YW vernane COPIA
ILMO. SR, CONSELHEIRO PRESIDENTE DO CONSELHO PLENO DE CONTRIBUINTES DO
ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Ref.: Recurso Voluntario n° 68.265
Processo Administrativo n° £04/038/48/2016
Auto de Infragao n° 03.467355-8
SUBSEA7 DO BRASIL SERVICOS LTDA. (“‘Recorrente”), vem, respeitosamente,
or seus procuradores in fine assinados e jé regularmente constituidos nos autos do
presente feito, com base no artigo 266, inciso 1, do Decreto n° 05/75 (“Cédigo
Tributario Estadual” ou “CTE”), interpor o presente
RECURSO AO CONSELHO PLENO
‘em face do acérdao n° 17.640 proferido pela 3° Camara do Conselho de Contribuintes
do Estado do Rio de Janeiro (“v. acérdao recorrido”) que, por unanimidade, negou
provimento ao Recurso Voluntario interposto pela Recorrente, consoante as razdes de
fato e direito a seguir aduzidas.
‘, PRESDONTE WILSON, 231 -21°ANOAR 2002-021 RHODE ANEIRO - RI
ER (21) 38244747 11 AX: (21) 2262-4247
‘wa eirane.com.bratendimentoaveirano.com.br
SHO PAULO PORTO ALEGRE ORASIIAars VEIRANO
| - TEMPESTIVIDADE
A Recorrente foi intimada do v. acdrdao recorrido em 11.02.2019 pelo DEC -
Domicitio eletrénico do Contribuinte da SEFAZ-RJ.
De acordo com os artigos 207 € 208 do CTE, (i) na contagern de prazos exclui-se
0 dia de inicio; € (ii) os prazos s6 se iniciam ou vencem em dias de funcionamento
normal da Reparticao. Logo, a contagem do prazo recursal se iniciou em 12.02.2019.
Portanto, sendo de 15 (quinze) dias 0 prazo para apresentacéo de Recurso
Especial ao Consetho Pleno, nos termos do artigo 266, § 1°, do Cédigo Tributdrio
Estadual (“CTE”), manifesta a tempestividade do presente recurso, uma vez que
protocolado em 26.02.2019.
I1- DOS FATOS
A Recorrente € sociedade empresiria cujo objeto social ¢ 0 exercicio de
atividades de apoio 4 extracao de petréleo e gés natural. No exercicio de suas
atividades, a Recorrente sempre dispendeu correto tratamento as suas obrigacées
tributérias.
Nao obstante seja fiel cumpridora de suas obrigacées tributérias, a Recorrente
foi intimada a “esclarecer as divergéncias entre valores lancados na DECLAN-IPM,
referente ao ano de 2012, e os apurados, pelos CFOPs correspondentes, na GIA-
ICMS". Com efeito, intimou-se a Recorrente ainda para, caso seja necessario,
“retificar a(s) declaracao(des) (...) em até 10 dias titeis”.
Em resposta, a Recorrente esclareceu que “devido a um problema de sistema, 0
relatério utilizado para a elaboracéo da DECLAN-IPM, ndo trouxe os valores em
consondncia com os valores apresentados na GIA-ICMS. Também ocorreu erro no
preenchimento, quando nao foram considerados alguns CFOPs de ajustes’
Outrossim, a Recorrente transmitiu a respectiva DECLAN-IPM retificadora.
Todavia, a Recorrente foi surpreendida com a lavratura do auto de infracao,
cujo relato encontra-se transcrito abaixo:
RU 148254301a VEIRANO
“04 - RELATO
Durante a acao fiscal foram verificadas divergéncias entre os
valores declarados na DECLAN do ano de 2012 e os apurados
pelos CFOPs correspondentes nas GIAS-ICMS do mesmo
periodo.
Intimamos o contribuinte a esclarecer tal inconsisténcia
através da Intimacéo 460390-70/1, assim como, retificar e
apresentar a esta fiscalizacdo, se fosse o caso, as declaracdes
que fossem necessérias.
Em atendimento, o contribuinte esclareceu que realmente
houve erro no preenchimento da DECLAN € apresentou a
declaracao retificada.
Em funcéo do acima exposto, é exigida MULTA, por indicar
informacao incorreta na DECLAN do ano Base 2012.”
Cumpre ressaltar, por oportuno, que nao foi apurado pelo fiscal autuante
nenhum valor devido a titulo de ICMS pela Recorrente, ou seja, as obrigacées
relativas ao recolhimento do tributo foram sempre cumpridas com rigor.
Nao obstante, a d. autoridade fiscal exigiu da Recorrente uma multa no
descomedido valor de R$ 332.738,03.
Irresignada, a Recorrente apresentou impugnacdo administrativa, sob o
argumento de que a multa langada é desproporcional, confiscatéria e anti-isonémica.
Quando do julgamento da impugnacao, o Orgio Julgador determinou a
realizagao de diligéncia para aferir a correcdo da base de calculo da mutta lancada.
Em resposta, a autoridade lancadora esclareceu que o valor total correto de saidas
realizadas em 2012, excetuando operacées com suspensio do ICMS, conforme
determina 0 art. 67, inciso V da Lei n° 2.657/96, é de RS 122.324.090,99, de sorte
que 0,25% deste valor corresponde a R$ 305.810,23, impondo-se a adequacao do
valor originalmente lancado.
Assim, por entender no mérito que a autuacao observou os dispositivos legais
relativos 4 penalidade aplicada, o v. acérdao julgou procedente em parte o Auto de
Infracéo n° 03.467356-6, tendo sido posteriormente mantido pelo Conselho de
Contribuintes em julgamento de recurso de oficio a fl, 82.
Ru 148254301