Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Recentemente, lendo o artigo que foi disponibilizado para Download, do Prof. Silvio
Lengler, pertinente a questão da responsabilidade técnica nos entrepostos de mel,
senti a necessidade de escrever este outro artigo, esclarecendo alguns pontos que
parecem não foram analisados ou discutidos naquele trabalho.
Inicialmente vamos esclarecer alguns dispositivos legais, que não foram comentados
de forma apropriada e que representam o aspecto legal, que favorece o exercício de
muitas atividades profissionais, consideradas como restritas de certas profissões.
Ao aceitar se tornar um Responsável Técnico – via TRT, o profissional deve ter plena
ciência da importância do seu cargo. Seu ocupante responde não só pela qualidade e
segurança de um ou mais produtos ou serviços, mas também pela precisão das
informações que chegam ao consumidor. A função, portanto, deve ser vista como um
sinônimo de autonomia na tomada de decisões que envolvam esses aspectos. Se a
empresa pela qual responde causar danos tanto aos demais funcionários quanto aos
consumidores do seus produtos, o Responsável Técnico estará sujeito, juntamente
com a empresa, a responder a processos civis e criminais.
A luz destas considerações iniciais, deve ser esclarecido que não cabe, em hipótese
alguma, ao CONFEA – Conselho Federal de Engenharia e Arquitetura, ou ao MAPA –
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ou ao INCRA – Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária a atribuição legal de legislar atividades
profissionais. Ao primeiro cabe, única e exclusivamente a atribuição de Fiscalizar o
Exercício das atividades inerentes às suas atribuições. Aos demais citados – fizemos
isto, haja visto erros cometidos por ambos e em discussão judicial – cabe criar
condições de trabalho, não determinando ou legislando que profissional pode ou não
exercer determinada atividade.
Assim sendo, para que um profissional obtenha uma ART ou um TRT, deve comprovar
em sua formação, a presença de disciplinas e conhecimento técnico que justifiquem a
emissão de tais documentos.
Por esta razão é que vários profissionais, de diversas áreas, podem atuar na
responsabilidade técnica de entrepostos de mel, não somente os preconizados pelo
artigo do Prof. Silvio Lengler. Basta, para isto, apresentar a devida ART ou TRT,
conforme for o caso.
i
Biólogo Licenciado Pleno (PUCRS), Esp. Lato Sensu em Informática na Educação (PUCRS),
Toxicologia Animal (ABEAS/PUCRS), Orientação Educacional (UCAM) e Microbiologia (UCS),
Ms. Stricto Sensu em Biociências – Zoologia (PUCRS), e Dr. Stricto Sensu em Informática na
Educação (UFRGS).