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INFERNO
Lugar tenebroso, estado de vida de tormentos sem fim
Odilon Mendonça
2
O INFERNO
ÍNDICE
PREFÁCIO .............pg....5
INTRODUÇÃO .............pg. 7
CONCLUSÃO.................................................pg. 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................pg. 41
4
PREFÁCIO
Odilon Mendonça,
Goianápolis, 2018, 1ª edição
INTRODUÇÃO
7
Capítulo um
10
PREÂMBULO
“De médico e louco todo mundo tem um pouco”; é assim com a espiritualidade (ditado Popular).
“Muitas vezes o que se cala faz maior impacto do que o que se diz” (Píndaro).
“Espera do teu filho o mesmo que fizeste a teu pai” (Tales de Mileto)
Morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de
Deus significa ficar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E
é este estado de auto exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados
que se designa com a palavra ‘inferno’ (op. cit. p. 291).
Ali, (no inferno), Telêmaco percebeu rostos pálidos, horrorosos e consternados. Uma tristeza
negra ronda esses criminosos; eles têm horror de si mesmos, e não podem livrar-se desse
horror, não mais do que a sua própria natureza; não têm necessidade de outro castigo para
suas faltas, além das próprias faltas; veem-nas, sem cessar, em toda a sua enormidade;
apresentam-se a eles como espectros horríveis e os perseguem. Para delas se protegerem,
procuram uma morte mais poderosa do que aquela que os separou dos seus corpos. No
desespero que estão, chamam em seu socorro uma morte que possa exterminar todo
sentimento e todo conhecimento de si mesmos; pedem aos abismos para traga-los, a fim de
se esquivarem aos raios vingadores da verdade que os persegue, mas estão destinados à
vingança que destila sobre eles, gota a gota, e que não secará nunca.
A verdade, que eles temem ver, provoca o seu suplício; veem-na, e não têm olhos senão para
vê-la se erguer contra eles: sua visão os penetra, atormenta, os arranca deles mesmos; ela é
como um raio; sem nada destruir ao redor, penetra-lhes até o fundo de suas entranhas (Apud.
Kardec, op. cit. p. 31).
Santo Agostinho não concorda que essas penas físicas sejam simples imagens de penas
morais; ele vê, num verdadeiro lago de enxofre, os vermes e as serpentes verdadeiras
encarniçarem-se sobre todas as partes do corpo dos condenados e unindo suas mordeduras
às do fogo. Ele pretende, segundo um versículo de São Marcos, que esse fogo estranho,
embora material igual ao nosso, e agindo sobre os corpos materiais, os conservará como o
sal conserva a carne das vítimas. Mas os condenados vítimas sempre sacrificadas e sempre
vivas, sentirão a dor desse fogo que queima sem destruir; ele penetrará sob sua pele; estarão
dele embebidos e saturados em todos os seus membros, na medula de seus ossos, na pupila
de seus olhos, nas fibras as mais escondidas e as mais sensíveis do seu ser. A cratera de
um vulcão, se pudessem aí mergulhar, seria para eles um lugar de refrigério e de repouso
(op. cit. p. 33).
Jesus foi ao inferno (1Pd 3.18-20), Rebeka Brawn afirma ter ido ao
inferno várias vezes na companhia de um anjo onde viu lugares mais
altos, outros mais baixos, quartos, repartições, fogo, gente gemendo e
gritando, coisas horrorosas. A tal “Santa” Tereza, católica, afirmou que
no inferno ninguém podia ficar de pé, nem assentar-se, deitar-se, ou dali
sair. Viu todos os gêneros de angústias. Relatou que viu um tipo de rua
estreita, terreno lodoso e fétido, répteis, muralha... Orfeu e Ulisses
também afirmam ter todos sido transportados em espírito ao inferno.
Tanto crentes como incrédulos afirmam ter ido ao inferno e voltado.
Capítulo dois
O INFERNO
18
Entendendo os termos
“Aquilo que você mais sabe ensinar, é o que você mais precisa aprender” (Richard Bach).
Jesus usou a cena sinistra do que ocorria ali, no vale de Hinon, para
explicar aos os judeus e a todos nós o que é o inferno. Por isso, se
referindo ao inferno, Ele disse em Mc 9.43-48: “Se a tua mão te
escandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado, do que,
tendo duas mãos, ires para o inferno”, e repete várias vezes: “para o
fogo que nunca se apaga; onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca
se apaga”. Nenhum outro lugar serviria para ilustrar tão bem o ensino
sobre o inferno definitivo.
A literatura apocalíptica judaica produzida a partir do II século a. C. mostra que esse vale
significava o lugar do castigo divino, depois do juízo final: o ‘lago de fogo’. Isso pode ser visto,
por exemplo, no Livro de Enoque 90.26; IV Esdras 7.36; Oráculos Sibilinos 1.103; 2.291; 4.186.
Muitas citações poderiam ser apresentadas na literatura talmúdica e de Qumran, além de Filo
e Josefo. O Dr. Edersheim apresenta uma enorme lista dessas citações (Id. p. 24).
nos evangelhos (cf. Mt 11.23; 16.18; Lc 10.15; 16.23), mas ela aparece
onze vezes em todo o NT (cf. Ap 1.18; 6.8; 20.13,14; At 2.27,31; 1Co
15.55).
Capítulo três
24
A ORIGEM DO INFERNO
O inferno é real
“Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt
25.41).
“Não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que poder fazer
perecer no inferno a alma e o corpo” (Mt 10.28).
“E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor e para ti entrares no reino de Deus com um só
olho, do que tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno; onde o seu bicho não morre, e o
fogo nunca se apaga” (Mc 9.47,48).
“Os ímpios serão lançados no inferno e todas as nações que se esquecem de Deus” (Sl 9.17, os
grifos são nossos).
3.1 Foi Deus. O inferno não é eterno quanto a origem; foi criado e
preparado por Deus para atormentar seres espirituais (Mt 25.41; Ap
20.10; Jd 6; 1Co 6.3; Is 45.7; Mt 10.28; 25.41). O sentido amplo do termo
eterno é: o que não teve início e não terá fim. Portanto, só Deus é
realmente eterno, porém, é comum referirmo-nos àquilo que teve início,
mas não terá fim como sendo, neste sentido futurista, eterno. Assim, o
céu é eterno, o inferno é eterno, bem como os seres espirituais também
o são. No inferno os seres serão atormentados eternamente.
- Por causa da Justiça divina que é muito santa e reta e não pode ser
quebrada sem que haja reparação à altura (Hc 1.13; Rm 1.18; 6.23; 1Pd
1.17; Ap 22.12).
causa do pecado (cf. Gn 3.17), assim também seria com o Céu. Deus
não seria justo e todo ato de justiça já praticado por Deus contra o
pecado, em toda a história humana e angelical, perderia o sentido. Seria
uma injustiça, também, condenar os anjos (2Pd 2.4; Jd 6). Quem
gostaria de morar no céu tendo como vizinho o diabo, ou mesmo Hitler,
Nero, Mau Tsé Tung e tantos outros perversos que morreram e não
foram salvos?
- Porque a punição eterna é o castigo merecido para quem escolhe viver
fazendo a vontade do diabo (Jo 10.10a).
Capítulo quatro
27
O QUE É O INFERNO?
“... estou atormentado nesta chama...” disse o homem rico após a morte, quando já se achava no
hades (Lc 16.24b).
“De dia e de noite serão atormentados para todo o sempre” (Ap 20.10)
“... E serão atormentados com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro... e não
têm repouso nem de dia nem de noite...” (Ap 14.10b,11b, grifos nossos).
Introdução
28
O que é o inferno?
haverá ali (Lc 16.24). O inferno está totalmente fora do alcance do bem,
de qualquer tipo de bem. Ali só haverá “choro e ranger de dentes” (Mt
8.12; 25.41; Ap 14.10,11). Os tormentos serão eternos, ou seja,
infindáveis (Ap 20.10).
profundo do abismo” (id. v.15, grifos nossos). Davi disse: “Os ímpios serão
lançados no inferno...” (Sl 9.17), isto é, lançados num lugar de castigo.
Embora todo pecado mereça a morte (Rm 6.23), nem todos são
iguais; alguns merecem maior grau de punição, mesmo estando todos
os pecadores condenados e sem chances. Jesus mencionou “maior
condenação”, o que não quer dizer livramento, mas apenas maior e
menor condenação (Mt 23.14), todos, porém, no inferno.
Capítulo cinco
DO INFERNO
“E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só
olho, do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno” (Mc 9.47).
“As oportunidades são para todos, mas nem todos aproveitam-nas” (a.d.)
A classificação
Prisão ou cadeia.
O inferno é uma prisão. Jesus pregou aos “espíritos em prisão”, no
hades (1Pd 3.19). Há uma classe de demônios “presos em cadeias
eternas”, no inferno (Jd 6). Estes foram “lançados no inferno, em cadeias
da escuridão” (2Pd 2.4). Assim também os ímpios serão “presos” no
inferno (id. v. 12). O Dragão será “preso” no abismo (Ap 20.2) e depois
“será solto da sua prisão” (id. v. 7, os negritos são nossos). Depois, será preso
definitivamente (20.10).
Trevas e/ou escuridão
“E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram
a sua própria habitação” (o Céu, Ap 12.7-9), ”reservou na ESCURIDÃO
e em prisões eternas” (Jd 6).
Em 22.13 foi sobre o homem que veio para as bodas “sem vestes
nupciais”. Aos que não se prepararem para se encontrar com o Rei,
Jesus ordenará que sejam “lançados nas TREVAS EXTERIORES: ali
haverá pranto e ranger de dentes”.
Sem sol e sem lua, o juízo final será um dia de trevas, como bem
profetizaram os profetas do AT. Por exemplo: Joel disse que esse dia do
Senhor, o juízo final, será: “Dia de TREVAS e de tristeza; dia de nuvens
e de TREVAS ESPESSAS...” (2.2). Amós, falando sobre o mesmo
assunto diz: “Ai daqueles que desejam o dia do Senhor!” Então, pergunta
ele: “para que quereis vós este dia do Senhor? TREVAS será e não luz”
(5.18) e logo no verso 20 repete: “Não será, pois, o dia do Senhor
TREVAS e não luz? Não será completa ESCURIDADE, sem nenhum
resplendor?” (destaques meus).
As trevas causam medo, assombro, pavor, angústia, insegurança e
muitas outras coisas horríveis e é o que haverá no inferno por toda a
eternidade.
Tormentos do tipo:
Mateus anotou com mais detalhes. Veja: “... é melhor que um dos
teus membros se perca do que seja todo o teu corpo lançado no
inferno” (Mt 5.29,30). No verso 28 do capítulo 10 as palavras são mais
claras ainda: “temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a
alma e o corpo”. Evidentemente, trata-se do corpo do pecado,
ressuscitado na segunda ressurreição (Ap 20.5,6), a ressurreição “dos
injustos” (At 24.15b), para a “condenação” (Jo 5.29), “vergonha e
desprezo eterno” (Dn 12.2b), que é a “segunda morte” (cf. Ap 2.11; 20.6;
14; 21.8, destaques meus).
Capítulo seis
RESUMO GERAL
CONCLUSÃO
O inferno existe, foi Deus quem o criou e para quem quiser livrar-se
dele há apenas uma maneira: converter-se a Cristo (At 3.19). É a Pessoa
de Cristo que, pelo poder do seu Sacrifício expiador, salva o pecador,
livrando-o do inferno e levando-o para o céu. Não há outro jeito (Mc
16.16; Jo 20.31; At 4.12; 1Jo 2.12).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS