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CARDIOVASCULAR
► Além da região cardiogênica, outros agrupamentos de células angiogênicas aparecem dos dois
lados, paralelamente e junto à linha média do escudo embrionário - esses agrupamentos adquirem luz e
formam um par de vasos longitudinais, as aortas dorsais.
► Mais tarde, esses vasos se ligam, através dos arcos aórticos, com a região em ferradura, que forma o
tubo cardíaco.
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A Formação do Tubo Cardíaco
► Inicialmente, a porção central da área cardiogênica fica anterior à membrana bucofaríngea e à placa
neural;
► com o fechamento do tubo neural e a formação das vesículas encefálicas, o sistema nervoso central
cresce em direção cefálica tão rapidamente que se estende sobre a área cardiogênica central e sobre a
futura cavidade pericárdica;
► Com o crescimento do encéfalo e do dobramento cefálico do embrião, a membrana bucofaríngea é
tracionada para adiante enquanto o coração e a cavidade pericárdica se movem, primeiro para a região
cervical e, finalmente, para o tórax;
► No momento em que os tubos cardíacos primitivos se fundem, uma camada externa do coração
embrionário, o miocárdio primitivo, é formado do mesoderma esplâncnico - no coração em
desenvolvimento, o delgado tubo endotelial é separado do miocárdio primitivo por um tecido
conjuntivo gelatinoso, a geléia cardíaca;
► Células mesoteliais da região do seio venoso migram sobre o coração, formando o epicárdio.
Portanto, o coração consiste em três camadas:
a. o endocárdio, que forma o revestimento endotelial interno;
b. o miocárdio, que forma a parede muscular; e
c. o epicárdio, ou pericárdio visceral, que cobre a parte externa do tubo. Essa camada externa é a
responsável pela formação das artérias coronárias, inclusive por seu revestimento endotelial e seu
músculo liso.
Extremidade cefálica de um embrião somítico inicial. O tubo cardíaco, constituído pelo endocárdio em
desenvolvimento e pela camada que o envolve, faz saliência na cavidade pericárdica e o mesocárdio
dorsal está se rompendo.
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Desenhos da vista dorsal de um embrião (cerca de 20 dias). B. Corte transversal esquemático da região
do coração do embrião ilustrado em A, mostrando dois tubos cardíacos e as pregas laterais do corpo.
C. Corte transversal de um embrião ligeiramente mais velho mostrando a formação da cavidade
pericárdica e os tubos cardíacos se fusionando. D. Corte semelhante (cerca de 22 dias), mostrando o
tubo cardíaco suspenso pelo mesocárdio dorsal. E. Desenhos esquemáticos do coração (cerca de 28
dias) mostrando a degeneração da parte central do mesocárdio dorsal e a formação do seio transverso
do pericárdio. F. Corte transversal do embrião no nível mostrado em E, mostrando as camadas da
parede cardíaca.
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A a C. Desenhos de vista ventral do coração em desenvolvimento e da região pericárdica (22 a 35
dias). A parede pericárdica ventral foi removida para mostrar o miocárdio em desenvolvimento e a
fusão dos dois tubos cardíacos para formar um tubo único. A fusão começa na extremidade cranial dos
tubos cardíacos e se estende caudalmente até que esteja formado o tubo cardíaco único. O endotélio do
tubo cardíaco forma o endocárdio do coração. Como o coração se alonga, ele forma segmentos
regionais e se dobra sobre si mesmo, dando origem a um coração em forma se S (D e E).
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Formação da
Alça Cardíaca
► No dia 23, o
tubo cardíaco
continua a alon-
gar-se e a curvar-
se;
► A porção
cefálica do tubo
curva-se em sen-
tido ventral,
caudalmente e
para a direita (B
e C), e a porção
atrial (caudal)
desloca-se dorso-
cefalicamente;
► Essa cur-
vatura, que pode
ser causada por
mudanças da for-
ma das células,
cria a alça cardía-
ca, que está com-
pleta no dia 28. D E
► Enquanto a
alça cardíaca está
se formando, Formação da alça cardíaca:
expansões locais A. 22 dias; B. 23 dias; C. 24
tornam-se visí- dias; D e E. Coração de
veis por toda a embrião de 28 dias: D. Vista
extensão do tubo; esquerda; E. Vista frontal.
► A porção Linha interrompida = peri-
atrial, inicial- cárdio;
mente uma es-
trutura dupla si- F e G. Micrografias de
tuada fora da microscopia eletrônica de
cavidade pericár- varredura de embriões de
dica, forma um camundongo mostrando
átrio comum e é vistas frontais do processo
incorporada para F G apresentados nos desenhos B
dentro da cavida- e C, respectivamente.
de pericárdica
(D); A = átrio primitivo, Setas =
► O bulbo ar- septo transverso; S = seio
erioso é estreito, venoso; V = ventrículo;
exceto em seu
terço proximal, H. Micrografias de
porção que for- microscopia eletrônica de
mará a parte tra- varredura de embriões de
beculada do ven- camundongo em estágio
trículo direito semelhante ao mostrado no
(E). H desenho D.
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► A junção átrio-
ventricular permanece es-
treita e forma o canal
atrioventricular, que liga o
átrio comum com o ven-
trículo embrionário inicial;
► Como já mencionado, o
bulbo arterioso é estreito,
exceto em seu terço proximal,
e essa porção formará a parte
trabeculada do ventrículo
direito;
► A porção média, o cone
arterioso, formará os tratos
efluentes de ambos os
ventrículos;
► A parte distal do bulbo, o
tronco arterioso, formará as
raízes e a porção proximal da
aorta e da artéria pulmonar;
► A junção do ventrículo
com o bulbo arterioso,
indicada externamente pelo Corte frontal do coração de um embrião de 30 dias mostrando o
sulco bulboventricular forame interventricular primário e a abertura do átrio no ventrículo
permanece estreita - ela é esquerdo primitivo. Note a flange bulboventricular. Setas = direção
denominada forame inter- do fluxo sangüíneo.
ventricular primário;
► No fim da formação da alça, o tubo cardíaco, de paredes lisas, começa a formar trabéculas
primitivas em duas áreas bem definidas em posições proximal e distal ao forame interventricular
primário;
► O bulbo permanece temporariamente com paredes lisas. O ventrículo primitivo, agora trabeculado,
é denominado ventrículo esquerdo primitivo;
► Do mesmo modo, o terço proximal trabeculado do bulbo arterioso pode ser denominado ventrículo
direito primitivo;
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► A formação de tais massas depende da síntese e do depósito de matriz extracelular e da proliferação
celular. Essas massas, denominadas coxins endocárdicos, formam-se nas regiões atrioventricular e
conotruncal (tronco-cone) - Nesses locais, elas ajudam a formar os septos atrial e ventricular
(membranoso), os canais atrioventriculares e os canais aórtico e pulmonar;
► A outra maneira pela qual um septo se forma não envolve coxins endocárdicos - uma estreita faixa
de tecido da parede do átrio, ou do ventrículo, deixar de crescer, enquanto áreas de ambos os lados se
expandem rapidamente, formando uma crista estreita entre as duas porções em expansão (D e E);
► Quando o crescimento das porções em expansão continua em um dos lados da faixa estreita, as duas
paredes se aproximam uma da outra e eventualmente se fundem, formando um septo (F);
► Um septo desse tipo nunca
divide completamente a luz
original, mas deixa um estreito
canal de comunicação entre as
duas secções expandidas, que é
fechado depois por tecidos
vizinhos em proliferação;
► Um septo desse tipo divide
parcialmente os átrios e os
ventrículos.
A figura ao lado
mostra a formação
do septo do canal
atrioventricular:
A. Da esquerda para
a direita, dias 23, 26,
31 e 35 dias;
B. Micrografia de
microscopia eletrô-
nica de varredura do
coração de embrião
de camundongo mos-
trando o crescimento
e a fusão dos coxins
endocárdicos supe-
rior e inferior no ca-
nal atrioventricular.
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Valvas Atrioventriculares
► Depois da fusão dos coxins subendocárdicos atrioventriculares, os orifícios atrioventriculares são
envolvidos por proliferações locais de tecido mesenquimatoso (A);
► Quando a corrente sanguínea escava e adelgaça o tecido da superfície do ventrículo nessas
proliferações, formam-se valvas, que permanecem presas à parede ventricular por cordões musculares
(B);
► Finalmente, o tecido muscular dos cordões degenera e é substituído por tecido conjuntivo denso;
► As valvas consistem, então, em tecido conjuntivo coberto por endocárdio;
► Elas se prendem a trabéculas espessas da parede do ventrículo, os músculos papilares, através da
cordoalha tendinosa (C);
► Dessa maneira, formam-se no
canal atrioventricular esquerdo dois
folhetos da valva, constituindo a
valva bicúspide, ou mitral,
enquanto no lado direito formam-se
três folhetos, que constituem a
valva tricúspide.
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