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O olho ocidental tem sido fundamentalmente um olho errante, uma lente viajante. Essas
peregrinações com
frequência foram violentas e insistentes em espelhos para um eu
conquistador - mas nem sempre. As feministas ocidentais
também herdam alguma habilidade ao aprender a participar da
revisualização de mundos virados de ponta cabeça pelos desafios
transformadores da terra feitos à visão dos mestres. Não é
preciso começar do nada. (20)
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Ter noção do dado que as mulheres negras com deficiência são maioria no grupo de
deficientes, me leva a questionar: por que até o presente momento só ter encontrado dois
trabalhos acadêmicos com recorte sobre deficiência, gênero e raça, ambos do campo da
Educação (ver: Zago1 & Muniz &Wanzeler1; VEDOATO, 2015).
1Esta citação se encontra sem a notificação do ano do trabalho, pois se encontra inexistente no mesmo
tendo encontrado a partir de pesquisa de palavras-chave na internet. Link do trabalho:
http://legpv.ufes.br/sites/legpv.ufes.br/files/field/anexo/leandro_a_wanzeler_0.pdf
Percebam que até o momento fui colocando a relevante contribuição do feminismo, e do
primeiro grupo responsável pela guinada dos estudos sobre deficiência. Com isso, chamo a
atenção para pensarmos quem estar produzindo os discursos, políticas, estudos sobre
deficiência? E para que pessoas com deficiência?
Isso, de forma alguma, significa que esses grupos não criam ferramentas para enfrentar esses silêncios
institucionais, ao contrário, existem várias formas de organização políticas, culturais e intelectuais. A
questão é que essas condições sociais dificultam a visibilidade e a legitimidade dessas produções.