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Tudo o que nos é dado saber sobre as origens do Universo e de tudo que nele existe,
bem como o início e evolução da revelação divina ao homem, centralizado no plano da
redenção, encontra-se registrado nos cinco primeiros livros do Antigo Testamento.
Em Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, que compõem, na
sequência, os cinco primeiros livros da Bíblia estão inscritos os mais antigos
acontecimentos da história da humanidade, dentre os quais se destacam: as origens do
povo hebreu, suas tradições e costumes, a entrega da Lei por Deus a Moisés, o culto
divino, e outros assuntos afins. Estes livros, considerados como um todo, são
denominados Pentateuco, vocábulo grego que literalmente significa cinco rolos, pois
este era o formato dos livros na Antiguidade.
GÊNESIS
“No princípio, criou Deus os céus e a terra.” (Gn 1.1). Trata-se de uma frase curta,
porém expressiva, que constitui significativa mensagem de Deus aos homens em todos
os tempos. Jamais poderiam os cientistas descrever em sua linguagem todo esplendor e
singeleza de tão magnífica mensagem; ela excede toda e qualquer pesquisa científica,
pois é uma mensagem divina.
Adão (Gn2,3)
Do pó da terra Deus criou o homem, à Sua própria imagem, soprando-lhe nas narinas
o fôlego da vida. Coube a Adão condição de primazia, pois Deus lhe preparara um lindo
jardim, no Éden, pelo qual ele deveria zelar. Seus alimentos seriam os frutos das
árvores, as sementes dos arbustos e os grãos das ervas. Foram-lhe trazidos os animais e
as aves criados por Deus, aos quais coube-lhe dar nomes.
Complementando, Deus fez-lhe uma ajudadora (2.18-22). Mas induzida pela serpente,
Eva levou Adão a comer do fruto da árvore que lhes tinha sido proibido comer (3.1-7).
Assim, foram banidos da comunidade com Deus. Tinham pecado.
Nasceu Abel. Caim e Abel tornaram-se adultos e, então, já não eram os dois irmãos e
seus pais os únicos seres humanos habitantes da terra. Segue-se depois a morte
assassina de Abel. Caim torna-se fundador de uma civilização (uma cidade, agricultura,
manufaturas e artes); Eva dá à luz a Sete, em quem agora se confirmaria a promessa de
redenção, pois que Caim fora rejeitado por causa do crime cometido contra a vida de
seu irmão.
O Dilúvio (Gn6)
A grande corrupção do gênero humano (Gn 6.1-12) que se apossara desde o pecado
de Adão levou Deus a determinar o dilúvio sobre a terra. No entanto, em meio àquela
geração ímpia estava um homem justo – Noé, com quem o Senhor se comunicou,
anunciando o fim da corrupção através do extermínio de toda a carne. A Noé caberia a
responsabilidade da preservação dos filhos de um casal de cada espécie de animal,
assegurando o repovoamento da terra.
No capítulo 10, vemos as regiões separadas por raças e, no capítulo 11, vemos como
se deu a separação entre elas.
Abraão (12-25)
Abraão é convocado por Deus rumo para Canaã, uma terra que seria sua por
promessa. Ele seria pai de uma grande nação, a saber a nação de Israel. Seria enfim
aquele através do qual se daria o cumprimento da promessa divina, presente em Gênesis
3.15.
Isaque teve dois filhos – Esaú e Jacó. O primeiro foi rejeitado por Deus e o segundo
foi escolhido como portador da benção. Jacó é visto como pai do povo escolhido. Seus
descendentes se tornaram conhecidos conforme o novo nome que recebera de Deus –
Israel, povo que teve o privilégio de lutar ao lado de Deus. Eles formaram o povo
escolhido.
José (Gn 37-50)
Especialmente amado de seu pai, José constituiu uma figura ímpar no Antigo
Testamento. Podemos vê-lo invejado por seus irmãos, vendido como escravo a
ismaelitas e favorecido pelo seu senhor. Também podemos perceber seu caráter firme
ante a negativa à esposa de Potifar e submisso, ao ser aprisionado por um mal que não
cometera. Mas vemos José também elevado à condição de governador do Egito,
porquanto Faraó reconhecera que nele havia o Espírito de Deus. José tipifica Jesus
Cristo.
O Livro de Gênesis constitui uma fonte que mitiga a nossa sede de conhecimento
sobre a graça de Deus, manifestada na maravilhosa provisão por Ele concedida às Suas
criaturas. São diversas as circunstância que demostram Seu amor e misericórdia para
com a humanidade, culminando na redenção do homem e seu retorno a Deus.
ÊXODO
O Livro de Êxodo é a história do nascimento de Israel como nação. É uma epopeia
em que quase tudo gira em torno de Moisés, o personagem central. Foi ele quem tirou o
povo do Egito, o “Êxodo” (a saída) que dá nome ao livro. Por intermédio de Moisés,
Deus deu ao seu povo a norma de vida – a lei- dando-se a eles e fazendo deles o seu
próprio povo num contrato duradouro (a aliança). Êxodo mostra Deus no controle da
história. Revela um Deus que pode ser conhecido; que resgata os oprimidos; um Deus
SANTO cuja bondade e justiça são impressionante.
A história egípcia não menciona o êxodo, mas de acordo com 1 Reis 6.1 ele ocorreu
480 anos antes da construção do templo de Salomão (inaugurado por volta de 970 a.C.).
Ou seja, somando tudo, chegamos ao ano de 1450 a.C. Um novo cálculo das datas da
história de Israel, feito recentemente com base nas listas de reis egípcios, apóia esse ano
como data do êxodo.
Em Êxodo, vemos como Deus redime Israel para Si e passa a habitar em seu meio,
numa nuvem de glória. Deus ensinou a Israel justas exigências através dos Seus
mandamentos, convencendo com isto o próprio povo de Israel de seu estado
pecaminoso. Ele providenciou também uma maneira de restaurar a comunhão com o
Seu povo, através do ministério sacerdotal do Senhor Jesus.
Esboço do Livro
Capítulos 1 a 10. O caminho para Deus mediante o sacrifício
Capítulos 11 a 25. O andar com Deus mediante a santificação
Capítulo 26. Conclusão
Capítulo 27. Apêndice (referente aos votos particulares)
A mensagem do Livro
Paras que o Livro de Levítico seja interpretado corretamente, é necessário que se
tenha uma imagem bastante lúcida dos livros que o antecedem:
Gênesis mostra a eleição divina;
Êxodo mostra a libertação divina;
Levítico mostra o culto divino.
Um povo estabelecido
A Lei foi o padrão de vida dos judeus e o Tabernáculo foi o símbolo de sua
segurança – Jeová no meio de Seu povo. Moisés recebeu instruções para a sua
construção e o sacerdócio levítico foi instituído para benefício do povo. A presença de
Deus neste Tabernáculo é manifesta. (Êx 40.34).