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3.1 Microestrutura antes e após colapso – solo de solo com o estado de compactação e a
Petrolândia-PE microestrutura antes e após o colapso.
O solo colapsível de Petrolândia-PE
A Figura 4 apresenta de forma integrada o apresenta umidade inicial de 1,70%, grau de
comportamento de variação de volume do solo saturação de 7,61%, índice de vazios de 0,590,
submetido a uma tensão quando a umidade peso específico natural de 16,25 KN/m3 e uma
aumenta e relaciona a distribuição dos grãos do sucção inicial de 10 MPa. Estas condições
iniciais são representadas nas Figura 4 a), b), c), d) com indicação do algarismo 1
c)
b)
a)
d)
e)
Figura 4. Variação do potencial de expansão e colapso associados a tensão de expansão, índice de vazios crítico e grau
de saturação crítica
A amostra do solo comprimiu 2,26% sob
tensão vertical de 320 kPa, na mesma umidade
inicial, porém, agora com índice de vazios de
0,538, grau de saturação de 8,63% e peso
específico aparente seco de 17,40 KN/m3, Figura
4 (com indicação do algarismo 2). Após a
inundação o solo colapsou 6,20%. Sob esta
condição o solo saturou, a umidade atingiu
16,62% e o peso específico aparente seco de
18,66 KN/m3 correspondente a um grau de
compactação de 95,69% Figura 4a), b), e c).
Após o processo de colapso, (Figura 4 c), d)
Figura 5. Micrografia de grãos de areia revestidos de e) indicado pelo algarismo 3), o solo foi
argila iluvial, a) e b) em amostras indeformadas (MO), c) dessecado sob a tensão de 320,00 kPa e
Ponte de argila – MEV e d) Após colapso - MEV descarregado à tensão zero com variação de
volume positiva de 0,30 %. A amostra foi
preparada, como descrita no item 2, para ser A Figura 7 apresenta de forma integrada o
observada a sua estrutura em microscópio ótico. comportamento de variação de volume do solo
Apesar de todos os efeitos do processo de colaspsível de Petrolina – PE. O solo é uma
preparação das amostras (secagem, alívio de areia mal graduada, o peso específico natural do
tensão, corte, vácuo, etc), observa-se que as varia de 14,97 a 15,10 kN/m3, a umidade natural
estruturas do solo após colapso são similares às é de 0,81% e o valor do peso específico aparente
da amostra indeformada do solo natural. Há, seco máximo é de 18,50 kN/m3 e umidade ótima
entretanto, um empacotamento mais denso entre de 7,30%.
os grãos, causado pela aplicação da tensão e do Para observar a microestrutura após colapso,
colapso, Figura 4e. A microestrutura do solo o solo com índice de vazios inicial de 0,72
após colapso ainda é instável e os grãos de areia (indicado na Figura 7 pelo algarismo 1)
encontram-se revestidos com argila iluvial, comprimiu 2,07% sob a tensão vertical de 160
porém com menor espessura do que na amostra kPa, na mesma umidade inicial, porém, agora
“indeformada” (< 15 m). A percolação da água com índice de vazios de 0,660, grau de saturação
provoca um carreamento das partículas de argilas de 3,23% e peso específico aparente seco de
que passam a preencher os vazios presentes na 15,84 KN/m3 (indicado na Figura 7 pelo
amostra indeformada. Na lâmina observa-se que algarismo 2). A inundação provocou um colapso
a percentagem de grãos permanece 50% e de de 4,58% (esta condição é apresentada na Figura
argilas cresce para 18%. 7 com a indicação do algarismo 3). Após o
A Figura 6 mostra a variação dos valores dos colapso, o solo foi dessecado sob a tensão de
potenciais de colapso com as tensões aplicadas 160,00 kPa e descarregado à tensão zero com
obtidos a partir de ensaios edométricos simples variação de volume positiva de 0,20 %. A
após ciclos sucessivos de carregamento, amostra foi preparada para ser observada no
inundação, descarregamento e secagem, MEV como descrito no item 2. Apesar de todos
realizados em solos colapsíveis de Petrolândia – os efeitos do processo de preparação das
PE por Ferreira (1995). O solo continua amostras (secagem, alívio de tensão, corte,
colapsando a cada ciclo, porém com menor vácuo, etc), observa-se que a estrutura do solo
intensidade com o acréscimo do número de após colapso é similar a do solo indeformado.
ciclos. A microestrutura tende a estabilidade mas Há, entretanto, um empacotamento mais denso
ainda é instável, Figura 4. entre os grãos, causado pela aplicação da tensão e
do colapso. A microestrutura do solo após
colapso ainda é instável e os grãos de areia
encontram-se revestidos com argila iluvial. A
percolação da água provoca um carreamento das
partículas de argilas que passam a preencher os
vazios presentes na amostra inderformada.
Figura 7. Variação do potencial de colapso associado a tensão de expansão, índice de vazios crítico e grau de saturação
crítica
REFERÊNCIAS