7. (OAB/2013) O Estado “Z” editou lei que institui uma Taxa de Fiscalização de
Estradas, impondo o pagamento de uma elevada quantia para o acesso ou para a
saída do território daquele Estado por meio rodoviário.
Sobre a hipótese sugerida, responda, fundamentadamente, aos seguintes itens.
a) O Governador do Estado “Y” pode impugnar a lei editada pela Assembleia
Legislativa do Estado “Z” por meio de ação direta de inconstitucionalidade?
b) Caso a lei do Estado “Z” seja impugnada por um partido político, por meio de
Ação Direta de Inconstitucionalidade, pode prosseguir a ação em caso de perda
superveniente da representação do partido no Congresso Nacional?
10. (OAB/2013) Lei do Estado “Y”, editada em abril de 2012, com base no Art.
215, § 1° da Constituição da República, regulamenta a chamada rinha de galo,
prática popular onde dois galos se enfrentam em lutas e espectadores apostam no
galo que acreditam ser o vencedor.
Comumente, os dois galos saem com muitos ferimentos da contenda, e não raras
vezes algum animal morre ou adquire sequelas permanentes que recomendam seu
abate imediato.
A Associação Comercial do Estado “Y” ajuíza ação direta de inconstitucionalidade
no Supremo Tribunal Federal em que pleiteia a declaração de
inconstitucionalidade da referida lei estadual.
Em defesa da norma, parlamentar que votou pela sua aprovação, diz, em entrevista
a uma rádio local, que a prática da conhecida briga de galos é comum em várias
localidades rurais do Estado “Y”, ocorrendo há várias gerações. Além do mais,
animais, especialmente aves, são abatidos diariamente para servir de alimento, o
que não ocorreria com as aves destinadas para as rinhas.
Responda justificadamente aos questionamentos a seguir, empregando os
argumentos jurídicos apropriados e apresentando a fundamentação legal pertinente
ao caso.
a) Quanto ao mérito do pedido, é cabível a declaração de inconstitucionalidade da
lei do Estado “Y”, que regulamenta a chamada rinha de galo?
b) Há regularidade na legitimidade ativa da ação?
12. (OAB/2012) A Lei Orgânica do Município “Y”, que integra o Estado “X”, ao
dispor sobre ingresso na administração pública municipal, e em observância aos
princípios da eficiência e da moralidade, estabeleceu que os cargos, empregos e
funções públicas seriam acessíveis aos brasileiros naturais do Estado “X”, que
tivessem residência no Município “Y”, e que seriam investidos nos cargos
mediante aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos,
de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma
prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão.
Contra esse dispositivo da Lei Orgânica foi ajuizada, junto ao Tribunal de Justiça,
uma Ação Direta de inconstitucionalidade, nos termos do Art. 125, § 2º, da CRFB,
alegando violação a dispositivo da Constituição estadual que, basicamente,
reproduz o Art. 37, da CRFB. O Tribunal de Justiça conheceu da ação, mas julgou
improcedente o pedido, entendendo que, respeitados os limites constitucionais, o
Município pode criar regras próprias, no exercício da sua capacidade de auto-
organização.
A partir do caso apresentado, responda justificadamente aos itens a seguir.
a) O Município tem autonomia para criar a regra citada no enunciado, conforme
entendeu o Tribunal de Justiça?
b) A ADI estadual pode ter por objeto dispositivo de Lei Orgânica?
c) Dessa decisão do Tribunal de Justiça, cabe Recurso Extraordinário ao STF?
23. (OAB/2010) O Conselho Federal da OAB ajuizou, junto ao STF, Ação Direta
de Inconstitucionalidade (ADI), tendo por objeto um artigo de uma lei federal em
vigor desde 2005, sendo manifesta a pertinência temática do dispositivo
impugnado com o exercício da advocacia. O STF entende que o referido
dispositivo legal é inconstitucional, mas por fundamento distinto do que fora
apresentado pelo Conselho Federal da OAB na ADI, tendo o STF inclusive
declarado a inconstitucionalidade desse mesmo dispositivo no julgamento de um
caso concreto, em Recurso Extraordinário (RE).
Com base nas informações acima, responda:
a) O STF pode julgar a ADI procedente a partir de fundamento diverso do que fora
apresentado pelo Conselho Federal da OAB?
b) O STF pode julgar a ADI procedente em relação também a outro dispositivo da
mesma lei, mesmo não tendo este dispositivo sido objeto da ADI?
PEÇAS PRÁTICAS
ADI - (OAB/2015) O Partido Político "Z", que possui apenas três representantes
na Câmara dos Deputados, por entender presente a violação de regras da CRFB, o
procura para que, na qualidade de advogado especialista em Direito
Constitucional, se posicione sobre a possibilidade de ser obtida alguma medida
judicial em face da Lei Estadual "Y", de janeiro de 2015, que contém 3 (três)
artigos. De acordo com a exposição de motivos do projeto que culminou na Lei
Estadual “Y”, o seu objetivo é criar, no âmbito estadual, ambiente propício às
discussões políticas de âmbito nacional, e, para alcançar esse objetivo, estabelece,
em sua parte dispositiva, novas regras eleitorais, sendo estabelecidas, em seu artigo
1º, regras temporais sobre a criação de partidos políticos; em seu artigo 2º fica
retirada a autorização para que partidos políticos com menos de cinco Deputados
Federais possam ter acesso gratuito ao rádio e à televisão na circunscrição do
Estado; e, por fim, em seu artigo 3º fica estabelecida a vigência imediata da referida
legislação. Elabore a peça adequada, considerando a narrativa acima.