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IMAGINÁRIO
Tais cenas que presencio há algum tempo neste Centro não passam
despercebidas, embora pela repetição tragam uma sensação de familiaridade, exigindo
uma elaboração.
1) PRAZER NO MOVIMENTO
Para começar, reporto-me às hesitações, vacilações e tropeços de
uma pequena criança, na tentativa da aquisição da postura ereta, algo da ordem do
humano. Essas sensações, embora, certamente, já esquecidas por nós, adultos, podem
ser reavivadas, quando por algum motivo somos acometidos por vertigem, tontura e
tremores.
Assinalo já, neste momento, que este ato motor tão peculiar ao
humano de erguer, sustentar e se mover no espaço não implica apenas na maturação
do sistema neuromuscular. De que mais, então, depende ? Lacan, no seu Seminário
“As Psicoses”, diz: “O subjetivo aparece no real na medida que supõe que temos à
nossa frente um sujeito capaz de se servir do significante, do jogo do significante. E
capaz de servir-se dele não para significar algo, mas precisamente para enganar sobre o
que se tem de significar”1.
3) AUTISMO
Marie Christine Lasnik-Penot, estudiosa desses severos
distúrbios, tendo Lacan como fonte fecunda de inspiração, situa o autismo num tempo
pré-especular, num “tempo lógico anterior a constituição do Estágio do Espelho”. Por
não encontrar lugar no imaginário materno, não chega a assumir antecipadamente uma
imagem de totalidade de si, vivendo no reino da dispersão angustiante do corpo, no
tempo da fragmentação. Portanto, o corpo não ganha consistência imaginária.
4 ) PSICOSE INFANTIL
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS