Ambiente
UFCD 6665
[Abril de 2018]
Índice
Condições de utilização do manual ............................................................................................... 1
Objetivos ....................................................................................................................................... 2
Capítulo 1 – Principais problemas ambientais relacionados com o ar, a água, os resíduos e o
ruído. ............................................................................................................................................. 3
Capítulo 2 – A poluição e a saúde pública................................................................................... 15
Capítulo 3 - As tecnologias verdes: custos e benefícios .............................................................. 19
Capítulo 4 –Novas fontes de energia e sua utilização................................................................. 21
Capítulo 5 –Relação entre a sociedade de consumo e a sociedade sustentável ........................ 31
Capítulo 6 –Comportamentos favoráveis à preservação do ambiente ...................................... 35
Capítulo 7 –Protocolos e convenções internacionais no domínio do ambiente e do
desenvolvimento sustentável ..................................................................................................... 40
Bibliografia .................................................................................................................................. 44
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Objetivos
1. Caracterizar os principais problemas ambientais.
2. Compreender o impacte da atividade humana no ambiente.
3. Identificar os efeitos da poluição na saúde pública.
4. Reconhecer a importância da alteração de atitudes e comportamentos na
preservação do ambiente.
5. Compreender que nos processos de tomada de decisão sobre problemáticas
ambientais concorrem diversas perspetivas refletindo interesses e valores
diferentes.
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Capítulo 1 – Principais problemas
ambientais relacionados com o ar, a
água, os resíduos e o ruído
Nas sociedades primitivas, o ser humano caçador recolector retirava da
Natureza apenas o que era necessário à sua sobrevivência e não causava garves
perturbações nos ecossistemas.
Á medida que a população foi aumentando, algumas sociedades humanas
evoluíram tecnologicamente causando impacte ambiental – modificação mos
ecossistemas provocada pelo ser humano.
Certas intervenções do ser humano nos ecossistemas causam catástrofes
tecnológicas – acontecimentos provocados pelo ser humano com consequências
drásticas para os ecossistemas e populações humanas.
São catástrofes tecnológicas as explosões, a poluição do ar, da água e dos
solos, a introdução de espécies invasoras, a desflorestação e o ruído.
Estas perturbações dos ecossistemas provocadas pelo ser humano têm como
consequência a destruição de habitats, a extinção de espécies e graves prejuízos para
a Humanidade.
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Figura 1| A qualidade do ar nas grandes cidades é monitorizada por uma rede de estações de
controle. São medidas as concentrações de diversos poluentes, entre os quais o ozono
troposférico. Este gás forma-se ao nível do solo e é prejudicial à saúde.
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As populações devem contribuir para a diminuição da poluição, reduzindo ao
mínimo as deslocações em transporte privativo motorizado, andando a pé ou de
bicicleta e dando preferência aos transportes públicos
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alternativas e reduzir a queima de combustíveis fósseis contribui para a melhoria da
qualidade ambiental.
Figura 3| Os poluentes emitidos para a atmosfera pela atividade humana combinam-se com a
água e formam ácidos que atingem a superfície terrestre, perturbando o equilíbrio dos
ecossistemas.
Figura 4| Os efeitos da chuva ácida são visíveis na morte das árvores em florestas muito longe
das zonas onde são emitidos os poluentes atmosféricos.
QUAL A IMPORTÂNCIA DA CAMADA DE OZONO?
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A utilização de CFC foi proibida e cientistas desenvolveram substitutos menos
perigosos.
A redução da espessura permite uma maior passagem da radiação UV, com
consequências graves para os ecossistemas e para o ser humano. Um excesso de
radiação UV afeta o desenvolvimento das plantas e do fitoplâncton, que são a base
das cadeias alimentares. Nos ser humano, a radiação UV está diretamente
relacionada com certos tipos de cegueira e de cancro da pele.
SMOG
Smog é o termo usado para definir o acúmulo da poluição do ar nas
cidades que forma uma grande neblina de fumaça no ambiente atmosférico próximo à
superfície. A palavra smog, aliás, é justamente a junção das palavras: smoke (fumo)
e fog (neblina). Esse fenómeno prejudica a qualidade do ar e também diminui a
visibilidade nos ambientes urbanos.
Um dos elementos responsáveis pela formação e acumulação do smog no
espaço das cidades é a inversão térmica, um fenómeno atmosférico que é natural,
mas que pode gerar problemas ao não permitir que os poluentes lançados no ar pelas
atividades humanas dispersem-se mais facilmente. Esse problema costuma ocorrer
em épocas mais frias, quando a radiação solar não é suficiente para aquecer o solo
em níveis necessários, por isso, o ar frio da superfície (mais pesado) fica parado e
dificulta a movimentação do ar.
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QUAIS AS CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DA POLUIÇÃO AQUÁTICA?
Figura 6| O uso de DDT para combater mosquitos nos pântanos de Long Island teve
consequências graves para o ecossistema. Este pesticida passou para os seres vivos através
da cadeia alimentar, concentrando-se nos animais em doses cada vez maiores (os valores
correspondem a partes por milhão).
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intestinais, afetam pessoas que frequentam praias com água poluída. Nos países
menos desenvolvidos, a febre tifoide e a cólera transmitidas pela água causam grande
mortalidade.
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Figura 7| A desertificação afeta atualmente em todo o mundo cerca de 3,6 milhões de
hectares, atinge 1/6 da população e conduziu à degradação de cerca de 75% da área de
pastagens naturais nas terras secas e a milhares de refugiados.
Figura 8| Sementeira direta. A agricultura sem mobilização do solo consiste semear através de
uma cobertura vegetal. Os resíduos das culturas anteriores ficam à superfície e enriquecem o
solo em nutrientes.
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fertilizantes orgânicos ou semeando leguminosas. As pragas são combatidas pela
utilização de métodos naturais como a luta biológica.
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As árvores e arbustos das florestas são também o suporte da biodiversidade.
Numerosos seres vivos têm o seu habitat e abrigo na floresta.
Para a preservação da floresta é fundamental que cada cidadão cuide e vigie
o coberto vegetal do local onde vive, colaborando na sua limpeza, não fazendo
fogueiras ou queimadas e impedindo o lançamento de fogo-de-artifício.
Figura 9| A floresta autóctone em Portugal continental terá sido o carvalhal, com árvores do
género Quercus.
Uma espécie introduzida pelo ser humano num habitat onde não existia
anteriormente é uma espécie exótica.
A maioria das espécies exóticas não consegue sobreviver nos locais onde
foram introduzidas, principalmente pelo facto de os fatores abióticos do meio não
serem os mais apropriados para a sua sobrevivência.
Algumas espécies exóticas instalam-se no seu novo habitat, reproduzem-se e
aumentam os efetivos populacionais. Tornam-se espécies invasoras – espécies de
crescimento populacional exponencial, principalmente devido à ausência dos seus
predadores naturais no novo habitat.
O crescimento da população sem controlo tem como consequência a ocupação
do habitat e possível extinção das espécies autóctones – espécies que são naturais do
habitat onde vivem. A substituição das espécies autóctones pelas invasoras perturba o
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equilíbrio dos ecossistemas. Esta ameaça levou diversos países a assinarem a
Convenção da Diversidade Biológica, que compromete os países signatários a
controlarem ou erradicarem as espécies exóticas invasoras que ameaçam os
ecossistemas e a sobrevivência das espécies autóctones.
Para a preservação da biodiversidade, é fundamental que cada indivíduo seja
um consumidor responsável, evitando a aquisição de animais ou plantas que possam
constituir um perigo para as espécies autóctones.
RUÍDO
Conjunto de sons suscetíveis de adquirir para o Homem um carácter afetivo
desagradável e/ou intolerável, devido sobretudo aos incómodos, à fadiga, à
perturbação e não à dor que pode produzir.
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Capítulo 2 – A poluição e a saúde
pública
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Figura 13| Rinite
A água é essencial para a nossa vida. Ela representa cerca de 70% da massa
do corpo humano e seu consumo é fundamental para a sobrevivência humana.
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água ou serem introduzidas com os tipos de poluição citados, podem causar sérias
doenças aos seres humanos.
Consequências do ruído:
- Surdez profissional (PAIR)
- Fadiga nervosa, depressão
- Irritabilidade
- Hipertensão
- Alterações do ritmo cardíaco e da respiração
Manual, Textos e Documentação de apoio
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- Perturbações gastrointestinais
- Alteração da visão noturna
- Dificuldades na perceção das cores
O carro
elétrico
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Figura 16| Carro elétrico
Painéis Solares
Moinhos eólicos
Lâmpadas economizadoras
Custos e benefícios:
Os benefícios que essas tecnologias podem trazer ao planeta são vários, tais
como a redução da poluição e com isto a redução de doenças e a diminuição da
destruição da camada de ozono, a poupança de energia com as lâmpadas
economizadoras, diminui também o impacto no ambiente e nos seres vivos.
A viabilidade económica tem cada vez mais impacto no nosso dia-a-dia, cada
dia que passa mais pessoas adotam por tecnologias verdes, como por exemplo as
lâmpadas economizadoras que ajudam a diminuir os custos que as pessoas pagam no
final do mês.
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Hoje em dia essas pessoas optam por adquirir essas inovações porque querem
contribuir para um planeta melhor e por isso essas tecnologias estão cada vez mais
presentes na nossa vida porque melhoram o sitio que nos vivemos que é a nossa casa
ou seja também melhora o mundo e o ambiente que nos rodeia.
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Capítulo 4 – Novas fontes de energia
e sua utilização
Fontes de energia são matérias-primas que direta ou indiretamente produzem
energia para movimentar as máquinas, os transportes, a indústria, o comércio, a
agricultura, as casas, etc. O carvão, o petróleo, as águas dos rios e dos oceanos, o
vento e certos alimentos são alguns exemplos de fontes energéticas.
Figura 17| Diferentes fontes de energia: hidrelétrica, eólica, térmica, solar, nuclear
Energias Renováveis
Energias renováveis são aquelas que regeneram-se espontaneamente ou
através da intervenção humana. São consideradas energias limpas, pois os resíduos
deixados na natureza são nulos.
Alguns exemplos de energias renováveis são:
HIDROELÉTRICA - ORIUNDA PELA FORÇA DA ÁGUA DOS RIOS;
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A construção de aproveitamentos hidroelétricos com dimensão, começou em
Portugal na década de 1940, com a definição de uma Rede Elétrica Nacional, que
unificou várias áreas de distribuição anteriormente não conectadas entre si, tendo
normalmente a termoelétrica como fonte geradora.
O facto de as barragens ficarem longe das maiores áreas de consumo levou à
implementação de uma rede de transmissão de energia elétrica de muito alta tensão
que acabou por ligar a totalidade do país.
Na atualidade existe uma revitalização da produção de eletricidade a partir da
energia hidráulica, porque é uma energia renovável e uma das formas da humanidade
reduzir o recurso a hidrocarbonetos, principal responsável pela emissão de CO2 e
consequente aumento do efeito de estufa.
O estado português dispõe do Plano Nacional de Barragens de Elevado
Potencial Hidroelétrico, destinado a construir dez novos aproveitamentos hidroelétricos
que colocarão na rede mais de 1.000 MW de capacidade instalada nos próximos anos.
Paralelamente está em curso um reforço de capacidade instalada em alguns
aproveitamentos existentes, caso da Barragem do Alqueva.
A construção de uma barragem também tem algum impacto ecológico,
sobretudo ao nível da destruição de habitat local, mas é um custo ambiental
incomparavelmente menor que o provocado pela utilização massiva do petróleo,
carvão ou gás.
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como ativas ou passivas, dependendo da forma como capturam, convertem e
distribuem a energia solar. Entre as técnicas solares ativas estão o uso de painéis
fotovoltaicos, concentradores solares térmicos das barragens heliotérmicas e os
aquecedores solares. Entre as técnicas solares passivas estão a orientação de um
edifício para o Sol, a seleção de materiais com massa térmica favorável ou
propriedades translúcidas e projetar espaços que façam o ar circular naturalmente.
Na geração fotovoltaica, a energia luminosa é convertida diretamente em
energia elétrica. Nas barragens heliotérmicas, a produção de eletricidade acontece em
dois passos: primeiro, os raios solares concentrados aquecem um recetor e, depois,
este calor (350 °C - 1000 °C) é usado para iniciar o processo convencional da geração
de energia elétrica por meio da movimentação de uma turbina. No aquecimento solar,
a luz do Sol é utilizada para aquecer a água de casas e prédios (≈80 °C), o objetivo
aqui não sendo a geração de energia elétrica.
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efeito de estufa durante a produção e requer menos terreno. O impacto ambiental é
geralmente menos problemático do que o de outras fontes de energia.
Os parques eólicos são conjuntos de centenas de aerogeradores individuais
ligados a uma rede de transmissão de energia elétrica. Os parques eólicos de
pequena dimensão são usados na produção de energia em áreas isoladas. As
companhias de produção elétrica cada vez mais compram o excedente elétrico
produzido por aerogeradores domésticos. Existem também parques eólicos ao largo
da costa, uma vez que a força do vento é superior e mais estável que em terra e o
conjunto tem menor impacto visual, embora o custo de manutenção seja bastante
superior. Em 2010, a produção de energia eólica era responsável por mais de 2,5% da
eletricidade consumida à escala global, apresentando taxas de crescimento na ordem
dos 25% por ano. A energia eólica faz parte da infraestrutura elétrica em mais de
oitenta países. Em alguns países, como a Dinamarca, representa mais de um quarto
da produção de energia.
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Energia geotérmica, ou também chamada de energia geotermal como o próprio
nome indica: prefixo ‘geo’ que significa terra e sufixo térmica’ – calor, é a energia
obtida a partir do calor proveniente do interior do nosso planeta Terra. A energia
geotérmica é considerada uma das energias mais limpas e fiáveis no leque de
energias renováveis utilizáveis.
O calor terrestre existe nas camadas inferiores do nosso planeta, mas em
algumas partes do globo está mais perto da superfície do que em outras, nesses
locais em que está mais perto da superfície torna mais fácil a sua utilização.
Devido a necessidade de adquirir energia elétrica de uma forma mais limpa e
em quantidades cada vez maiores, foram desenvolvidos modos de usufruir desse calor
para a geração de eletricidade. No entanto esta energia sob a forma de calor pode
também ser utilizada de forma direta.
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água quente de alta pressão, dirigindo o vapor e água quente a unidades distintas
nas turbinas das centrais geotérmicas.
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A queima de biomassa provoca a liberação de dióxido de carbono na
atmosfera, mas como este composto havia sido previamente absorvido pelas plantas
que deram origem ao combustível, o balanço de emissões de CO2 é nulo.
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Atualmente os protótipos flutuantes ficam localizados longe da costa, desta
forma os sistemas de energia das ondas capturam mais força frequentemente,
determinamos esta plataforma como uma central onshore.
O futuro deste tipo de produção de eletricidade reside em centrais offshore em que se
prevê para Portugal um potencial elevado, a meta é que até 2025 cerca de 20% da
eletricidade consumida tenha origem pela energia de ondas e marés.
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combustível está avançando mais rapidamente, havendo vários protótipos de carros
nos países desenvolvidos que são movidos a hidrogénio, que gera eletricidade, e
descarregam como já dito, água em seus escapamentos. Calcula-se que já na próxima
década existirão modelos comerciais de automóveis elétricos cujo combustível será o
hidrogénio líquido. Porém devemos lembrar que o hidrogénio não é uma fonte de
energia, ele funciona como uma bateria que armazena a energia e libera quando
necessário na forma de calor.
Energia não renovável ou fontes não renováveis são as fontes de energia que
dependem de processos em escala de tempo geológico ou de formação do sistema
solar para se tornarem disponíveis, por exemplo, o carvão mineral, o petróleo, o gás
natural e a energia nuclear. Geralmente esse tipo de energia primária precisa ser
transformada em energia secundária, como eletricidade ou gasolina para então ser
utilizada.
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Capítulo 5 – Relação entre a
sociedade de consumo e a sociedade
sustentável
O pensamento humano, a partir do domínio de várias áreas, tem-se sentido
muito auto-suficiente, buscando como satisfação, apenas o apego material e o
dinheiro, sendo o hiperconsumo o principal reflexo, desse processo de economia de
mercado onde a inversão de valores é uma realidade.
O modernismo acelera a vida, os anseios e juntos a eles aceleram-se também
as ações de degradação ambiental e social. Sabemos então, que a preocupação com
a qualidade de vida foi sendo deixada para trás em prol do consumo exacerbado, da
busca incessante de saciar os desejos. A sociedade de consumo tem como primeiro
plano a saciedade de desejos cada vez mais efémeros, são ilusões apontadas como
solução de uma vida cada vez mais egoísta e massificada nessa estrutura cheia de
sintomas.
A preocupação com a qualidade de vida foi sendo deixada para trás em prol do
consumo exacerbado, da busca incessante de saciar os desejos pueris. Esse conflito
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é o reflexos do crescimento económico, imediatista voltado à banalização do que
realmente corresponde a qualidade de vida.
Essa economia de mercado tão difundida no século XIX fez crescer a
compulsão pelo consumo de mercadorias e também da criação constante de novas
necessidades a sociedade. Assim, a população está sempre a mercê de novos
produtos criados a todo tempo, a exemplo das novas tecnologias. O tempo e espaço
passam a ser refletido de outra forma, pois as distancias físicas foram reduzidas,
assim como o tempo de acesso até os lugares. A distribuição de produtos passa a ser
mais rápidas, para atender as demandas que vão aumentando junto aos novos
produtos criados pelo mercado.
Sabemos que as áreas verdes tem perdido seu espaço para asfaltos e prédios,
em outras áreas a terra é utilizada para pasto, ou outro tipo de cultura que devasta o
Manual, Textos e Documentação de apoio
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solo. Essa pratica tem levado ao encarecimento dos alimentos, a diminuição de áreas
verdes e como consequência menor qualidade de vida a população. Os países devem
valorizar as áreas onde são produzidos alimentos, além de utilizar os recursos
renováveis de forma consciente, mantendo a sustentabilidade. Sendo assim, os
movimentos ambientalistas trouxeram grandes discussões a respeito dos graves
problemas relacionados ao meio ambiente, e a necessidade de se criar a visão de
sustentabilidade ambiental. As guerras por posse de territórios, pelo petróleo, e por
outros recursos naturais como a água se configuram como exemplos, das
consequências desse processo. A Conferência das Nações Unidas sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento, conhecida também como Cúpula da Terra ou Rio 92,
veio esclarecer que, no final do século passado a questão ambiental já estava
ultrapassando os seus limites, e trazendo muitas consequências graves. Nessa
conferência, realizada no Rio de Janeiro, foram produzidos diversos documentos
internacionais: Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; Agenda
21; Princípios para a Administração Sustentável das Florestas; Convenção da
Biodiversidade; Convenção sobre a Mudança do Clima.
Ultimamente existe a necessidade de que a realização da sustentabilidade se
baseie numa mudança de modelo de economia. Mesmo que esse objetivo se alcance
em longo prazo, é necessário que, a nossa economia se torne mais consciente, mais
voltada à preservação, para que consigamos atingir esse objetivo. Para isso, a
economia verde deve ser inclusiva, é preciso considerar igualmente os setores
económico, social e ambiental deixando sempre a sempre os ideários da
sustentabilidade. O principal objetivo do consumo consciente é levar ao
desenvolvimento económico buscando também a igualdade social, procurando a
erradicação da pobreza e melhoria do bem-estar dos seres humanos, diminuindo os
impactos ambientais e a escassez ecológica. O ser humano está aqui para evoluir e
saber lidar com os possíveis problemas que assolam o meio ambiente, pois o
consumo, o comportamento de rebanho (eu posso tudo) a irresponsabilidade tem
trazido grandes transtornos para nossas vidas, nesse mundo de desenvolvimento
exclusivo e desumano.
Dessa forma, o correto posicionamento das empresas deve ser buscado, não
por causa da sociedade, mas também por meio do respeito ao meio ambiente, e da
qualidade e competitividade de seus produtos. De facto, a educação ambiental, se
mostra de extrema necessidade para que se evite esse desperdício exacerbado, onde
os indivíduos procuram a todo tempo o acumulo de objetos desnecessários, através
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de um consumo feito de forma irracional, e que estimula o aumento da utilização
predatório dos recursos naturais.
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Capítulo 6 – Comportamentos
favoráveis à preservação do ambiente
O QUE SÃO RESÍDUOS?
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Figura 26| O tempo que a Natureza leva a processar os diferentes resíduos varia de acordo
com o meio onde são depositados e com a composição dos materiais. “Se todos temos direito
a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado, também temos o dever de
o defender” (Decreto-Lei n.º 239/97)
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A aprovação em 2005, do Plano de Intervenção de Resíduos sólidos
Urbanos e Equiparados implicou a necessidade de todos os resíduos serem sujeitos
a operações de valorização e tratamento antes da sua deposição. O Plano define que
os aterros se destinam, progressivamente, aos resíduos últimos – resíduos que já não
podem ser sujeitos a operações de tratamento.
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O processo de valorização e tratamento dos RSU obedece à seguinte
hierarquia: prevenção, reciclagem e valorização.
A prevenção diz respeito ao consumidor que pode reduzir, reutilizar, separar e
colocar os RSU nos respetivos ecopontos. A recolha seletiva tem por objetivo
maximizar as quantidades de materiais para reciclar.
Os RSU da recolha seletiva destinam-se à reciclagem – conjunto de processos
que permitem converter resíduos em materiais úteis. A reciclagem tem por objetivo
diminuir a necessidade de deposição em aterro.
A valorização consiste no reaproveitamento dos RSU e tem lugar em unidades
de tratamento e valorização de resíduos.
1. Preserve as árvores. Não realize podas ilegais e nunca desmate uma área. É
importante também não colocar fogo em propriedades, pois isso pode atingir matas
preservadas.
2. Cuide bem dos cursos de água. Nunca coloque lixo em rios, lagos e outros
ambientes aquáticos e, principalmente, preserve a mata em volta desses locais.
Essa mata protege contra erosão e assoreamento.
3. Não pesque em épocas de reprodução e obedeça às regras que indicam a
quantidade de pescado permitida. Também é importante não realizar a caça ilegal.
4. Nunca compre animais silvestres sem registro. Ao comprar animais ilegais, você
está construindo para o tráfico de animais, um problema mundial que afeta a
biodiversidade de uma região, podendo até mesmo levar espécies à extinção.
5. Cuide bem do seu lixo. Nunca jogue lixo no chão, importando-se sempre com o
destino adequado dele. Separar o lixo reciclável é importante para diminuir a
quantidade de lixo nas grandes cidades.
6. Reutilize, reaproveite e recicle tudo que for possível. Caixas e plásticos, por
exemplo, podem ser utilizados para acondicionar alguns objetos. Roupas que você
não utiliza mais podem ser doadas. Alguns produtos podem virar itens de decoração.
O importante é sempre ter em mente que quanto mais diminuímos a nossa produção
de lixo, mais preservamos o meio ambiente.
7. Reduza o consumo de água. Para isso, basta criar maneiras de aproveitar melhor
água, como reutilizar a água da máquina de lavar, armazenar a água da chuva, não
lavar calçadas com água e diminuir o tempo de banho.
Manual, Textos e Documentação de apoio
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8. Reduza o consumo de energia elétrica. Evite o consumo exagerado, lembrando-se
sempre de deixar aparelhos desligados quando não estiverem sendo usados e
apagar as luzes que estão iluminando ambientes desnecessários.
9. Evite andar apenas de carro. Os carros poluem o meio ambiente, por isso, sempre
que possível, opte por deixar o carro em casa. Você sempre pode optar por utilizar o
transporte público de sua região, criar sistemas de caronas, andar de bicicleta ou
ainda ir a pé, dependendo da distância a ser percorrida.
10. Compre apenas o necessário. A dica aqui é sempre se perguntar antes de uma
compra: Eu realmente preciso? A produção exagerada de produtos ocasiona a
exploração de nossos recursos de maneira descontrolada. Assim sendo, só
consuma o necessário e só adquira produtos realmente importantes.
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Capítulo 7 – Protocolos e convenções
internacionais no domínio do
ambiente e do desenvolvimento
sustentável
CONFERÊNCIA DE ESTOCOLMO
Sob a organização da ONU no ano de 1972, na cidade sueca que deu nome ao
evento, um total de representantes de 113 países e 250 organizações ambientais
reuniu-se para debater as principais questões e temas polêmicos referentes ao meio
ambiente. A Conferência de Estocolmo – cujo nome oficial foi Conferência das
Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano – teve como principal resultado
uma declaração final oficial na qual designava a premissa de que as gerações futuras
e a população mundial teriam o direito incontornável de viverem em um ambiente com
saúde e sem degradações.
PROTOCOLO DE MONTREAL
ECO-92
Realizada no Rio de Janeiro em 1992 e, por isso, também chamada de Rio-92,
a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento, ou,
Manual, Textos e Documentação de apoio
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ainda, Cúpula da Terra, foi considerada um dos principais marcos da questão
ambiental em termos de políticas internacionais ao longo da história. Com uma ampla
cobertura midiática e a presença de representantes de 172 países e centenas de
organizações ambientais, o encontro teve como resultado a assinatura de cinco
importantes acordos ambientais: a Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento; a Agenda 21; os Princípios para a Administração Sustentável
das Florestas; a Convenção da Biodiversidade; e a Convenção do Clima.
Também ficou definido que, em um período de dez anos, uma nova
conferência seria realizada para ampliar as discussões realizadas e avaliar os
resultados e o cumprimento dos acordos aprovados. Nesse meio-tempo, várias outras
conferências ambientais foram realizadas, como a COP-1 (Conferência das Partes)
em Berlim, em 1995; a COP-2 em Genebra, no ano seguinte; a COP-3 em Kyoto, no
ano de 1997; entre outras.
PROTOCOLO DE QUIOTO
RIO + 10
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A Rio+10 – cujo nome oficial foi Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento
Sustentável– ocorreu na cidade de Johanesburgo, na África do Sul, em 2002, e
contou com a presença de representantes de 189 países. Os principais pontos dessa
cúpula foram a afirmação da questão do desenvolvimento sustentável com base no
uso e conservação dos recursos naturais renováveis e a reafirmação dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio (ODM), proclamados dois anos antes pela ONU.
Foi nessa conferência, contudo, que se avolumaram as críticas sobre a falta de
resultados concretos em prol da preservação ambiental e a posição de muitos países
no sentido de não abandonarem suas ambições políticas em benefício da conservação
dos recursos. Nesse sentido, a maior parte das acusações por parte de ONGs e
ativistas ambientais direcionou-se aos países desenvolvidos sobre a falta de
perspectivas no combate às desigualdades sociais.
RIO + 20
Novamente com realização na cidade do Rio de Janeiro, dessa vez no ano de
2012, a Rio+20 – ou Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável –
reuniu um total de 193 representantes de países e uma das maiores coberturas
jornalísticas mundiais de toda a história, sendo acompanhada dia a dia em todo o
planeta. O resultado foi a avaliação das políticas ambientais então adotadas e a
produção de um documento final intitulado O futuro que queremos, onde foi reafirmada
uma série de compromissos.
No entanto, novamente as críticas apareceram, sendo essas principalmente
direcionadas à falta de clareza, objetividade e ao não estabelecimento de metas
concretas para que os países reduzam a emissão de poluentes e preservem ou
reconstituam suas áreas naturais.
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O tratado, que possui atualmente assinatura de 128 países, chama a atenção para um
metal mundial e onipresente que, ao mesmo tempo em que ocorre naturalmente, tem
amplos usos em objetos do cotidiano e é liberado para a atmosfera, solo e água a
partir de uma variedade de fontes.
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Bibliografia
http://bloggerambiental.blogspot.com/2007/02/aquecimento-global-grficos.html
http://www.azores.gov.pt/Gra/srrn-
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+Esta%C3%A7%C3%A3o+de+Monitoriza%C3%A7%C3%A3o+da+Qualidade+do+Ar+
dos+Espalhafatos.htm
https://www.infoescola.com/quimica/chuva-acida/
http://meioambiente.culturamix.com/projetos/diminuicao-da-camada-de-ozonio
https://sites.google.com/site/zmccallum4th2014/home/part-4-ecological-relationships-
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https://pt.wikipedia.org/wiki/Desertifica%C3%A7%C3%A3o
https://varziagro.com/produto/semeadores-de-sementeira-directa/
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