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Centro de Emprego e Formação Profissional do Porto

Serviço de Formação Profissional do Porto

UFCD 7225
Estado de Saúde –
Abordagem Geral em
Contexto Domiciliário

Formadora:

Elisabete Silva
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Índice
Introdução ........................................................................................................................ 3

Âmbito do Manual ........................................................................................................ 3

Objetivos ....................................................................................................................... 3

Conteúdos Programáticos............................................................................................. 3

Carga Horária ................................................................................................................ 3

1. Âmbito de atuação do técnico familiar e de apoio à comunidade .............................. 4

2. Procedimentos e cuidados no apoio à toma de medicação ........................................ 7

2.1. Precauções sobre o uso de medicamentos ........................................................... 7

2.2. Cuidados no armazenamento e administração (verificação do estado de


validade; cuidados no armazenamento; outros) .......................................................... 7

2.3. Procedimentos de registo das tomas .................................................................. 13

3. Técnicas de deteção de alterações do estado de saúde ............................................ 15

4. Regras de atuação em situações de alteração do estado de saúde........................... 25

4.1. Forma de atuação ................................................................................................ 25

4.2. Rede de contactos ............................................................................................... 27

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Introdução

Âmbito do Manual
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação
de curta duração nº 7225 – Estado de saúde – abordagem geral em contexto
domiciliário, de acordo com o Catálogo Nacional de Qualificações.

Objetivos
 Reconhecer o âmbito de atuação do técnico familiar e de apoio à comunidade.
 Apoiar o indivíduo na toma de medicação.
 Identificar as alterações do estado de saúde do indivíduo/pessoa.
 Aplicar os procedimentos em casos de alteração do estado de saúde do
indivíduo.
 Efetuar o registo e transmitir ocorrências.

Conteúdos Programáticos
 Âmbito de atuação do técnico familiar e de apoio à comunidade
 Procedimentos e cuidados no apoio à toma de medicação
o Precauções sobre o uso de medicamentos
o Cuidados no armazenamento e administração (verificação do estado de
validade; cuidados no armazenamento; outros)
o Procedimentos de registo das tomas
 Técnicas de deteção de alterações do estado de saúde
o Observação dos sinais vitais
o Questionamento acerca de sinais ou sintomas de alerta
o Vigilância da toma de medicação e outros cuidados de saúde
 Regras de atuação em situações de alteração do estado de saúde
o Forma de atuação
o Rede de contactos
o Procedimentos para registo das ocorrências
Carga Horária
25 horas.

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1. Âmbito de atuação do técnico familiar e de apoio à comunidade

O Técnico/a de Apoio Familiar e à comunidade tem como funções principais:

“Prestar cuidados de apoio direto a indivíduos no domicílio ou em contexto


institucional, nomeadamente idosos, pessoas com deficiência e pessoas com outro tipo
de dependência funcional temporária ou permanente, de acordo com as indicações da
equipa técnica e os princípios deontológicos de atuação.”

Articulação entre
equipa técnica e utente

Âmbito de
atuação do TAFC

Avaliação da evolução
Detetar situações do estado de saúde
anómalas físico e mental do
utente

I. Acompanhar o indivíduo na toma de medicamentos e no cumprimento de


planos de cuidados, de acordo com as orientações da equipa de saúde;

II. Atuar em situação de acidente, doença súbita ou agravamento do estado de


saúde.

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TAFAC = SOCORRISTA

Para tal é necessário que este:

 Se sinta autoconfiante, mas tenha a noção das suas limitações.

 Tenha uma atitude de compreensão e paciência.

 Seja capaz de tomar decisões, organizar e controlar a situação.

Primeiros socorros:

1. Chamar ajuda

2. Prestar cuidados imediatos

3. Evitar o agravamento da situação

Regras gerais na prestação de 1ºs socorros:

 Observar a evolução do estado da pessoa.

 Cobrir a vítima.

 Desapertar o vestuário mas não despir a vítima.

 Não dar nada a beber e/ou a comer,

 Nunca abandonar uma pessoa em estado de choque ou ferida.

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Serviço de apoio domiciliário:

1. Avaliação do utente

2. Aplicar normas especificas dos cuidados a prestar

3. Promover autonomia e prevenir a dependência

Tarefas que podem ser delegadas a colaboradores do SAD:

 Controlo da diabetes;

 Controlo da tensão arterial;

 Prevenção e controlo da incontinência;

 Posicionamento e mobilização;

 Prevenção e tratamento de úlceras de pressão.

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2. Procedimentos e cuidados no apoio à toma de medicação

2.1. Precauções sobre o uso de medicamentos


Deve existir um responsável pela gestão, controlo e assistência medicamentosa do
utente.

O TAFAC só deve administrar medicamentos (via oral e tópica) mediante a


apresentação de prescrição médica ou declaração de responsabilidade do utente e/ou
pessoa significativa.

 Conhecer a prescrição correta da medicação.

 Saber atuar em caso de efeitos secundários dos medicamentos.

 Guardar os medicamentos em local adequado.

 Fora do alcance das crianças ou pessoas que sofram de perturbações mentais.

 Guardar os medicamentos na embalagem, com a respetiva informação


terapêutica.

 Alguns medicamentos necessitam ser conservados no frigorífico.

 Todos os medicamentos devem ter a informação do prazo de validade e serem


alvo de controlo.

 Incentivar a utilização de caixas doseadoras.

2.2. Cuidados no armazenamento e administração (verificação do estado de


validade; cuidados no armazenamento; outros)
Medicamentos são produtos que têm a finalidade de tratar doenças ou aliviar os seus
sintomas e ainda diagnosticar ou prevenir doenças.

Remédio é um termo amplo para todos os recursos terapêuticos para combater


doenças ou os seus sintomas.

Exemplos:

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 Repouso,

 Fisioterapia,

 Cirurgia,

 Preparados caseiros,….

Formas de apresentação dos medicamentos

 Sólidas (pós, comprimidos, pilulas, supositórios, óvulos…)

 Semissólidas (pomadas, cremes, géis, pastas)

 Liquidas (gotas, soluções, injetáveis, loções)

Regras dos cinco certos para a administração de medicamentos:

 Medicamento certo,

 Dose certa,

 Hora certa,

 Via de administração certa,

 Utente certo.

Modo de administração dos medicamentos

• Oral

• Sublingual

• Tópica

• Oftálmica

• Auricular

• Inalatória

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• Nasal

• Retal

• Vaginal

• Intradérmica

• Subcutânea

• Intramuscular

• Endovenosa

VIA ORAL

o O medicamento é introduzido no organismo através da boca.

o Passa para o sangue depois de absorvido no estômago e intestino.

o Pode irritar a mucosa gástrica.

Formas farmacêuticas que se administram via oral:

 Comprimidos

 Cápsulas

 Xaropes

 Elixires

 Óleos

 Pós

Via oral contraindicada em:

 Doentes inconscientes

 Com vómitos

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 Com diarreias

VIA SUBLINGUAL

o O medicamento é absorvido por pequenos vasos debaixo da língua.

o A absorção do medicamento é rápida.

o Ideal para administrar medicamentos de urgência.

VIA TÓPICA

o O medicamento é aplicado diretamente na pele.

o Só atuam no local onde são aplicados.

VIA OFTÁLMICA

o O medicamento é aplicado no olho;

o O utente deve estar com a cabeça inclinada e o olho afetado mais baixo que o
são.

VIA AURICULAR

o O medicamento é introduzido no canal auditivo.

VIA INALATÓRIA

o O medicamento é introduzido nos pulmões através de inalações.

VIA NASAL

o O medicamento é introduzido nas narinas.

VIA RETAL

o O medicamento é introduzido no reto.

o Administração é incomoda e a sua absorção incerta.

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o Usado quando os utentes não colaboram ou quando os medicamentos têm


mau sabor ou cheiro.

VIA VAGINAL

o O medicamento é administrado na vagina.

VIA TRANSDÉRMICA

o O medicamento é introduzido no organismo através de absorção transdérmica.

VIA INTRADÉRMICA

o O medicamento é introduzido no organismo através de administração


intradérmica.

o Via restrita (absorção mais lenta). Deve-se administrar pequenos volumes 0,1 a
0,5 ml.

o Esta via é usada em reações de hipersensibilidade, Provas alérgicas e BCG


(tuberculose).

VIA SUBCUTÂNEA

o O medicamento é introduzido no organismo através de uma agulha fina no


tecido subcutâneo.

o O local de administração deve ser revezado.

VIA INTRAMUSCULAR

o O medicamento é administrado num músculo.

o O volume injetado no Deltóide (ombro) deve ser 2 a 3 ml, na Glútea deve ser 4
a 5 ml e na Coxa deve ser 3 a 4 ml.

o Nunca administrar com o utente de pé.

o Complicações:

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o Dor;

o Lesão de nervos;

o Perfuração de um vaso sanguíneo;

VIA INTRAVENOSA

o O medicamento é administrado diretamente na veia.

Regras básicas do armazenamento de medicamentos no domicílio:

1. Manter os medicamentos sempre longe do alcance das crianças, animais e


pessoas com alterações mentais;

2. Seguir as orientações de armazenamento e temperatura contidas nas


embalagens externas;

3. Não guardar na casa de banho ou na cozinha;

4. Não guardar junto de alimentos ou produtos de limpeza;

5. Guardar em caixas plásticas em local seco e arejado, sempre nas embalagens


originais e com as respetivas bulas,

6. Medicamentos que necessitam de refrigeração nunca devem ficar na porta do


frigorifico devido às variações de temperatura.

7. Restos de medicação não são para colocar no lixo comunitário.

Fatores a ter em conta no armazenamento de medicamentos:

 Temperatura

 Humidade

 Luminosidade

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Temperatura:

 Ambiente: por volta dos 25ºC

 Fresco: 15 a 25ºC

 Refrigerada : 2 a 8ºC

 Congelada: <0ºC

Humidade:

 A humidade elevada pode afetar a estabilidade dos medicamentos criando


condições para o crescimento de bactérias ou fungos assim como à detioração
dos medicamentos.

Luminosidade:

 A incidência direta de luz principalmente dos raios solares sobre os


medicamentos altera a estabilidade dos medicamentos.

2.3. Procedimentos de registo das tomas

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 Todas as ações e tarefas executadas no âmbito desta atividade ou decorrentes


de situações anómalas são registadas, datadas, assinadas e integradas no
processo individual do utente.

 Os efeitos secundários dos medicamentos (náuseas, vómitos, alteração da cor


das fezes e urinas, alergias, cefaleias, etc.) e formas de atuação em situações de
emergência;

 • As precauções a adotar na administração dos medicamentos.

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3. Técnicas de deteção de alterações do estado de saúde


“São indicadores do funcionamento das funções vitais do organismo.”

As alterações das funções corporais geralmente se refletem na temperatura do corpo,


na pulsação, na respiração e na pressão arterial, podendo indicar enfermidades. Por
essa razão são chamados sinais vitais.

 Temperatura

 Respiração

 Tensão arterial

 Pulso,

 Dor

Temperatura

 A temperatura corporal é o equilíbrio entre a produção e a perda de calor do


organismo, mediado pelo centro termorregulador.

Termorregulação:

 Conjunto de mecanismos fisiológicos, estruturais e comportamentais que


permitem ao organismo manter a temperatura corporal dentro de certos
limites independentemente das variações exteriores de temperatura.

 Mecanismos fisiológicos: transpiração ou tremores

 Mecanismos estruturais: camada de gordura corporal

 Mecanismos comportamentais: abrigar-se do sol, ou do frio e agasalhar-se ou


vestir roupas leves.

Valores de referência para a temperatura:

 Temperatura axilar: 35,8°C a 37°C

 Temperatura auricular:36,5º-37,5ºC

 Temperatura oral: 36,3°C a 37,4°C

 Temperatura retal: 37°C a 38°C

Terminologia:
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 Apirético ou afebril: 36-37ºC

 Sub-febril :37,1-37,9ºC

 Febril ou hipertermia:>38ºC

 Hipotermia:<35ºC

Tipos de termómetros:

1. Mercúrio

2. Digital

3. Bucal

4. Auricular

5. Testa

Cuidados a ter com os termómetros:

Desinfetar com álcool a 70º de utente para utente (de mercúrio e digitais).

Respiração

Diz respeito às trocas gasosas realizada pelos pulmões, que retiram oxigénio do ar e
devolvem dióxido de carbono.

A avaliação da respiração inclui:

 Frequência respiratória (nº de movimentos respiratórios por minuto)

 Ritmo (regular ou irregular)

 Caracter ( superficial ou profunda)

Padrão de frequência respiratória

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Outros sinais e sintomas de comprometimento respiratório:

 Falta de ar,

 Cianose (aspeto arroxeado),

 Inquietação,

 Sons respiratórios anormais,

 Cansaço a pequenos esforços.

Aspetos a ter em conta na avaliação da respiração

 Assegurar que o tórax e abdómen do utente estejam visíveis

 Observar um ciclo respiratório completo (inspiração e expiração),

 Iniciar a contagem da frequência respiratória:

 Se o ritmo for regular, contar durante 30 segundos e multiplicar por dois

 Se o ritmo for irregular, contar durante um minuto.

Terminologia:

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Pulso

 Define-se como o número de batimentos cardíacos por minuto.

 Pode ser influenciada por:

 doença,

 febre,

 exercício,

 ansiedade,

 dor, etc.

A avaliação do pulso inclui:

 Frequência cardíaca (nº de batimentos cardíacos por minuto),

 Ritmo (regular ou irregular)

 Volume (fraco e fino ou forte e cheio)

Aspetos a ter em conta na avaliação do pulso

Sem monitor:

o Palpar a artéria radial com os dedos indicador e médio;

o Comprimir suavemente e em, seguida aliviar a pressão;

o Avaliar, durante 60 segundos, as características do pulso: amplitude, ritmo e


frequência.

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Valores de referência para pulsação

 Adultos – 60 a 100 bpm;

 Crianças – 80 a 120 bpm;

 Bebês – 100 a 160 bpm.

Terminologia:

 Taquicardia: FC > 100 batimentos/minuto

 Bradicardia: FC < 60 batimentos/minuto

 Pulso filiforme, fraco, débil: redução da força ou volume do pulso periférico

 Pulso irregular: os intervalos entre os batimentos são desiguais

Tensão arterial

 É a medida da pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias.

 Tensão arterial máxima ou sistólica: pressão que resulta da contração dos


ventrículos para ejetar o sangue nas grandes artérias.

 Tensão arterial mínima ou diastólica: pressão que ocorre assim que o coração
relaxa.

Valores de referência para pressão arterial:

 Hipotensão – inferior a 100 x 60

 Normotensão – 120 x 80

 Hipertensão limite – 140 x 90

 Hipertensão moderada – 160 x 100

 Hipertensão grave – superior a 180 x 110

Tipos de esfigmomanómetros:

 Manuais

 Automáticos

Aspetos a ter em conta na avaliação da tensão arterial:

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 O utente deve estar tranquilo, sentado e calmo.

 Não se deve medir a tensão arterial quando o utente tem vontade de urinar.

 A braçadeira deve ser adequada à circunferência do braço do utente.

Como avaliar a tensão arterial:

 Utente deve estar sentado;

 O braço deve estar esticado e apoiado, mais ou menos na mesma altura do


coração;

 Coloque a braçadeira ao redor do braço do utente (de preferência o esquerdo),


ficando a mesma cerca de 2 cm acima da dobra do braço;

 Colocar o diafragma do estetoscópio em cima da dobra do braço;

 Com o estetoscópio ao ouvido, comece a insuflar a braçadeira até valores de


160 mmHg (aproximadamente);

 Começar a esvaziar a braçadeira lentamente. Quando ouvir a pulsação da


artéria, veja qual é o valor que o aparelho mostrou. Esta é a tensão arterial
sistólica (máxima);

 Continuar a desinsuflar a braçadeira. Quando o som do pulso desaparecer de


vez, ver qual é o valor que o aparelho mostrou. Esta é a tensão diastólica,
(mínima).

Dor

 É considerada o 5º sinal vital.

 Toda a pessoa tem direito ao melhor controlo da dor.

“A dor, sensação corporal desconfortável, referência subjetiva de sofrimento,


expressão facial característica, alteração do tónus muscular, comportamento de auto-
proteção, inquietação e perda de apetite, …, perturba e interfere na qualidade de vida
da pessoa, pelo que o seu controlo é um objetivo prioritário.”

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Principais sinais e sintomas passíveis de indicar uma emergência médica

 Dor de origem cardíaca ( angina de peito ou enfarte no miocárdio)

 Asma

 AVC

 Hipoglicémia/ Hiperglicemia

 Convulsão

 Intoxicação

Sinais e sintomas que podem indicar uma dor de origem cardíaca

1. Dor torácica tipo:

 «Facada»;

 Opressão;

 Esmagamento;

 Aperto.

 Uma dor cardíaca representa uma situação em que o miocárdio não


está a receber a quantidade de oxigénio suficiente.

2. Dor pode irradiar para o braço esquerdo, e pescoço

 Pode ainda ser acompanhada de:

 Náuseas ou vómitos;

 Alterações do ritmo cardíaco;

 Sensação de desmaio;

 Dificuldade em respirar.

Sinais e sintomas que podem indicar asma:

 Falta de ar

 Respiração ruidosa

 Tosse (sobretudo à noite)

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Sinais e sintomas que podem indicar AVC:

 Dores de cabeça intensas e súbitas;

 Perda da força ou do movimento de um dos lados do corpo;

 Desvio da comissura labial (boca de lado);

 Dificuldade em falar ou em articular as palavras;

 Incontinência (principalmente urinária).

Sinais e sintomas de hipoglicemia:

 Suor

 Tonturas /tremores

 Fome

 Dor de cabeça

 Cor da pele pálida

 Palpitações

Sinais e sintomas de hiperglicemia:

 Sede

 Hálito acetónico

 Pele quente e seca

 Sonolência,

 Pulso rápido e fraco,

 Alteração do estado de consciência

Sinais e sintomas de convulsões:

1.º Antes da convulsão o utente pode ficar parado,

2.º Normalmente o utente cai subitamente e cerra com força os dentes


mexendo-se descontroladamente. Pode salivar “espumar pela boca”;

3.º A crise termina e o doente fica inconsciente, recuperando lentamente a


consciência

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Intoxicações

 São a terceira causa de lesão não intencional nas pessoas com mais de 65 anos.

 Causas:

 Medicamentos,

 Alimentos,

 Monóxido de carbono.

Sinais e sintomas de intoxicações:

 Hálito com odor estranho e alteração na cor da língua e lábios;

 Dor e ardor na garganta;

 Dificuldade em respirar e tosse;

 Sonolência /Delírio;

 Lesões na pele e queimaduras;

 Náuseas ou vómitos;

 Diarreia

 Dor de cabeça intensa;

 Rigidez nas articulações;

 Febre;

 Olhos vermelhos e inchados.

Intoxicações medicamentosas: Administração incorreta

 Sobredosagem

 Hipersensibilidade do organismo,

 Interações entre medicamentos,

 Efeitos secundários dos medicamentos.

O que fazer perante um utente com sinais e intoxicação medicamentosa?

1º Contactar médico;

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2º Obter o máximo de informação possível (que medicamento ingeriu, que dose);

3º- Primeiros socorros: Estimular o vómito (exceto se se tratar de produtos


corrosivos).

- Se utente inconsciente mantê-lo deitado de lado

Nota: não administrar qualquer medicamento ou antidoto sem consentimento médico

É importante:

 1º- Avaliar a capacidade do utente,

 2º- Certificar-se dos 5 certos (medicamento, dose, via, hora e utente),

 3º -Certificar-se que o utente toma a medicação

 4º- Vigiar atuação do medicamento (incluindo efeitos secundários),

 5º- Comunicar erros terapêuticos.

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4. Regras de atuação em situações de alteração do estado de saúde

4.1. Forma de atuação


 Importante a formação em 1ºs socorros dos colaboradores do SAD (serviço de
apoio ao domicilio)

 Importante a existência de caixa de 1ºs socorros (no domicilio do utente e nos


carros do SAD)

Se encontrar um idoso caído no chão:

 Não mexer !

Sobretudo quando:

 Tem dor de cabeça, coluna, pescoço,

 Ausência de sensibilidade ou movimento dos membros inferiores.

 Ligar 112

Se suspeita de fratura

 Improvisar uma tala.

 Ligar 112

Engasgamento

 Incentivar o utente a tossir,

 Aplicar 5 pancadas interescapulares,

 Manobra de Heimelich

Como atuar em caso de convulsões

 Deitar a pessoa

 Remover objetos

 Desapertar as roupas

 Proteger a cabeça da pessoa

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 Lateralizar a cabeça

 Observar se a pessoa consegue respirar

 Afastar os curiosos

 Reduzir estimulação sensorial

 Permitir que a pessoa descanse ou até mesmo durma após a crise

 Procurar assistência médica.

Ataque cardíaco

 Ligar 112;

 Deitar ou sentar a vítima de forma confortável;

 Não dar nada para beber, nem qualquer medicamento;

 Perguntar se toma medicação para o coração e,

 Se necessário abrir a camisa se estiver apertada, para facilitar a respiração.

Feridas

 O tratamento de cada tipo de ferida varia com a sua localização e tipo:

 1. Parar a hemorragia;

 2. Tratar os sintomas de choque;

 3. Impedir a infeção.

 Acalmar a pessoa

 Lavar a ferida com água

 Desinfetar

 Colocar compressa esterilizada

 Se ferida profunda ou extensa – ir ao hospital

Primeiros socorros nas queimaduras de primeiro e de segundo grau:

 Arrefecer a zona queimada com água:

 Colocar a zona magoada sob água corrente fria;

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 Ou, imergir a zona queimada num recipiente cheio de água fria;

 Ou, aplicar compressas frias e húmidas.

 +- 5 minutos (até aliviar a dor)

 Não utilizar gelo.

 Secar o local queimado, através de pancadinhas e com um pano limpo ou uma


compressa;

 Com uma compressa, ou com um pano limpo seco, fazer um penso sem apertar
muito;

 Queimaduras com bolhas, o utente deverá deslocar-se ao Serviço de Urgências


mais próximo.

Primeiros socorros nas queimaduras de terceiro grau:

 Remover roupas apertadas e joias;

 Arrefecer rapidamente a zona queimada com água, aplicando compressas


húmidas e frias (com um pano limpo).

 Verificar a presença de complicações respiratórias;

 Em caso de ser uma queimadura de 3º grau pequena (com menos de 5 cm de


diâmetro) proceder como para queimadura de 1º ou 2º grau.

 Deslocar a pessoa ferida ao Serviço de Urgência mais próximo.

Fatores que podem agravar a queimadura:

 Localização da queimadura (cara, zonas de flexão, mãos e pés);

 Idade (crianças e idosos);

 Doenças (diabetes, toma de medicação)

4.2. Rede de contactos


112

 DEVE ser SÓ utilizado em situações de Emergência.

 Antes de ligar informe-se sobre :

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 ONDE (local exato da ocorrência)

 O QUÊ (tipo de ocorrência: acidente, incêndio florestal ou outro, parto,


doença súbita, intoxicação, etc.).

 QUEM (Vítima/doente, número de vítimas, queixas).

Intervenientes:

 Público em geral;

 Operadores das centrais de emergência;

 Agentes da autoridade;

 Bombeiros;

 Socorristas de ambulância;

 Médicos, enfermeiros, pessoal técnico

 Etc..

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