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GÊNEROS ORAIS E ESCRITOS

NA ESCOLA

BERNARD SCHNEUWLY,
JOAQUIM DOLZ E COLABORADORES

(Tradução e organização: Roxane Rojo e


Glaís Sales Cordeiro)
• Os autores:
autores
Bernard Schneuwly e Joaquim Dolz, são
professores e pesquisadores em Didática do
Francês/Língua Materna, da Faculdade de
Psicologia e Ciências da Educação da
Universidade de Genebra, Suíça, e
coordenador e membro, respectivamente,
do Grupo Romando de Análise do Francês
Ensinado

• A obra destina-se aos professores,


pesquisadores, estudantes e a todos os que
se interessam pelo ensino e prática de
leitura e produção de textos orais ou
escritos.
• A primeira parte,
parte “Os gêneros do
discurso e a escola”
 enfoca, à luz das concepções
teóricas, as principais dúvidas dos
professores:
Por que trabalhar com gêneros e não com tipos
de textos? Em que esses trabalhos e esses
conceitos são diferentes? O que é gênero de
texto? Como entender a noção? Que gêneros
selecionar e como organizá-los ao longo do
currículo? Como pensar progressões
curriculares? Com que gêneros em circulação
trabalhar: somente os de circulação escolar,
com os de circulação extra-escolar ou com
ambos? Quais os mais relevantes?
• A segunda parte, “Planejar o ensino de
um gênero”
 fornece elementos para a reflexão e
planejamento do ensino de gêneros
específicos
 o ensino da linguagem oral e dos gêneros orais
formais públicos.
• A terceira parte, “Propostas de ensino
de gênero”
Subsidia a prática docente
 como ensinar s gêneros específicos e em
circulação relevantes e mencionados nos PCNs:
narrar, expor, argumentar, refletir, alem de relatar
os procedimentos para elaboração e aplicação
de uma seqüência didática.
“Os gêneros do
discurso e a escola”
1 - Gêneros e tipos de discurso: considerações
psicológicas e ontogenéticas - Bernard Schneuwly
• ABORDAGEM:
– aspectos psicológicos da aprendizagem  a forma COMO
PESSOAS APRENDEM
– aspectos ontogenéticos  a capacidade de um indivíduo de
APENDER SEMPRE

• PROCURA RESPONDER
 o que aprendemos nas trocas com outros indivíduos,
nas relações sociais, pode interferir em nosso
desenvolvimento? O desenvolvimento das pessoas é um
fato biológico, independente das relações sociais? Se for
um fato biológico, algumas pessoas são mais dotadas do
que outras, já nascem com uma capacidade inicial que
outras não possuem? Se forem, podemos concluir que
algumas pessoas nascem com "dom" para certas
aprendizagens e outras não? O que se aprende
socialmente interfere no desenvolvimento cognitivo?
Aprender gêneros textuais amplia nossas capacidades de
linguagem?
• Concepção de gênero (BAKTINIANA)
– gêneros são tipos relativamente estáveis de
enunciados elaborados em cada esfera de
troca social
• “os gêneros primários nascem na troca verbal
espontânea. Estão fortemente ligados à
experiência pessoal. (...)”
– Troca, interação, controle mútuo pela
situação;
– Funcionamento imediato do gênero com
entidade global controlando todo o
processo, como uma só unidade;
– Nenhum ou pouco controle metalinguístico
da ação linguística em curso;
– Utilizado pela criança nas múltiplas praticas
de linguagem.
• “os gêneros secundários não são
espontâneos. Seu desenvolvimento, sua
apropriação implica em outro tipo de
intervenção nos processos de
desenvolvimento, diferente do necessário
para o desenvolvimento dos gêneros
primários”:
– Modos diversificados de referência a um
contexto linguisticamente criado;
– Modos de desdobramento do gênero. Se os
meios de referência a um contexto
linguisticamente criado caracterizam, por
assim dizer, os gêneros secundários do
interior, asseguram sua coesão interna e
sua autonomia em relação ao contexto,
outros meios asseguram do exterior, seu
controle, sua avaliação, sua definição.
os gêneros primários são
os instrumentos de criação
dos gêneros secundários

 A escola é o lugar
institucional em que se
opera a passagem de um
sistema para outro.
Tese: Existe uma relação dialógica entre gênero e
contexto
A escolha de um gênero se determina pela esfera
social, as necessidades da temática, o conjunto
dos participantes e ia vontade enunciativa ou
intenção do locutor.
 A escolha do gênero decorre de uma situação
definida por alguns elementos: finalidade,
destinatários, conteúdo: o que eu quero dizer,
para quem vou dizer, como vou dizer, onde vou
dizer;
 A escolha ocorre dentre vários possíveis, no
interior de uma esfera, num lugar social definido.
 contexto familiar: gêneros familiares,
informais
 contexto profissional: gêneros específicos
 Cada área profissional tem seus gêneros e
linguagem socialmente situados.
Os gêneros têm uma base fixa
 depende da situação de
comunicação, o que nos permitem
reconhecê-los e escolhê-los.
 definem o que é pode ser dito, ou, ao
contrário, o que deve ser dito também
pode definir a escolha de um gênero.
 Ao encontrar alguém, sabemos
que é preciso fazer os
cumprimentos de praxe, porém em
cada encontro há aspectos novos
no gênero usado para a
comunicação que são incorporados.
Por que trabalhar com textos
diversificados?
 O autor considera que diferentes
tipos de textos são construções
necessárias para gerar uma maior
heterogeneidade nos gêneros, para
oferecer possibilidades de escolha,
para garantir um domínio mais
consciente dos gêneros, em
especial daqueles mais complexos.
2- Gêneros e progressão oral e escrita –
elementos para reflexões sobre um
experiência suíça (Francófona) - Bernard
Schneuwly e Joaquim Dolz

Currículo e progressão (Programa escolar x Currículo)


 programa escolar: supõe um foco maior
sobre a matéria/conteúdo
 currículo: os conteúdos são definidos em
função das capacidades, experiências e
necessidades do aluno
 são elaborados em relação aos objetivos
de aprendizagem e aos outros componentes
do ensino
Coll: “Um currículo para o ensino da expressão
deverá fornecer aos professores, para cada um
dos níveis de ensino, informações concretas
sobre os objetivos visados pelo ensino, sobre as
práticas de linguagem que devem ser abordadas,
sobre os saberes e habilidades implicados em
sua apropriação.
 progressão interciclos: divisão dos objetivos
gerais entre os diferentes ciclos do ensino
obrigatório.
 progressão intraciclo: seriação temporal dos
objetivos e dos conteúdos disciplinares em cada
ciclo.
Proposta de progressão curricular: SD e gêneros

 agrupamentos de gêneros Narrar, Expor,


Argumentar, Instruir e Relatar
 organizados pelas semelhanças/situações
de produção dos gêneros
 facilitam a escolha de gêneros adequados
para cada série
 possibilita uma progressão em espiral para
seu ensino
 a criação de eixos no ensino de gêneros: é
possível escolher os mais adequados de cada
agrupamento para cada série, retomando a
cada ano ampliando capacidades
Domínios sociais de Comunicação Exemplos de Gêneros Escritos e Orais
Aspectos tipológicos
Capacidades de linguagem dominantes
Cultura literária ficcional Conto maravilhoso / Conto de fadas / Fábula /
Narrar Lenda / Narrativa de aventura / Narrativa de ficção
científica / Narrativa de enigma / Narrativa mítica /
Mimese da ação através da criação da intriga
Sketch ou história engraçada / Biografia
no domínio verossímil
romanceada / Novela fantástica / Conto / Crônica
Literária / Adivinha / Piada

Documentação e memorização das ações Relato de experiência vivida / Relato de uma


humanas viagem / Diário íntimo / Testemunho / Anedota ou
Relatar caso / Autobiografia / Curriculum vitae / Notícia /
Reportagem / Crônica social / Crônica esportiva /
Representação pelo discurso de experiências
vividas, situadas no tempo Histórico / Relato histórico / Ensaio ou perfil
biográfico / Biografia

Discussão de problemas sociais controversos Textos de opinião / Diálogo argumentativo / Carta


Argumentar de Leitor / Carta de reclamação / Carta de
solicitação / Deliberação informal / Debate
Sustentação, refutação e negociação de
regrado / Assembléia / Discurso de defesa
tomada de posição
(Advocacia) /Discurso de acusação (Advocacia) /
Resenha crítica / Artigos de opinião ou
assinados / Editorial / Ensaio
Domínios sociais de Comunicação Exemplos de Gêneros Escritos e Orais
Aspectos tipológicos
Capacidades de linguagem dominantes
Transmissão e construção de saberes Texto expositivo (em livro didático) /
Expor Exposição oral / Seminário / Conferência
/ Comunicação oral / Palestra /
Apresentação textual de diferentes
Entrevista de especialista / Verbete /
formas dos saberes
Artigo enciclopédico / Texto explicativo /
Tomada de notas / Resumo de textos
expositivos e explicativos / Resenha /
Relatório científico / Relatório oral de
experiência

Instruções e prescrições Instruções de montagem/ Receita /


Descrever Ações Regulamento / Regras de jogo /
Instruções de uso / Comandos
Regulação mútua de comportamento
diversos / Textos prescritivos
Os agrupamentos podem facilitar a Os autores propõem a organização de
escolha de gêneros adequados para uma progressão temporal do ensino,
cada série do Ensino Fundamental, construída sobre a base de um
possibilitando uma progressão em agrupamento de gêneros e levando em
espiral para seu ensino. conta os diferentes níveis de operações
de linguagem.
3 - Os Gêneros Escolares: das práticas de
linguagem aos objetos de ensino - Bernard
Schneuwly e Joaquim Dolz

 Os autores defendem que o gênero é


utilizado como meio de articulação entre as
práticas sociais e os objetos escolares
 no domínio do ensino da produção de
textos orais e escritos.

“Estudar o funcionamento da linguagem como


práticas sociais significa analisar as
diferenciações e variações, em função de
sistemas de categorizações sociais à
disposição dos sujeitos observados”
Atividade de linguagem

 funciona como interface entre o sujeito e o


meio, tem origem nas situações de
comunicação, se desenvolve em zonas de
cooperação social determinadas e atribui às
práticas sociais um papel determinante.
 consiste em produzir, compreender, interpretar
e/ou memorizar enunciados orais ou escritos
(um texto).
 demanda do sujeito capacidades para
 adaptar-se às características do contexto e
do referente (capacidades de ação)
 mobilizar modelos discursivos (capacidades
discursivas)
 dominar as operações psicolingüísticas e as
unidades lingüísticas (capacidades linguístico-
discursivas).
Gêneros de linguagem

 através dos gêneros as práticas de


linguagem se materializam em três
dimensões
 dos conteúdos e os conhecimentos que
são enunciados por meio dele
 dos elementos das estruturas
comunicativas e semióticas partilhadas
pelos textos do mesmo gênero
 as configurações específicas (seqüências
textuais e de tipos discursivos)
O objetivo, no contexto escolar, do trabalho com diferentes
gêneros é ensinar os alunos a escrever, a ler e a falar.
PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

•Necessidade de criações de objetos •Progressão como processo linear, do


escolares para um ensino/aprendizagem simples para o complexo, definido
eficaz; através do objeto descrito;
•Pensamento em progressão. •Abordagem puramente
representacional, não comunicativa.

•Leva muito em conta a particularidade •Não leva em conta explicitamente e não


das situações escolares e utilização utiliza modelos externos;
destas; •Não modelização das formas de
•Importância do sentido da escrita; linguagem e, portanto, ausência de
•Tônica na autonomia dos processos de ensino.
aprendizagem nestas situações.

•Evidencia as contribuições das práticas •Negação da particularidade das


de referência; situações escolares como lugares de
•Importância do sentido da escrita; comunicação que transformam as
práticas de referência;
•Insistência na dimensão comunicativa e
na variedade das situações. •Ausência de reflexão sobre a
progressão e desenvolvimento.
O autor defende que os gêneros são
“objeto e instrumento de trabalho
para o desenvolvimento da
linguagem” e aponta a necessidade
de construir modelos didáticos a
partir dos quais seja possível
elaborar sequências didáticas que
possibilitem a apropriação dos
gêneros pelas crianças sendo
necessário o estudo das dimensões
passíveis de serem ensinadas a
respeito de cada gênero linguístico.
“Planejar o ensino
de um gênero”
4 - Seqüências Didáticas para o Oral e o
Escrito: apresentação de um procedimento
- Dolz, Michele Noverraz e Schneuwly

Como ensinar a expressão oral e escrita?


A resposta é: criar contextos de produção
precisos, efetuar atividades ou
exercícios múltiplos e variados
 permitirá aos alunos apropriarem-se
das noções, das técnicas e dos
instrumentos necessários
 ao desenvolvimento de suas
capacidades de expressão oral e
escrita, em situações diversas
...
Módulo Módulo Módulo
Apresentaçã Produção Produção
1 2 3
o da situação Inicial final
Módul
o2

Orientação metodológica:
 O trabalho com a escrita e oralidade tem suas
especificidades: possibilidade de revisão,
observação do próprio comportamento e de textos
de referência, trabalha com seqüências e atividades
de estruturação da língua em uma perspectiva
textual, explorar questões de gramática e sintaxe
(ortografia, revisão ortográfica, escolhas lexicais,
etc), o agrupamento de gêneros e a progressão entre
as séries/ciclos. (ver quadros abaixo)
Detalhamento da SD
Apresentação da situação
 definição do contexto, da forma e do
conteúdo do gênero a ser estudado e
produzido, envolvendo duas dimensões.
 A situação de comunicação e a
escolha do gênero e dos conteúdos a
serem trabalhados.
 definiçao de tema e possíveis
subtemas que serão abordados.
 Deve responder a quatro questões: “Qual
é o gênero que será abordado? A quem se
dirige a produção? Que forma assumirá a
produção? Quem participará da produção?”
Primeira produção
 Os alunos farão uma produção oral
ou escrita dependendo do gênero que
será trabalhado.
Objetivo:
 para os alunos será o momento de
compreender o quanto sabem do gênero e
do assunto a serem estudados, se
entenderam a situação de comunicação à
qual terão de responder;
 para os professores tem o papel de
analisar o que os alunos já sabem,
identificar os problemas linguísticos do
gênero que deverão ser enfocados e definir
a sequência didática.
Módulos
 A quantidade e conteúdo dos
módulos de ensino devem ser definidos
de acordo com as informações colhidas
pelo professor da primeira produção
dos alunos.

 Cada módulo deve contemplar


problemas específicos do gênero em
questão a fim de garantir melhora dos
alunos na compreensão e uso da
expressão oral ou escrita estudada.
Produção final

 Após o processo os alunos


deverão realizar uma produção que
demonstrará o domínio adquirido
ao longo da aprendizagem acerca
do gênero e do tema propostos e
permitirá ao professor avaliar o
trabalho desenvolvido.
• Concretizar uma proposta na forma de
material didático é por vezes, correr o
risco de torná-la estática ou mesmo vê-
la desviada dos princípios sobre os
quais se apóia. È por essa razão que é
importante insistir ainda em alguns
pontos de ordem metodológica.

• No material proposto, as seqüências não


devem ser consideradas como um
manual a ser seguido passo a passo.
Para o professor, a responsabilidade é
efetuar escolhas, e em diferentes níveis.
5 - Palavra e Ficcionalização: Um
Caminho para o Ensino da Linguagem
Oral - Bernard Schneuwly

 No texto o autor argumenta que o


único caminho para o ensino da
linguagem oral na escola é através da
construção de uma relação nova com a
da linguagem.
• Algumas concepções usuais sobre o oral e o ensino

• Representações a cerca o ensino da oralidade (expressão e


compreensão), obtidas numa pesquisa, sistematizadas em três
grupos:
– oralidade como materialidade, oralidade como
espontaneidade e trabalho sobre o oral como norma.
– A análise da pesquisa revelou que o oral é percebido como
lugar privilegiado da espontaneidade e da liberação.
 o aluno se exprime espontaneamente, no qual não
existe escrita
 o oral cotidiano através do qual se comunicam
professores e alunos”.
• Para o autor: “nem um nem outro parece suscetíveis de se
tornarem objetos de ensino:
– o oral puro escapa de qualquer intervenção sistemática;
aprende-se naturalmente, na própria situação.
– O oral que se aprende é o oral da escrita”.
• Abordagens de ensino que decorrem da concepção
usual de oral

• a abordagem que objetiva desenvolver nos alunos


habilidades linguísticas orais
– Tem como referência a norma escrita culta, com
ênfase nas dimensões estruturais da linguagem
(fonológicas, sintáticas, lexicais) excluindo-se as
dimensões mais discursivas (estratégias
argumentativas, a estrutura textual e o
encadeamento de frases).
• A abordagem que toma a linguagem oral como uma
expressão em si mesma,
– O aluno poderá expressar oralmente seus
sentimentos e pensamentos.
– Não são propostos objetivos pedagógicos e
didáticos definidos para a linguagem oral na escola
 O autor propõe que o trabalho da
linguagem oral assuma outra
dimensão na instituição escolar
objetivando
 levar os alunos de uma
oralidade espontânea a uma
expressão oral gestada, ou seja,
pensada e planejada
intencionalmente pelos sujeitos
em interlocução.
6 – O oral como texto: como construir um objeto de
ensino – Dolz, Schneuwly e Haller

 A linguagem oral estar bastante presente no


cotidiano das salas de aula, nas rotinas, nas leituras,
na correção de exercícios, porém
– não é ensinada a não ser incidentalmente,
durante atividades diversas e pouco controladas.
 O oral esta presente nas duas pontas do sistema
 na pré-escola e nos primeiros anos do ensino
fundamental
 no ensino superior onde se requer um
domínio da palavra em público (jornalista,
advogado, empresários, professores, etc.).
Não haveria possibilidade de se incluir o oral
também entre as duas pontas?

 tomar o oral como objeto de ensino


pressupõe que se conheça e compreenda as
práticas orais e os saberes e linguísticos
nelas implicados.
– O oral: aquilo que é dito em voz alta
– As relações entre oral e escrito no ensino
– Os gêneros de textos
• Gêneros orais e atividades de linguagem
orais
• Quais gêneros ensinar?
• Os modelos didáticos de gênero
PROPOSTAS DE
ENSINO DE GÊNEROS
 Os textos que compõem esta parte da
obra relatam atividades práticas,
elaboradas a partir de gêneros (orais
ou escritas)
 A análise do produto texto, ao longo dos três
capítulos, mostrou que um trabalho com
seqüências didáticas em torno de gênero
textual determinado tem conseqüências
muito produtivas nos textos dos alunos.
 O papel do professor na sequência didática é
importante em todos os momentos
 Cada etapa do trabalho deve terminar numa
síntese, construída em interação com os
alunos em forma de regras ou de
constatações: permite a compreensão e cria
ligação com o projeto global no qual a turma
estará envolvida; cria os meios para melhor
argumentar.
• Em síntese, os autores apresentam três
papéis essenciais do professor no
desenvolvimento do trabalho com os gêneros:
– o de explicitar as regras e constatações,
por meio das observações e análises das
atividades, utilizando a escrita como
instrumento;
– o de intervir pontualmente, em momentos
escolhidos, para lembrar as normas que é
preciso ter em conta e para avaliar a
produção dos alunos;
– o de dar um sentido às atividades levadas a
efeito na sequência, situando-as em relação
ao projeto global da classe.

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