A metodologia científica está dentro de duas grandes área e essas duas áreas se completam!
EPISTEMOLOGIA
Epistemologia vem de episteme = termo grego que designa ciência; logia/logos = estudo.
Também conhecida como Filosofia da Ciência, a área se ocupa da fundamentação da ciência.
1- Porque o conhecimento científico não existe sem método, sem uma linguagem específica, ou um
rigor próprio.
2- Porque o maior desafio da Instituições de Ensino Superior está em desenvolver a postura de um
pesquisador ao longo do processo educacional.
3- Porque é preciso desenvolver a autonomia do pensamento, muito presente no meio acadêmico.
No exercício profissional, o sucesso está intimamente relacionado à capacidade de planejar e de
organizar o pensamento, muitas vezes adquirida por meio da busca do conhecimento, através das
práticas de leitura e da participação das atividades acadêmicas.
O Conhecimento Científico está estritamente ligado a Ciência. Mas afinal, o que é Ciência?
Ciência é um saber racional e objetivo, que se atém aos fatos podendo transcendê-los. A Ciência
depende da investigação metódica o que a torna analítica e requer exatidão e clareza na busca e
aplicação de leis, podendo se usar de predições úteis, porém verificáveis.
Quais as características do conhecimento científico?
- Saber racional que obedece a regras, leis, princípios e se contrapõe ao saber ilusório, às
emoções e às crenças;
- Saber lógico e sistemático porque as ideias formam uma ordem coerente;
- Saber verificável e metódico, pois é passível de exame para ter sua pretensão confirmada ou
não. Para tanto segue uma técnica, um procedimento.
Como podemos definir o senso comum?
Aquilo que assimilamos por tradição. Idéias que nos ajudam a interpretar a vida e a julgar certas
situações. Na verdade, estamos mergulhados no senso comum, que geralmente se apresenta
como um saber ingênuo, fragmentado e por vezes conservador.
O senso comum pode ser caracterizado em:
Espontâneo; Não é crítico, não se coloca como problema e não se questiona enquanto saber.
Ametodico; Não é crítico, não se coloca como problema e não se questiona enquanto saber.
Empirico; e baseia na experiência cotidiana comum.
Ingênuo ou acrítico; Não é crítico, não se coloca como problema e não se questiona enquanto
saber.
Subjetivo; É relativo ao sujeito do conhecimento. É formado por juízos pessoais a respeito das
coisas, ocorrendo o envolvimento emocional e valorativo de quem observa.
Aula 2: Conhecimento
O que é o Método Científico?
“Trata-se de um conjunto de procedimentos por intermédio dos quais se propõe problemas
científicos e colocam-se à prova as hipóteses científicas.” (BUNGE apud LAKATOS, 2000, p. 44)
O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma experiência a fim de
produzir novo conhecimento, corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. Na maioria das
disciplinas científicas, o método científico consiste em juntar evidências observáveis, empíricas
(baseadas apenas na experiência) e mensuráveis e analisá-las com o uso da lógica.
Isso aconteceu no experimento que acabamos de ver..
No sentido literal, a Metodologia representa o estudo dos métodos e, especialmente, do método da
ciência, que se supõe universal.
INDUTIVO
Observe que o Eletricista passa por 3 etapas:
• Observação dos fenômenos;
• Descoberta da relação entre eles;
• Generalização da relação.
Método hipotético-dedutivo
Karl Popper (1922-1996) criticou o método indutivo e lançou as bases do método chamado
hipotético-dedutivo que consiste na construção de hipóteses, cujas predições devem se submeter
ao critério da falseabilidade.
De acordo com Antônio Carlos Gil, duas são as razões para se fazer uma pesquisa:
As razões de ordem intelectual, que decorrem do desejo de conhecer, são comuns nas
dissertações de mestrado, nas monografias, nos artigos e nos trabalhos de conclusão de curso, em
que a pesquisa é voltada para fins de conhecimento.
Já as razões de ordem prática, como próprio título diz, vem do desejo de conhecer com vistas a
fazer algo, que muitas vezes pode vir a ser útil e beneficiar a própria sociedade.
Classificação da pesquisa
A classificação da pesquisa está relacionada à sua natureza, ou seja, àquilo que compõe a
essência da pesquisa:
Pesquisa Pura: Conhecida também por básica ou teórica, a Pesquisa Pura objetiva gerar novos
conhecimentos úteis para o avanço da ciência sem aplicação prática prevista.Envolve verdades e
interesses universais. É motivada basicamente pela curiosidade intelectual do pesquisador.
Exemplo: A origem do universo.
Pesquisa aplicada: É aquela que objetiva gerar conhecimentos para a aplicação prática, dirigidos
à solução de problemas específicos. Envolve verdades e interesses locais.
Exemplo: A busca de uma vacina contra a AIDS.
Abordagem da pesquisa
Quanto à abordagem, a pesquisa pode ser dividida em:
A pesquisa bibliográfica é uma fundamental em todo trabalho científico que influenciará todas as
etapas de uma pesquisa, na medida em que dá o alicerce teórico que servirá de base ao trabalho.
A pesquisa documental, como próprio nome já diz, se utiliza de documentos, que podem ser
documentos pessoais, cartas, diários, jornais, balancetes, microfilmes, fotografias, memorandos,
ofícios, vídeos, documentos estatísticos etc.
O fichamento inicia com a escolha do seu tipo que pode ser: de transcrição ou citação, de resumo
ou conteúdo e de comentário ou crítico. Após escolher o tipo de fichamento deve-se inserir o
assunto geral do fichamento e caso deseje o assunto mais específico também de forma que facilite
o aprendizado e a localização posterior do livro ou documento.
Identificado o tipo de fichamento e os assuntos da ficha é inserida a referência bibliográfica. As
regras para elaboração de referências se encontram na norma NBR/ABNT 6023 (2002).
O fichamento de resumos ou conteúdo utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo,
assunto geral, assunto específico e referência. Seu texto utiliza as mesmas regras e normas de um
resumo que podem ser revisadas no módulo Resumo: quando utilizar e como elaborar.
O fichamento de comentário ou crítico utiliza as mesmas regras para início de uma ficha: tipo,
assunto geral, assunto específico e referência. Seu texto utiliza as mesmas regras e normas de um
resumo que podem ser revisadas no módulo Resenha: quando utilizar e como elaborar.
Terminado o texto do fichamento, caso a finalidade deste seja para estudo ou pesquisa utiliza a
idenficação da ficha que pode ser alfabético, numérico ou alfanumérico, conforme facilitar a busca
posterior pelas fichas. Geralmente os fichamentos acadêmicos não necessitam da identificação de
tipo, assunto geral e assunto específico. O tipo de fichamento mais utilizado em sala de aula é o de
comentário ou crítico.
Segundo Medeiros (2000) de três formas é realizado o fichamento de transcrição que são os
seguintes:
• Fichamento de transcrição sem cortes
• Fichamento de transcrição com corte intermediário de algumas palavras (utiliza reticências "..."
para indicar a omissão das palavras);
• Fichamento de transcrição com corte de parágrafo intermediário (utiliza um traço contínuo, ou
pontilhados para indicar a omissão dos parágrafos)
Estrutura do documento
Tipos de Fichamento: Diferenças
Resumo x Resenha
Resumo é uma síntese sob forma de redação do fichamento de leitura, buscando compreender o
sentido do texto. Uma apresentação sucinta e ordenada das ideias centrais do texto lido, sem a
utilização de citação (SANTOS; MOLINA; DIAS, 2007, p. 105). Quando elaboramos um resumo,
produzimos uma análise temática do texto lido. É o momento da compreensão do texto,
entendendo as ideias do autor.
Segundo Severino (2007), ao elaborar um resumo, o leitor deve fazer as seguintes perguntas:
• Qual é o tema?
• Qual a perspectiva da abordagem?
• Como o assunto foi problematizado?
• Como o autor responde ao problema?
• Que posição assume?
• Que ideia defende?
• O que quer demonstrar?
• Como o autor comprova sua tese?
A resenha segundo apontam Lakatos e Marconi (1996, p. 211), a resenha apresenta um conteúdo
crítico sobre determinada obra. Sua importância está em desenvolver a capacidade de proferir
juízos críticos sobre a leitura:
Toda resenha deverá conter um resumo da obra e um juízo crítico a respeito dos argumentos do
autor.
Nesse sentido, a diferença entre resumo e resenha está justamente nesta parte do texto em
que se elabora uma crítica.
2. Originalidade
Precisa ser original? Originalidade não é pré-requisito. Você pode pesquisar um tema mesmo que
este não seja inédito.
3. Revisão de Literatura
Se o tema não é inédito, quem já pesquisou algo semelhante? É importante saber quem já
pesquisou o assunto escolhido e que contribuição deu para o seu desenvolvimento/conclusão. Para
isso, procure trabalhos semelhantes ou idênticos e pesquise publicações na área. Depois liste os
argumentos e veja quais textos você poderá utilizar para apoiar suas ideias. Essa revisão da
literatura o ajudará até mesmo a organizar a estrutura do trabalho.
4. Justificativa
• Por que estudar esse tema?
• Que vantagens e benefícios a pesquisa proporcionará?
• Qual a importância profissional e cultural da pesquisa?
As respostas dessas questões são as razões que o levarão a estudar o tema escolhido.
6. Determinação de objetivos
O que pretendo alcançar com a pesquisa? É importante formular um único objetivo geral que
apresente o propósito da pesquisa. Os objetivos específicos representam a divisão do objetivo
geral em outros menores.
Problemas de Valor
Aqueles que indagam se algo é bom ou mau, desejável ou indesejável, certo ou errado, melhor ou
pior, se algo deve ou não ser feito.
Problemas Cientificos
Um problema é considerado de natureza científica quando envolve variáveis que podem ser tidas
como testáveis, podem ser observadas e manipuladas. O termo variável é o dos mais empregados
na linguagem dos pesquisadores. Seu objetivo é o de conferir maior precisão aos enunciados
científicos, sejam hipóteses, teorias, leis, princípios ou generalizações. O conceito de variável
refere-se a tudo aquilo que pode assumir diferentes valores ou diferentes aspectos, segundo os
casos particulares ou as circunstâncias (GIL, 2002, p.36).
• Dependente
Consiste nos valores a serem explicados ou descobertos, em virtude de serem influenciados,
determinados ou afetados pela variável independente.
Exemplo: “Se dermos uma pancada no joelho dobrado de um indivíduo, sua perna esticará”.
• Interveniente
É aquela que em uma sequência causal se coloca entre a variável independente e a dependente,
tendo como função ampliar, diminuir ou anular a influência de uma sobre a outra.
Exemplo: “A liderança autoritária influencia na motivação dos colaboradores.”
Pois, então, veja quais são as partes que não podem faltar no seu trabalho:
Obrigatórios:
• Capa
• Folha de rosto
• Folha de aprovação
• Resumo na língua vernácula
• Resumo na língua estrangeira
• Sumário
Opcionais:
• Lombada
• Ficha catalográfica
• Errata
• Agradecimento
• Dedicatória
• Epígrafe
• Lista de Ilustrações
• Lista de tabelas
• Lista de abreviaturas e siglas
• Lista de símbolos
Espaço:
O espaçamento a ser adotado é o de 1,5 cm nas entrelinhas, com recuo de primeira linha do
parágrafo (1,25 cm – corresponde a 1 tab.) e texto justificado. Nas citações com mais de três
linhas, nas legendas das tabelas, figuras e ilustrações o espaçamento é simples.
Observe ainda o espaço simples nas referências bibliográficas, colocadas em ordem alfabética por
sobrenome do autor, alinhadas à margem esquerda e separadas entre si por dois espaços
simples.
Margem:
Segundo as normas da ABNT o papel deve ser branco, com formato A4 (21,0 cm x 29,7cm). As
páginas devem apresentar margem esquerda e superior de 3,0 cm, direita e inferior de 2,0 cm.
Capa:
A capa é elemento obrigatório em alguns tipos de trabalho acadêmico, apresenta uma formatação
específica e deve conter os elementos essenciais para identificação do autor do trabalho (ABNT,
NBR 14724). A ABNT normatiza que seja usada a fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 14,
e o espaço entre as linhas deve ser simples.
Folha de Rosto:
A folha de rosto é um complemento da capa e deve apresentar a identificação da disciplina em que
o trabalho será apresentado, bem como o curso, a instituição de ensino, o aluno e o professor
orientador. Na hipótese de dissertações de mestrado e teses de doutorado, no verso da folha de
rosto, deve constar a ficha catalográfica.
Quanto a numeração das páginas, vale ressaltar que todas as folhas a partir da folha de rosto
devem ser contadas, mas a numeração começa a partir da primeira parte textual (introdução).
O número deve estar expresso em algarismo arábico, fonte 11, no canto superior da folha.
Sumário:
Para muita gente, fazer sumário no Word é um martírio. Ele nunca fica conforme o esperado
quando criado manualmente. Quando utilizamos a função automática do Word, ou não saímos do
canto ou o resultado foge totalmente aos requisitos normativos, não é mesmo?
Citações:
Entende-se por citação a menção de uma informação extraída de outra fonte. A citação pode ser
direta ou indireta.
Referencia Bibliografica:
Referência é o “[...] conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento,
que permite sua identificação individual” (ABNT, 2002, p. 2) no todo ou em parte, impressos ou
registrados em diversos tipos de suporte.
Para finalizar...
...Veja agora algumas representações gráficas da formatação que te ajudarão na hora de montar
seu anteprojeto ou projeto de pesquisa e seu TCC.
Aula 7: Citação
Citação indireta
As citações indiretas apresentam formatação diferente por tratar-se de textos baseados na obra de
um autor consultado e não uma cópia de suas palavras. Nesta hipótese, então, não é necessário o
emprego das aspas duplas, porque a citação indireta mantém a idéia original do texto lido, mas é
reescrita por quem está elaborando o trabalho.
A citação indireta é também denominada paráfrase e, segundo a ABNT (NBR 10520:2002),
configura uma transcrição livre do texto do autor. João Bosco Medeiros (2003) esclarece que a
citação indireta pode configurar um resumo, comentário de uma idéia, ou expressar o mesmo
conteúdo, mas utilizando outras palavras. E explicar as idéias que encontramos no texto original é
muito mais produtivo do que apenas reproduzi-las, não é mesmo? Por isso, parafrasear é muito
melhor do que a citação direta.
Citação da citação
Em algumas leituras verificamos que o autor apresenta uma citação direta ou indireta de outro
autor, certo? E essa citação não é perfeita apenas para o autor que estamos lendo, ela é perfeita
para nós também.Só que, na maioria das vezes, não temos acesso à obra que esta sendo citada
por ele.
Como resolver isso? Estamos diante de uma citação da citação que exige o uso da expressão apud
que significa citado por. Alguns autores denominam a citação da citação como citação dependente,
porque o autor escolhido para citação não foi lido diretamente, mas tomado por empréstimo de
outro autor.
Supressões: Não devemos citar frases ou parágrafos longos demais. O importante é apresentar o
que realmente interessa ao desenvolvimento da argumentação ou à apresentação das idéias. Para
suprimir as partes que não são importantes, devemos substituí-la pelas reticências entre
colchetes/parênteses: (...) ou [...].
Incorreções: Na hipótese do texto citado apresentar um erro, uma expressão politicamente
incorreta ou equívoca gramatical, entre outros problemas, chame a atenção, pelo uso, ao lado da
palavra, do vocábulo sic (assim, em latim) entre colchetes e em itálico.
“Zenão de Cício (334-262 a.C.) fundou a escola estóica [sic] Ele costumava palestrar de sua
varanda, chamada stoa, daí o nome estóico [sic]”. (MANNION, 2008, p. 48)
A ata registra a seguinte declaração do diretor: “isto é pra mim [sic] fazer!”
Sistema numérico
No sistema numérico, a fonte da citação utilizada deve aparecer em nota de rodapé. Neste caso, a
numeração das fontes deve ser única e consecutiva, em algarismos arábicos;
• Todas as referências devem ser repetidas na lista de referências ao final do trabalho;
• A numeração das notas de rodapé deve restringir-se às referências bibliográficas;
• Uso de asterisco (*): para explicar ou comentar uma ideia;
• Podemos usar: (1), [1], 1 (sobrescrito).
Os elementos essenciais e complementares da referência devem ser inseridos na sequência
sugerida pela ABNT: SOBRENOME, Prenome. Título. Edição. Cidade: editora, ano. (página na
hipótese de citação direta). Veja o exemplo abaixo:
1 CERVO, A.; BERVIAN, P. A.; SILVA, R. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2007. p. 57.
Sistema Autor-data
Autor-data: consiste em indicar o sobrenome do autor ou instituição responsável, seguido pelo ano
da publicação da obra e páginas referenciadas, separados por vírgula e entre parênteses. Vejamos
alguns exemplos de citação direta pelo sistema autor-data:
Afirma Pedro Bervian, Amado Cervo e Roberto da Silva (2007, p. 57): “A pesquisa é uma atividade
voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio do emprego de processos
científicos”.
Conforme alguns autores (CERVO; BERVIAN; SILVA, 2007, p. 57): “A pesquisa é uma atividade
voltada para investigação de problemas teóricos ou práticos por meio do emprego de processos
científicos”.
Você observou que no sistema de chamada autor-data o nome do autor pode ser incluído na
sentença e, neste caso, deve ser escrita conforme a regra para nomes próprios ou entre parêntesis
com todas as letras do último sobrenome em maiúsculas. Já comentamos sobre isso nesta aula,
inclusive.
Portanto, entende-se pelo termo referências o conjunto padronizado de informações que permitem
a identificação de documentos citados em um trabalho acadêmico.
Elementos complementares: São opcionais e podem ser acrescentados para uma melhor
identificação do documento, tais como: coleção, série, número do ISBN, número de páginas (como
o "06 p." do exemplo), se edição exclusiva para assinantes, se inclui algum brinde etc.
Agora que você já conhece a estrutura de uma referência, vamos nos aprofundar em cada
parte que as compõem.
Autores: Na lista de referências, o autor é indicado pelo último sobrenome, escrito em caixa alta,
seguido do nome, por extenso ou abreviado. O sobrenome é separado do nome por vírgula.
Títulos: devem ser escritos na forma em que se apresentam nos documentos, sendo apenas a
primeira palavra iniciada com letra maiúscula e destacados com negrito.
Já os subtítulos (informações apresentadas após o título para complementá-lo) devem ser
precedidos por dois pontos e não recebem qualquer destaque gráfico. Exemplo: RUCH, Gastão.
História geral da civilização: da antiguidade ao século XX.
Edição: Quando houver a indicação da edição, esta deve ser inserida na sua referência,
utilizando-se abreviaturas dos numerais ordinais e da palavra edição.
4ª edição = 4. ed.
5ª edição = 5. ed.
Exemplo: PATACO, Vera Lúcia P.; VENTURA, Magda Maria; RESENDE, Érica dos Santos.
Metodologia para trabalhos acadêmicos e normas de apresentação gráfica. 4. ed. [...]
Outro ponto importante é quando não se sabe a cidade de publicação. Para isso, coloca-se [s. l.],
abreviação de “sine loco” que significa “sem local” [de publicação]. Quando a cidade é conhecida
mas não aparece na obra, coloca-se o nome da cidade entre colchetes.
Quando houver duas editoras, ambas devem ser indicadas com seus respectivos locais, seguidas
de dois pontos e separadas por ponto e vírgula.
Se tiver mais que duas editoras, indica-se somente a primeira ou a que estiver em destaque na
publicação.
E se não há identificação da editora? Quando a editora não puder ser identificada, utiliza-se a
expressão latina sine nonime, que significa “sem nome”, de forma abreviada entre colchetes [s.n.].
Exemplo: FRANCO, I. Discursos: de outubro de 1992 a agosto de1993. Brasília, DF: [s.n.], 1993.
107 p.
E se a editora for a própria instituição? Quando a editora for a própria instituição ou pessoa
responsável pela autoria da obra e já tiver sido mencionada, não é necessário ser indicada.
Exemplo: UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA. Catálogo de graduação, 1994-1995. Viçosa,
MG, 1994. 385 p.
Ano de publicação: O ano de publicação do documento deve ser indicado em algarismos arábicos
(1,2,3..), mesmo que nele apareça em algarismos romanos. Exemplo: LEITE, C. B. O século do
desempenho. São Paulo: LTr, 1994.
Se não constar da data? Você poderá inserir uma data provável entre colchetes de acordo com as
regras de referenciação. Exemplo: FLORENZANO, Everton. Dicionário de ideias semelhantes. Rio
de Janeiro: Ediouro, [1993]. 383 p.
Volume: Nas referências com vários volumes, o número de volumes da obra deve ser indicado
após a data e o ponto final, com a palavra volume abreviada. Exemplo: RUCH, Gastão. História
geral da civilização: da Antiguidade ao século XX. Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1940. 4 v.
SOBRENOME, Prenome (autor do capítulo). Título (do capítulo). In: ______. Título: subtítulo.
Local: Editora, ano. Número do capítulo (se houver), página inicial e final. Exemplo:
SANTOS, F. R. dos. A colonização da terra do Tucujús. In: ______. História do Amapá, 1º grau. 2.
ed. Macapá: Valcan, 1994. cap. 3. p. 15-24.
Para as obras consultadas online são essenciais as informações sobre o endereço eletrônico,
apresentado entre <brackets>, precedido da expressão: “Disponível em:”
A data de acesso ao documento, precedida da expressão: “Acesso em:” deve conter o dia, o mês
abreviado e o ano (04 abr. 2010.).
Aula 9: A Construção do Conhecimento na Universidade
Agências de Fomento
As agências de fomento CAPES e CNPq, bem como as fundações de amparo à pesquisa,
assumem função importante nesse processo de incentivo à produção científica.
A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), por exemplo, foi
criada em 1951, pelo Decreto nº 29.741, com o objetivo de “assegurar a existência de pessoal
especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades dos
empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país”.
Assim, oferecem bolsas de estudos para iniciação científica, Mestrado, Doutorado e
Pós-Doutorado. Além de auxílios à pesquisa, à participação em reuniões científicas, à editoração,
entre outros.
A Plataforma Lattes
A Plataforma Lattes é um sistema de informação curricular desenvolvido pelo CNPq (Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que integra dados de currículos e
instituições com o objetivo de avaliar a competência de candidatos à obtenção de bolsas e auxílios,
selecionar consultores e membros de comitês e de grupos assessores e subsidiar a avaliação da
pesquisa e da pós-graduação brasileira. Esse sistema é utilizado por várias instituições de ensino
superior e também pela comunidade científica brasileira, a qual envolve pesquisadores, estudantes,
gestores e profissionais.
A plataforma registra as atividades acadêmicas realizadas pelos pesquisadores sendo, hoje,
elemento essencial à análise de mérito e competência por ocasião em que apresentam projetos de
pesquisa às Agências de Fomento.
Concluindo...
Podemos dizer que falar de pesquisa é, na verdade, refletir sobre o papel da Universidade e seu
compromisso com a sociedade, com o conhecimento e desenvolvimento da cultura, porque as
ações realizadas no interior das instituições de ensino podem gerar mudanças sociais
significativas.
Quem acaba de ingressar numa faculdade precisa ser informado sobre a maneira de tirar o máximo
proveito do curso que vai fazer. Em primeiro lugar, o calouro vai perceber que muita coisa mudou
em comparação àquilo com que estava acostumado em seus cursos de primeiro e segundo graus.
E quem não souber compreender devidamente o espírito da nova situação para adaptar-se ativa e
produtivamente a ela perderá preciosa oportunidade de integrar-se desde o início no ritmo desta
nova etapa de ascensão no saber, que se chama vida universitária.
No Brasil, a Lei nº 9394/94 ― Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ―, em seu art.
12, inciso I, prevê que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu
sistema de ensino, têm a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica”.
O Projeto Pedagógico compreende, portanto, a forma como a Universidade pretende realizar seu
ideal pedagógico e, assim, configura o material básico que direciona a ação de todas as unidades
acadêmicas, orientando suas práticas pedagógicas, em especial os projetos pedagógicos dos
cursos que a integram, pensando sempre na construção do conhecimento, habilidades e atitudes
que constituem a competência do aluno em formação.