, pp. 77-104, 1995.
12
MEMÓRIA ATLÂNTICA
14
Cf. ZACUTO, A. Almanach Perpetuum. Introdução de Luís de Albu-
querque. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1986.
15
CRESPO, Victor. Abraão Zacuto e a Ciência Náutica dos Descobri-
mentos Portugueses. Oceanos, Lisboa, n. 29, jan-mar. 1997, pp. 119-128.
16
ALBARES, Roberto A; CASTILLO, Pablo G; MIGUEL, Cirilo F. La
Ciencia del Cielo. Salamanca: Europa artes gráficas, 1989, p. 58.
17
Embora o livro não trate especificamente da aplicação das tábuas nesta
matéria, a posição dos astros na esfera celeste poderia ser utilizada, de
forma determinante, na previsão de acontecimentos e no comportamento
dos corpos. Cf. ALMEIDA, Simone F. G. Influxos do céu. Uma história
das previsões. São Paulo: Editora Unifesp, 2018.
18
ALBUQUERQUE, Luís. Nunes, Pedro. In: SERRÃO, Joel. Dicioná-
rio de História de Portugal. Porto: Figueirinhas, 1981. v. IV, pp. 407-408.
19
Cf. ALCALÁ, Á. (ed.). Judíos. Sefarditas. Conversos. La expulsión de
1492 y sus consecuencias. Madrid: Ámbito Ediciones S. A, 1995.
13
TRATADO SOBRE MEDICINA
20
LEMOS, Maximiano. Zacuto Lusitano, pp. 28-29.
21
Sobre as instituições de ensino, consultar: OBRADÓ, M. del Pilar
Rábade. Las Universidades en la Edad Media. Madrid: Arco Libros, S. L.,
1996.; RAÍZ, Carlos Mateo Martínez. La Construcción de la ciencia en la
Universidad medieval. Córdoba: Brujas, 2005.
22
Cf. JANOTTI, Aldo. Origens da Universidade: a singularidade do caso
português. São Paulo: Edusp, 1992.
23
Cf. CHARLE, Chistophe; VERGER, Jacques. História das Universida-
des. Tradução de Elcio Fernandes. São Paulo: Ed. Unesp, 1996.
24
LEMOS, Maximiano. Zacuto Lusitano, p. 52.
14
MEMÓRIA ATLÂNTICA
25
Para mais informações sobre a legislação relacionada à atuação dos
físicos-mores, ver ABREU, Eduardo de. A Physicatura-Môr e o Cirur-
gião-Môr dos Exercitos no Reino de Portugal e Estados do Brazil. Revista
Trimensal do Instituto Historico e Geographico Brazileiro, Rio de Janeiro,
v. 63, n. 101, pt. I, p. 154-306, 1900.
26
DUTRA, Francis A. The practice of medicine in early modern Portu-
gal, In: KATZ, Israel J. (Ed.) Libraries, history, diplomacy and the perform-
ing arts. Essay in honor of Carleton Sprague Smith. Stuyvesant: Pendrag-
on Press in cooperation with the New York Public Library, 1991, p. 159.
27
LEMOS, Maximiano. Zacuto Lusitano, pp. 59-63.
28
Cf. RODRIGUES, Teresa Maria Ferreira. As Crises de Mortalidade em
Lisboa: séculos XVI e XVII. Dissertação de Mestrado. Universidade Nova
de Lisboa, Lisboa, 1987. pp. 138-146, 153-162, 213.
29
LEMOS, Maximiano. Zacuto Lusitano, p. 94.
15
TRATADO SOBRE MEDICINA
30
Cf. BETHENCOURT, Francisco. História das Inquisições. Portugal,
Espanha e Itália. Lisboa: Círculo de Leitores, 1994.
31
Benjamin N. Teensma aponta para o ano de 1614 como a data em que o
doutor Zacuto deixa Portugal, baseando-se no registro do cronista setecen-
tista David Franco Mendes e nas entradas do Livro de Bet Haim do Kahal
Kados de Bet Yahacob, o Registro do Cemitério da Santa Comunidade da
Casa de Jacob. Cf. TEENSMA, Benjamin N. Os filhos do Doutor Zacuto,
pp. 50-54.
32
Cf. COOK, Harold J. Matters of exchange: commerce, medicine and
science in the Dutch Golden Age. New Have; London: Yale University
Press, 2007, pp. 133-174.
33
Destacamos apenas os casos mais conhecidos de doutores que não se
converteram ao judaísmo após esse movimento: Stephan Rodrigues de
Castro, que jamais professou essa religião, mesmo depois de emigrar para
a Itália, e Henrique (Jacob) de Castro Sarmento, que viveu como católico
em Portugal, emigrou para a Inglaterra, onde professou o judaísmo e,
depois, passou a professar o anglicanismo. Cf. D’ESAGUY, Augusto. A
Page from the Portuguese History of Medicine, Dr. Jacob or Henrique de
Castro Sarmento. Coimbra: Institute de Coimbra, 1946; FRIE-
16
MEMÓRIA ATLÂNTICA
17
TRATADO SOBRE MEDICINA
36
LEMOS, Maximiano. Zacuto Lusitano, p. 341.
37
LEMOS, Maximiano. Zacuto Lusitano, p. 219.
18
MEMÓRIA ATLÂNTICA
38
LEMOS, Maximiano. Zacuto Lusitano, p. 253.
39
LEMOS, Maximiano. Zacuto Lusitano, p. 262.
19
TRATADO SOBRE MEDICINA
40
LEMOS, Maximiano. História da medicina em Portugal: doutrinas e
instituições. Lisboa: Manoel Gomes Editor, 1899. v. II, p. 31.
20
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Já De Praxis Medica
Admiranda [...], presente
no segundo tomo da Ope-
ra Omnia, é construída
como uma coletânea de
relatos de casos curiosos e
raros, sobre doenças, re-
médios, curas e situações
inusitadas – as que Zacuto
testemunhara no exercício
de seu ofício e as que reco-
lheu de colegas, marinhei-
ros, viajantes e aventurei-
ros. Segue, de maneira
similar a outra obra, uma
organização a partir das
partes do corpo acometi-
das pelos males que descreve e comenta. Vale ressaltar, con-
tudo, que tal obra, apesar da heterodoxia dos casos que a
compõem, não foi formulada no sentido de “avançar” os
conhecimentos médicos ao registrar situações não observadas
pelos antigos e, assim, coloca-los em xeque. Esse ímpeto de
retratar o novo e o curioso parece ter sido apenas uma decor-
rência do tempo e do mundo em que Zacuto viveu, cujas
fronteiras haviam sido alargadas drasticamente havia pouco
mais de um século.41 O médico português era um herdeiro
declarado do conhecimento dos antigos, um defensor do
41
CARVALHO, Francisco Moreno de. Zacuto Lusitano, p. 74.
21
TRATADO SOBRE MEDICINA
42
“Galenismo moribundo”, nas palavras de Maximiano Lemos. Cf. LE-
MOS, Maximiano. Zacuto Lusitano, p. 340.
43
Diferentemente do que afirma Francisco Moreno de Carvalho, que
identificou a existência de apenas dois exemplares do livro em seu Zacuto
Lusitano e um tratado de Medicina dirigido ao Brasil. Cf. CARVALHO,
Francisco Moreno de. Zacuto Lusitano, p. 67.
44
ZACUTUS Lusitanus. Libro de diversos remedios : para varyos acçiden-
tes / composto pello ... Doctor Zacutus Lusitanus. The National Library
of Israel, Jerusalem, Israel, Ms. Fr. 1000. 24,5x19,0 cm. 62 p.
22
MEMÓRIA ATLÂNTICA
45
LICITANUS, Zacutus. Livro de diversos remedios. Biblioteca Nacional
do Rio de Janeiro. Manuscritos - I-13,02,031. 59 f.
46
TRATADO/ sobre Medecina que/ fez o Doutor Zacuto/ para seu filho
levar consigo/ quando se foy para o Brazil./ Disposto e Copeado/ por hor-
dem de/ Ishack de Matatia Aboab./ Anno 5450/ Escrito por B. Godines.
Ets Haim Bibliotheek. 15,3 x 9,7 cm. 116 p.
47
Ishack de Matatia Aboad – não confundi-lo com o rabino Isaac Aboad
da Fonseca, seu contemporâneo – parece ter sido um próspero mercador e
proeminente membro da comunidade judaica de Amsterdã. Nascido na-
quela cidade em 1631, casou-se aos 37 anos com sua sobrinha Sarah Curi-
el, então com 16 anos, tendo com ela quatro filhos: Matatia, David, filho a
quem se destinava a cópia do Tratado de Zacuto, Moshe e Emanuel. Foi
uma espécie de “repositório vivo de toda a memorabilia literária a respeito
dos judeus portugueses de Amsterdã”. Em 1690, compilou um tratado
sobre o uso medicinal de pedras preciosas, e, no mesmo ano, comissionou a
Benjamin Godines a edição e cópia do tratado sobre medicina do doutor
Zacuto. Cf. MCGAHA, Michael D. (org.). The Story of Joseph in Spanish
Golden Age Drama. Lewisburg, Pennsylvania: Bucknell University Press,
1998, pp. 227-228.
48
Pouco se sabe sobre Benjamin Senior Godines. Foi membro da comu-
nidade luso-judaica de Amsterdã, editor e um conhecido gravador de
23
TRATADO SOBRE MEDICINA
24
MEMÓRIA ATLÂNTICA
50
LEMOS, Maximiano. Zacuto Lusitano, pp. 210-211.
51
Para mais informações sobre o domínio holandês no Brasil, ver, entre
outros: BOXER, Charles. Os holandeses no Brasil (1624-1654). Tradução
de Olivério Mário de Oliveira Pinto. São Paulo: Companhia Editora
Nacional, 1961. (Coleção Brasiliana, v. 312).; MELLO, Evaldo Cabral
de. O Brasil Holandês (1630-1654). 1ª reimpressão. São Paulo: Penguin
Classics, 2010; MELLO, José Antônio Gonsalves de. Tempo dos flamen-
gos: influência da ocupação holandesa na vida e na cultura do norte do
Brasil. Rio de Janeiro: Topbooks, 2007.
52
MELLO, José Antônio Gonsalves de. Gente da nação: cristãos-novos e
judeus em Pernambuco, 1542-1654. Recife: Fundação Joaquim Nabuco,
Editora Massangana, 1989, p. 461.
53
EMMANUEL, Isaac S. “Seventeenth-century Brazilian jewry: a critical
review”. American Jewish Archives Journal, Cincinnati, v. 14, n. 1, 1962, p. 47.
25
TRATADO SOBRE MEDICINA
54
INVENTÁRIO dos prédios edificados ou reparados pelos holandeses na
cidade do Recife até 1654. Biblioteca Pública de Pernambuco. Recife:
Imprensa Oficial, 1940, p. 4.
55
Cf. EMMANUEL, Isaac S. Seventeenth-century Brazilian jewry, p. 52;
MELLO, José Antônio Gonsalves de. Gente da nação, p. 446.
56
MELLO, José Antônio Gonsalves de. Gente da nação, pp. 349-350, 499.
26
MEMÓRIA ATLÂNTICA
57
WIZNITZER, Arnold. Judeus no Brasil colonial. São Paulo: Livraria
Pioneira Editora; Editora da Universidade de São Paulo, 1966, p. 122.
58
RÉVAH, Israel Salvator. “Une Famille de Nouveaux-chrétiens: les
Bocarro Francês”, Revue des Études Juives, n. 166, 1957. pp. 81-82; Elias
Lipiner, “Notas para Nova Leitura da Biografia de Zacut", Carta de
Jerusalen 64, julio-deciembre 1993, pp. 11-20.
59
Cf. VAINFAS, Ronaldo. Jerusalém colonial: judeus portugueses no
Brasil holandês. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010, pp. 94-106.
27
TRATADO SOBRE MEDICINA
60
Diferenças sobre os nomes das localidades indicadas podem ser consul-
tadas na edição do Tratado, apresentada neste livro.
28
MEMÓRIA ATLÂNTICA
29
TRATADO SOBRE MEDICINA
61
RÀNULA. In. SILVA, Antonio de Moraes. Diccionario da lingua por-
tugueza - recompilado dos vocabularios impressos ate agora, e nesta segunda
edição novamente emendado e muito acrescentado. Lisboa: Typographia
Lacerdina, 1813, p. 550.
62
ALPÓRCA. In. SILVA, Antonio de Moraes. Diccionario da lingua
portugueza, p. 104.
63
GOVERNAR. In. SILVA, Antonio de Moraes. Diccionario da lingua
portugueza, p. 94.
30
MEMÓRIA ATLÂNTICA
31
TRATADO SOBRE MEDICINA
64
CAVALLO, Guglielmo. História da leitura no mundo ocidental. São
Paulo: Ática, 2002, p. 48.
65
CAVALLO, Guglielmo. História da leitura no mundo ocidental, p. 97.
32
MEMÓRIA ATLÂNTICA
66
Alinhado ao restante de sua obra, Zacuto não aborda, no Tratado [...] /
Libros [...], questões de natureza cirúrgica. A única exceção, ou as men-
ções a procedimentos menos “clínicos”, seria a aplicação das sangrias.
67
É difícil precisar se Zacuto tinha alguma notícia sobre as boticas do
Brasil para prescrever determinados ingredientes. Ainda assim, ele men-
ciona que esse ou aquele produto viria “da botica” em pelo menos quatro
momentos de seu tratado. Sobre os boticários e as boticas do Brasil, ver,
entre outros: MARQUES, V. R. B. Natureza em boiões. Medicinas e
boticários no Brasil setecentista. Campinas: Ed. da Unicamp, 1999.
68
Cf. MORÃO, ROSA e PIMENTA. Notícia dos três primeiros livros.
69
Sobre a medicina praticada no Brasil colonial, ver, entre outros: VIO-
TTI, Ana Carolina de C. As práticas e os saberes médicos no Brasil colonial
(1677-1808). São Paulo: Alameda, 2017.
33
TRATADO SOBRE MEDICINA
34
MEMÓRIA ATLÂNTICA
35
TRATADO SOBRE MEDICINA
70
Foi-nos de grande valia a obra de FLEXOR, Maria Helena Ochi. Abre-
viaturas: manuscritos dos séculos XVI ao XIX. Rio de Janeiro: Arquivo
Nacional, 2008.
36
MEMÓRIA ATLÂNTICA
*
Antes de o leitor passar adiante, não poderíamos deixar
de registrar nossos agradecimentos às instituições e pessoas
37
TRATADO SOBRE MEDICINA
38
TRATADO sobre MEDICINA que fez o Doutor
ZACUTO para seu filho levar consigo quando se
foi para o Brasil.
Disposto e copiado
por ordem de
Ishack de Matatia Aboab
Ano 5450
1
N. E. No Libro de diversos remedios para varyos acsidentes composto pello
muy docto y eminente doctor Zacutus Lusitanus (Friedenwald Collection,
The National Library of Israel), uma das versões do Tratado de medicina
[...] aqui confrontadas – e doravante indicado como Libro FC –, lê-se
“animadversões gerais tocantes a todo gênero de doenças”.
2
N. E. No Libro de diversos remedios composto pelo mui docto Sr. Doctor
Zacutus Lusitanus y tresladado pello original do mesmo author (Fundação
Biblioteca Nacional), outra versão do Tratado aqui confrontada – e dora-
vante indicado como Libro BN –, não há referência a este título. Quando
as duas obras – o Libro FC e o Libro BN – coincidirem em alguma varia-
ção em relação ao Tratado, serão referenciadas como Libros.
43
TRATADO SOBRE MEDICINA
3
N. E. O termo “Guiné” consta grafado como “China” nos dois Libros.
4
N. E. O termo inexiste nos Libros.
5
N. E. Não há, nos Libros, menção a um nome para a dita purga. Embo-
ra o termo esteja grafado como “ameijoada” no Tratado, vocábulo que
aparece em obras como a Polianthea medicinal de João Curvo Semedo
[tratado 2, capítulo 102] com a virtude de sarar amargores na boca –
“[...] ajudas de ameijoada, feitas de cozimento de cevada, ameixas, alface,
violas, malvas, frangão, saião, claras de ovos, água rosada e farelos lavados
[...]” –, optou-se por alterar a palavra por “ameixoada”, sobretudo por se
referir a preparos compostos por ameixas – e não amêijoas. SEMMEDO,
Joam Curvo. Polyanthea medicinal. Noticias galênicas, e chymicas, repar-
tidas em tres tratados [...]. Lisboa: Na Officina de antonio Pedrozo Gal-
ram, 1727, p. 545.
6
N. E. Nos Libros, consta a fórmula da receita da referida purga. A mes-
ma receita é elencada na página 72 do Tratado, no capítulo 48, “Da febre
de sangue inflamado”.
44
MEMÓRIA ATLÂNTICA
7
N. E. Símbolo referente a oitavas.
8
N. E. Esta parte da frase foi omitida nos dois Libros.
9
N. E. Mesmo fazendo um tratado para medicar no Brasil, a indicação
das estações do ano se mantém pautada pela referência europeia.
10
N. E. O trecho “que, nestes tempos, se altera o corpo muito” inexiste
nos Libros.
45
TRATADO SOBRE MEDICINA
Da sangria
11
N. E. Provavelmente delírio causado por inflamação na pleura, como
indicado já em Isidoro de Sevilha (560-636), no capítulo das “doenças
agudas” constante no livro de Medicina de sua Etiologias. ISIDORO de
Sevilla. Etimologías. Madrid: Biblioteca de autores cristianos, 2004. (IV,
VI, 3).
46
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Ventosas
Sanguessugas
12
N. E. Os Libros referem apenas à sangria na parte de fora da coxa.
13
N. E. No Libro FC, a prescrição é de que se sarjem as pernas dos me-
ninos no lugar da sangria.
14
N. E. Nos Libros, segue-se o seguinte: “e quando não seguires [sic]
estancar, lhe porão um pano de clara de ovo, ou pós restritivos, que cha-
mam estanca sangue, como temos dito. Pulver restrictivor Ʒj”. A mesma
indicação literal aparece já no capítulo primeiro do Tratado.
47
TRATADO SOBRE MEDICINA
Clistel
15
N. E. Nos Libros, há uma nova referência ao clistel de ameixoadas,
semelhante ao sinalizado na nota 5, que é o seguinte: “clisteis de ameixo-
ada feitos do cozimento de malvas, violas, ameixas, cevada e com meia
onça de polpa de canafístola e óleo rozado, gema de ovo e açúcar”,
acompanhado da receita em latim.
48
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Banhos
Exercício
49
TRATADO SOBRE MEDICINA
O jogo de Vênus
16
N. E. Nos Libros, lê-se: “O exercício será dos jogos das armas [...]”.
17
N. E. Espécie de sela, armada com correias e com quatro paus atravessa-
dos de uma e outra banda, “hoje pouco usada”, segundo Raphael Bluteau.
18
N. E. Jogo muito praticado outrora, em que uma péla (bola) era atirada
de um lado para o outro, com o auxílio de algum instrumento (raquete,
bastão) ou mesmo com as mãos. Crê-se ter sido o jogo precursor do tênis.
19
N. E. Consta o termo nas edições dos Libros.
20
N. E. Nos Libros, lê-se que “[...] priva o homem da melhor parte de
tão puríssima substância [...]”; ainda que o termo “melhor” pareça mais
afinado ao argumento do autor, preferiu-se fidelidade ao conteúdo do
Tratado.
50
MEMÓRIA ATLÂNTICA
O Ar
Cap. Primeiro
Da dor da cabeça
21
N. E. Nos Libros, antes da discriminação das ervas, consta o seguinte:
“[...] lançam na casa ervas quentes [...]”.
51
TRATADO SOBRE MEDICINA
52
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Tomar xaropes:
53
TRATADO SOBRE MEDICINA
R. diaphenie et catolican
(p. 14) [três oitavas] cum sacharo fiant
bol
22
N. E. Em tradução livre, granular o couro com cortiça. NEUMAN,
Henry. A New Dictionary of the Spanish and English Languages […] Phil-
adelphia: A. Small, 1823. v. 1.
54
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Cap. 2 de Frenesis
23
N. E. Nos Libros, a receita que se anuncia para o capítulo do morbo
gálico já é transcrita integralmente.
55
TRATADO SOBRE MEDICINA
24
N. E. Esta informação sobre o estado do doente para a aplicação de
ventosas só aparece no Tratado.
56
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Cap. 3 de Modorras
25
N. E. Esta indicação da purga não consta nos Libros.
26
N. E. Nos Libros, não há menção à “casa à roda”.
57
TRATADO SOBRE MEDICINA
27
N. E. Nos Libros, consta apenas que a doença seria perigosa para os
velhos. Talvez por opção, o copista do Tratado alerta sobre os riscos do
achaque para qualquer doente, mas enfatiza que seria mais severo quando
acometesse os velhos.
28
N. E. Refere-se ao verbo acarrear, que, de acordo com Antonio Moraes
Silva, significa “acarretar, trazer, causar, ocasionar”.
29
N. E. Trecho presente nos Libros.
58
MEMÓRIA ATLÂNTICA
30
N. E. Nos Libros, “vinagre quente” é precedido por “ou”.
59
TRATADO SOBRE MEDICINA
Cap. 6 da Melancolia
31
N. E. O copista do Libro FC faz uma rasura nesta parte da receita.
32
N. E. Não há referência à triaga de mitridato nos Libros; neles, a quan-
tidade indicada de triaga de esmeraldas é de duas oitavas.
33
N. E. As fontes no braço na falta de mênstruo, ou no toutiço dos me-
ninos pequenos não são indicadas nos Libros.
60
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Cap. 7 da Apoplexia
61
TRATADO SOBRE MEDICINA
Cap. 8 da Paralisia
34
N. E. No Libro BN, lê-se “[...] meterão pimenta ou pó de tabaco [...]”;
no Libro FC, consta “[...] meterão pimenta em pó de tabaco [...]”.
62
MEMÓRIA ATLÂNTICA
63
TRATADO SOBRE MEDICINA
35
N. E. Nos Libros, não há menção à cabeça ou ao fígado como fontes
dos humores quentes.
64
MEMÓRIA ATLÂNTICA
36
N. E. Nos Libros, consta a palavra “não”, que dá melhor sentido à
prescrição.
37
N. E. Xarope rosado não aparece na prescrição dos Libros.
38
N. E. Nos Libros, o título do capítulo não traz “belida” como denomi-
nação para a doença.
65
TRATADO SOBRE MEDICINA
39
N. E. No Libro BN, lê-se: “Para comer a névoa dos olhos, são bons os
remédios acima, purgando-se amiúde”. No Libro FC, consta: “para co-
mer a névoa dos olhos, sãos bons os últimos remédios acima, purgando-
se primeiro”.
40
N. E. Nos Libros, não se diz como refrescar o corpo, neste caso, com
cordeais.
66
MEMÓRIA ATLÂNTICA
41
N. E. A recomendação dos Libros difere substancialmente da que aqui
foi apresentada: “Não beba vinho, evite coisas quentes como nozes, que
apertam e engrossam o sangue, como se dirá no cap. de fluxo de câmaras
com sangue”.
42
N. E. No Tratado, consta “campanhoeis” e, nos Libros, “companhoes”.
De acordo com Antonio Morais Silva, o verbete “companhão” refere-se
aos testículos.
43
N. E. No Libro BN, consta “com leite, e com vinagre”.
67
TRATADO SOBRE MEDICINA
44
N. E. Nos Libros, lê-se que a dor é causada de fleimas que vêm da
cabeça. Vale mencionar que, no Tratado, há uma diferença de grafia
entre a primeira e a segunda menção a “reumas” – Rheumas e reumas –,
provavelmente em função de um erro de cópia.
45
N. E. Soro não é mencionado nos Libros.
68
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Cap. 15 da Esquinência
69
TRATADO SOBRE MEDICINA
70
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Cap. 17 da Asma
71
TRATADO SOBRE MEDICINA
Cap. 18 do Prioris
46
N. E. Nos Libros, consta que o escarro de sangue “[...] quando é ver-
melho acontece vir do bofe [...]”.
47
N. E. Nos Libros, não há diferenciação entre muito ou pouco sangue
como há no Tratado.
72
MEMÓRIA ATLÂNTICA
48
N. E. Nos Libros, não há menções a ventosas ou clistes.
49
N. E. Não consta essa denominação nos Libros.
50
N. E. Nos Libros, “enfraquecendo”.
51
N. E. Leite de vacas também é recomendado nos Libros.
73
TRATADO SOBRE MEDICINA
74
MEMÓRIA ATLÂNTICA
75
TRATADO SOBRE MEDICINA
52
N. E. Nos Lihros, não há indicação das horas após a ceia.
76
MEMÓRIA ATLÂNTICA
77
TRATADO SOBRE MEDICINA
53
N. E. Nos Libros, lê-se “provocar”.
54
N. E. Nos Libros, o Capítulo 25 é o “de Câmaras”, apresentado no
Tratado como capítulo 26. Manteve-se a sequência indicada no Tratado.
55
N. E. Esta invocação a Deus não consta nos Libros.
56
N. E. “Sempre” não consta nos Libros.
78
MEMÓRIA ATLÂNTICA
79
TRATADO SOBRE MEDICINA
57
N. E. A gema de ovo e a possibilidade de substituição de açúcar rosado
por duas onças de xarope ou mel rosados não aparecem na receita dos
Libros.
80
MEMÓRIA ATLÂNTICA
58
N. E. Nos Libros, não consta o uso de marmelos com os pós e óleos.
81
TRATADO SOBRE MEDICINA
59
N. E. No Libro FC, lê-se que “os clisteis, não apertando, são excelentes [...]”.
82
MEMÓRIA ATLÂNTICA
60
N. E. Nos Libros, segue-se da seguinte maneira: “[...] e único remédio,
feita no fim, tirar duas onças de sangue e, sentando-se em uma cadeira
furada, tomar o bafo de vinagre, ou rosa [...]”.
83
TRATADO SOBRE MEDICINA
84
MEMÓRIA ATLÂNTICA
61
N. E. Milho e sal não são citados nos Libros.
62
N. E. Nos Libros, complementa-se a informação com “e untar o fígado
que está na vazia direita”.
85
TRATADO SOBRE MEDICINA
86
MEMÓRIA ATLÂNTICA
R. Unguenti. de Opilativi.
[onça] oley absinth. et Caparor
an [onça] cu sera fiat
Unguenti :
63
N. E. Nos Libros, recomenda-se untar, juntamente com a barriga, “a
vazia”, ou seja, o quadril.
87
TRATADO SOBRE MEDICINA
Cap. 32 da Hidropisia
64
N. E. No Libro FC, a purga não é recomendada.
88
MEMÓRIA ATLÂNTICA
65
N. E. Nos Libros, não há recomendação de comida seca.
66
N. E. Os responsáveis pelas edições dos Libros utilizam, ao invés de
“águas”, o termo “sangrias”.
89
TRATADO SOBRE MEDICINA
67
N. E. Não há nos Libros a recomendação de furar o ventre. Neles, o
conselho dos “muitos médicos” é fazer fontes nas pernas.
90
MEMÓRIA ATLÂNTICA
68
N. E. Possivelmente relativo a gist, levedura na língua holandesa.
69
N. E. Esta informação não consta nos Libros.
91
TRATADO SOBRE MEDICINA
70
N. E. Nos Libros, não há menção ao azeite quente.
71
N. E. Não há menção à nudez do doente nos Libros.
92
MEMÓRIA ATLÂNTICA
72
N. E. Segundo as transcrições dos Libros, fanugrecum seria um cozi-
mento de alfaces.
73
N. E. No Tratado, há uma lacuna, um espaço propositalmente deixado
em branco pelo transcritor; nos Libros, o responsável pela edição não
mantém o espaço, substituindo-o por uma quantidade específica: dez
canadas.
74
N. E. Nos Libros não há referência ao tempo de permanência do doen-
te no banho.
75
N. E. A receita não consta nos Libros.
93
TRATADO SOBRE MEDICINA
Cap. 38 de Lombrigas
76
N. E. No Libro, há referência para sangrar, também, no braço.
94
MEMÓRIA ATLÂNTICA
77
N. E. Apesar das inscrições presentes nos Libros, que indicam o ingre-
diente como pau de cobra, acredita-se, a partir da grafia do Tratado, que
se refere ao arbusto Pau-cabra, Trema orientalis. Para mais, ver o glossário
ao final da obra.
78
N. E. Nos Libros, lê-se “untada”, indicando que as fórmulas seriam
postas na pena e não no sesso.
95
TRATADO SOBRE MEDICINA
79
N. E. Nos Libros, não há referência aos lugares para se realizarem as
sangrias.
96
MEMÓRIA ATLÂNTICA
80
N. E. Os Libros não fazem referência a remédios que apertam, apenas
aos que constam nos capítulos citados.
97
TRATADO SOBRE MEDICINA
Cap. 44 da Gota
81
N. E. Nos Libros, não consta que os humores correm como goma.
82
N. E. Nos Libros, indica-se que a doença impede que as mulheres
retenham o mês.
83
N. E. Nos Libros, não há indicação de purga como na retenção do mês.
98
MEMÓRIA ATLÂNTICA
84
N. E. Nos Libros, especifica-se “dedos dos pés e mãos”.
85
N. E. Ainda prescrevendo para a parte onde está a dor, os Libros recei-
tam, logo em seguida ao unguento populeão, untar com óleo de macela e
minhocas.
86
N. E. Nos Libros, indica-se o uso de pau da China nos casos de gota
vermelha, e não velha.
99
TRATADO SOBRE MEDICINA
87
N. E. Nos Libros, não há indicação deste sinônimo da doença.
100
MEMÓRIA ATLÂNTICA
88
N. E. Consta, no Libro BN, “folha de cana”.
101
TRATADO SOBRE MEDICINA
Conserva:
Outro remédio é [sic] as unturas para as quais a cura
das chagas é necessário chamar cirurgião esperto.90
89
N. E. Nos Libros, a indicação é de 20 dias.
90
N. E. Os Libros referem-se a “um cirurgião perito”.
102
MEMÓRIA ATLÂNTICA
91
N. E. Nos Libro BN, o primeiro Cap. 48 é “da Febre de Sangue infla-
mado”, seguido do capítulo “das Alporcas”. Entretanto, nos três manus-
critos confrontados, há a repetição da numeração “48” em dois capítulos.
103
TRATADO SOBRE MEDICINA
Das febres
104
MEMÓRIA ATLÂNTICA
92
N. E. Os Libros indicam cozimento com frango.
93
N. E. Nos Libros, as ameixas não são indicadas.
105
TRATADO SOBRE MEDICINA
94
N. E. Nos Libros, toda a indicação sobre os remédios não aparece.
95
N. E. Curiosamente, os Libros não tratam da falsa terçã, indicando que
a verdadeira “se faz de cólera fervente com mistura de fleima”, não tra-
zendo tantos acidentes, mas sendo mais larga.
106
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Cap. 52 da Cotidiana
Cap. 53 da Quartã
96
N. E. Nos Libros, conta água de rio doce.
107
TRATADO SOBRE MEDICINA
Cap. 55 da Peste
A peste é mal grave. Não se diz peste sem (p. 76) ter
nascido o inchaço, e, se o não há, diz-se febre pestífera.
Os acidentes são gravíssimos: ânsias, desmaios, pulsos
frios, suores frios, desvarios, fastio, câmaras.
Se houver inchaço e febre grande, a sangria é boa. Se
estiver na virilha, sangrar no pé; se no braço ou detrás das
orelhas, no braço. E as ventosas são maravilhosas; os cordiais
que dissemos acima e diremos no cap. seguinte, de confeição
de jacintos, alchermes,98 triaga, pedra bazar.
Purgar é bom com uma purga fresca que se pôs nas fe-
bres e, para o inchaço, se chama cirurgião.
97
N. E. Nos Libros, não há menção aos ingredientes assados.
98
(ver Alkérmes e Kermes mineral no dic. de medicina)
108
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Não difere mais esta febre das outras que nas vascas e
congoxas que tem, e frios a cada passo.
É bom sangrar e purgar ao 4º dia com a purga posta
nas febres; e ventosas com sarjas, pedra bazar, cordiais, deste
modo:
99
N. E. Não há esta indicação da confeição de jacintos ou a segunda
receita nas edições dos Libros.
109
TRATADO SOBRE MEDICINA
100
N. E. Usa-se o termo “criaturas” nos Libros.
101
N. E. Os Libros indicam que “a natureza quer repurgar o corpo”.
102
N. E. Nos Libros, não há referência às flores que vêm à pele.
103
N. E. Os Libros não fazem referência aos meninos, apresentando o
sarampão como doença comum a todos.
110
MEMÓRIA ATLÂNTICA
111
TRATADO SOBRE MEDICINA
104
N. E. Há uma continuação disposta pelo transcritor do Libro BN:
“Aqui se contém um epílogo de todas as doenças. Quando se farão as
curas, quando se farão as purgas, ventosas, sanguessugas, clistel, banhos,
exercício, jogo de Vênus, o ar. O grão, é peso de um grão de trigo, nem
grande nem pequeno; pelas balanças do ouro, se buscará o peso dos
grãos. Erva de São Paulo, a quantidade que se dá são duas oitavas tanto a
pessoa robusta quanto fraca. Porque, assim como a ela, a compleição da
pessoa opera mais, e, se é fraca, opera menos. Em lugar de pedra bazar,
faltando, se usa pevides de cidra azeda, dando-se três tantos; se se der
quatro grãos de pedra bazar, se dará doze de pevides ditas secas e em pó
com qualquer coisa”.
112
MEMÓRIA ATLÂNTICA
(p. 80)
(p. 81)
113
TRATADO SOBRE MEDICINA
6. Melancolia .................................................................... 21
7. Apoplexia ...................................................................... 22
8. Paralisia ......................................................................... 23
9. Inflamação dos olhos ..................................................... 25
10. Belida e névoa dos olhos .............................................. 27
11. Dor do ouvido............................................................. 27
12. Inflamação do ouvido .................................................. 27
13. Fluxo de sangue dos .................................................... 28
14. Dor dos dentes ............................................................ 29
15. Esquinência ................................................................. 30
16. Catarro ........................................................................ 32
17. Asma ........................................................................... 32
18. Prioris ......................................................................... 33
19. Escarro de sangue pela boca ......................................... 34
20. Chaga do bofe, que é tísico .......................................... 35
21. Tremor do coração ...................................................... 36
22. Fraqueza do estômago ................................................. 37
23. Vômito........................................................................ 39
24. Câmaras e vômitos, e juntamente que se chama colírica
passio ................................................................................. 39
25. Câmaras ...................................................................... 47
26. Câmaras de sangue ...................................................... 41
(p. 82)
114
MEMÓRIA ATLÂNTICA
Doenças de Mulheres
(p. 83)
Doenças da pele
115
TRATADO SOBRE MEDICINA
(p. 84 – em branco)
105
N. E. Os transcritores dos três manuscritos aqui confrontados grafa-
ram o capítulo 48 em duplicidade no índice.
116
MEMÓRIA ATLÂNTICA
(p. 85)
Receita.
2 escrópulos de mechoacão
2 escrópulos de jalapa
Isto botará em uma pouca de embira
morna e o tomará em nome de Deus.
117
TRATADO SOBRE MEDICINA
(p. 87 – em branco)
(p. 88)
118
MEMÓRIA ATLÂNTICA
A folhas – 71
(p. 89)
119
TRATADO SOBRE MEDICINA
120
MEMÓRIA ATLÂNTICA
.1.106
106
N. E. Há uma anotação a lápis, feita a posteriori, seguindo a paginação
do restante do livro. O autor/transcritor, todavia, reinicia a paginação do
texto em “1”, indicação que foi seguida nesta edição.
121
TRATADO SOBRE MEDICINA
122
MEMÓRIA ATLÂNTICA
123
TRATADO SOBRE MEDICINA
124
MEMÓRIA ATLÂNTICA
107
N. E. O mesmo que tedesco, ou referente aos alemães e germanos,
segundo Rafael Bluteau.
108
N. E. Inutilmente.
125
TRATADO SOBRE MEDICINA
109
N. E. Pedânio Dioscórides foi um autor greco-romano, considerado o
fundador da farmacognosia através da sua obra De materia medica, a
principal fonte de informação sobre drogas medicinais desde o século I
até ao século XVIII.
126
MEMÓRIA ATLÂNTICA
(p. 10)
127
TRATADO SOBRE MEDICINA
110
N.E. Outra grafia.
128
AS DOENÇAS QUE OS FILHOS DE ZACUTO
ENCONTRARIAM
129
TRATADO SOBRE MEDICINA
1
Registro do alvará por que Sua Alteza fez mercê dos ofícios de Físico-
mor e Cirurgião-mor do Estado do Brasil ao doutor Francisco Vás Ca-
bral. 28 de março de 1634. Documentos históricos, v. 27, p. 385.
2
Carta dos oficiais da Câmara de São Paulo representando a grande falta que
tem de médicos e medicamentos, 1698. Documentos históricos, v. 93, p. 80.
3
Tratei especificamente dos médicos e cirurgiões licenciados que atuaram
ou serviram de baliza para os escritos médicos antes da emergência da
clínica e do estabelecimento do ensino especializado nos trópicos lusos
130
MEMÓRIA ATLÂNTICA
131
TRATADO SOBRE MEDICINA
8
Na introdução deste estudo, já mencionamos a discussão sobre ser
Zacuto o primeiro livro médico sobre o Brasil. CARVALHO, Francisco
Moreno de. “Zacuto Lusitano e um tratado de medicina dirigido ao
Brasil”. In: MILGRAM, Avraham. Em nome da fé: estudos in memoriam
de Elias Lipiner. São Paulo: Perspectiva, 1999, pp. 57-74.
9
O texto permaneceu como manuscrito desde sua feitura, provavelmente
em 1677, até sua primeira edição em 1965, promovida pela Junta de
Investigação do Ultramar.
132
MEMÓRIA ATLÂNTICA
10
REGIMENTO do Fysico mor. 25 de fevereiro de 1521. SYSTEMA,
ou Collecção dos Regimentos Reaes. Tomo VI. Lisboa: Officina de Francis-
co Borges de Sousa, 1783, pp. 338-343.
11
REGIMENTO do Cirurgiaõ mor do Reino. 12 de dezembro de 1631.
SYSTEMA [...], pp. 343-345.
12
ORDEM do Conselho Ultramarino para o Fysico mor do Reino, 1º de
junho de 1742. SYSTEMA [...], p. 349.
13
REGIMENTO, que serve de lei, que devem observar os comissários do
físico-mor do Reino nos estados do Brasil, 16 de maio de 1774. Arquivo
Nacional. Fundo Ministério do Império.
133
TRATADO SOBRE MEDICINA
14
Para emendar, nas palavras da então monarca, D. Maria I, os “[...]
muitos estragos que, com irreparável prejuízo da vida de meus vassalos,
têm resultado do pernicioso abuso e extrema facilidade com que muitas
pessoas faltas de princípios e conhecimentos necessários se animam a
exercitar a faculdade da medicina e a arte da cirurgia e as frequentes e
lastimosas desordens praticadas nas boticas destes Reinos e meus Domí-
nios Ultramarinos[...]”. ABREU, E. A. P. de. A Fiscatura-mor e o Cirur-
gião-mor dos Exércitos no Reino de Portugal e Estados do Brasil. In:
Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Tomo LXIII, parte 1,
1901, p. 189
15
BRASIL. Alvará de 23 de novembro de 1808. Manda executar os re-
gimentos do físico-mor e cirurgião-mor e regula a sua jurisdição e de seus
delegados. Coleção das leis do Brasil, Rio de Janeiro, p. 163-164, 1891.
16
BRASIL. Alvará de 7 de janeiro de 1809. Abole a Junta do Protomedi-
cato e devolve a sua jurisdição ao físico-mor e cirurgião-mor. Coleção das
leis do Brasil, Rio de Janeiro, p. 13-14, 1891.
17
PIMENTA, Tania Salgado. O exercício das artes de curar no Rio de
Janeiro (1828-1855). Tese (Doutorado em História) – Universidade
Estadual de Campinas, Campinas, 2003.
134
MEMÓRIA ATLÂNTICA
18
LEBRUN, François. Os cirurgiões-barbeiros. In: LE GOFF, Jacques.
As doenças tem história. Lisboa: Ed. Terramar, 1985, p. 299.
19
MORÃO, Simão Pinheiro. Queixas repetidas em ecos dos arrecifes de
Pernambuco contra os abusos médicos que nas suas capitanias se observam
tanto em dano das vidas de seus habitadores. Leitura, explicação e nótulas do
Dr. Jaime Walter. Lisboa: Junta de investigações do Ultramar, 1965, p. 7.
20
MORÃO, Simão Pinheiro. Queixas repetidas [...], p. 15.
135
TRATADO SOBRE MEDICINA
21
MORÃO, Simão Pinheiro. Queixas repetidas [...], p. 14.
22
MORÃO, Simão Pinheiro. Queixas repetidas [...], p. 18.
23
MORÃO, Simão Pinheiro. Queixas repetidas [...], p. 108.
136
MEMÓRIA ATLÂNTICA
24
Especialmente o Cap. VIII. MORAO, Simão Pinheiro. Trattado unico
das bexigas, e sarampo. Offerecido a D. João de Sousa. Composto por
Romaõ Mõsia Reinhipo. Lisboa: na Officina de Joaõ Galraõ, 1683.
25
ROSA, João Ferreira da. Tratado único da constituiçam pestilencial de
Pernambuco. Oferecido a El Rey N. S. por ser servido ordenar por seu
governador aos médicos da America, que assistem onde há este contagio,
que o compusessem para se conferirem pelos Coripheos da Medicina aos
dictames com que se trata esta pestilencial febre. Lisboa: Officina de
Miguel Manescal, 1694.
137
TRATADO SOBRE MEDICINA
Doenças do Brasil
26
ROSA, João Ferreira da. Tratado único, DEDICATÓRIA.
27
Entre as informações remetidas ao Reino por membros da Companhia
de Jesus, encontra-se a notícia do que seria a primeira doença epidêmica
no Brasil, em 1549. Mesmo considerando os registros sobre a mortalida-
de elevada de índios nos primeiros anos, nomeadamente os recém-
138
MEMÓRIA ATLÂNTICA
batizados, não seria exagero afirmar que, até aquele ano, o entendimento
geral era de que os trópicos gozavam de significativa salubridade. Pela
pena de Simão de Vasconcelos, somos informados que naquele 1549 os
gentis foram tomados por um “tal fogo de doença que parece peste”, sem
conhecermos, no entanto, muitos mais detalhes sobre a enfermidade e
com uma imprecisa descrição de seus sintomas. Na visão do jesuíta, a
causa do mal era clara – um castigo divino –, mesmo que, agora, não seja
difícil supor que as causas, quais fossem, eram estranhas ao mundo dos
índios, haja vista que só os batizados foram infectados: para os religiosos,
uma penalização do inferno pela conversão dos nativos, para os leitores
contemporâneos, o evidente contato entre pessoas não imunizadas e uma
doença grave. Vasconcelos apresenta outro exemplo desta suscetibilidade
indígena, quando, 1552, aos batizados foram acometidos por uma “peste
terrível de tosse e catarro mortal”, assemelhada a uma patologia conheci-
da do europeu – a gripe. Ver VASCONCELLOS, Simão. Chronicas da
Companhia de Jesus do Estado do Brasil. Lisboa, 1865.
28
ANDRADE, Gilberto Osório de. Montebelo, os males e os mascates.
Recife: Universidade Federal de Pernambuco, 1969, p. 39.
29
STUDART, G. Pathologia historica brazileira. Documentos para a
história da pestilência da bicha ou males. Fortaleza: Biblioteca Básica
Cearense, 1997, p. 71.
139
TRATADO SOBRE MEDICINA
30
STUDART, G. Pathologia historica brazileira, p. 80.
31
ROSA, João Ferreira da. Tratado único, DEDICATÓRIA.
32
ROSA, João Ferreira da. Tratado único, p. 3.
33
ROSA, João Ferreira da. Tratado único, AO LEITOR.
140
MEMÓRIA ATLÂNTICA
141
TRATADO SOBRE MEDICINA
41
ROSA, João Ferreira da. Tratado único, p. 12.
42
ROSA, João Ferreira da. Tratado único, p. 12.
43
“[...] porque esta doença é particularmente castigo de Deus pelos pecados
dos homens, e por isso não sucede terem os remédios tanta eficácia como
nas outras enfermidades”. ROSA, João Ferreira da. Tratado único, p. 57.
44
ROSA, João Ferreira da. Tratado único, p. 156.
45
A definição como “mascate” pauta-se nos estudos de Gilberto Osório
de Andrade. Mesmo que Pimenta possa ser classificado como “tão so-
mente um empírico, um daqueles mesmos empíricos que arruinavam o
humor de Pinheiro Morão e Ferreira da Rosa”, seus esforços em descrever
as doenças e prescrever métodos de cura o fez constar no rol das primeiras
notícias médicas do Brasil. ANDRADE, Gilberto O. O “mascate” Mi-
guel Dias Pimenta. In: MORÃO, ROSA & PIMENTA. Notícias dos três
primeiros livros em vernáculo sobre a medicina no Brasil. Recife: Arquivo
Público Estadual de Pernambuco, 1956, p. 375.
142
MEMÓRIA ATLÂNTICA
46
PIMENTA, Miguel Dias. Noticia do que he o achaque do bicho. p. 510.
47
PIMENTA, Miguel Dias. Noticia do que he o achaque do bicho. p. 511.
48
A FEBRE amarela no século XVII no Brasil. Rio de Janeiro: Editora
Edgard Blücher Ltda, 1971, p. 77.
49
REZENDE, J. M. Maculo: a estranha doença dos escravos africano.
In: _____. À sombra do plátano: crônicas de história da medicina [online].
São Paulo: Editora Unifesp, 2009, pp. 231-236.
50
PIMENTA, Miguel Dias. Noticia do que he o achaque do bicho.
143
TRATADO SOBRE MEDICINA
51
Ver DUARTE, Eustáquio. Notícias do que é o achaque do bicho.
Introdução histórica. In: MORÃO, ROSA & PIMENTA. Notícias dos
três primeiros livros em vernáculo sobre a medicina no Brasil. Recife: Arqui-
vo Público Estadual de Pernambuco, 1956, p. 393.
52
“Sem nenhuma doença intestinal ou qualquer outro sinal precedente
insinua-se às escondidas, um seminário de germes numa parte menos sensí-
vel, oculto a princípio do próprio doente ou do médico. E então o mal é tido
por incurável porque não raro acarreta a gangrena”. PISO, G. História Natu-
ral e Médica da Índia Ocidental. Rio de Janeiro: INL, 1957, p. 114-117.
53
CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gente do Brasil. Transcrição e
notas de Ana Maria de Azevedo. Lisboa: Comissão nacional para as co-
memorações dos descobrimentos portugueses, 1997, p. 133.
54
PIMENTA, Miguel Dias. Noticia do que he o achaque do bicho, p. 475.
144
MEMÓRIA ATLÂNTICA
55
PIMENTA, Miguel Dias. Noticia do que he o achaque do bicho, p. 477.
56
PIMENTA, Miguel Dias. Noticia do que he o achaque do bicho, p. 509 -511.
57
PIMENTA, Miguel Dias. Noticia do que he o achaque do bicho. p. 509.
145
TRATADO SOBRE MEDICINA
58
MORÃO, Simão Pinheiro. Trattado unico das bexigas, e sarampo, p. 9.
59
MORÃO, Simão Pinheiro. Trattado unico das bexigas, e sarampo, p. 88
60
MORÃO, Simão Pinheiro. Trattado unico das bexigas, e sarampo, p. 13.
146
MEMÓRIA ATLÂNTICA
61
MORÃO, Simão Pinheiro. Trattado unico das bexigas, e sarampo, p. 91.
62
MORÃO, Simão Pinheiro. Trattado unico das bexigas, e sarampo, p. 79.
147
TRATADO SOBRE MEDICINA
63
MORÃO, Simão Pinheiro. Trattado unico das bexigas, e sarampo, p. 80.
64
MORÃO, Simão Pinheiro. Trattado unico das bexigas, e sarampo, p. 84.
65
MORÃO, Simão Pinheiro. Trattado unico das bexigas, e sarampo, p. 83.
148
MEMÓRIA ATLÂNTICA
66
MORÃO, Simão Pinheiro. Queixas repetidas [...], p. 6.
67
MORÃO, Simão Pinheiro. Queixas repetidas [...], p. 19
149
TRATADO SOBRE MEDICINA
68
Ver, a título de exemplo: DINGWALL, Helen M. Physicians, surgeons
and apothecaries: medicine in Seventeenth-centiry Edinburgh. Tuckwell
Press, 1996.; FRENCH, Roger, WEAR, Andrew (org). The medical
Revolution of the seventeenth century. Cambridge University Press, 1989;
GOMES, Joaquim Ferreira. A medicina do século XVII – As descobertas
científicas – Os iatrofísicos e os iatroquímicos – Thomas Sydenham e o
neo-hipocratismo seiscentista. In: Revista de história, V. VI, SP, 1953.
69
GOMES, Joaquim Ferreira. Estudos para a história da Universidade de
Coimbra. Coimbra: Livraria Minerva, 1991.
70
Como se pode ver nos tratados de cirurgia mineiros de Luis Gomes
Ferreira, João Cardoso de Miranda e Antonio Mendes, que são publicados
ao longo do século XVIII, por exemplo, cujas menções e fundamentação
permanecem essencialmente pautadas na medicina hipocrático-galênica,
mesmo que com alguma incorporação de “inovações” setecentistas.
150
MEMÓRIA ATLÂNTICA
71
CAIRUS, Henrique F. & RIBEIRO JR., Wilson A. Textos hipocráticos:
o doente, o médico e a doença. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005.
72
MORÃO, Simão Pinheiro. Queixas repetidas [...], p. 24.
151
TRATADO SOBRE MEDICINA
73
“[...] é, segundo os médicos, uma virtude que rege o corpo do animal
mediante o calor e o espírito natural, e esta mesma virtude governa e
conserva o corpo em todas as suas obras e funções (na cura das enfermi-
dades a natureza é a que principalmente obra).” BLUTEAU, Raphael.
Diccionario da Lingua portugueza, composto pelo Padre D. Rafael Bluteau,
e reformado, e accrescentado por Antonio de Moraes Silva, natural do Rio de
Janeiro. Tomo segundo. L-Z. Lisboa, na Officina de Simao Thaddeo
Ferreira, 1789, p. 686.
74
ROSA, João Ferreira da. Tratado único, p. 40.
152
MEMÓRIA ATLÂNTICA
75
MORÃO, Simão Pinheiro. Queixas repetidas [...], p. 14 [grifo nosso].
153
TRATADO SOBRE MEDICINA
76
MORÃO, Simão Pinheiro. Queixas repetidas [...], p. 110.
77
Termos partilhados entre os três doutores abordados neste breve estudo
e, sobretudo, cotejados entre as causas das doenças abordadas por Zacuto
Lusitano em seu Tratado.
154
MEMÓRIA ATLÂNTICA
78
RIBEIRO, Márcia Moisés. A ciência dos trópicos. A arte médica no
Brasil do século XVIII. HUCITEC, 1997, p. 24.
155
TRATADO SOBRE MEDICINA
156
ZACUTO E OS INGREDIENTES DE ALÉM MAR
1
Cf. VIGARELLO, Georges. História das práticas de saúde: a saúde e a
doença desde a Idade Média. Lisboa: Notícias Editorial, 2001, pp. 35-54.
157
TRATADO SOBRE MEDICINA
2
PISO, Willem. História natural e médica da Índia Ocidental. Rio de
Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional, 1957, p. 270.
158
MEMÓRIA ATLÂNTICA
3
Sobre os debates em torno dos conteúdos e da autoria de História Natu-
ral do Brasil (1648) e de História Natural e Médica da Índia Ocidental
(1658), ver: COOK, Harold J. Matters of exchange: commerce, medicine
and science in the Dutch Golden Age. New Have; London: Yale Univer-
sity Press, 2007, pp. 210-225.
4
Cf. LEITE, Bruno Martins Boto. “Verdes em que vosso tempo se mos-
trou”. Das boticas jesuíticas da Províncias do Brasil, séculos XVII-XVIII.
In: KURY, Lorelai (org.). Usos e circulação de plantas no Brasil, séculos
XVI-XIX. Rio de Janeiro: Andrea Jakobsson Estúdio, 2013, pp. 52-93;
WALKER, Timothy D. The medicines trade in the Portuguese Atlantic
159
TRATADO SOBRE MEDICINA
160
MEMÓRIA ATLÂNTICA
6
GÂNDAVO, Pero de Magalhães. A primeira História do Brasil: Histó-
ria da Província de Santa Cruz a que vulgarmente chamamos Brasil. 2ª
edição. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004, pp. 85-86.
7
Georg Marcgraf registra que as frutas são comestíveis, mas também faz
pouco caso delas, afirmando não terem sabor pronunciado. Cf. MAR-
CGRAF, Georg. História natural do Brasil. Edição comemorativa do
Museu Paulista. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado, 1942, p. 131.
8
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil. Rio de Janeiro:
Typographia de João Ignacio da Silva, 1879, p. 183.
161
TRATADO SOBRE MEDICINA
9
LEITE, Serafim. História da Companhia de Jesus no Brasil. Tomo IX.
Belo Horizonte: Itatiaia, 2006, p. 139.
10
SOARES, Francisco. Coisas notáveis do Brasil. Organização e notas de
Antônio Geraldo da Cunha. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro,
1966, pp. 165-167.
162
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163
TRATADO SOBRE MEDICINA
14
PISO, Willem. História natural e médica da Índia Ocidental, pp. 600-601.
164
MEMÓRIA ATLÂNTICA
15
Cf. SOARES, Francisco. Coisas notáveis do Brasil, p. 23.
16
HERCKMANS, Elias. “Descrição geral sobre a capitania da Paraíba”.
In: MELLO, José Antônio Gonsalves de (org.). Fontes para a história do
Brasil Holandês. 2. ed. Recife: Companhia Editora de Pernambuco,
2004. v. II, p. 97.
165
TRATADO SOBRE MEDICINA
17
ACOSTA, José de. Historia Natural y Moral de las Indias. Tomo pri-
mero. Madrid: 1894, p. 403.
18
CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gentes do Brasil. Rio de Janeiro:
Livraria J. Leite, 1925, p. 73.
166
MEMÓRIA ATLÂNTICA
19
SOARES, Francisco. Coisas notáveis do Brasil, pp. 143-145.
167
TRATADO SOBRE MEDICINA
20
PISO, Willem. História natural e médica da Índia Ocidental, pp. 76-78.
21
SALVADOR, Frei Vicente do. História do Brasil (1500-1627), p. 71.
22
Formado por três membros titulares, além de um assessor, o Alto e
Secreto Conselho compôs o governo do Brasil holandês a partir de 1637,
sob o Conde de Nassau, e continuou sua administração por cerca de dois
anos após a partida de João Maurício, até a instauração do Alto Governo,
em 1646. MELLO, José Antônio Gonsalves de. “Companhia das Índias
Ocidentais”. In: HERKENHOFF, Paulo (org.). O Brasil e os holandeses
(1630-1654). Rio de Janeiro: GMT Editores; Sextante, 1999, p. 48.
23
Ver “Pau da China” no glossário ao fim deste volume.
24
BULLESTRATE, Adriaen van; HAMEL, Hendrick; JANSEN BAS,
Pieter. “Relatório apresentado por escrito aos Nobres e Poderosos Senho-
res Deputados do Conselho dos XIX, e entregue pelos Senhores H. Ha-
mel, Adriaen van Bullestrate e P. Jansen Bas, sobre a situação e a organi-
zação dos referidos países, tal corno se encontravam ao tempo de seu
168
MEMÓRIA ATLÂNTICA
governo e de sua partida dali”. In: MELLO, José Antônio Gonsalves de.
Fontes para a história do Brasil Holandês. 2 ed. Recife: Companhia Edito-
ra de Pernambuco, 2004, p. 225. v. II.
25
O Conselho Político foi uma organização administrativa composta por
três ou cinco conselheiros e um governador, a depender da época, encar-
regada de gerir, em nome da WIC, a ocupação neerlandesa no Brasil,
entre 1630 e 1637. MELLO, José Antônio Gonsalves de. “Companhia
das Índias Ocidentais”, p. 46.
26
HERCKMANS, Elias. Descrição geral sobre a capitania da Paraíba, p. 97.
27
PISO, Willem. História natural e médica da Índia Ocidental, p. 100.
169
TRATADO SOBRE MEDICINA
Frutas restauradoras
28
PISO, Willem. História natural e médica da Índia Ocidental, p. 102.
29
Cf. CARVALHO, Francisco Moreno de. Zacuto Lusitano e um trata-
do de medicina dirigido ao Brasil. In: MILGRAM, Avraham. Em nome
da fé: estudos in memoriam de Elias Lipiner. São Paulo: Perspectiva,
1999, pp. 72-74; LEMOS, Maximiano. Zacuto Lusitano: a sua vida e a
sua obra. Porto: Eduardo Tavares Martins editor, 1909, pp. 109-114.
170
MEMÓRIA ATLÂNTICA
30
CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gentes do Brasil, pp. 327-328.
31
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil, pp. 179-180.
171
TRATADO SOBRE MEDICINA
32
PISO, Willem. História natural e médica da Índia Ocidental, p. 517.
33
PISO, Willem. História natural e médica da Índia Ocidental, p. 58.
34
PISO, Willem. História natural e médica da Índia Ocidental, p. 77.
172
MEMÓRIA ATLÂNTICA
35
CARVALHO, Francisco Moreno de. Zacuto Lusitano, pp. 72-73.
36
HUE, Sheila. Delícias do descobrimento: a gastronomia brasileira no
século XVI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2008, p. 24.
37
PISO, Willem. História natural e médica da Índia Ocidental, p. 412.
38
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil, p. 182.
173
TRATADO SOBRE MEDICINA
39
GÂNDAVO, Pero de Magalhães. Tratado da terra do Brasil. Edições
do Senado Federal. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2008. v.
100, p. 63.
40
LÉRY, Jean de. Viagem à terra do Brasil. São Paulo: Martins, 1951, p. 162.
41
NÓBREGA, Pe. Manuel da. “Ao P. Francisco Henriques, Lisboa; São
Vicente 12 de junho de 1561”. In: LEITE, Serafim (org.). Cartas do
Brasil e mais escritos do P. Manuel da Nóbrega. Coimbra: Tip. da Altânti-
da, 1955, p. 377.
42
CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gentes do Brasil, p. 289.
174
MEMÓRIA ATLÂNTICA
43
CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gentes do Brasil, p. 71.
44
SOARES, Francisco. Coisas notáveis do Brasil, pp. 151-153.
45
CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gentes do Brasil, p. 289.
46
SOUSA, Gabriel Soares de. Tratado descritivo do Brasil, p. 182.
175
TRATADO SOBRE MEDICINA
47
PISO, Willem. História natural e médica da Índia Ocidental, p. 414.
48
CARVALHO, Francisco Moreno de. Zacuto Lusitano, p. 73.
49
LEMOS, Maximiano. Zacuto Lusitano, pp. 111-329.
176
MEMÓRIA ATLÂNTICA
50
CARVALHO, Francisco Moreno de. Zacuto Lusitano, p. 73.
177
TRATADO SOBRE MEDICINA
51
FRANÇA, Jean Marcel Carvalho. A construção do Brasil na literatura de
viagem dos séculos XVI, XVII e XVIII: antologia de textos (1591-1808).
Rio de Janeiro: José Olympio; São Paulo: Editora Unesp, 2012, p. 12.
52
LEMOS, Maximiano. Zacuto Lusitano, pp. 109, 329, 346.
178
GLOSSÁRIO
INGREDIENTES, DOENÇAS, PROCEDIMENTOS
E TERMOS MÉDICOS
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Óleo rosado: Óleo preparado com rosas, que lhe dão cor e
nome. (R. B.)
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197
ABREVIATURAS E REFERÊNCIAS
199
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201
PARÂMETROS PORTUGUESES DE PESOS E
MEDIDAS
Medidas de capacidade
NOME SUBDIVISÃO EQUIVALÊNCIA
Tonel 2 pipas 840 litros
Pipa 25 almudes 420 litros
Almude 2 potes 16,8 litros
Pote 6 canadas 8,4 litros
Canada 4 quartilhos 1,4 litro
Quartilho 2 meio-quartilhos 0,35 litro
Medidas de massa
NOME SÍMBOLO SUBDIVISÃO EQUIVALÊNCIA
Tonelada 13,5 quintais 793,152 quilogramas
Quintal 4 arrobas 58,72 quilogramas
Arroba 32 libras 14,688 quilogramas
Libra [arrátel] 4 quartas 0,459 quilograma
203
SOBRE OS AUTORES
205