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Jesus insiste que os filhos — mesmo os adultos — são responsáveis por honrar e cuidar
de seus pais. Essa é uma responsabilidade primária e vitalícia (cf. 1 Tm 5.8). Jesus põe a
vontade de Deus para a vida humana bem no topo da lista.
Ele não está sendo parcial quando denuncia a fonte de tais atos anti-éticos.Quando as
tradições humanas são colocadas acima do mandamento divino, elas minam a força das leis de
Deus. As tradições humanas podem levar as pessoas a violarem os mandamentos de Deus.
Nota
v. 10 - Taylor (310) enfatiza que "apesar da tradição oral ser atacada por Jesus, a lei no
decálogo é aceita por ele como normativa; o que Deus diz por intermédio de Moisés continua
valendo (cf. 10.3)".
• Uma vez que "Toda Escritura é inspirada por Deus" (2 Tm 3.16), a interpretação da
Bíblia deve refletir a unidade de toda Escritura. Uma passagem não deve ser
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interpretada de forma a contradizer uma outra. Quando 2 passagens estão
aparentemente em contradição, o sentido de uma delas só pode ser adequadamente
determinado à luz da outra. Neste contexto, esse princípio significa que qualquer vota
que negar o "honrar os pais" não pode ser válido.
areia! Em seguida, Jesus, com a palavra de Isaías, reforça a expressão. Ele não os acusa de
insuficiência e superficialidade somente, mas de flagrante religiosidade contrária. Ele detecta
desobediência consciente e distorção de conteúdo: vontade humana em lugar do mandamento de
Deus. A única coisa que permite suportar este estado de coisas terrível é o fato de que ele representa
cumprimento da Escritura. Deus vem também através dos vales. Assim, Jesus não se desvia do
problema, mas o formula com todas as letras:
8 Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens. Neste ponto também
fica claro por que ele os chamou de “hipócritas” no v. 6 (cf. v. 6n). Os judeus viviam em contradição
interna. Por um lado eram povo de Deus, e queriam sê-lo. Só Deus deve reinar sobre eles. Também
acreditavam que isto se concretizava quando eles seguiam suas tradições; tanto nas suas tradições
como na Torá manifestava-se o único Deus (12.32). Mas Jesus pronuncia a condenação deles: Nas
tradições de vocês Deus foi abandonado e a autoridade dos homens passou a vigorar.
9 Para uma acusação tão grave, Jesus não fica devendo a prova. “Jeitosamente”, no início da
comprovação, é a mesma palavra que “bem” no v. 6, mas desta vez não é um elogio, pelo contrário,
está cheia de tristeza amarga (cf. 2Co 11.4). De início Jesus repete o que disse no fim do v. 8. Ele
quer a acusação de infidelidade e até hostilidade contra os mandamentos de Deus ilustrar. Com
freqüência Jesus se faz de defensor dos mandamentos (10.5,19; 12.28,31). E disse-lhes ainda:
Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição.
10 Como prova, Jesus seleciona textos ligados ao 4º Mandamento, citando-o antes, de acordo com
Êx 20.12; 21.17; Lv 10.9; Dt 5.16: Pois Moisés disse: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem
maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte.
11,12 Ao lado disso, ele coloca agora a prática vergonhosa dos professores da lei: Vós, porém,
dizeis: Se um homem disser a seu pai ou a sua mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é
Corbã, isto é, oferta para o Senhor, então, o dispensais de fazer qualquer coisa em favor de seu
pai ou de sua mãe. A opr 4 descreveu a instituição judaica do corbã. Em nosso contexto, os
professores da lei são questionados como mestres (v. 7), não necessariamente como praticantes. O v.
12 também fala do que eles dispensam outros de fazer, não o que eles mesmos estivessem
praticando em relação aos seus pais. Podemos, portanto, partir da suposição de que um caso difícil
destes lhes tinha sido proposto para solução. Os implicados estão pedindo aos especialistas da lei
que os liberassem do corbã e não permitissem que os pais ficassem sem sustento. Os sábios de
Israel, contudo, se lembram de Nm 30.4 e começam: É preciso obedecer mais a Deus do que às
pessoas, inclusive os pais queridos… É claro que eles sabiam que muitos juramentos eram imorais,
mas eles estavam emaranhados em sua tradição que, uma vez “estabelecida” (v. 9,13), agora tinha de
ser “guardada” (v. 3,5,9). Como a imagem de um ídolo ela reinava sobre eles e, protegida por ela –
não quebrada pela Palavra de Deus – reinava a maldade do coração de muitos filhos e filhas.
Certamente os professores da lei amealhavam para o seu sistema este ou aquele versículo, mas quem
interpreta e põe a Escritura a seu serviço, contra o amor de Deus, está anulando a Palavra de Deus.
Se Deus não existe mais para as pessoas, ele deixa de ser divino, para tornar-se um ídolo.
13 Pela terceira e última vez (v. 8,9,13) Jesus pronuncia uma acusação fulminante contra aqueles
que se consideravam guardiães da Torá e se tinham colocado como juízes dele: invalidando a
palavra de Deus pela vossa própria tradição, que vós mesmos transmitistes; e fazeis muitas
outras coisas semelhantes. Na passagem paralela de Mt 15.13s, Jesus nega diretamente que a
motivação deles tenha qualquer origem divina. Por isso Deus haveria de exterminá-los. A seus
discípulos ele ordena que se separem radicalmente deles. No fundo da cena pode-se ver a figura do
tentador para a apostasia de Dn 7.15, cuja principal característica é a anulação dos mandamentos de
Deus. Emoção semelhante, à beira da explosão, constatamos no missionário Paulo quando encontra
tendências judaizantes nas igrejas (Gl 1.6-9; 2.5,14; 3.1; 4.16-20; Fp 3.2). Legalismo e missões
combinam como fogo e água.
5. Revelação do que é puro e impuro, 7.14-23
(Mt 15.10-20)
Convocando ele, de novo, a multidão, disse-lhes: Ouvi-me, todos, e entendei.
Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai do
homem é o que o contamina.
COMENTARIO ESPERANÇA
ορβαν indecl. (palavra hebraica) corbã,
uma dádiva consagrada a Deus Mc 7.11.* Lexico