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4 de julho de 2003
10. Colisões
∫r d p = ∫ F t dt ∴
t r
⇒ ∆ p =J
r
∫ F (t ) dt = J
p
i i t f
i t
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J = ∫ F (t ) dt = F ∆t
tf
ti
ou seja:
∫ F (t ) dt
1t f
F = F
∆t ti
Vamos considerar duas bolas de bilhar com mesma forma e pesos diferentes.
r
Uma das bolas se movimenta em v 1I
direção à segunda que está em repouso.
Depois da colisão as duas bolas se movi- m1 m2
mentam em sentidos contrários.
∆ p =
i
t r r
r
2 ∫ F12 (t ) dt = F12 ∆t
f
∆ p =
t
i
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Mas
r r r r r r
F12 = −F21 ⇒ F12 = −F21 ∴ ∆p 2 = −∆p1
ou seja: r r r
∆ P = ∆ p1 + ∆ p 2 = 0
r r r
Encontramos que o momento linear total P = p1 + p 2 de um sistema isolado com-
posto de duas bolas, se conserva durante uma colisão. Esse resultado é facilmente ex-
tensível para colisões múltiplas.
As colisões podem ser divididas em dois tipos, aquelas que conservam a energia
cinéticas - ditas elásticas, e aquelas que não conservam a energia cinética - ditas inelásti-
cas.
Depois da colisão r r
Temos que v1F < v2F , pois em caso contrá- v 1F v 2F
rio existiriam outras colisões depois da pri-
meira. m1 m2
m 1v 1 I + m 2 v 2 I = m 1v 1 F + m 2 v 2 F
ou seja:
m 1 (v 1I − v 1 F ) = m 2 (v 2 F − v 2 I ) (1)
Quando a colisão for elástica, existe a conservação da energia cinética total, logo:
1 1 1 1
m1v 12I + m 2 v 22 I = m 1v 12F + m 2 v 22 F
2 2 2 2
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ou seja:
m 1 (v 12I − v 12F ) = m 2 (v 22 F − v 22 I )
ou ainda:
m 1 (v 1I + v 1 F )(v 1 I − v 1 F ) = m 2 (v 2 I + v 2 F )(v 2 I − v 2 F ) (2)
v 1 I + v 1F = v 2 I + v 2 F (3)
ou seja:
v 1I − v 1I = v 2 F − v 1F ⇒ (V Re lativa ) I = (VRe lativa )F
v 2 F = v 1I + v 1F − v 2 I (4)
m 1 (v 1I − v 1 F ) = m 2 (v 1I + v 1 F − v 2 I ) − m 2 v 2 I
ou seja:
m − m2 2m 2
v 1 F = 1 v 1 I + v 2 I (5)
m1 + m 2 m1 + m2
2m1 m − m1
v 2 F = v 1I + 2 v 2 I (6)
m1 + m 2 m1 + m 2
m1 − m 2
v 1F = v 1I
m1 + m 2
v = 2m 1 v
2 F m 1 + m 2 1 I
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m2 θ2 x
r
m 1 , v 1I θ1
r r
Após a colisão as partículas se movem com velocidades v 1 F e v 2 F que fazem
ângulos θ1 e θ2 com a direção original da partícula de massa m 1 .
r y
v 2F
θ2 x
θ1
r
v 1F
K I = KF
mv2 = 1m v2 + 1m v2
1
2 1 1I 2 1 1 F 2 2 2 F
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r r
PI = PF
em x : m1v 1 I = m1v 1 F cosθ1 + m 2 v 2 F cos θ2
em y : 0 = −m v senθ + m v senθ
1 1F 1 2 2F 2
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r ∆pr r
∆v m r r
F= =m = ∆v = µ ∆v
∆t ∆t ∆t r
vF
Mas
r r r
( ) ( )
∆v = v F − v I = − iˆv − + iˆv = −2iˆ v x
( )
r
F = µ − 2iˆ v = −2iˆµ v
A força que a água exerce na pá tem mesmo módulo e sentido contrário. ou seja:
r
FPá = 2 iˆµv
20 Uma corrente de água de uma mangueira espalha-se sobre uma parede. Se a velo-
cidade da água for de 5m/s e a mangueira espalhar 300cm 3/s , qual será a força
média exercida sobre a parede pela corrente de água? Suponha que a água não se
espalhe de volta apreciavelmente. Cada centímetro cúbico de água tem massa de
1g .
v = 5m/s
ν = 300cm 3/s = 4x10-4m 3/s r
ρ = 1g/cm 3 = 103Kg/m 3 v
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m V
µ= =ρ = ρν
∆t ∆t
r r
∆v m r
F =m = ∆v = −iˆ ρν v
∆t ∆t
A força que a água exerce na parede tem mesmo módulo e sentido contrário. ou
seja: r
F = iˆ ρν v = î (103Kg/m 3)(3x10-4m 3/s)(5m/s) = î 1,5N
23 Uma bola de 300g com uma velocidade v = 6m/s atinge uma parede a uma ângulo
θ = 300 e, então, ricocheteia com mesmo ângulo e velocidade de mesmo módulo.
Ela fica em contato com a parede por 10ms .
r pFx = −p senθ
pF = iˆpFx + ˆjpFy
pFy = p cosθ
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r r r
∆p = p F − pI = −2 iˆp senθ
r r
J = ∆p = −2 iˆ p senθ = −iˆ 2 (0,3 x 6 )0,5 = −iˆ1,8 N.s
ou seja:
m 1v 1I + m 2 (v 2 I − v 2 F ) m
v 1F = = v 1I + 2 (v 2I − v 2 F ) = 1,9 m / s
m1 m1
b) A colisão é elástica?
1 1
KI = m 1v 12I + m 2 v 22I = 31,7 J
2 2
1 1
KF = m 1v 12F + m 2 v 22F = 31,7 J
2 2
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O movimento inicial considerado resulta num certo valor para o momento linear
total inicial. Quando consideramos as diversas possibilidades para o movimento
dos blocos, o momento linear total final tem valores correspondentes. O que se
observa é que não existe a possibilidade da conservação do momento linear total
caso usemos a hipótese indicada no enunciado desse item. Concluímos então
que a velocidade v 2F não pode estar no sentido ilustrado, caso a velocidade
inicial do bloco m2 = 2,4kg seja oposta a exibida.
m − m2 2m 2 1 2 3
v 1 F = 1 v 1 I + v 2 I v0
m1 + m 2 m1 + m2
2m1 m − m1 m m M
v 2 F = v 1I + 2 v 2 I
m1 + m 2 m1 + m 2
v 2I = 0
v 1F = 0
v 1I = v 0 ⇒
m = m = m v 2 F = v 0
1 2
V3 I = 0 m−M
V = v = v V2 F = m + M v 0
2I
0
⇒
2F
m2 = m 2m
m3 = M V3 F = v 0
m+M
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V2 F m − M 1 M
= = 1−
v 3F 2m 2 m
ii. Quando m < M , as velocidades V2F e V3F têm a mesma direção e sentidos
contrários, ou seja a massa m 2 retrocederá e irá se chocar novamente com a
massa 1 .
35 Uma bola de aço de 0,5kg de massa é presa a uma corda, de 70cm de compri-
mento e fixa na outra ponta, e é liberada quando a corda está na posição horizontal.
No ponto mais baixo de sua trajetória, a bola atinge um bloco de aço de 2,5kg inici-
almente em repouso sobre uma superfície sem atrito. A colisão é elástica.
m = 0,5kg L
M = 2,5kg 1
L = 70cm = 0,7m
m
A energia mecânica desse sistema
quando a bola está na posição 1 é
igual à energia mecânica quando a bola
está na posição 2 porque entre essas
duas situações só atuam forças conser- M
vativas. Logo:
1 2
mgL = mv I2 ⇒ v I = 2gL =
2
= 3,47m/s
1 1 1
KI = K F ⇒ mv I2 = mv F2 + MV 2 (2)
2 2 2
As equações (1) e (2) compões um sistema de duas equações com duas in-
cógnitas: vF e V , e iremos resolvê-lo da maneira padrão.
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m
V = (v I − v F )
M
m2
mv = mv +
2
I
2
F (v I − v F )2 ⇒ v I2 − v F2 = (v I − v F )(v I + v F ) =
m
(v I − v F )2
M M
Considerando que vI ≠ vF
m −M
vI + vF =
m
(v I − v F ) ⇒ vF = v I = −2,49m / s
M m +M
V =
m
(v I − v F ) = 2m v I = 1,24m / s
M m+M
m 1 vP = (m 1 + m 2) v
ou seja:
m1
v = v P
m1 + m 2
O conjunto projétil - pêndulo vai subir uma altura h após a colisão. Considerando a
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1
(m 1 + m 2 ) v 2 = (m 1 + m 2 )gh ⇒ v= 2gh
2
m + m2 m + m2
v P = 1 v = 1 2gh = 308,25m/s
m1 m1
m
mv I = (m + M )v F ∴ vF = v I
m+M
onde vF é a velocidade final do con-
junto quando a bola se gruda ao cano.
Como não existem perdas por atrito, é sugerido que parte da energia cinética
inicial da bola se transformará em energia potencial U elástica da mola. Logo:
1 1 1 1
mv I2 = (m + M )v F2 + U ⇒ U = mv I2 − (m + M )v F2
2 2 2 2
ou seja:
2
m 1 m2
U = mv I2 − (m + M )
1 1 1
v I = mv I2 − v I2
2 2 m + M 2 2 m+M
e finalmente
1 m
U = mv I2 1 −
2 m + M
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66 Um corpo de 20kg está se deslocando no sentido positivo do eixo x com uma velo-
cidade de 200m/s quando devido a uma explosão interna, quebra-se em três partes.
Uma parte, cuja massa é de 10kg , distancia-se do ponto da explosão com uma ve-
locidade de 100m/s ao longo do sentido positivo do eixo y . Um segundo fragmento,
com massa de 4kg , desloca-se ao longo do sentido negativo do eixo x com uma
velocidade de 500m/s .
y y
r
m 1, v 1
r θ xr
r
M, V x m 2, v 2 m 3, v 3
m 1 = 10kg
v 1 = 100m / s
M = 20kg m 2 = 4kg
m = 6kg v 2 = 500m / s
V = 200m / s 3
Eixo x: MV = - m 2 v2 + m 3 v3 cosθ
Eixo y: 0 = m 1 v1 - m 3 v3 senθ
m 3 v 3 senθ = m1v 1
m1v 1 1
⇒ tan θ = = = 0,1667
m v cos θ = MV + m v MV + m 2 v 2 6
3 3 2 2
θ = 9,460
m 1v 1
v3 = = 1014,04m/s
m 3 senθ
1 1
KI = MV 2 = 20. 200 2 = 400.000Joules
2 2
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1 1 1
KF = m 1v 12 + m 2 v 22 + m 3 v 32 = 3.612.724,48J
2 2 2
∆K = K F - K I = 3.212.724,48J
69 Após uma colisão perfeitamente inelástica, descobre-se que dois objetos de mesma
massa e com velocidades iniciais de mesmo módulo deslocam-se juntos com veloci-
dade de módulo igual à metade do módulo de suas velocidades iniciais. Encontre o
ângulo entre as velocidades iniciais dos objetos.
m1 = m2 = m y
r
v1 = v2 = v v1
v3 = v/2
Em y: - m1 v1 senθ1 + m 2 v2 senθ2 = 0
Ou seja
Em x: m v cosθ1 + m v cosθ2 = ( m + m ) v /2
Em y: - m v senθ1 + m v senθ2 = 0
Ou seja:
Em x: cosθ1 + cosθ2 = 1
Em y: - senθ1 + senθ2 = 0
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1
m 1gd = m 1v 02 ⇒ v 0 = 2gd
2 m1
m1 m1
m 1v 0 = (m 1 + m 2 ) v ⇒ v = v 0 ∴ v = 2gd
m1 + m2 m1 + m 2
Após a colisão, os dois pêndulos irão subir simultaneamente até uma altura h. Usan-
do, novamente, a conservação da energia mecânica, teremos:
1 m 1
2
v2
1
(m 1 + m 2 ) v 2 = (m 1 + m 2 )gh ⇒ h= = 2gd
2 2g 2g m1 + m 2
ou seja:
2
m1
h = d
1
m + m 2
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