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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA CÍVEL

DA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANOÁ- DF

URGENTE

ANA CRISTINA SANTOS TEIXEIRA, brasileira, casada, pedagoga,


portadora do RG n° 1.720.809 SSP/DF, inscrita no CPF sob nº 712.707.281-72, filha
de Valdivino Rodrigues Teixeira e Maria do Socorro Santos Teixeira, endereço
eletrônico: acst34@hotmail.com, residente e domiciliada à Quadra 18 - Conjunto B -
Casa 03, Paranoá- DF, CEP: 71571-802, vem por intermédio de seu procurador que
esta subscreve, com escritório profissional na Quadra 18 - Conjunto 12 – Lote 13 –
Paranoá – DF, CEP: 71751-716, local onde indica para receber futuras intimações e
notificações, nos termos dos artigos 247 a 249 do Código Civil e 273 do CPC, à
presença de Vossa Excelência, propor

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER


C/C PEDIDO DE LIMINAR

em face de INSTITUTO EDUCACIONAL SUPERIOR BRASILEIRO -


IDESB, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº
10.710.404/0001-22, com sede em QSD LOTE 07 SALAS 102 e 108 e 203 a 207,
CEP: 72.020-111 – Taguatinga – DF e INSTITUTO SUPERIOR ALBERT
EINSTEIN - ISALBE, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob nº
04.260.186/0001-79, com sede em QNM 36 Área especial 04 Lote 04 – CEP:
72.145-600 - M norte – Taguatinga Norte – DF, pelos motivos e fatos que passa a
expor.

PRELIMINARMENTE:

I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA:

Inicialmente, sob as penas da Lei, e de acordo com o disposto no art. 4º, §


1º, da Lei 1.060/50, com a redação introduzida pela Lei 7.510/86, a Requerente
afirma não ter condições financeiras de arcar com as custas processuais e
honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, razão
pela qual faz jus ao benefício da Gratuidade de Justiça.

BREVE SÍNTESE DOS FATOS

A Autora foi regularmente matriculada no Instituto Superior Albert Einstein, onde


concluiu o curso de Pedagogia em 16/12/2016 e colou grau em 17/12/2016 (doc.
01). Ocorre que até o presente momento a Requerente não recebeu o Diploma e as
documentações atualizadas pelo qual solicitou por e-mail. (doc. 02).
Cabe ressaltar que a Requerente atendeu completamente todos os
requisitos para a obtenção do diploma, inexistindo óbice à diplomação.
É importante trazer à baila que a Requerente foi aprovada em Concurso
Público e necessita com URGÊNCIA do seu diploma para assumir a vaga de contrato
temporário de Professora da Secretaria de Educação do Distrito Federal, e
posteriormente o concurso efetivo para Professora de atividade da mesma
Secretaria (doc.03).
Em que pese a Requerente estar em posse do Certificado de conclusão
(doc. 03) a Secretaria não aceitou o referido documento, informando-a ser
obrigatório a apresentação do Diploma, sendo reiterada essa informação por e-mail
junto às instituições, que inclusive mencionou seu nome incorreto no e-mail, o que
corrobora ainda mais a falta de zelo e o descaso com a documentação dos alunos.
A nomeação da Requerente foi publicada no Diário Oficial n° 184, página
120, em 25 de setembro de 2017, com classificação n° 1.228 (doc.04), ocorre que
já foram convocados até a posição n° 1.227 e até o presente momento a
Requerente não está em posse da documentação necessária para assumir o tão
sonhado cargo Público em razão da negligência das Instituições, podendo ser
chamada a qualquer momento.
Cabe destacar que a Autora depende exclusivamente deste diploma para
assumir o cargo público, tendo informado às Rés reiteradas vezes o risco em perder
a vaga caso sua solicitação não seja atendida e mesmo assim não obteve êxito.
Portanto, não restou alternativa à Autora senão a propositura da presente
ação requerendo a emissão imediata do diploma.

II – DA TUTELA ANTECIPADA

Primeiramente, destaca-se o fundamento do pedido de antecipação da


tutela Jurisdicional, disposta na Lei nº 8.078/90 Código de Defesa do Consumidor:

“Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação


de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da
obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado
prático equivalente ao do adimplemento...”

Destaco ainda a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de


Processo Civil – com alterações posteriores:

“Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total


ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial,
desde que, existindo prova inequívoca, se convença da
verossimilhança da alegação e: I – haja fundado receio de dano
irreparável ou de difícil reparação; ou II – fique caracterizado o
abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do
réu.(...)”

São requisitos para a concessão da tutela antecipada o fundamento da


demanda e o justificado receio de ineficácia do provimento final, em síntese o
“fumus boni iuris ” e o “periculum in mora”.
O autor roga pela liminar unicamente para que a requerida cumpra o dispositivo
legal e lhe forneça o diploma registrado referente ao curso de ensino médio.
Salienta-se aqui que a própria instituição de ensino, em resposta a
reclamação, reconhece o direito da parte autora não colocando nenhum óbice ao
fornecimento do mencionando diploma.
Assim, temos que o “ fumus boni iuris ” se encontra mais do que
evidenciado, pois o autor alega e, em momento nenhum, a parte ré impugna suas
alegações em sede administrativa.
O “periculum in mora” se encontra presente nesta demanda uma vez
que a parte autora já perdeu inúmeras oportunidades de emprego devido a
ausência do seu diploma de conclusão de curso.
Destaca-se ainda que, a parte autora, tendo concluído seu curso
superior, se candidatou em diversos concursos públicos e obteve aprovação no
Concurso da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal para o cargo de
Professor de educação básica.
Ocorre que o concurso tem como pré-requisito a conclusão do ensino
superior com a consequente entrega do Diploma, e de acordo com o cronograma
de posse (doc. 04) a Requerente será a próxima a ser convocada, pois até o
presente momento a última convocação foi a de n° 1.227 e a classificação da
Requerente é a de n° 1.228.
A autora que já sofre impactos econômicos negativos, assim como a
maioria dos cidadãos deste país, conta com esse diploma para que possa evoluir
profissionalmente e assumir o tão sonhado cargo público.
Pelo exposto é relevante e urgente que as Requeridas cumpram a lei e
não retenha o Diploma a que a Autora tem direito.
Mais que demonstrado o “ fumus boni iuris ” e o “periculum in mora ”,
temos que a tutela se faz estritamente necessária para que as Instituições
Requeridas promovam a imediata entrega do diploma de conclusão de
curso à autora

DO DANO MORAL

Conforme demonstrado pelos fatos narrados e prova documental


acostada aos autos, o dano moral fica perfeitamente caracterizado pelo dano
sofrido pela Autora em razão da negligência das Instituições em não entregar o
diploma de conclusão de curso, expondo a Autora um constrangimento e frustração
ilegítima, pois a mesma corre o risco de não assumir o cargo público pelo qual se
dedicou e tanto sonhou, gerando o dever de indenizar, conforme preconiza o
Código Civil em seu Art. 186.
O dano moral sofrido pela Autora ficou claramente demonstrado, uma
vez que seu direito foi violado, gerando angústia, estresse, HUMILHAÇÃO perante o
mercado de trabalho e frustração pelo serviço mal prestado e todas as práticas
abusivas que envolvem tal relação. A autora, em diversas oportunidades procurou a
ré PESSOALMENTE, faltando seus compromissos, para conseguir resolver o
problema, porém sem sucesso.
Trata-se de proteção constitucional, nos termos que dispõe a Carta
Magna de 1988 que, em seu artigo 5º:

Art. 5º - (...) X - são invioláveis a intimidade, (...) a honra,


assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;

E nesse sentido, a indenização por dano moral deve representar para a


vítima uma satisfação capaz de amenizar de alguma forma o abalo sofrido e de
infligir ao causador sanção e alerta para que não volte a repetir o ato, uma vez que
fica evidenciado completo descaso aos alunos.

Vejamos alguns precedentes sobre o tema:

APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO


DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM PEDIDO DE
INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL. DESCUMPRIMENTO
RELACIONADO À ENTREGA DE DIPLOMA. FALHA NA PRESTAÇÃO
DO SERVIÇO CONFIGURADA. DANO MORAL IN RE IPSA. QUANTUM
INDENIZATÓRIO. HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA. MAJORADOS.
DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL. Trata-se de recurso de apelação
interposto contra a sentença de procedência de ação de obrigação
de fazer cumulada com indenização por dano moral envolvendo
demora na emissão de diploma acadêmico. Consoante a exordial, a
parte autora colou grau no curso de Administração junto à
instituição educacional ré, contudo, até a data da propositura da
presente demanda, ainda não recebera o diploma correspondente,
vendo-se impossibilitada de exercer suas atividades profissionais.
Alega a ocorrência de dano moral in re ipsa. FALHA NA
PRESTAÇÃO DO SERVIÇO - A demora na expedição do
diploma é incontroversa, uma vez que a ré imputa o fato às
burocracias para expedição do documento. Conforme reiterados
precedentes desta Corte no tocante à matéria, a conduta da
requerida enseja o reconhecimento da falha na prestação do serviço
e, conseqüentemente, o dever de indenizar. DANO MORAL - Na
esteira do entendimento jurisprudencial consolidado, a
demora na expedição de diploma acarreta dano moral in re
ipsa, ou seja, aquele que é ínsito ao próprio fato danoso,
razão pela qual prescinde de prova de sua ocorrência.
Precedentes. QUANTUM INDENIZATÓRIO - A quantificação da
indenização deve passar pela análise das circunstâncias
relacionadas à gravidade do fato e suas consequências para o
ofendido, ao grau de reprovabilidade da conduta ilícita e,
principalmente, no caso concreto, às condições econômicas dos
litigantes. O arbitramento da indenização deve guardar relação com
os valores comumente fixados por esta Corte em situações
análogas, pelo que merece majoração o quantum indenizatório.
(...). (TJRS, Apelação 70075694844, Relator(a): Sylvio José Costa
da Silva Tavares, Décima Sétima Câmara Cível - Regime de
Exceção, Julgado em: 03/05/2018, Publicado em: 11/05/2018)

RECURSOS INOMINADOS. CURSO SEQUENCIAL. EXPEDIÇÃO


DIPLOMA. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAL.
ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. Curso sequencial de formação
específica concluído. Devida a expedição do correlato diploma pela
instituição que ministrou o curso. Diploma que foi expedido em
05/12/2017 (fls. 200/201); portanto, passados 18 meses,
aproximadamente, da data de conclusão do curso em junho de
2016. Danos materiais caracterizados pela impossibilidade
do autor, ora recorrido, ser integrado ao cargo de GCM -
Inspetor QTG-07. Valores apresentados pelo autor à fl. 18 dos autos
corretos. Indenização pelos danos materiais percebidos.
Admissibilidade. Dano moral configurado pela demora
injustificada na expedição do diploma. Presentes a conduta
(omissiva), o dano moral e o nexo causal surge para a recorrente-ré
o dever de indenizar. (...)(TJSP; Recurso Inominado 1028934-
93.2017.8.26.0053; Relator (a): Rubens Hideo Arai; Órgão Julgador:
3ª Turma - Fazenda Pública; Foro Central Cível - 39ª VC; Data do
Julgamento: 23/07/2018; Data de Registro: 23/07/2018)

Neste sentido é a lição do Exmo. Des. Cláudio Eduardo Regis de


Figueiredo e Silva, ao disciplinar o tema:

"Importa dizer que o juiz, ao valorar o dano moral, deve arbitrar


uma quantia que, de acordo com o seu prudente arbítrio, seja
compatível com a reprovabilidade da conduta ilícita, a
intensidade e duração do sofrimento experimentado pela
vítima, a capacidade econômica do causador do dano, as
condições sociais do ofendido, e outras circunstâncias mais
que se fizerem presentes" (Programa de responsabilidade civil.
6. ed., São Paulo: Malheiros, 2005. p. 116). No mesmo sentido
aponta a lição de Humberto Theodoro Júnior: [...] "os parâmetros
para a estimativa da indenização devem levar em conta os recursos
do ofensor e a situação econômico-social do ofendido, de modo a
não minimizar a sanção a tal ponto que nada represente para o
agente, e não exagerá-la, para que não se transforme em
especulação e enriquecimento injustificável para a vítima. O bom
senso é a regra máxima a observar por parte dos juízes" (Dano
moral. 6. ed., São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2009. p. 61).
Complementando tal entendimento, Carlos Alberto Bittar, elucida
que "a indenização por danos morais deve traduzir-se em
montante que represente advertência ao lesante e à
sociedade de que se não se aceita o comportamento
assumido, ou o evento lesivo advindo. Consubstancia-se,
portanto, em importância compatível com o vulto dos interesses em
conflito, refletindo-se, de modo expresso, no patrimônio do lesante,
a fim de que sinta, efetivamente, a resposta da ordem jurídica aos
efeitos do resultado lesivo produzido. Deve, pois, ser quantia
economicamente significativa, em razão das potencialidades do
patrimônio do lesante" (Reparação Civil por Danos Morais, RT,
1993, p. 220). Tutela-se, assim, o direito violado. (TJSC, Recurso
Inominado n. 0302581-94.2017.8.24.0091, da Capital - Eduardo
Luz, rel. Des. Cláudio Eduardo Regis de Figueiredo e Silva, Primeira
Turma de Recursos - Capital, j. 15-03-2018)

Portanto, considerando que as Requeridas ultrapassaram os limites


razoáveis do exercício de seu direito, afetando seriamente a dignidade da Autora,
devida indenização por danos morais.
A narrativa demonstra claramente o grave abalo moral sofrido pela
Autora em manifesto constrangimento ilegítimo. A doutrina ao lecionar sobre a
matéria destaca:

“O interesse jurídico que a lei protege na espécie refere-se ao bem


imaterial da honra, entendida esta quer como o sentimento da
nossa dignidade própria (honra interna, honra subjetiva), quer
como o apreço e respeito de que somos objeto ou nos tornamos
mercadores perante os nossos concidadãos (honra externa, honra
objetiva, reputação, boa fama). Assim como o homem tem direito à
integridade de seu corpo e de seu patrimônio econômico, tem-no
igualmente à indenidade do seu amor-próprio (consciência do
próprio valor moral e social, ou da própria dignidade ou decoro) e
do seu patrimônio moral.” (CAHALI, Yussef Said. Dano Moral. 2ª
ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1998, p. 288).
Assim, diante da evidência dos danos morais em que a Autora fora
acometida, resta inequívoco o direito à indenização.
E nesse sentido, a indenização por dano moral deve representar para a
vítima uma satisfação capaz de amenizar de alguma forma o abalo sofrido e de
infligir ao causador sanção e alerta para que não volte a repetir o ato, uma vez que
fica evidenciado completo descaso aos transtornos causados.

DO QUANTUM INDENIZATÓRIO

O quantum indenizatório deve ser fixado de modo a não só garantir à


parte que o postula a recomposição do dano em face da lesão experimentada, mas
igualmente deve, servir de reprimenda àquele que efetuou a conduta ilícita, como
assevera a doutrina:

“Com efeito, a reparação de danos morais exerce função


diversa daquela dos danos materiais. Enquanto estes se
voltam para a recomposição do patrimônio ofendido, por
meio da aplicação da fórmula “danos emergentes e lucros
cessantes” (CC, art. 402), aqueles procuram oferecer
compensação ao lesado, para atenuação do sofrimento
havido. De outra parte, quanto ao lesante, objetiva a
reparação impingir-lhe sanção, a fim de que não
volte a praticar atos lesivos à personalidade de
outrem.” (BITTAR, Carlos Alberto. Reparação Civil por
Danos Morais. 4ª ed. Editora Saraiva, 2015. Versão Kindle, p.
5423)

Neste sentido é a lição do Exmo. Des. Cláudio Eduardo Regis de


Figueiredo e Silva, ao disciplinar o tema:
"Importa dizer que o juiz, ao valorar o dano moral, deve
arbitrar uma quantia que, de acordo com o seu prudente
arbítrio, seja compatível com a reprovabilidade da
conduta ilícita, a intensidade e duração do
sofrimento experimentado pela vítima, a capacidade
econômica do causador do dano, as condições
sociais do ofendido, e outras circunstâncias mais
que se fizerem presentes" (Programa de responsabilidade
civil. 6. ed., São Paulo: Malheiros, 2005. p. 116). No mesmo
sentido aponta a lição de Humberto Theodoro Júnior: [...] "os
parâmetros para a estimativa da indenização devem levar
em conta os recursos do ofensor e a situação econômico-
social do ofendido, de modo a não minimizar a sanção a tal
ponto que nada represente para o agente, e não exagerá-la,
para que não se transforme em especulação e enriquecimento
injustificável para a vítima. O bom senso é a regra máxima a
observar por parte dos juízes" (Dano moral. 6. ed., São
Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2009. p. 61).
Complementando tal entendimento, Carlos Alberto Bittar,
elucida que"a indenização por danos morais deve
traduzir-se em montante que represente advertência
ao lesante e à sociedade de que se não se aceita o
comportamento assumido, ou o evento lesivo
advindo.Consubstancia-se, portanto, em importância
compatível com o vulto dos interesses em conflito, refletindo-
se, de modo expresso, no patrimônio do lesante, a fim de que
sinta, efetivamente, a resposta da ordem jurídica aos efeitos
do resultado lesivo produzido. Deve, pois, ser quantia
economicamente significativa, em razão das potencialidades
do patrimônio do lesante"(Reparação Civil por Danos Morais,
RT, 1993, p. 220). Tutela-se, assim, o direito violado. (TJSC,
Recurso Inominado n. 0302581-94.2017.8.24.0091, da Capital
- Eduardo Luz, rel. Des. Cláudio Eduardo Regis de Figueiredo
e Silva, Primeira Turma de Recursos - Capital, j. 15-03-2018)
Ou seja, enquanto o papel jurisdicional não fixar condenações que
sirvam igualmente ao desestímulo e inibição de novas práticas lesivas,
situações como estas seguirão se repetindo e tumultuando o judiciário.

Portanto, cabível a indenização por danos morais. E nesse sentido, a


indenização por dano moral deve representar para a vítima uma satisfação capaz de
amenizar de alguma forma o abalo sofrido e de infligir ao causador sanção e alerta
para que não volte a repetir o ato, uma vez que fica evidenciado completo descaso
aos transtornos causados.
Nesse diapasão, uma vez demonstrada a prática ilícita por parte das
Requeridas e a configuração do dano moral sofrido pela Autora, requer a
condenação das Rés ao pagamento no valor de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) a
título de danos morais, por ser de direito.

DOS PEDIDOS

ISTO POSTO, requer-se a Vossa Excelência que:

1. Defira a tutela de urgência pleiteada, para suspender os efeitos do


ato impugnado, determinando ao Réu que proceda os atos necessários à
colação de grau do Autor e consequente emissão do diploma;

2. Seja concedida a Gratuidade de Justiça nos termos do Art. 98 do Código de


Processo Civil;

3.

4. Ao final, seja julgado totalmente procedente a presente demanda, para


declarar a nulidade do ato que impediu a colação de grau do Impetrante,
confirmando a tutela de urgência se deferida, procedendo com todos os atos
necessários à colação de grau do Impetrante e consequente emissão do
diploma;
5. Seja o Réu condenado à sucumbência e custas processuais, nos termos do
Art. 85, do NCPC.

REQUERIMENTOS

1. Determine a intimação do Réu para, querendo, responder à presente


demanda;

2. A produção de todas as provas admitidas em direito;

3. Seja requisitada à Repartição Pública ________ a emissão de certidão


________ , necessária à comprovação do direito aqui pleiteado nos termos
do art. 438 do CPC;

4. Requer que as intimações ocorram EXCLUSIVAMENTE em nome do


Advogado ________ , OAB ________ .

5. Por fim, manifesta o ________ na audiência conciliatória, nos termos do


Art. 319, inc. VII do CPC.

Valor da causa: R$ ________

Nestes termos, pede deferimento.

________ , ________ .

________ ,
________
ANEXOS:

1. Cópia do RG e CPF do Autor

2. Comprovante de residência do Autor

3. Procuração

4. Custas Judiciais se não houver pedido de gratuidade de justiça

5. Ato impugnado - Impedimento à colação

6. Prova do esgotamento da via administrativa

7. Prova do atendimento aos demais requisitos à diplomação

8. Prova da tentativa de solução junto ao Réu

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