SUBTERRÂNEAS
FONTE: Diversas
Brasília, Agosto/2002
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................... 05
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 07
2. ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS ................................................................. 10
3. ASPECTOS TÉCNICOS ............................................................................................... 14
3.1. CICLO HIDROLÓGICO ......................................................................................... 14
3.2. DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NA TERRA ....................................................... 15
3.3. DISTRIBUIÇÃO DA ÁGUA NO SUBSOLO ........................................................ 16
3.3.1. ZONA DE AERAÇÃO ............................................................................ 17
3.3.2. ZONA DE SATURAÇÃO .................................................................. 18
4. AQÜÍFEROS ........................................................................................................... 19
4.1. CLASSIFICAÇÃO DOS AQÜÍFEROS SEGUNDO A PRESSÃO DA ÁGUA ................ 20
4.1.1. AQÜÍFEROS LIVRES OU FREÁTICOS .............................................. 20
4.1.2. AQÜÍFEROS ARTESIANOS .................................................................. 20
4.2. CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A GEOLOGIA DO MATERIAL SATURADO ............... 21
4.2.1. AQÜÍFEROS POROSOS .................................................................. 21
4.2.2. AQÜÍFEROS FRATURADOS OU FISSURADOS .................................... 21
4.2.3. AQÜÍFEROS CÁRSTICOS .................................................................. 22
4.3. FUNÇÕES DOS AQÜÍFEROS ............................................................................ 22
5. CAPTAÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA .................................................................. 25
5.1. POÇOS RASOS ................................................................................................ 25
5.1.1. POÇO ESCAVADO ............................................................................ 25
5.1.2. PONTEIRAS CRAVADAS .................................................................. 26
5.1.3. POÇO A TRADO ............................................................................ 26
5.1.4. POÇO RADIAL ............................................................................ 27
5.1.5. GALERIAS ...................................................................................... 27
5.2. POÇOS PROFUNDOS ...................................................................................... 28
5.3. MÉTODOS DE PERFURAÇÂO MAIS USADOS ........................................................ 28
5.3.1. PERCUSSÃO ...................................................................................... 28
5.3.2. ROTATIVA ..................................................................................... 28
6. QUÍMICA DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ................................................................. 29
6.1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 29
6.2. ÁGUA E SAÚDE ............................................................................................... 29
6.3. PROPRIEDADES FÍSICAS ........................................................................... 31
6.3.1. TEMPERATURA ........................................................................... 31
6.3.2. COR ............................................................................................... 31
6.3.3. ODOR E SABOR ............................................................................ 31
6.3.4. TURBIDEZ ...................................................................................... 32
6.3.5. SÓLIDOS EM SUSPENSÃO .................................................................. 32
2
6.3.6. CONDUTIVIDADE ELÉTRICA ........................................................ 32
6.3.7. DUREZA ...................................................................................... 32
6.3.8. DUREZA TEMPORÁRIA OU DE CARBONATOS ................................... 33
6.3.9. DUREZA PERMANENTE .................................................................. 33
6.3.10. DUREZA TOTAL ............................................................................ 33
6.3.11. ALCALINIDADE ............................................................................ 33
6.3.12. PH ................................................................................................ 34
6.3.13. SÓLIDOS TOTAIS DISSOLVIDOS (STD) ............................................. 34
6.4. PRINCIPAIS CONSTITUINTES IÔNICOS ........................................................ 34
+
6.4.1. CÁLCIO (Ca ) ...................................................................................... 34
6.4.2. CLORETOS (Cl-) ............................................................................ 35
-
6.4.3. FERRO (Fe ) ...................................................................................... 35
6.4.4. MAGNÉSIO (Mg²+) ............................................................................ 35
6.4.5. MANGANÊS (Mn+) ............................................................................ 36
6.4.6. NITRATO (NO3- ) ............................................................................ 36
6.4.7. POTÁSSIO (K+) ............................................................................ 36
+
6.4.8. SÓDIO (Na ) ...................................................................................... 36
7. ÁGUAS MINERAIS E POTÁVEIS DE MESA .................................................................. 39
7.1. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS MINERAIS NATURAIS .................................... 40
7.1.1. CARACTERÍSTICAS PERMANENTES .............................................. 40
7.1.2. CARACTERÍSTICAS DAS FONTES: ........................................................ 42
7.2. EFEITOS TERAPÊUTICOS DAS ÁGUAS MINERAIS .............................................. 43
7.2.1. A ÁGUA CERTA ............................................................................ 43
7.2.2. COMO ESCOLHER SUA ÁGUA ........................................................ 45
7.2.3. AS ÁGUAS MINERAIS E SEUS EFEITOS TERAPÊUTICOS ................ 45
7.3. PANORAMA ECONÔMICO DAS ÁGUAS MINERAIS NO BRASIL .......................... 46
8. PROVÍNCIAS HIDROGEOLÓGICAS DO BRASIL ........................................................ 48
8.1. PROVÍNCIA ESCUDO SETENTRIONAL.................................................................. 48
8.2. PROVÍNCIA AMAZONAS ............................................................................ 48
8.3. PROVÍNCIA ESCUDO CENTRAL .................................................................. 49
8.4 PROVÍNCIA PARNAÍBA ...................................................................................... 49
8.5. PROVÍNCIA SÃO FRANCISCO ............................................................................ 50
8.6. PROVÍNCIA ESCUDO ORIENTAL .................................................................. 51
8.7. PROVÍNCIA PARANÁ ...................................................................................... 52
8.8. PROVÍNCIA ESCUDO MERIDIONAL .................................................................. 53
8.9. PROVÍNCIA CENTRO-OESTE ............................................................................ 53
8.10. PROVÍNCIA COSTEIRA ...................................................................................... 53
9. AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NO BRASIL .................................................................. 58
9.1. OCORRÊNCIAS ................................................................................................ 58
9.2. RESERVAS E CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS ............ 60
9.3. AS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS NAS GRANDES REGIÕES .................................... 62
3
9.3.1. REGIÃO SUL ...................................................................................... 62
9.3.2. REGIÃO SUDESTE ............................................................................ 66
9.3.3. REGIÃO NORDESTE ............................................................................ 72
9.3.4. REGIÃO CENTRO-OESTE .................................................................. 79
9.3.5. REGIÃO NORTE ............................................................................ 82
4
APRESENTAÇÃO
A possibilidade concreta da escassez de água doce começa a tornar-se, cada vez mais, a
grande ameaça ao desenvolvimento econômico e à estabilidade política do mundo nas
próximas décadas. As disputas pelo uso da água poderão, inclusive, desencadear conflitos
e guerras em escala imprevisível.
A Organização das Nações Unidas (ONU) já alertou: em 2025, cerca de 2,7 bilhões de
pessoas, em todo o mundo, enfrentarão a falta d’água se as populações continuarem a tratá-
la como um bem inesgotável.Os paises que detêm grandes reservas naturais de água doce -
como o Brasil - são acompanhados de perto como potenciais fornecedores.
Como a demanda por água potável cresce em todo mundo, este é um mercado de
dimensões ainda incalculáveis. Para a solução desse problema, o passo inicial é o completo
conhecimento do ciclo hidrológico, que vai possibilitar correta avaliação da
disponibilidade dos recursos hídricos de uma determinada região. Uma das partes mais
importante desse estudo é entender o que acontece com as águas subterrâneas, sem dúvida
a menos conhecida do referido ciclo.
5
Como uma tentativa de se padronizar e centralizar as informações provenientes dos
estudos, prospecções, ações e obras hídricas subterrâneas, criou-se uma área específica
para águas subterrâneas dentro do Sistema Nacional de Informação sobre Recursos
Hídricos. Muitos trabalhos de análises técnicas e de consistência deverão ainda ser
empreendidos, de forma a torná-los cada vez mais úteis à sociedade.Os dados obtidos serão
disponibilizados pelos órgãos gestores estaduais de recursos hídricos, participantes do
Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. Além disso, uma vez
padronizados e consistidos, as informações poderão ser acessadas pela Internet, no site da
ANA - Agência Nacional de Águas, do Ministério do Meio Ambiente.
6
1. INTRODUÇÃO
Cerca de 97% da água doce disponível para uso da humanidade encontra-se no subsolo,
na forma de água subterrânea. No entanto, pelo fato de ser um recurso invisível, a
grande maioria das pessoas, incluindo governantes e políticos, nunca a levam em
consideração quando falam em água. Tanto assim que na literatura sobre meio ambiente
utilizada no ensino brasileiro, verificamos que a água subterrânea ocupa um espaço
muito pequeno, ficando a ênfase sempre com as águas superficiais.
Ainda importantes são os cuidados que se devem ter com as obras de captação que,
quando construídas sem o devido acompanhamento de profissional capacitado, e fora
dos padrões das normas técnicas, se constituem em fontes de possível contaminação
natural, ou induzida, dos aqüíferos.
7
São mais protegidas da poluição;
O custo de sua captação e distribuição é muito mais barato. A captação pode ser
próxima da área consumidora, o que torna mais barato o processo de distribuição;
Em geral não precisam de nenhum tratamento, o que, além de ser uma grande
vantagem econômica, é melhor para a saúde humana;
Nas duas últimas décadas houve um grande crescimento do uso deste recurso no Brasil,
mas estamos longe dos níveis de uso e gerenciamento alcançados pelos países da
Europa e os Estados Unidos.
O fato de a água subterrânea ser um recurso que não pode ser visto, implica quase
sempre que ela seja ignorada.Só o seu conhecimento científico pode nos capacitar a
formar uma imagem de sua existência real e de suas características físicas e químicas.
A primeira grande dificuldade com que nos deparamos é com o falso conceito de que as
rochas, por serem sólidas, não conseguem armazenar tanta água. É difícil, num primeiro
momento, acostumar-se à idéia de que estamos sobre uma grande esponja rochosa cheia
de água. Por isto é muito comum ouvirmos falar em "rios subterrâneos". Nos livros
didáticos, a água subterrânea é quase sempre apresentada como uma massa em fluxo
contínuo como se fosse um rio. Esse erro decorre da dificuldade de imaginar o fluxo
subterrâneo como sendo em meio poroso ou fraturado.
Para entender a água subterrânea, o primeiro passo é compreender que as rochas, apesar
de sólidas, são mais ou menos porosas ou fraturadas e é aí que ela se acumula. Imagine
um balde cheio de areia seca. Se colocarmos água ela vai sumir? Não, vai se acumular
nos espaços vazios existentes entre os grãos. O mesmo acontece com as rochas. A água
que se infiltra vai se acumular nos espaços abertos encontrados nas rochas ou nos solos.
Apesar das rochas não serem tão porosas quanto a areia solta , grandes volumes de
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rochas podem armazenar grandes volumes de água. A quantidade de água capaz de ser
armazenada pelas rochas e pelos materiais não consolidados em geral (solos e
sedimentos) vai depender da porosidade, da comunicação destes poros entre si, ou da
quantidade, interseções e tamanho das aberturas das fraturas existentes. As rochas e os
materiais não consolidados, dependendo de sua origem e características intrínsecas,
podem apresentar porosidade bem distintas, indo do impermeável até 30%, ou mais, em
alguns casos.
9
2. ASPECTOS LEGAIS E INSTITUCIONAIS
A água subterrânea, no que diz respeito aos seus aspectos legais e jurídicos, destaca-se
pelo seu marco histórico e institucional vigente e a experiência de alguns estados que já
instituíram, regulamentaram e executam as ações instrumentalizadas conforme as
necessidades de gestão, uso ou proteção dos recursos hídricos no âmbito regional.
Todos são unânimes pela existência de uma ação de disciplinamento e proteção do
recurso água subterrânea, através de uma legislação eficiente que demonstre uma
efetiva e real responsabilidade por parte do poder público.
Estabeleceu normas para o aproveitamento das águas minerais. Seu conteúdo era
confuso em relação à abrangência do conceito de águas minerais, ao distinguir águas
minerais das demais águas, relevando no seu aspecto uma "ação medicamentosa"
decorrente de características físicas ou químicas distintas das águas comuns. Criou
então a Comissão de Crenologia (estudo das águas minerais, para fins terapêuticos)
no âmbito do DNPM para verificação destas propriedades. São incluídas as Águas
Minerais, Termais, Gasosas, Potáveis de Mesa e as destinadas para fins de
Balneários, estabelecendo a todas, as normas reguladoras que preservem sua
qualidade, salubridade pública, os direitos de propriedade dos empreendedores, e
informem ao poder público as características da exploração para fiscalização e
monitoramento.
Alguns Estados como São Paulo, Pernambuco e Ceará têm se destacado com suas
propostas de Lei sobre conservação e proteção das águas subterrâneas, como
também pela implantação do sistema de Outorga de usos dos recursos hídricos como
um todo, todavia, ainda é escassa a atenção dada aos recursos hídricos subterrâneos,
sendo priorizado em seus sistemas de gestão dos recursos hídricos, as águas
superficiais.
12
Lei Federal 9.984, 17 de Julho de 2000 - Criação da A.N.A
13
3. ASPECTOS TÉCNICOS
Quando uma chuva cai, uma parte da água se infiltra através dos espaços vazios
que encontra no solo e nas rochas. Pela ação da força da gravidade esta água vai
se infiltrando até não encontrar mais espaços, começando então a se movimentar
horizontalmente em direção às áreas de baixa pressão.A única força que se opõe a
este movimento é a força de adesão das moléculas de água às superfícies dos
grãos ou das rochas por onde penetra.
14
A água da chuva que não se infiltra, escorre sobre a superfície em direção às áreas
mais baixas, indo alimentar diretamente os riachos, rios, mares, oceanos e lagos.
O caminho subterrâneo das águas é o mais lento de todos. A água de uma chuva
que não se infiltrou levará poucos dias para percorrer muitos e muitos
quilômetros. Já a água subterrânea poderá levar dias para percorrer poucos metros.
Havendo oportunidade esta água poderá voltar à superfície, através das fontes,
indo se somar às águas superficiais, ou então, voltar a se infiltrar novamente.
A vegetação tem um papel importante neste ciclo, pois uma parte da água que cai
é absorvida pelas raízes e acaba voltando à atmosfera pela transpiração ou pela
simples e direta evaporação (evapotranspiração).
Observa-se que, de toda a água existente no planeta Terra, somente 2,7% é água
doce. Pode-se também verificar que de toda a água doce disponível para uso da
humanidade, cerca de 97% está na forma de água subterrânea.
15
Da água que se precipita sobre as áreas continentais, calcula-se que a maior parte
(60 a 70%) se infiltra. Vê-se, portanto, que a parcela que escoa diretamente para
os riachos e rios é pequena (30 a 40%). É esta água que se infiltra e que mantém
os rios fluindo o ano todo, mesmo quando fica muito tempo sem chover. Quando
diminui a infiltração, necessariamente aumenta o escoamento superficial das
águas das chuvas.
Não adianta culpar a natureza. Esta relação entre a quantidade de água que se
precipita na forma de chuva, a quantidade que se infiltra, a que tem escoamento
superficial imediato, e a que volta para a atmosfera, na forma de vapor, constitui
uma verdade da qual não podemos escapar. As cidades são aglomerados, onde
grande parte do solo é impermeabilizado, e a conseqüência lógica disto é o
aumento de água que escoa, provocando inundações das áreas baixas. Se
estiverem correta as previsões de que está havendo um aquecimento global, e de
que este levará ao aumento das chuvas, é de se esperar um agravamento do
problema de inundações nos países tropicais.
16
3.3.1. ZONA DE AERAÇÃO
É a parte do solo que está parcialmente preenchida por água. Nesta zona a
água ocorre na forma de películas aderidas aos grãos do solo. Solos muito
finos tendem a ter mais umidade do que os mais grosseiros, pois há mais
superfícies de grãos onde a água pode ficar retida por adesão.
ZONA INTERMEDIÁRIA
FRANJA DE CAPILARIDADE
17
3.3.2. ZONA DE SATURAÇÃO
18
4. AQÜÍFEROS
A água que se infiltra está submetida a duas forças fundamentais: a gravidade e a força
de adesão de suas moléculas às superfícies das partículas do solo (força de
capilaridade). Pequenas quantidades de água no solo tendem a se distribuir
uniformemente pela superfície das partículas. A força de adesão é mais forte do que a
força da gravidade que age sobre esta água. Como conseqüência ela ficará retida, quase
imóvel, não atingindo zonas mais profundas. Chuvas finas e passageiras fornecem
somente água suficiente para repor esta umidade do solo. Para que haja infiltração até a
zona saturada é necessário primeiro satisfazer esta necessidade da força capilar.
19
4.1. CLASSIFICAÇÃO DOS AQÜÍFEROS SEGUNDO A PRESSÃO DA ÁGUA
20
4.2 CLASSIFICAÇÃO DOS AQÜÍFEROS SEGUNDO A GEOLOGIA DO
MATERIAL SATURADO
Poços perfurados nestes aqüíferos podem fornecer até 500 metros cúbicos
por hora de água de boa qualidade.
21
4.2.3. AQÜÍFEROS CÁRSTICOS
22
Assim, a explotação da água subterrânea apresenta inúmeras vantagens em
comparação com as águas superficiais:
Mesmo com todas as vantagens citadas, a exploração da água subterrânea deve ser
feita sempre de uma maneira integrada com a gestão da água superficial (de forma
que a recíproca também é fundamental) e necessita, sobretudo ser controlada por
técnicos especializados, pois existem peculiaridades que precisam ser
monitoradas, como por exemplo:
BIBLIOGRAFIA
- Geologia do Brasil – Vol. Único / DNPM - 1984
- Plano Nacional de Recursos Hídricos - Vol. XI, Estudos Especiais "Água Subterrânea
no Brasil".
24
5. CAPTAÇÃO DAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
São poços que apresentam, geralmente, profundidades até 30,00 metros e onde
são utilizados métodos simples de construções.
Para que o operário possa trabalhar no fundo do poço, seu diâmetro deve
ser grande, indo de 1 a 2 metros, em média 1,50 metros. Após atingir o
nível d'água, a escavação continua, até que não se consiga mais esvaziar a
água que está afluindo ao poço.
25
5.1.2 PONTEIRAS CRAVADAS
Ponteira é uma haste perfurada, revestida por tela, com terminação cônica
e que é cravada no terreno, através da qual pode-se retirar água com
bomba de sucção. Muito popular *,só funciona em aqüíferos muito rasos.
Muito usada em obras de engenharia civil para o rebaixamento do lençol
freático.
Essas ponteiras são muito versáteis, e uma boa opção para um poço de
baixo custo. Caso a necessidade de água aumente, pode-se cravar mais
ponteiras.(, mantendo uma distância segura para evitar as interferências
dos cones de depressão.)
26
5.1.4. POÇO RADIAL
5.1.5. GALERIAS
Uma das grandes vantagens destas galerias é que fornecem água por
gravidade, o que implica numa grande economia de energia. Na verdade
são verdadeiras nascentes artificiais.
27
5.2. POÇOS PROFUNDOS
São poços perfurados com máquinas, com profundidades até 1000 metros. Em
alguns casos profundidades maiores são atingidas quando se procura a produção
de água aquecida pelo geotermalismo. A perfuração de um poço demanda
conhecimento técnico especializado. Na verdade, deve ser considerada como uma
obra de engenharia.
5.3.1. PERCUSSÃO
5.3.2. ROTATIVA
6.1. INTRODUÇÃO
Na medida em que hoje se tem como ideal a ser atingido o uso auto
sustentado do meio ambiente, torna-se extremamente importante que um
grande número de perguntas tenham respostas satisfatórias, o que só se
conseguirá com investimentos em pesquisas técnicas e científicas.
30
6.3. PROPRIEDADES FÍSICAS
6.3.1. TEMPERATURA
6.3.2. COR
Para ser potável uma água não deve apresentar nenhuma cor de
considerável intensidade. Segundo a OMS o índice máximo permitido
deve ser 20 mg Pt/L.
31
6.3.4. TURBIDEZ
6.3.7. DUREZA
6.3.11. ALCALINIDADE
33
6.3.12. PH
Como já foi dito, as águas subterrâneas tendem a ser mais ricas em sais
dissolvidos do que as águas superficiais. As quantidades presentes refletem não
somente os substratos rochosos percolados, mas variam também em função do
comportamento geoquímico dos compostos químicos envolvidos. Como há
sensíveis variações nas composições químicas das rochas, é de se esperar uma
certa relação entre a composição da água e das rochas preponderantes na área. É
necessário, contudo, frisar que o comportamento geoquímico dos compostos e
elementos é o fator preponderante na sua distribuição nas águas.
-
6.4.2. CLORETOS (Cl )
-
6.4.3. FERRO (Fe )
35
6.4.5. MANGANÊS (Mn+)
-
6.4.6. NITRATO (NO3 )
38
7. ÁGUAS MINERAIS E POTÁVEIS DE MESA
Águas minerais são águas subterrâneas, com especiais características físicas e/ou
químicas, naturais, com possibilidades terapêuticas e/ou gosto especial; se a
temperatura natural estiver acima da temperatura ambiente, ela é denominada água
termo-mineral. Dependendo de qual seja sua composição química, quando os sais
minerais dissolvidos excederem ao padrão ideal, elas podem ser indicadas para um
determinado uso terapêutico ou, se for o caso, elas poderão ter uma forte contra
indicação. Por isto, a importância de se observar com cuidado, e sempre, os rótulos das
águas minerais.
Durante muito tempo acreditou-se que as águas minerais tinham uma origem diferente
da água subterrânea. Sabe-se hoje, contudo, que ambas têm a mesma origem: são águas
de superfície que se infiltraram no subsolo. As águas minerais são aquelas que
conseguiram atingir profundidades maiores e que, por isto, se enriqueceram em sais,
adquirindo novas características físico-químicas, como, por exemplo, pH mais alcalino
e temperatura maior.
Admite-se que uma parte muito pequena das águas minerais seja proveniente de
atividades magmáticas na crosta terrestre. Isto ocorre nas áreas com atividade vulcânica
atual ou recente.
As águas denominadas “potáveis de mesa”, por outro lado, são águas naturais que se
caracterizam pela sua baixa concentração de sais minerais na sua composição química
sendo, portanto, indicadas plenamente ao consumo, e sem restrições.
40
IV.b- Alcalino-terrosas magnesianas: as que contêm, por litro, no
mínimo, 0,030 g de cátion Mg, sob a forma de bicarbonato de
magnésio.
VII. Nitratadas: as que contêm, por litro, no mínimo, 0,100 g de ânion NO3
de origem mineral.
XII. Carbogasosas: as que contêm, por litro, 200 ml de gás carbônico livre
dissolvido, a 20°C e 760 mm de Hg de pressão.
41
7.1.2. CARACTERÍSTICAS DAS FONTES:
Fontes Radioativas:
Fontes Toriativas
Fontes Sulfurosas
Quanto à Temperatura:
42
Fontes Hipotermais: quando sua temperatura estiver compreendida
entre 25 e 33°C;
O Brasil é um país muito rico nos diversos tipos de águas, tanto minerais, como
potáveis de mesa. No entanto, a maior produção e o maior consumo no País são de
águas leves e macias, classificadas na fonte como radioativas, fracamente
radioativas e hipotermais, assim como as águas classificadas quimicamente como:
fluoretadas, carbogasosas, potáveis de mesa e oligominerais, representando 78%
da produção nacional.
Além de saciar a sede e hidratar o corpo, as águas minerais podem oferecer grande
contribuição à saúde. Conforme sua composição físico-química, são indicadas
tanto para tornar a pele fresca e saudável, quanto para repor energia e combater
diversos males, como estresse, alergias e certas doenças crônicas.
A partir de então, até os nossos dias, a cura pelas águas se consolidou em todo o
mundo como um dos ramos auxiliares da medicina (e até da veterinária) com a
denominação de Crenoterapia – do grego crenos = fonte.
43
Isto porque, por obra e graça da natureza, cada água mineral tem sua
exclusiva composição físico-química. Não existe uma água igual a outra
porque o conteúdo de sais minerais, processado ao longo de centenas ou
milhares de anos, decorre dos diversificados tipos de rochas por onde elas
são filtradas. Influenciam também na sua composição a radioatividade e a
temperatura de cada fonte.
Importante é não esperar ter sede para então ingerir água. A sede é um
sintoma de desidratação, o que significa que o organismo já está em
débito. Recomenda-se o consumo diário de 1 a 2 litros, dependendo da
44
necessidade de hidratação de cada organismo. É certo que desportistas
precisam de maiores quantidades, antes e depois de praticar exercícios.
CLASSIFICAÇÃO INDICAÇÕES
Ferruginosas Anemias, parasitoses, alergias e acne juvenil; estimulam o apetite
Fluoretadas Para saúde de dentes e ossos
Dissolvem cálculos renais e biliares; favorecem a digestão; são
Radioativas
calmantes e laxantes; filtram excesso de gordura do sangue
Diuréticas e digestivas, são ideais para acompanhar refeições;
Carbogasosas repõe energia e estimula o apetite; eficazes contra hipertensão
arterial
Sulfurosas Para reumatismos, doenças da pele, artrites e inflamações em geral
Sedativas e tranqüilizantes, combatem a insônia, nervosismo,
Brometadas
desequilíbrios emocionais, epilepsia e histeria.
Sulfatadas sódicas para prisão de ventre, colites e problemas hepáticos
Para casos de raquitismo e colite; consolidam fraturas e têm ação
Cálcicas diurética. Reduz a sensibilidade em casos de asma, bronquites,
eczemas e dermatoses.
45
Tratam adenóides, inflamações da faringe e insuficiência da
Iodetadas
tireóide.
Bicarbonatadas Doenças estomacais, como gastrites e úlceras gastroduodenais,
sódicas hepatite e diabetes.
Alcalinas Diminuem a acidez estomacal e são boas hidratantes para a pele
Ácidas Regularizam o pH da pele
Carbônicas Hidratam a pele e reduzem o apetite
Sulfatadas Atuam como antiinflamatório e antitóxico
Oligominerais Higienizam a pele, diurese, intoxicações hepáticas, ácido úrico,
radioativas inflamações das vias urinárias, alergias e estafa
O consumo per/capita dos brasileiros, que era de 9,8 litros/ano em 1995, passou
para 17,67 litros/ano em 1999 e hoje está em cerca de 19 litros/ano, sendo a
comercialização em residências, com garrafões de 20 litros, responsável por quase
60% do consumo nacional. O nosso consumo ainda é muito inferior ao da maioria
dos países europeus e dos Estados Unidos. Na Itália o consumo chega a ser de 155
litros por habitante/ano, na Bélgica 123 litros, na França 89 litros e nos Estados
Unidos 42,1 litros.
Em 1999 o Brasil importou quase 1,4 milhão de litros, correspondentes a US$ 472
mil, procedentes da França (67%), Itália, Trinidad-Tobago, Portugal e Reino
46