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A madeira pode, ainda, apresentar água sob a forma de vapor. Esta parcela é
quantitativamente desprezada, à vista da baixa densidade do vapor, em
comparação com a da substância no estado líqüido.
Denomina-se de secagem ao processo de evaporação das moléculas de
água livre e água de impregnação. Conforme já foi mencionada, a madeira, em
árvores recém cortadas, pode conter altíssimos teores de umidade, que vão sendo
gradativamente reduzidos enquanto é aguardado o desdobro. Depois desta fase, a
umidade continua a diminuir, com velocidade que sofre a influência da espécie, das
condições ambientais, das dimensões das peças e do tipo de empilhamento
adotado. O processamento final somente deve ser efetuado a níveis de umidade
inferiores ao PS.
A evaporação da água reduz a densidade da madeira e isto acaba por baixar
o custo de seu transporte. Além disto, a transformação da madeira bruta em
produtos próprios para uso nas mais diversas aplicações requer prévia secagem por
muitas razões, das quais são destacadas:
a)redução da movimentação dimensional, permitindo a obtenção de peças cujo
desempenho, nas condições de uso, será potencialmente mais adequado;
b)possibilidade de melhor desempenho de acabamentos como tintas, vernizes e
produtos ignífugos, aplicados na superfície das peças;
c)redução da probabilidade de ataque de fungos;
d)aumento da eficácia da impregnação da madeira contra a demanda biológica;
e)aumento dos valores correspondentes a propriedades de resistência e de
elasticidade.
igual a 0,5% da última massa medida. Esta massa será considerada como a massa
seca.”
100 m i
ms
U 100
100 6148
ms = 4455 g
38,0 100
(12 U)
12 U U (1 V ) ......................................(4.4)
100
Capítulo 4 – Propriedades da madeira para projetos estruturais 72
sendo:
V VU Vs
V e V 100
U Vs
onde:
12 densidade aparente à umidade de 12%, g/cm³;
U densidade aparente à umidade de U%, g/cm³;
U = umidade da madeira no instante do ensaio, %;
V coeficiente de retratibilidade volumétrico (ver item 2.3.2);
V = retração volumétrica, para umidade variando entre U e 0% (ver item...);
VU volume do corpo-de-prova com umidade de U%, cm³;
Vs volume do corpo-de-prova com umidade de 0%, cm³.
umidade.
Pelo referido diagrama, obtém-se 12 = 0,78 g/cm³.
IPT [10].
Pela expressão 4.4 tem-se:
(12 U) (12 19)
12 U U (1 V ) .→ 12 0,80 0,80(1 0,48) →
100 100
12 0,77 g/cm³
Capítulo 4 – Propriedades da madeira para projetos estruturais 73
As expressões 4.6 e 4.7, a seguir, são indicadas pela NBR 7190/1997 para a
determinação das porcentagens de inchamento total ou deformações específicas de
inchamento ( i , j ), tendo j os mesmos significados anteriores.
L i ,sat L i ,sec a
i , j 100 .............................................(4.6)
L
Pode-se, também, determinar a variação volumétrica V em função das dimensões
do corpo-de-prova com umidade igual ou superior ao PS ( Vsat ) e com umidade de
Vsat Vsec a
V 100 ...............................................(4.7)
Vsec a
onde:
Vsat L1,sat L 2,sat L 3,sat
Vsec a L1,sec a L 2,sec a L 3,sec a
Capítulo 4 – Propriedades da madeira para projetos estruturais 76
excessivas, além dos quais existirá restrição para o emprego estrutural. De maneira
geral, pode-se obter as seguintes propriedades:
*Resistência à compressão paralela às fibras (f c,0);
*Resistência à tração paralela às fibras (ft,0);
*Resistência à compressão normal às fibras (f c,90);
*Resistência à tração normal às fibras (f t,90);
*Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras (f v,0);
*Resistência ao embutimento paralelo às fibras (f e,0);
*Resistência ao embutimento normal às fibras (f e,90).
de 12%. Por esta razão, a NBR 7190/1997 especifica quatro classes de umidade,
das quais uma é escolhida como a que escreve as condições adequadas ao projeto
em elaboração, ver tabela 4.3.
TABELA 4.3 Classes de umidade
Umidade relativa do ambiente Umidade de equilíbrio da madeira
Classe de umidade
(Uamb) (Ueq)
1 65% 12%
2 65% Uamb 75% 15%
3 75% Uamb 85% 18%
4 Uamb 85% por longos períodos 25%
Fonte: NBR 7190/1997 [1].
Sd Rd .....................................................(4.10
a)Valores de “Kmod,1”
O coeficiente de modificação “Kmod,1” leva em consideração a classe de
carregamento das ações e o tipo de material empregado na construção da estrutura.
Seus valores estão apresentados na tabela 4.6.
TABELA 4.6 – Valores do coeficiente de modificação “Kmod,1”
Tipos de material
Madeira serrada, laminada
Classe de carregamento Madeira recomposta
colada e compensada
Permanente 0,60 0,30
Longa duração 0,70 0,45
Média duração 0,80 0,65
Curta duração 0,90 0,90
Instantânea 1,10 1,10
Fonte: NBR 7190/1997 [1].
b)Valores de “Kmod,2”
O coeficiente de modificação “Kmod,2” leva em consideração a classe de
umidade e o tipo de material empregado na construção da estrutura. Seus valores
estão apresentados na tabela 4.7.
TABELA 4.7 – Valores do coeficiente de modificação “Kmod,2”
Tipos de material
Madeira serrada, laminada
Classe de umidade Madeira recomposta
colada e compensada
(1) e (2) 1,0 1,0
(3) e (4) 0,8 0,9
Fonte: NBR 7190/1997 [1].
c)Valores de “Kmod,3”
O coeficiente de modificação “Kmod,3” leva em consideração se a madeira é de
primeira ou de segunda categoria.
No caso das dicotiledôneas, se as peças forem de primeira categoria,
Kmod,3=1.0; se de segunda categoria, Kmod,3=0.8. A condição de madeira de primeira
categoria somente pode ser admitida se todas as peças estruturais de um
determinado lote forem classificadas como isentas de defeitos, por intermédio de
método visual normalizado e submetidas a uma classificação mecânica que garanta
a homogeneidade da rigidez das peças. Não é permitido classificar como de
primeira categoria as peças de madeira submetidas apenas pelo método visual de
classificação.
No caso das coníferas, em quaisquer casos K mod,3=0.8. Isto se deve ao fato
de que, nas coníferas, é significativo o risco da presença de nós no interior das
peças estruturais, não detectáveis pela inspeção visual.
Capítulo 4 – Propriedades da madeira para projetos estruturais 82
2
f v 0,k f v 0,k
Para as coníferas: 0,15 , e para as dicotiledôneas: 0,12 .
f c 0,k f c 0,k
2. BODIG, J.; JAYNE, B.A. Mechanics of wood and wood composites. New York,
Van Nostrand Reinhold Company, 1982, 712p.
14. STAMM, M. H. Wood and cellulose science. New York, Ronal Press, 1964, 549p.