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O Homem e o

Ambiente
UFCD 6665

[Abril de 2018]
Índice
Condições de utilização do manual ............................................................................................... 1
Objetivos ....................................................................................................................................... 2
Capítulo 1 – Principais problemas ambientais relacionados com o ar, a água, os resíduos e o
ruído. ............................................................................................................................................. 3
Capítulo 2 – A poluição e a saúde pública................................................................................... 15
Capítulo 3 - As tecnologias verdes: custos e benefícios .............................................................. 19
Capítulo 4 –Novas fontes de energia e sua utilização................................................................. 21
Capítulo 5 –Relação entre a sociedade de consumo e a sociedade sustentável ........................ 31
Capítulo 6 –Comportamentos favoráveis à preservação do ambiente ...................................... 35
Capítulo 7 –Protocolos e convenções internacionais no domínio do ambiente e do
desenvolvimento sustentável ..................................................................................................... 40
Bibliografia .................................................................................................................................. 44

Manual, Textos e Documentação de apoio


Condições de utilização do manual

Este suporte pedagógico foi pensado e concebido como um instrumento de trabalho,


pelo que poderá e deverá ser enriquecido com notas e reflexões do utilizador, a partir da sua
própria prática.
Este suporte pedagógico não dispensa a consulta de outros recursos pedagógicos
respeitantes aos conteúdos/temas desenvolvidos ao longo dos sete capítulos que fazem parte
integrante deste manual da unidade de formação de curta duração da ufcd 665 –O Homem e o
Ambiente.

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Objetivos
1. Caracterizar os principais problemas ambientais.
2. Compreender o impacte da atividade humana no ambiente.
3. Identificar os efeitos da poluição na saúde pública.
4. Reconhecer a importância da alteração de atitudes e comportamentos na
preservação do ambiente.
5. Compreender que nos processos de tomada de decisão sobre problemáticas
ambientais concorrem diversas perspetivas refletindo interesses e valores
diferentes.

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Capítulo 1 – Principais problemas
ambientais relacionados com o ar, a
água, os resíduos e o ruído
Nas sociedades primitivas, o ser humano caçador recolector retirava da
Natureza apenas o que era necessário à sua sobrevivência e não causava garves
perturbações nos ecossistemas.
Á medida que a população foi aumentando, algumas sociedades humanas
evoluíram tecnologicamente causando impacte ambiental – modificação mos
ecossistemas provocada pelo ser humano.
Certas intervenções do ser humano nos ecossistemas causam catástrofes
tecnológicas – acontecimentos provocados pelo ser humano com consequências
drásticas para os ecossistemas e populações humanas.
São catástrofes tecnológicas as explosões, a poluição do ar, da água e dos
solos, a introdução de espécies invasoras, a desflorestação e o ruído.
Estas perturbações dos ecossistemas provocadas pelo ser humano têm como
consequência a destruição de habitats, a extinção de espécies e graves prejuízos para
a Humanidade.

QUAIS AS CAUSAS DA POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA?

A poluição atmosférica é a alteração indesejável nas características


químicas, físicas, químicas ou biológicas do ar, com consequências para os
ecossistemas e para o ser humano.
Uma das principais causas da poluição do ar é a queima de combustíveis
fósseis. Deste processo resultam poluentes – materiais ou substâncias que são
nocivos para os ecossistemas e para a saúde pública.
Os poluentes atmosféricos incluem os gases lançados pelos veículos
automóveis, pelas chaminés das indústrias, como as cimenteiras, e pelas centrais
termelétricas, as radiações e ondas sonoras. São exemplos de gases poluentes o
dióxido de carbono, o ozono, o monóxido de carbono e o metano.
A acumulação dos poluentes atmosféricos, além de ter consequências na
saúde humana, além de ter consequências na saúde humana, tem vindo a aumentar a
temperatura da atmosfera, as chuvas ácidas e a reduzir a camada de ozono.

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Figura 1| A qualidade do ar nas grandes cidades é monitorizada por uma rede de estações de
controle. São medidas as concentrações de diversos poluentes, entre os quais o ozono
troposférico. Este gás forma-se ao nível do solo e é prejudicial à saúde.

QUAIS AS CONSEQUENCIAS DO AUMENTO DA TEMPERATURA?

O efeito de estufa – aquecimento natural da Terra pelos gases da atmosfera –


é essencial para a manutenção e o desenvolvimento da vida.
Entre os principais gases com efeito de estufa – GEE – presentes na
atmosfera estão o vapor de água, o dióxido de carbono e o metano. A atividade
humana tem vindo a aumentar a emissão de gases com efeito estufa, o que provoca,
entre outras consequências um aumento da temperatura na atmosfera.
Os cientistas apontam como consequência do aumento da temperatura o
aquecimento global – um aumento global da temperatura do sistema Terra. Este
aumento será responsável pelo degelo das calotes polares e dos glaciares e por
grandes períodos de seca.
Para tentar alterar esta situação, numerosos países têm estabelecido
compromissos de redução da emissão destes gases, como o Protocolo de Quioto.
Simultaneamente, a investigação cientifica e a tecnologia têm vindo a desenvolver
energias alternativas para os veículos e melhores filtros para as chaminés das
indústrias.

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As populações devem contribuir para a diminuição da poluição, reduzindo ao
mínimo as deslocações em transporte privativo motorizado, andando a pé ou de
bicicleta e dando preferência aos transportes públicos

Figura 2| Segundo a NASA, o aumento da temperatura global da Terra é uma realidade.

QUAIS AS CONSEQUENCIAS DO AUMENTO DA CHUVA ÁCIDA?


A chuva ácida é a precipitação acidificada sob a forma de chuva, neve ou
granizo.
Os poluentes causadores da chuva ácida são o dióxido de enxofre e os óxidos
de azoto provenientes da atividade humana. Estes poluentes têm origem nas
emissões dos veículos automóveis e das centrais termelétricas. São levados pelo
vento a grandes distâncias, reagindo com a água da atmosfera e formando ácidos.
Quando chove, as chuvas ácidas acidificam os solos e a água.
A acidificação dos lagos e rios têm como consequência a morte de plâncton,
moluscos, peixes e anfíbios. Se a precipitação for muito ácida, pode mesmo destruir
todos os seres vivos. Nos ecossistemas terrestres, a chuva ácida pode destruir
florestas e campos agrícolas, queimando folhas e ramos. Ao infiltrar-se no solo,
acidifica os aquíferos.
A chuva ácida prejudica a saúde humana, provocando doenças respiratórias
como a bronquite e a asma. Também provoca prejuízos materiais, danificando o
revestimento dos automóveis, as estátuas e os edifícios.
Para diminuir os efeitos da chuva ácida, é fundamental que as populações
reduzam a emissão de poluentes atmosféricos, incentivar o uso de energias

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alternativas e reduzir a queima de combustíveis fósseis contribui para a melhoria da
qualidade ambiental.

Figura 3| Os poluentes emitidos para a atmosfera pela atividade humana combinam-se com a
água e formam ácidos que atingem a superfície terrestre, perturbando o equilíbrio dos
ecossistemas.

Figura 4| Os efeitos da chuva ácida são visíveis na morte das árvores em florestas muito longe
das zonas onde são emitidos os poluentes atmosféricos.
QUAL A IMPORTÂNCIA DA CAMADA DE OZONO?

A camada de ozono situa-se na estratosfera e corresponde à zona onde a


concentração deste gás é máxima. Esta camada funciona como um filtro, impedindo
que uma parte da radiação ultravioleta – UV – atinja a superfície da Terra.
A redução da camada de ozono é causada principalmente por um grupo de
compostos, os clorofluorcarbonetos – CFC.
Os CFC eram utilizados em aparelhos de refrigeração e aerossóis.
Os cientistas descobriram, na Antárctica, uma diminuição drástica da
espessura da camada de ozono – buraco do ozono. O perigo para a Humanidade
desta diminuição levou países de todo o mundo assinarem o Protocolo de Montreal.
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A utilização de CFC foi proibida e cientistas desenvolveram substitutos menos
perigosos.
A redução da espessura permite uma maior passagem da radiação UV, com
consequências graves para os ecossistemas e para o ser humano. Um excesso de
radiação UV afeta o desenvolvimento das plantas e do fitoplâncton, que são a base
das cadeias alimentares. Nos ser humano, a radiação UV está diretamente
relacionada com certos tipos de cegueira e de cancro da pele.

Figura 5| As imagens de satélite permitem visualizar o aumento do buraco da camada de


ozono com a cor azul. A aplicação de medidas aprovadas no Protocolo de Montreal tem
contribuído, atualmente, para a diminuição do buraco do ozono.

SMOG
Smog é o termo usado para definir o acúmulo da poluição do ar nas
cidades que forma uma grande neblina de fumaça no ambiente atmosférico próximo à
superfície. A palavra smog, aliás, é justamente a junção das palavras: smoke (fumo)
e fog (neblina). Esse fenómeno prejudica a qualidade do ar e também diminui a
visibilidade nos ambientes urbanos.
Um dos elementos responsáveis pela formação e acumulação do smog no
espaço das cidades é a inversão térmica, um fenómeno atmosférico que é natural,
mas que pode gerar problemas ao não permitir que os poluentes lançados no ar pelas
atividades humanas dispersem-se mais facilmente. Esse problema costuma ocorrer
em épocas mais frias, quando a radiação solar não é suficiente para aquecer o solo
em níveis necessários, por isso, o ar frio da superfície (mais pesado) fica parado e
dificulta a movimentação do ar.

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QUAIS AS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO AQUÁTICA?

A poluição aquática é a alteração indesejável nas características físicas,


químicas ou biológicas da água com consequências para os ecossistemas e para o
ser humano.
Os poluentes não degradáveis permanecem inalterados durante muito
tempo. É o caso das embalagens de alumínio e dos fios das redes de pesca, de
substâncias como o petróleo, os pesticidas e o mercúrio.
Os poluentes biodegradáveis são decompostos por processos naturais,
desde que a sua quantidade não ultrapasse a capacidade decompositora do meio. Os
esgotos domésticos são exemplo deste tipo de poluição.
Nos ecossistemas de água doce são exemplos de poluição as descargas de
indústrias e de suiniculturas, que provocam a morte de peixes e outros organismos.
Nos oceanos a poluição é causada principalmente pela lavagem de tanques dos
navios e acidentes com petroleiros que têm efeitos desastrosos para a vida marinha
e habitats costeiros.

Figura 6| O uso de DDT para combater mosquitos nos pântanos de Long Island teve
consequências graves para o ecossistema. Este pesticida passou para os seres vivos através
da cadeia alimentar, concentrando-se nos animais em doses cada vez maiores (os valores
correspondem a partes por milhão).

A poluição aquática tem consequências graves para a saúde humana. Certas


doenças, como a gastroenterite as otites, as afeções da pele e as perturbações
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intestinais, afetam pessoas que frequentam praias com água poluída. Nos países
menos desenvolvidos, a febre tifoide e a cólera transmitidas pela água causam grande
mortalidade.

QUAIS AS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO DOS SOLOS?


A poluição dos solos é a alteração indesejável nas características físicas,
químicas ou biológicas do solo com consequências para os ecossistemas e para o ser
humano.
A poluição dos solos é menos visível do que a poluição atmosférica ou
aquática, mas é igualmente perigosa. Os solos mais poluídos localizam-se em países
industrializados com elevada densidade populacional e que praticam agricultura
intensiva.
As causas da poluição dos solos relacionam-se com a poluição atmosférica e
aquática, pois os poluentes acabam por chegar ao solo quer por precipitação, quer por
rega. A estes poluentes são adicionados os agroquímicos, quer usados para controlar
as pragas quer como fertilizantes.
Como consequências da poluição dos solos apontam-se a contaminação dos
aquíferos, a morte de microrganismos, plantas e animais do solo e dos outros
animais que destes se alimentam, tendo em conta que muitos dos poluentes passam
através da cadeia alimentar. A saúde do ser humano também pode ser afetada.
A utilização excessiva de agroquímicos e de água de rega de má qualidade
também tem como consequência a salinização do solo – processo de acumulação
de sais no solo, tornando o solo infértil. Esta degradação do solo está na origem do
processo de desertificação.

COMO PROTEGER OS SOLOS DA DESERTIFICAÇÃO?


A desertificação é a degradação dos solos resultante das alterações climáticas
e das atividades humanas. A salinização dos solos, o pastoreio intensivo, a
desflorestação e a plantação de eucaliptos aceleram a desertificação.
Um solo desertificado fica sem plantas e mais exposto à erosão – perda de
solo devido à ação do vento ou da água, ficando exposta a rocha nua.

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Figura 7| A desertificação afeta atualmente em todo o mundo cerca de 3,6 milhões de
hectares, atinge 1/6 da população e conduziu à degradação de cerca de 75% da área de
pastagens naturais nas terras secas e a milhares de refugiados.

Para prevenir a desertificação deve ser praticada a agricultura sustentável –


provoca menos poluição e evita a destruição da Natureza. Para impedir a perda de
solo, devem ser adotadas práticas de conservação do solo – técnicas agrícolas que
abrandam o processo de desertificação e mantêm a produtividade dos solos.

Figura 8| Sementeira direta. A agricultura sem mobilização do solo consiste semear através de
uma cobertura vegetal. Os resíduos das culturas anteriores ficam à superfície e enriquecem o
solo em nutrientes.

A agricultura biológica é um dos exemplos de agricultura sustentável que não


utiliza agroquímicos e mobiliza menos solo. A prática desta agricultura melhora, a
longo prazo, a fertilidade dos solos. As carências minerais são corrigidas por

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fertilizantes orgânicos ou semeando leguminosas. As pragas são combatidas pela
utilização de métodos naturais como a luta biológica.

QUAIS AS CAUSAS DA DESFLORESTAÇÃO?


Nas regiões onde a precipitação é abundante ou moderada, os ecossistemas
evoluem para a floresta - grandes ecossistemas com várias espécies de árvores e
arbustos e muitos outros seres vivos que estabelecem diversas interações
interespecíficas e intraespecíficas. Os principais grupos de florestas são a floresta
tropical, a floresta temperada e a floresta boreal.
O termo desflorestação refere-se à destruição da floresta e é uma das causas
de perturbação do equilíbrio dos ecossistemas.
Na floresta temperada boreal, a área florestal há muito que se encontra
reduzida. Em épocas passadas, a desflorestação foi principalmente devida ao abate
de árvores para construção naval e aquecimento. Atualmente, as principais causas de
desflorestação são os incêndios, as chuvas ácidas e o abate de árvores para
construção civil e enchimento de albufeiras de barragens.
Na floresta tropical, a desflorestação tem como principal causa o abate de
árvores para comércio de madeira exótica nos países desenvolvidos. A floresta
também é abatida ou incendiada para ser substituída por pastagens e culturas de
plantas, como a mandioca ou árvore-da-borracha, que, na sua maioria, também se
destinam aos países desenvolvidos.

QUAL A IMPORTÂNCIA DA FLORESTA?


As florestas contribuem para a melhoria da qualidade do ar, da água, do solo e
dos seres vivos. Com o aumento crescente da poluição, principalmente nas zonas
urbanas, é importante criar zonas verdes.
As árvores, tal como os outros produtores, libertam oxigénio e são
sumidouros de carbono, contribuindo para a diminuição de GEE. O vapor de água
libertado para a atmosfera aumenta a humidade do ar, ajudando a regular o clima.
A floresta também contribui para a proteção do solo. As raízes das árvores
prendem o solo e previnem a erosão melhorando o arejamento e capacidade de
retenção de água no solo. Junto dos rios e lagos, as árvores também melhoram a
qualidade da água, filtrando as escorrências dos terrenos e atenuando os efeitos
das cheias.

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As árvores e arbustos das florestas são também o suporte da biodiversidade.
Numerosos seres vivos têm o seu habitat e abrigo na floresta.
Para a preservação da floresta é fundamental que cada cidadão cuide e vigie
o coberto vegetal do local onde vive, colaborando na sua limpeza, não fazendo
fogueiras ou queimadas e impedindo o lançamento de fogo-de-artifício.

Figura 9| A floresta autóctone em Portugal continental terá sido o carvalhal, com árvores do
género Quercus.

QUAIS AS CONSEQUÊNCIAS DA INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES INVASORAS?

Uma espécie introduzida pelo ser humano num habitat onde não existia
anteriormente é uma espécie exótica.
A maioria das espécies exóticas não consegue sobreviver nos locais onde
foram introduzidas, principalmente pelo facto de os fatores abióticos do meio não
serem os mais apropriados para a sua sobrevivência.
Algumas espécies exóticas instalam-se no seu novo habitat, reproduzem-se e
aumentam os efetivos populacionais. Tornam-se espécies invasoras – espécies de
crescimento populacional exponencial, principalmente devido à ausência dos seus
predadores naturais no novo habitat.
O crescimento da população sem controlo tem como consequência a ocupação
do habitat e possível extinção das espécies autóctones – espécies que são naturais do
habitat onde vivem. A substituição das espécies autóctones pelas invasoras perturba o
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equilíbrio dos ecossistemas. Esta ameaça levou diversos países a assinarem a
Convenção da Diversidade Biológica, que compromete os países signatários a
controlarem ou erradicarem as espécies exóticas invasoras que ameaçam os
ecossistemas e a sobrevivência das espécies autóctones.
Para a preservação da biodiversidade, é fundamental que cada indivíduo seja
um consumidor responsável, evitando a aquisição de animais ou plantas que possam
constituir um perigo para as espécies autóctones.

RUÍDO
Conjunto de sons suscetíveis de adquirir para o Homem um carácter afetivo
desagradável e/ou intolerável, devido sobretudo aos incómodos, à fadiga, à
perturbação e não à dor que pode produzir.

Existem três tipos de ruídos:


- Contínuo
- Intermitente
- Impacto

Figura 10| Escala de decibéis e consequências.

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Capítulo 2 – A poluição e a saúde
pública

Segundo a Organização Mundial de Saúde, OMS, a poluição representa o


maior problema de saúde pública.

POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA E SAÚDE PÚBLICA


A poluição atmosférica é um importante fator para o desenvolvimento e
exacerbação de doenças respiratórias, como a asma, a doença pulmonar obstrutiva
crónica e o cancro do pulmão, bem como, um impacto substancial na doença
cardiovascular. Além disso, a poluição atmosférica responde por 3,1% dos anos de
vida ajustados pela incapacidade global (tempo gasto em estados de saúde reduzida).
Apesar da redução de emissões de poluentes atmosféricos e melhoria da qualidade do
ar verificadas na Europa e em Portugal na última década, os valores limite legislados
para as concentrações de ozono (O3) e matéria particulada (PM) continuam a ser
excedidos.

Figura 11| Cancro do pulmão

Figura 12| Bronquite

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Figura 13| Rinite

Figura 14| Cancro da pele

POLUIÇÃO AQUÁTICA E SAÚDE PÚBLICA

A água é essencial para a nossa vida. Ela representa cerca de 70% da massa
do corpo humano e seu consumo é fundamental para a sobrevivência humana.

Podemos sobreviver se ficarmos períodos de até 50 dias sem nos


alimentarmos, porém, não é possível ficar mais de quatro dias sem o consumo de
água. Ela também é importante para a produção de alimentos, de energia e de bens
industriais de diversos tipos. Resumindo, é o recurso mais importante para nossa
sociedade e para a vida na Terra. Grande parte da água presente em nosso planeta,
no entanto, não pode ser usada para boa parte das tarefas citadas. Mesmo cobrindo
mais de 3/4 do planeta, cerca de 97,3% do líquido vital está presente nos oceanos
(água salgada), sendo imprópria para uso. A água doce representa 2,7% do total, mas
2,4% dela está situada em locais de difícil acesso, em regiões subterrâneas e nas
geleiras, sobrando 0,3% para utilização.

Os vários tipos de poluentes afetam a saúde humana de diferentes formas.


Alguns microrganismos, como bactérias, que podem se desenvolver naturalmente na

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água ou serem introduzidas com os tipos de poluição citados, podem causar sérias
doenças aos seres humanos.

Febre tifoide, cólera, hepatites, disenteria e pólio são alguns exemplos de


doenças causadas por organismos patogénicos na água. Essas doenças são
principalmente perigosas para crianças e são responsáveis por quase 60% da
mortalidade infantil no mundo, principalmente em países em desenvolvimento e que
não possuem uma rede adequada de tratamento de água e esgoto.

Figura 15| Incidência de febre tifóide no mundo.

POLUIÇÃO DOS SOLOS E SAÚDE PÚBLICA


Como consequências da poluição dos solos apontam-se a contaminação dos
aquíferos, a morte de microrganismos, plantas e animais do solo e dos outros
animais que destes se alimentam, tendo em conta que muitos dos poluentes passam
através da cadeia alimentar. A saúde do ser humano também pode ser afetada.

POLUIÇÃO SONORA E SAÚDE PÚBLICA

Consequências do ruído:
- Surdez profissional (PAIR)
- Fadiga nervosa, depressão
- Irritabilidade
- Hipertensão
- Alterações do ritmo cardíaco e da respiração
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- Perturbações gastrointestinais
- Alteração da visão noturna
- Dificuldades na perceção das cores

Capítulo 3 – As tecnologias verdes:


custos e benefício

As Tecnologias Verdes são novas invenções que foram criadas com o


propósito de diminuir a poluição ambiental.

Algumas tecnologias verdes:

 O carro
elétrico

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Figura 16| Carro elétrico

 Painéis Solares
 Moinhos eólicos
 Lâmpadas economizadoras

Custos e benefícios:

Hoje em dia temos um desenvolvimento avançado capaz de mudar o mundo


com as novas tecnologias verdes, mas devido aos custos dessas tecnologias não é
possível pela simples razão que é o mundo estar em crise e as pessoas não terem
ganhos suficientes para adotar tais tecnologias.

Os benefícios que essas tecnologias podem trazer ao planeta são vários, tais
como a redução da poluição e com isto a redução de doenças e a diminuição da
destruição da camada de ozono, a poupança de energia com as lâmpadas
economizadoras, diminui também o impacto no ambiente e nos seres vivos.

Mesmo com todos os cuidados e tecnologias, todos nos temos de contribuir


para que as tecnologias verdes resultem num benefício para o nosso planeta. Não
basta apenas confiar só nas tecnologias mas também nas outras pessoas que vivem
entre nós.

A viabilidade económica tem cada vez mais impacto no nosso dia-a-dia, cada
dia que passa mais pessoas adotam por tecnologias verdes, como por exemplo as
lâmpadas economizadoras que ajudam a diminuir os custos que as pessoas pagam no
final do mês.

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Hoje em dia essas pessoas optam por adquirir essas inovações porque querem
contribuir para um planeta melhor e por isso essas tecnologias estão cada vez mais
presentes na nossa vida porque melhoram o sitio que nos vivemos que é a nossa casa
ou seja também melhora o mundo e o ambiente que nos rodeia.

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Capítulo 4 – Novas fontes de energia
e sua utilização
Fontes de energia são matérias-primas que direta ou indiretamente produzem
energia para movimentar as máquinas, os transportes, a indústria, o comércio, a
agricultura, as casas, etc. O carvão, o petróleo, as águas dos rios e dos oceanos, o
vento e certos alimentos são alguns exemplos de fontes energéticas.

Energia Renováveis e Não Renováveis

As fontes de energia ou recursos energéticos podem ser classificados em dois


grupos: energias renováveis e não renováveis.

Figura 17| Diferentes fontes de energia: hidrelétrica, eólica, térmica, solar, nuclear

Energias Renováveis
Energias renováveis são aquelas que regeneram-se espontaneamente ou
através da intervenção humana. São consideradas energias limpas, pois os resíduos
deixados na natureza são nulos.
Alguns exemplos de energias renováveis são:
 HIDROELÉTRICA - ORIUNDA PELA FORÇA DA ÁGUA DOS RIOS;

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A construção de aproveitamentos hidroelétricos com dimensão, começou em
Portugal na década de 1940, com a definição de uma Rede Elétrica Nacional, que
unificou várias áreas de distribuição anteriormente não conectadas entre si, tendo
normalmente a termoelétrica como fonte geradora.
O facto de as barragens ficarem longe das maiores áreas de consumo levou à
implementação de uma rede de transmissão de energia elétrica de muito alta tensão
que acabou por ligar a totalidade do país.
Na atualidade existe uma revitalização da produção de eletricidade a partir da
energia hidráulica, porque é uma energia renovável e uma das formas da humanidade
reduzir o recurso a hidrocarbonetos, principal responsável pela emissão de CO2 e
consequente aumento do efeito de estufa.
O estado português dispõe do Plano Nacional de Barragens de Elevado
Potencial Hidroelétrico, destinado a construir dez novos aproveitamentos hidroelétricos
que colocarão na rede mais de 1.000 MW de capacidade instalada nos próximos anos.
Paralelamente está em curso um reforço de capacidade instalada em alguns
aproveitamentos existentes, caso da Barragem do Alqueva.
A construção de uma barragem também tem algum impacto ecológico,
sobretudo ao nível da destruição de habitat local, mas é um custo ambiental
incomparavelmente menor que o provocado pela utilização massiva do petróleo,
carvão ou gás.

Figura 18| Barragem em funcionamento

 SOLAR - OBTIDA PELO CALOR E LUZ DO SOL;


Energia solar é um termo que se refere à energia proveniente da luz e do calor
do Sol. É utilizada por meio de diferentes tecnologias em constante evolução, como o
aquecimento solar, a energia solar fotovoltaica, a energia heliotérmica, a arquitetura
solar e a fotossíntese artificial. Tecnologias solares são amplamente caracterizadas

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como ativas ou passivas, dependendo da forma como capturam, convertem e
distribuem a energia solar. Entre as técnicas solares ativas estão o uso de painéis
fotovoltaicos, concentradores solares térmicos das barragens heliotérmicas e os
aquecedores solares. Entre as técnicas solares passivas estão a orientação de um
edifício para o Sol, a seleção de materiais com massa térmica favorável ou
propriedades translúcidas e projetar espaços que façam o ar circular naturalmente.
Na geração fotovoltaica, a energia luminosa é convertida diretamente em
energia elétrica. Nas barragens heliotérmicas, a produção de eletricidade acontece em
dois passos: primeiro, os raios solares concentrados aquecem um recetor e, depois,
este calor (350 °C - 1000 °C) é usado para iniciar o processo convencional da geração
de energia elétrica por meio da movimentação de uma turbina. No aquecimento solar,
a luz do Sol é utilizada para aquecer a água de casas e prédios (≈80 °C), o objetivo
aqui não sendo a geração de energia elétrica.

19| Painéis fotovoltaicos

 EÓLICA - DERIVADA DA FORÇA DOS VENTOS;

Energia eólica é a transformação da energia do vento em energia útil, tal como


na utilização de aerogeradores para produzir eletricidade, moinhos de vento para
produzir energia mecânica ou velas para impulsionar veleiros. A energia eólica,
enquanto alternativa aos combustíveis fósseis, é renovável, está permanentemente
disponível, pode ser produzida em qualquer região, é limpa, não produz gases de

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efeito de estufa durante a produção e requer menos terreno. O impacto ambiental é
geralmente menos problemático do que o de outras fontes de energia.
Os parques eólicos são conjuntos de centenas de aerogeradores individuais
ligados a uma rede de transmissão de energia elétrica. Os parques eólicos de
pequena dimensão são usados na produção de energia em áreas isoladas. As
companhias de produção elétrica cada vez mais compram o excedente elétrico
produzido por aerogeradores domésticos. Existem também parques eólicos ao largo
da costa, uma vez que a força do vento é superior e mais estável que em terra e o
conjunto tem menor impacto visual, embora o custo de manutenção seja bastante
superior. Em 2010, a produção de energia eólica era responsável por mais de 2,5% da
eletricidade consumida à escala global, apresentando taxas de crescimento na ordem
dos 25% por ano. A energia eólica faz parte da infraestrutura elétrica em mais de
oitenta países. Em alguns países, como a Dinamarca, representa mais de um quarto
da produção de energia.

Figura 20| Aerogeradores


A energia do vento é bastante consistente ao longo de intervalos anuais, mas
tem variações significativas em escalas de tempo curtas. À medida que cresce a
proporção de energia eólica numa determinada região, torna-se necessário aumentar
a capacidade da rede de modo a absorver os picos de produção, através do aumento
da capacidade de armazenamento, e de recorrer à importação e exportação de
eletricidade para regiões adjacentes quando há menos procura ou a produção eólica é
insuficiente. As previsões meteorológicas auxiliam o ajustamento da rede de acordo
com as variações de produção previstas.

 GEOTÉRMICA - PROVÉM DO CALOR DO INTERIOR DA TERRA;

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Energia geotérmica, ou também chamada de energia geotermal como o próprio
nome indica: prefixo ‘geo’ que significa terra e sufixo térmica’ – calor, é a energia
obtida a partir do calor proveniente do interior do nosso planeta Terra. A energia
geotérmica é considerada uma das energias mais limpas e fiáveis no leque de
energias renováveis utilizáveis.
O calor terrestre existe nas camadas inferiores do nosso planeta, mas em
algumas partes do globo está mais perto da superfície do que em outras, nesses
locais em que está mais perto da superfície torna mais fácil a sua utilização.
Devido a necessidade de adquirir energia elétrica de uma forma mais limpa e
em quantidades cada vez maiores, foram desenvolvidos modos de usufruir desse calor
para a geração de eletricidade. No entanto esta energia sob a forma de calor pode
também ser utilizada de forma direta.

Há portanto três formas de utilizar a energia geotérmica:


 Utilização direta: reservatórios geotérmicos de temperaturas baixas
moderadas (20ºC – 150ºC) podem ser aproveitados diretamente para fornecer
calor para a indústria, aquecimento ambiente, termas e outros aproveitamentos
comerciais

Figura 21| Fonte termal

 Centrais Geotérmicas: aproveitamento direto de fluidos geotérmicos em


centrais a altas temperaturas (> 150ºC), para movimentar uma turbina e
produzir energia elétrica.

A utilização da energia geotérmica é conseguida através da perfuração de


poços de modo a alcançar os reservatórios, trazendo para a superfície o vapor da
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24
água quente de alta pressão, dirigindo o vapor e água quente a unidades distintas
nas turbinas das centrais geotérmicas.

A energia térmica é, assim, convertida em energia elétrica. O fluido geotérmico


arrefecido é injetado de volta ao reservatório onde é reaquecido, preservando o
equilíbrio e a sustentabilidade do recurso.

Figura 22| Central geotérmica

 BIOMASSA - PROCEDENTE DE MATÉRIAS ORGÂNICAS;


Na definição de biomassa para a geração de energia excluem-se os
tradicionais combustíveis fósseis, embora estes também sejam derivados da vida
vegetal (carvão mineral) ou mineral (petróleo e gás natural), mas são resultado de
várias transformações que requerem milhões de anos para acontecerem. A biomassa
pode ser considerada um recurso natural renovável, enquanto que os combustíveis
fósseis não se renovam a curto prazo.

A biomassa é utilizada na produção de energia a partir de processos como a


combustão de material orgânico produzida e acumulada em um ecossistema, porém
nem toda a produção primária passa a incrementar a biomassa vegetal do
ecossistema. Parte dessa energia acumulada é empregada pelo ecossistema para sua
própria manutenção. Suas vantagens são o baixo custo, é renovável, permite o
reaproveitamento de resíduos e é menos poluente que outras formas de energias
como aquela obtida a partir de combustíveis fósseis.

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A queima de biomassa provoca a liberação de dióxido de carbono na
atmosfera, mas como este composto havia sido previamente absorvido pelas plantas
que deram origem ao combustível, o balanço de emissões de CO2 é nulo.

Figura 23| Biomassa

 MARES E OCEANOS - NATURAL DA FORÇA DAS ONDAS;


Os oceanos antes somente explorados pela vida marinha, também são
grandes potenciais para a geração de energia elétrica, a sua utilização já vem sendo
estudada desde de 1799, experimentos nesta época analisavam uma máquina sendo
movida pela força das ondas, e que então concentrava uma força mecânica, desde
então os estudos técnicos e tecnológicos estão sendo aprofundados.
Alguns países estão bastante empenhados no avanço da exploração das
ondas do mar para produzir eletricidade, tais como a Grã Bretanha, Portugal, Brasil e
Países Escandinavos, já obtiveram grandes descobertas em prol da geração de
energia de ondas e marés, claro que muito ainda deve ser feito para que este
processo alcance todos os países, mas tendo em mente que a possibilidade de usar
os oceanos em prol da sustentabilidade já é um grande feito.
Na Ilha do Pico, nos Açores, está em operação uma central com 400 kw, sendo
a primeira central no mundo a produzir eletricidade a partir da energia de ondas, de
uma forma regular.

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Atualmente os protótipos flutuantes ficam localizados longe da costa, desta
forma os sistemas de energia das ondas capturam mais força frequentemente,
determinamos esta plataforma como uma central onshore.
O futuro deste tipo de produção de eletricidade reside em centrais offshore em que se
prevê para Portugal um potencial elevado, a meta é que até 2025 cerca de 20% da
eletricidade consumida tenha origem pela energia de ondas e marés.

Figura 24| Energia das ondas e marés

Esta perspectiva pressupõe que o aperfeiçoamento das diferentes tecnologias,


que ainda estão a dar os primeiros passos, possam ser aprimoradas e obtendo mais
expansão em nosso país.

 HIDROGÉNIO - PROVÉM DA REAÇÃO ENTRE HIDROGÉNIO E OXIGÉNIO QUE


LIBERA ENERGIA.

A energia do hidrogénio é a energia que se obtém da combinação do


hidrogénio com o oxigénio produzindo vapor de água e libertando energia que é
convertida em eletricidade. Existem alguns veículos que são movidos a hidrogénio.
Embora não seja uma fonte primária de energia, o hidrogénio se constitui em uma
forma conveniente e flexível de transporte e uso final de energia, pois pode ser obtido
de diversas fontes energéticas (petróleo, gás natural, eletricidade, energia solar) e sua
combustão não é poluente (é produto da combustão da água), além de ser uma fonte
de energia barata.
O uso do
hidrogénio como

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combustível está avançando mais rapidamente, havendo vários protótipos de carros
nos países desenvolvidos que são movidos a hidrogénio, que gera eletricidade, e
descarregam como já dito, água em seus escapamentos. Calcula-se que já na próxima
década existirão modelos comerciais de automóveis elétricos cujo combustível será o
hidrogénio líquido. Porém devemos lembrar que o hidrogénio não é uma fonte de
energia, ele funciona como uma bateria que armazena a energia e libera quando
necessário na forma de calor.

Figura 25| Energia do Hidrogénio

Energias Não Renováveis

Energia não renovável ou fontes não renováveis são as fontes de energia que
dependem de processos em escala de tempo geológico ou de formação do sistema
solar para se tornarem disponíveis, por exemplo, o carvão mineral, o petróleo, o gás
natural e a energia nuclear. Geralmente esse tipo de energia primária precisa ser
transformada em energia secundária, como eletricidade ou gasolina para então ser
utilizada.

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Capítulo 5 – Relação entre a
sociedade de consumo e a sociedade
sustentável
O pensamento humano, a partir do domínio de várias áreas, tem-se sentido
muito auto-suficiente, buscando como satisfação, apenas o apego material e o
dinheiro, sendo o hiperconsumo o principal reflexo, desse processo de economia de
mercado onde a inversão de valores é uma realidade.
O modernismo acelera a vida, os anseios e juntos a eles aceleram-se também
as ações de degradação ambiental e social. Sabemos então, que a preocupação com
a qualidade de vida foi sendo deixada para trás em prol do consumo exacerbado, da
busca incessante de saciar os desejos. A sociedade de consumo tem como primeiro
plano a saciedade de desejos cada vez mais efémeros, são ilusões apontadas como
solução de uma vida cada vez mais egoísta e massificada nessa estrutura cheia de
sintomas.

SOCIEDADE DO CONSUMO E SUTENTABILIDADE

A preocupação com a qualidade de vida foi sendo deixada para trás em prol do
consumo exacerbado, da busca incessante de saciar os desejos pueris. Esse conflito

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é o reflexos do crescimento económico, imediatista voltado à banalização do que
realmente corresponde a qualidade de vida.
Essa economia de mercado tão difundida no século XIX fez crescer a
compulsão pelo consumo de mercadorias e também da criação constante de novas
necessidades a sociedade. Assim, a população está sempre a mercê de novos
produtos criados a todo tempo, a exemplo das novas tecnologias. O tempo e espaço
passam a ser refletido de outra forma, pois as distancias físicas foram reduzidas,
assim como o tempo de acesso até os lugares. A distribuição de produtos passa a ser
mais rápidas, para atender as demandas que vão aumentando junto aos novos
produtos criados pelo mercado.

As marcas de produtos de mercado carregam o poder de exclusão, pois cria a


ideia de elitização, impondo suas modas e atos culturais, através de grifes famosas. A
sociedade começa então, a apresentar-se cada vez mais egoísta, onde a
individualização aparece, como consequência da compulsão pelos desejos que são
bombardeados a todo tempo pelos veículos de comunicação. Portanto, a moda e suas
marcas passam a apresentar-se como um elemento de distinção de classe. Esses
novos valores, visam confundir a sofisticação com a futilidade, estimulando o
consumismo desenfreado cheio de egoísmo. O sentido da felicidade está ao redor do
“ter” para “ser”; nas decisões, discussões, não são mais consideradas as
individualidades, as verdadeiras necessidades. O que se sabe, é que nunca se viu
tanto no decorrer da história como nesse século, a ideia do homem deixar de se
apresentar como sujeito, e passar a estar à mercê das mercadorias. E são elas, com
todo o poder delegado pela sociedade, que passam a comandar seus desejos, suas
horas e seus desafios.
Nessa retórica, os produtos descartáveis são vistos como imediatistas, e
apresentando-se com moldes práticos e modernos. Eles são planejados a parar de
funcionar, ou caírem no mundo dos obsoletos, em um curto período de tempo. Eis ai
os pros e contras da modernidade, que ao evidenciar a importância da criação e
aquisição de novos produtos, sempre nos trouxe consigo um caráter consumista e
apático ao bem-estar social e ambiental, principalmente se levarmos em conta o
aumento de lixo industrial, e de produtos tecnológicos ociosos. É inegável a
necessidade cada vez maior, de que essas práticas devam ser combatidas.

Sabemos que as áreas verdes tem perdido seu espaço para asfaltos e prédios,
em outras áreas a terra é utilizada para pasto, ou outro tipo de cultura que devasta o
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solo. Essa pratica tem levado ao encarecimento dos alimentos, a diminuição de áreas
verdes e como consequência menor qualidade de vida a população. Os países devem
valorizar as áreas onde são produzidos alimentos, além de utilizar os recursos
renováveis de forma consciente, mantendo a sustentabilidade. Sendo assim, os
movimentos ambientalistas trouxeram grandes discussões a respeito dos graves
problemas relacionados ao meio ambiente, e a necessidade de se criar a visão de
sustentabilidade ambiental. As guerras por posse de territórios, pelo petróleo, e por
outros recursos naturais como a água se configuram como exemplos, das
consequências desse processo. A Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, conhecida também como Cúpula da Terra ou Rio 92,
veio esclarecer que, no final do século passado a questão ambiental já estava
ultrapassando os seus limites, e trazendo muitas consequências graves. Nessa
conferência, realizada no Rio de Janeiro, foram produzidos diversos documentos
internacionais: Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; Agenda
21; Princípios para a Administração Sustentável das Florestas; Convenção da
Biodiversidade; Convenção sobre a Mudança do Clima.
Ultimamente existe a necessidade de que a realização da sustentabilidade se
baseie numa mudança de modelo de economia. Mesmo que esse objetivo se alcance
em longo prazo, é necessário que, a nossa economia se torne mais consciente, mais
voltada à preservação, para que consigamos atingir esse objetivo. Para isso, a
economia verde deve ser inclusiva, é preciso considerar igualmente os setores
económico, social e ambiental deixando sempre a sempre os ideários da
sustentabilidade. O principal objetivo do consumo consciente é levar ao
desenvolvimento económico buscando também a igualdade social, procurando a
erradicação da pobreza e melhoria do bem-estar dos seres humanos, diminuindo os
impactos ambientais e a escassez ecológica. O ser humano está aqui para evoluir e
saber lidar com os possíveis problemas que assolam o meio ambiente, pois o
consumo, o comportamento de rebanho (eu posso tudo) a irresponsabilidade tem
trazido grandes transtornos para nossas vidas, nesse mundo de desenvolvimento
exclusivo e desumano.
Dessa forma, o correto posicionamento das empresas deve ser buscado, não
por causa da sociedade, mas também por meio do respeito ao meio ambiente, e da
qualidade e competitividade de seus produtos. De facto, a educação ambiental, se
mostra de extrema necessidade para que se evite esse desperdício exacerbado, onde
os indivíduos procuram a todo tempo o acumulo de objetos desnecessários, através

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de um consumo feito de forma irracional, e que estimula o aumento da utilização
predatório dos recursos naturais.

O desenvolvimento económico e tecnológico é de grande importância, no


entanto, não pode tornar-se o foco principal, norteando a sociedade e ignorando a
natureza e o senso de humanidade.
Com a ciência e tecnologia se tornando poluente da vida, e da consciência, cria
dramas existenciais nas sociedades, por não ser acompanhada pelos valores de
sustentabilidade. Devemos acreditar que, o ideal de autoconhecimento, e de
sustentabilidade é uma preciosa meta, estimulante para os seres humanos, cansados
de uma época esbanjadora e destrutiva.
Essas formas de se pensar levam a importância da sociedade, em se
esclarecer e buscar exercer a sua cidadania, engajada com a construção do modelo
de sociedade sustentável, adeptos do consumo consciente, onde haja uma atitude
social preocupada com o desenvolvimento e sobretudo no respeito ao meio ambiente.

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Capítulo 6 – Comportamentos
favoráveis à preservação do ambiente
O QUE SÃO RESÍDUOS?

O crescimento das populações, o desenvolvimento tecnológico e o aumento


descontrolado do consumo dos recursos naturais nos países desenvolvidos têm como
consequência a produção de uma enorme quantidade de resíduos – materiais que,
desde a produção ao consumo, se vão deitando fora por, aparentemente não terem
utilidade.

QUAIS OS TIPOS DE RESÍDUOS?

De acordo com a origem e o tipo de resíduo, estes podem ser classificados em


resíduos urbanos, industriais e hospitalares.
Os resíduos sólidos urbanos (RSU) são os resíduos domésticos e os
provenientes de restaurantes, cafés e outros estabelecimentos comerciais
semelhantes. OS RSU incluem as embalagens, papéis, vidros, pilhas, restos de
alimentos.
Os resíduos industriais são os resíduos gerados em atividades industriais.
Resultam das atividades de exploração, manufaturação e utilização de recursos
naturais. Incluem pneus, óleos usados, baterias, sucatas, resíduos de madeiras, entre
outros.
Os resíduos hospitalares são os resíduos produzidos em unidades de
prestação de cuidados de saúde em seres humanos ou animais. Também são
resíduos hospitalares os produzidos em laboratórios de análises e dos centros de
investigação cientifica que trabalham na área de saúde.
Os resíduos perigosos são os que contêm substâncias que poem em risco o
equilíbrio dos ecossistemas e a saúde das populações. Os resíduos urbanos
industriais e hospitalares contêm quantidades maiores ou menores de resíduos
perigosos. Por exemplo, nos RSU podem encontrar-se pilhas, óleos alimentares ou
eletrodomésticos com CFC.

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Figura 26| O tempo que a Natureza leva a processar os diferentes resíduos varia de acordo
com o meio onde são depositados e com a composição dos materiais. “Se todos temos direito
a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado, também temos o dever de
o defender” (Decreto-Lei n.º 239/97)

QUAL A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DOS RSU?

A proliferação de resíduos tem constituído um problema importante das


sociedades atuais. Para minimizar o impacto da acumulação de resíduos, é necessário
proceder à sua recolha e tratamento, de forma a garantir condições de segurança e
melhorar a qualidade de vida das populações.
A gestão dos RSU é o conjunto de operações de recolha, transporte,
armazenagem, tratamento, valorização e eliminação de resíduos incluindo a
monitorização dos locais de descarga.
Em Portugal, a gestão dos RSU até finais do século passado baseava-se na
simples recolha indiferenciada e sua deposição em lixeiras. Em 1997 foi definido o
Plano Estratégico para a Gestão dos Resíduos Sólidos Urbanos – PERSU: as lixeiras
foram encerradas ou convertidas em aterros e iniciou-se a recolha seletiva.

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A aprovação em 2005, do Plano de Intervenção de Resíduos sólidos
Urbanos e Equiparados implicou a necessidade de todos os resíduos serem sujeitos
a operações de valorização e tratamento antes da sua deposição. O Plano define que
os aterros se destinam, progressivamente, aos resíduos últimos – resíduos que já não
podem ser sujeitos a operações de tratamento.

COMO PREVENIR A PROODUÇÃO DE RSU?


A melhor forma de prevenir a produção de RSU é reduzir – comprar apenas
aquilo que é realmente necessário, evitando o desperdício. A outra forma é reutilizar –
utilizar um produto mais que uma vez ou para outros fins.
Após reduzir e reutilizar, cada cidadão deve fazer a separação seletiva dos
RSU que produz – separar o lixo comum que produz das embalagens usadas: papel,
plástico, vidro, pilhas e metal. Deve colocar estes materiais no ecoponto ou no
ecocentro. Os RSU separados nos ecocentros ou ecopontos serão recolhidos pelos
serviços municipais e enviados para as indústrias de reciclagem.

Figura 27| Colabora com os serviços municipalizados colocando os RSU no ecoponto.

O restante lixo comum segue para as unidades de triagem e valorização.

O QUE É A VALORIZAÇÃO E O TRATAMENTO DOS RSU?

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O processo de valorização e tratamento dos RSU obedece à seguinte
hierarquia: prevenção, reciclagem e valorização.
A prevenção diz respeito ao consumidor que pode reduzir, reutilizar, separar e
colocar os RSU nos respetivos ecopontos. A recolha seletiva tem por objetivo
maximizar as quantidades de materiais para reciclar.
Os RSU da recolha seletiva destinam-se à reciclagem – conjunto de processos
que permitem converter resíduos em materiais úteis. A reciclagem tem por objetivo
diminuir a necessidade de deposição em aterro.
A valorização consiste no reaproveitamento dos RSU e tem lugar em unidades
de tratamento e valorização de resíduos.

COMPORTAMENTOS INDIVIDUAIS FAVORÁVEIS À PRESERVAÇÃO DO


AMBIENTE

1. Preserve as árvores. Não realize podas ilegais e nunca desmate uma área. É
importante também não colocar fogo em propriedades, pois isso pode atingir matas
preservadas.
2. Cuide bem dos cursos de água. Nunca coloque lixo em rios, lagos e outros
ambientes aquáticos e, principalmente, preserve a mata em volta desses locais.
Essa mata protege contra erosão e assoreamento.
3. Não pesque em épocas de reprodução e obedeça às regras que indicam a
quantidade de pescado permitida. Também é importante não realizar a caça ilegal.
4. Nunca compre animais silvestres sem registro. Ao comprar animais ilegais, você
está construindo para o tráfico de animais, um problema mundial que afeta a
biodiversidade de uma região, podendo até mesmo levar espécies à extinção.
5. Cuide bem do seu lixo. Nunca jogue lixo no chão, importando-se sempre com o
destino adequado dele. Separar o lixo reciclável é importante para diminuir a
quantidade de lixo nas grandes cidades.
6. Reutilize, reaproveite e recicle tudo que for possível. Caixas e plásticos, por
exemplo, podem ser utilizados para acondicionar alguns objetos. Roupas que você
não utiliza mais podem ser doadas. Alguns produtos podem virar itens de decoração.
O importante é sempre ter em mente que quanto mais diminuímos a nossa produção
de lixo, mais preservamos o meio ambiente.
7. Reduza o consumo de água. Para isso, basta criar maneiras de aproveitar melhor
água, como reutilizar a água da máquina de lavar, armazenar a água da chuva, não
lavar calçadas com água e diminuir o tempo de banho.
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8. Reduza o consumo de energia elétrica. Evite o consumo exagerado, lembrando-se
sempre de deixar aparelhos desligados quando não estiverem sendo usados e
apagar as luzes que estão iluminando ambientes desnecessários.
9. Evite andar apenas de carro. Os carros poluem o meio ambiente, por isso, sempre
que possível, opte por deixar o carro em casa. Você sempre pode optar por utilizar o
transporte público de sua região, criar sistemas de caronas, andar de bicicleta ou
ainda ir a pé, dependendo da distância a ser percorrida.
10. Compre apenas o necessário. A dica aqui é sempre se perguntar antes de uma
compra: Eu realmente preciso? A produção exagerada de produtos ocasiona a
exploração de nossos recursos de maneira descontrolada. Assim sendo, só
consuma o necessário e só adquira produtos realmente importantes.

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Capítulo 7 – Protocolos e convenções
internacionais no domínio do
ambiente e do desenvolvimento
sustentável
CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO
Sob a organização da ONU no ano de 1972, na cidade sueca que deu nome ao
evento, um total de representantes de 113 países e 250 organizações ambientais
reuniu-se para debater as principais questões e temas polêmicos referentes ao meio
ambiente. A Conferência de Estocolmo – cujo nome oficial foi Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano – teve como principal resultado
uma declaração final oficial na qual designava a premissa de que as gerações futuras
e a população mundial teriam o direito incontornável de viverem em um ambiente com
saúde e sem degradações.

PROTOCOLO DE MONTREAL

Em 1987 as nações mundiais inauguraram o tratado de Montreal que passou a


regular a produção e o consumo de produtos destruidores da camada de ozono. A
principal meta foi acabar com o uso dos 15 tipos de CFC que eram as fontes de
destruição do O3.
Foi então comandado o estudo para achar uma nova forma de substituir o produto
destruidor por um que não tem malefícios. Neste tratado foi estipulado dez anos para
que os países se comprometessem a eliminar o uso desse produto clorado. Foi então
proposto o uso do que hoje se usa: butano e o propano, e apresentam uma boa
aceitação das indústrias.

ECO-92
Realizada no Rio de Janeiro em 1992 e, por isso, também chamada de Rio-92,
a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento, ou,
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ainda, Cúpula da Terra, foi considerada um dos principais marcos da questão
ambiental em termos de políticas internacionais ao longo da história. Com uma ampla
cobertura midiática e a presença de representantes de 172 países e centenas de
organizações ambientais, o encontro teve como resultado a assinatura de cinco
importantes acordos ambientais: a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento; a Agenda 21; os Princípios para a Administração Sustentável
das Florestas; a Convenção da Biodiversidade; e a Convenção do Clima.
Também ficou definido que, em um período de dez anos, uma nova
conferência seria realizada para ampliar as discussões realizadas e avaliar os
resultados e o cumprimento dos acordos aprovados. Nesse meio-tempo, várias outras
conferências ambientais foram realizadas, como a COP-1 (Conferência das Partes)
em Berlim, em 1995; a COP-2 em Genebra, no ano seguinte; a COP-3 em Kyoto, no
ano de 1997; entre outras.

PROTOCOLO DE QUIOTO

O Protocolo de Quioto constitui um tratado complementar à Convenção-Quadro


das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, definindo metas de redução de
emissões para os países desenvolvidos e os que, à época, apresentavam economia
em transição para o capitalismo, considerados os responsáveis históricos pela
mudança atual do clima.
Criado em 1997, o Protocolo entrou em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005,
logo após o atendimento às condições que exigiam a ratificação por, no mínimo, 55%
do total de países-membros da Convenção e que fossem responsáveis por, pelo
menos, 55% do total das emissões de 1990.
Durante o primeiro período de compromisso, entre 2008-2012, 37 países
industrializados e a Comunidade Europeia comprometeram-se a reduzir as emissões
de gases de efeito estufa (GEE) para uma média de 5% em relação aos níveis de
1990. No segundo período de compromisso, as Partes se comprometeram a reduzir as
emissões de GEE em pelo menos 18% abaixo dos níveis de 1990 no período de oito
anos, entre 2013-2020. Cada país negociou a sua própria meta de redução de
emissões em função da sua visão sobre a capacidade de atingi-la no período
considerado.

RIO + 10

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A Rio+10 – cujo nome oficial foi Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento
Sustentável– ocorreu na cidade de Johanesburgo, na África do Sul, em 2002, e
contou com a presença de representantes de 189 países. Os principais pontos dessa
cúpula foram a afirmação da questão do desenvolvimento sustentável com base no
uso e conservação dos recursos naturais renováveis e a reafirmação dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM), proclamados dois anos antes pela ONU.
Foi nessa conferência, contudo, que se avolumaram as críticas sobre a falta de
resultados concretos em prol da preservação ambiental e a posição de muitos países
no sentido de não abandonarem suas ambições políticas em benefício da conservação
dos recursos. Nesse sentido, a maior parte das acusações por parte de ONGs e
ativistas ambientais direcionou-se aos países desenvolvidos sobre a falta de
perspectivas no combate às desigualdades sociais.

RIO + 20
Novamente com realização na cidade do Rio de Janeiro, dessa vez no ano de
2012, a Rio+20 – ou Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável –
reuniu um total de 193 representantes de países e uma das maiores coberturas
jornalísticas mundiais de toda a história, sendo acompanhada dia a dia em todo o
planeta. O resultado foi a avaliação das políticas ambientais então adotadas e a
produção de um documento final intitulado O futuro que queremos, onde foi reafirmada
uma série de compromissos.
No entanto, novamente as críticas apareceram, sendo essas principalmente
direcionadas à falta de clareza, objetividade e ao não estabelecimento de metas
concretas para que os países reduzam a emissão de poluentes e preservem ou
reconstituam suas áreas naturais.

Convenção de Minamata (2013)

A Convenção de Minamata, adotada em Kumamoto, Japão, em 2013, é um


tratado global para proteger a saúde humana e o ambiente dos efeitos adversos do
mercúrio. Os principais destaques da Convenção de Minamata incluem a proibição de
novas minas de mercúrio, a eliminação progressiva das já existentes, as medidas de
controle sobre as emissões atmosféricas, e da regulamentação internacional do setor
informal para mineração artesanal e de ouro em pequena escala.
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O tratado, que possui atualmente assinatura de 128 países, chama a atenção para um
metal mundial e onipresente que, ao mesmo tempo em que ocorre naturalmente, tem
amplos usos em objetos do cotidiano e é liberado para a atmosfera, solo e água a
partir de uma variedade de fontes.

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Bibliografia

http://bloggerambiental.blogspot.com/2007/02/aquecimento-global-grficos.html

http://www.azores.gov.pt/Gra/srrn-
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+Esta%C3%A7%C3%A3o+de+Monitoriza%C3%A7%C3%A3o+da+Qualidade+do+Ar+
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https://www.infoescola.com/quimica/chuva-acida/

http://meioambiente.culturamix.com/projetos/diminuicao-da-camada-de-ozonio

https://sites.google.com/site/zmccallum4th2014/home/part-4-ecological-relationships-
among-organisms/16biomagnificationbioaccummulation

https://pt.wikipedia.org/wiki/Desertifica%C3%A7%C3%A3o

https://varziagro.com/produto/semeadores-de-sementeira-directa/

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