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Graduan

dos:
Cristian
o Araujo

Metodogia de Ensino de Física I


Docente: Mauricio Pietrocolla Pinto de
Oliveira
Graduandos: Cristiano Araujo Chaves,
Carlos Eduardo Freitas, Marcos Teruo
Momoeda e William Brozio
Índice
Apresentação 3
Orientações Iniciais – como aplicar o módulo 4
Mapa Conceitual 5
Quadro Sintético 6
Sequência Didática – Atividade 1 7
Material do Professor – Conteúdo Teórico 8
Apresentação de Slides com Comentários – Tópico Sistema Esquelético 8
2
O que é Biomecânica? 8
Mecânica Clássica 8
Correlação da Biomecânica com a Física 9
Força 9
Remodelagem Óssea 10
Osteopenia e Osteoporose 11
Densidade, Massa, Volume 12
Apresentação de Slides com Comentários – Tópico Compressão, tração, cisalhamento, torção, 13
flexão
Solicitações Mecânicas 13
Material Adicional 15
Força 15
RELAÇÃO ENTRE FORÇA, POTÊNCIA E RESISTÊNCIA DE FORÇA 15
Força e Potência 16
Ações musculares 16
Biomecânica Óssea 17
Características Histológicas do Tecido Ósseo 17
Prevenção de lesões 22
Sequência Didática – Atividade 2 23
Apresentação de Slides com Comentários – Tópico Centro de Gravidade, Torque e Lei de Hooke 24
Características dos músculos 24
Momento – Como evitar a dor nas costas? 25
Experimentos – Atividade 1 - Experimento sobre densidade 26
Experimentos – Atividade 2 - Experimento sobre descalcificação dos ossos 27
Experimentos – Atividade 3 - Experimento sobre esforços aos quais nossos ossos estão sujeitos 28
Experimentos – Atividade 4 - Experimento sobre centro de gravidade e Lei de Hooke 29
Atividades Extra – Aplicações Clássicas de Exercícios de Física e Biomecânica 31
Referências 34
Apresentação
Esse material partiu da necessidade de se estabelecer uma ponte entre o 3
ensino científico e o meio em que vivemos. Tomando como ponto de partida que o
ser humano é por natureza curioso buscando, desde a mais tenra idade, descobrir o
mundo através da experimentação, usando como objeto primeiro o próprio corpo
como laboratório - portátil, de ilimitadas combinações e de acesso fácil e comum a
todo ser humano -, compartilhamos da área de pesquisa científica, que hoje é
conhecida como Biomecânica, para através da história e das descobertas nessa área,
levar o leitor a apreender conhecimentos científicos de maneira mais natural e
prazerosa.

Podemos dizer que o conhecimento físico tem por objetivo a descrição mais
exata possível de fatos observados ou produzidos a partir de uma teoria pré-
existente e que, geralmente, ele é um corpo articulado de conceitos, leis, princípios,
convenções, que se relacionam por meio de operações lógico-formais e se articulam
por meio de regras matemáticas.

Um conceito científico é a representação de um objeto de conhecimento, que


tem validade em determinadas condições e se caracteriza por participar da
explicação e previsão de diversas situações. Um conceito científico pode ser
expresso por uma frase, por um código gráfico ou matemático e, pode ser formulado
de modo diferente, dependendo do campo conceitual do qual ele faz parte.
Orientações iniciais e como aplicar o módulo
Este material apresenta aspectos peculiares quanto a metodologia de ensino
empregada. A intenção é despertar o interesse e a participação do estudante em todo o
processo por meio de exposições (slides e vídeos), questionamentos e atividades
experimentais que relacionam o corpo humano e suas inter-relações com a Física e a
Matemática.
Ao relacionar a realidade e teoria pretendemos conduzir o estudante à
necessidade de estabelecer modelos e a articulação entre as áreas de conhecimento
com a qual ele passa a ter contato e sua experiência prévia.
É importante que o professor tenha contato com o material e reproduza os 4
experimentos antes de levá-los à sala de aula. Sendo que o material, aqui apresentado,
pode ser utilizado na íntegra ou como parte do processo de ensino-aprendizagem no
ensino de Física.
A ideia central é que durante a exposição do material, em forma de slides, as
explicações dos mesmos levem o estudante à apreender conceitos básicos como Força,
Densidade, Massa, Volume, Compressão, Tração, Cisalhamento, Torção, Flexão, Centro
de Gravidade, Equilíbrio e Torque. Ainda que denominações diferentes possam significar
a mesma coisa. Nesse ponto a Física é apresentada, inicialmente, de maneira qualitativa
e ao mesmo tempo estimulando o desenvolvimento de modelos para aplicar os
conhecimentos adquiridos em outras situações semelhantes.
O organograma, apresentado na próxima página, revela um panorama geral do
conteúdo deste trabalho.
O material está dividido em duas atividades principais: Biomecânica da Estrutura
Óssea e Postura. E cada atividade está dividida em Tópicos e cada Tópico em
Momentos. Essa visão geral está resumida em um Quadro Sintético, apresentado na
sequência.
Ao final de cada conjunto de momentos é feito um experimento o qual traz à tona
uma aplicação a mais dos conceitos abordados em aula, sendo que os momentos são
encerrados com uma breve discussão e entrega de questionário sobre as atividades
experimentais.
Como a maioria dos Tópicos necessita de mais de uma aula para ser concluído é
importante avisar os alunos da necessidade de fazerem anotações e interagirem com o
conteúdo apresentado afim de haver uma melhor compreensão e material para ser
estudado posteriormente, já que os alunos não receberão nenhum material além do
que é fornecido para a realização dos experimentos.
Aqui o professor encontrará, além das explicações de cada slide, material
adicional para aprofundar conhecimentos caso haja interesse, bem como uma
bibliografia de Biomecânica que pode ser utilizada como fonte de mais inspiração para
levar os alunos à articulação entre as diversas áreas do conhecimento.
Mapa Conceitual
Este mapa apresenta, de forma geral, os assuntos que serão abordados e suas
inter-relações e inter-dependências.

5
Quadro Sintético
Este material apresenta em linhas gerais a sequência de momentos e o tempo
gasto para apresentação dos respectivos tópicos.
Atividades Tópicos Momento Duração
O que é Biomecânica?
Força. O que é? Por que
conhecer?
Constituição / Remodelagem
Óssea
Osteopenia / Osteoporose
Sistema Esquelético 02 Aulas
Densidade / Massa / Volume
6
Experimento sobre densidade.
Experimento com osso de
Biomecânica da galinha.
1
Estrutura Óssea Discussão e entrega de
questionário sobre atividades
Solicitações mecânicas
Vídeo sobre anisotropia
(Fraturas)
Compressão, tração,
Experimento com lata de 02 Aulas
cisalhamento, torção, flexão
refrigerante e clips
Discussão e entrega de
questionário sobre atividades
Características dos Músculos.
Exercício com elástico
Centro de Gravidade, Torque, Como evitar a dor nas costas?
2 Postura 03 Aulas
Lei de Hooke Vídeo/Slides sobre dor nas
costas e troca de pneu.
Discussão sobre as atividades.
Sequência Didática – Atividade 1
São considerados conhecimentos prévios:
 Sistema Internacional de Unidades;
 Equações do 1° grau.

7
Material do Professor

Conteúdo Teórico
Apresentação de Slides com Comentários – Tópico Sistema Esquelético

Roteiro
N Slide Conteúdo Explicativo Momento
º
Biomecânica – ferramenta indispensável na O que é
determinação dos fundamentos para o Biomecânica?
planejamento e implementação de um 8
programa de intervenção que otimize as
1 funções motoras com menores sobrecarga
e solicitações mecânicas.

Mecânica
Clássica

A Mecânica é a área da Física que estuda o movimento (também conhecida


como Mecânica Clássica ou Mecânica de Newton, é a parte da Física que analisa os
movimentos, as variações de energia e as forças que atuam sobre um corpo.
A mecânica se divide e:
a) Estática – que considera os corpos num estado de equilíbrio estático
b) Dinâmica – que estuda objetos em movimento acelerado
A dinâmica se subdivide em:
a) Cinemática
b) Cinética
Cinemática – ramo da mecânica que descreve o movimento sem se preocupar
em analisar as causas deste movimento
Grandezas Cinemáticas (lineares)
Posição (x, y, z) referencial, deslocamento, velocidade, aceleração
Grandezas cinemáticas (angulares)
Posição (em graus), deslocamento angular, velocidade angular, aceleração
angular.
Cinética – ramo da mecânica que lida com as forças que produzem, detêm ou
modificam o movimento dos corpos inertes ou vivos.
Ao aplicar a cinética, o cientista do movimento humano trabalha em especial
com as forças exercidas pela: Gravidade, Músculos, Fricção, Resistência Externa
Adicional
Correlação da
Biomecânica 9
com Física

O que é força? Força


É algo capaz de alterar o estado de
movimento.

Por que conhecer?


Determinação das forças
 Identificar os parâmetros
dinâmicos que afetam o
desempenho humano
 Identificar os parâmetros
dinâmicos que afetam a
sobrecarga
2
 Determinar estratégias de
ensino/aprendizagem,
treinamento e reabilitação
Assim, ao conhecer as forças
envolvidas, as características particulares do
indivíduo e as solicitações mecânicas as
quais o seu aparelho locomotor está
submetido, podemos corrigir movimentos,
otimizar o rendimento (desempenho) e
reduzir a sobrecarga, isto significa evitar
lesões.
Força da musculatura > Peso do
objeto => levantamento do objeto
Força da musculatura < Peso do
objeto => abaixamento objeto
Força da musculatura = Peso do
objeto => objeto em equilíbrio

Llewellyn Starks ao participar de uma competição de triplo


salto após uma bateria de treinamentos onde micro-lesões
foram geradas na estrutura óssea, sem respeitar o tempo de
reposição celular, sofre uma fratura durante a competição.
Esse é um caso típico de atleta que não respeitou o limite de
3
carga imposta à sua estrutura, passando do limite de
tolerância.
Por outro lado temos Jesse Owens que desenvolveu um
treinamento adequado à sua estrutura, conquistando várias 10
vitórias frente aos alemães
O Triplo Salto tem como objetivo atingir a maior distância
possível após três passos e um salto, entre a chamada e a
queda, devendo o atleta realizar um salto a pé coxinho
(hop), uma passada saltada (step) e um salto final (jump).
4 No “step” o atleta atinge 11 vezes o peso corporal, o que
significa que a sua própria estrutura fica sujeita a essa força
de compressão.
A micro lesão é a resposta a várias cargas pequenas
impostas sequencialmente sem reposição do osteoblasto.
De forma resumida, a estrutura óssea Remodelage
protege as viceras e é responsável pela m Óssea
locomoção e sustentação do corpo, sendo
formada por Cristais de cálcio e em cerca de
95% por colágeno, o que confere à
estrutura: elasticidade, deformação,
flexibilidade e acúmulo de energia,
compondo cerca de 16% da massa corporal
total.
Como ao longo de toda a vida recebermos
várias solicitações mecânicas, torna-se
importante conhecer um pouco sobre
remodelagem óssea:
5 A Remodelagem Óssea apresenta cinco
fases:
1. Dá-se a ativação das atividades
multicelulares básicas;
2. Os osteoclastos iniciam a reabsorção
óssea;
3. Há uma inversão da proliferação
celular, ou seja, os osteoclastos
começam a diminuir em número e
em função com aparecimento dos
osteoblastos;
4. Ocorre a formação óssea;
5. Acontece a mineralização óssea
(mineralização da matriz proteica).
Principais alterações induzidas pelo Osteopenia /
envelhecimento: Osteoporose
- Osteopenia – perda de massa óssea;
- Osteoporose – perda de massa óssea e
6 fragilidade acentuada da estrutura óssea
com prejuízo da função óssea.

A remodelagem óssea ocorre em todas as fases da vida.

11
7

A diminuição da massa óssea produz fragilidade e


deformação do tecido ósseo.

Mulheres no período de pós-menopausa, praticantes de


atividade física aumentaram a massa óssea – medida
através da densitometria óssea.

Atletas (mulheres) de nível universitário, apresentam maior


densidade óssea vertebral que o grupo controle
(sedentárias). Na pós-menopausa esta diferença se acentua.
Atividades realizadas no meio líquido não produzem
adaptações ósseas significativas, devido à força de empuxo
realizada pela água a qual compensa a força da gravidade.
Adaptação óssea, remodelagem com ganho de massa óssea,
10
está relacionada com:
 Força compressiva;
 Frequência;
 Alta Intensidade;
 Especificidade – exercício específico para cada grupo
muscular.
A tendência da população é tornar-se idosa.
Envelhecimento:
 Perda de massa óssea;
 Redução de resistência mecânica;
11  Possibilidade de reverter as alterações é pequena;
 Há necessidade de controlar as perdas;
Aumento dos ganhos musculares é fundamental, para
proteger a estrutura óssea.
Atividade 1: Densidade,
Experimento sobre Densidade Massa,
Volume
Experimento sobre descalcificação dos 12
ossos
Discussão e entrega de questionário sobre
atividades
Apresentação de Slides com Comentários – Tópico Compressão, tração,
cisalhamento, torção, flexão
Roteiro
Nº Slide Conteúdo Explicativo Momento
Biomecânica do Músculo Esquelético Solicitações
 Os músculos esqueléticos são órgãos mecânicas
constituídos por tecido excitável, capaz de
gerar tensão (muscular) de forma ativa.
 Os músculos esqueléticos são por isso os
principais intervenientes na produção de
movimento e na manutenção de posturas
do corpo humano. 13
 A principal função do músculo esquelético é
transmitir aos ossos a que estão ligados por
intermédio de tendões, a força de tração
muscular desenvolvida durante a sua
contração.
 Devido ao braço de força associado a cada
músculo, a força muscular é convertida em
momento em torno das articulações por
12
eles atravessadas.
Propriedades do Músculo Esquelético
 Extensibilidade: Propriedade do músculo
esquelético de aumentar de comprimento.
 Elasticidade: Propriedade do músculo
esquelético de retornar ao seu
comprimento inicial após ocorrência de
extensão ou de contração.
 Irritabilidade: Propriedade de responder
ativamente a um estímulo (eletroquímico
ou mecânica).
 Contratilidade: Propriedade do músculo de
se tornar mais curto, produzindo tensão
muscular. No entanto a tensão muscular
pode ser produzida sem que o músculo se
torne mais curto.
Ao submeter a estrutura óssea a cargas conhecidas é possível
avaliar as consequências da deformação.
Toda carga imposta à estrutura óssea causa uma deformação
(mudança nas dimensões) que pode ser representada em uma
curva de Pressão x Deformação.
Há 2 fases importantes na deformação óssea:
13 1. Fase elástica – região onde após cessar a força que causa
deformação o osso tende a retornar às dimensões iniciais;
2. Fase plástica – região onde passam a ocorrer micro lesões
e o osso não retorna às dimensões iniciais, necessitando
de um certo tempo para haver reposição do osteoblasto e
evitar fraturas por fadiga ou over use.
Ponto de Fratura (limite de tolerância).
A geometria de aplicação de força mostra diferentes respostas à
cargas aplicadas em diferentes direções, também conhecida
como Anisotropia.
A pressão, tensão, em inglês “stress”, é utilizada para definir a
intensidade das forças internas geradas no interior de um corpo
pela aplicação de forças exteriores.
A tensão é obtida dividindo a força pela área, e tem como
unidade força por unidade de área, ou seja, pressão, que no
14 sistema internacional é Pascal ou Newton por metro quadrado.
A deformação é a relação entre a variação de comprimento e o
comprimento inicial. Sendo uma relação entre comprimentos é
por isso adimensional.
A relação entre a tensão e a deformação se denomina Módulo de 14
Elasticidade Longitudinal ou Módulo de Young.
Este parâmetro mede a rigidez do material, a expressão traduz a
Lei de Hooke e como a deformação não tem unidades, o módulo
exprime-se nas mesmas unidades da tensão.
Experimento sobre Esforços

15

Vídeo: Lesões nos esportes http://www.youtube.com/watch?v=SjgQc3-A8tY


http://www.youtube.com/watch?v=z7RjIa9ydfY&feature=related
16 http://www.youtube.com/watch?v=z7RjIa9ydfY&feature=related
http://www.youtube.com/watch?feature=fvwrel&NR=1&v=E9ME
W91jWDU

O osso só pode ser quebrado em caso de acidente – carga única


que passa do limite de tolerância.
Micro lesão – várias cargas pequenas impostas sequencialmente
sem reposição do osteoblasto.
17
A micro lesão (trauma, fratura por stress, fadiga, over use) pode
evoluir até uma fratura exposta. Um exemplo que pode ser
mostrado em sala são as solicitações mecânicas às quais uma
estrutura óssea estão, constantemente, sujeitas dando exemplo
por meio das diferente formas de quebrar um giz.
Material Adicional

1ª Lei de Newton (Lei da Inércia)


“Um corpo manterá seu estado de movimento (parado ou em velocidade
constante) até que forças ajam sobre ele.”
O movimento humano depende da geração de forças.
2ª Lei de Newton (Lei Fundamental da Mecânica)
“A variação no movimento de um corpo depende da soma das forças aplicadas
durante um intervalo de tempo.” 15
3ª Lei de Newton (Lei da Ação e Reação)
“Para cada ação existe sempre uma reação com o mesmo módulo de intensidade
e direção, mas com sentido contrário.”

FORÇA
A força máxima é um fator importante que influencia o desempenho em diversos
esportes. Há milhares de anos, os atletas utilizam o treinamento contrarresistência para
aumentar a força na tentativa de melhorar seu desempenho esportivo. Estudos
demonstram que atletas utilizavam pesos nas mãos em 708 a.C. para melhorar o
desempenho no salto em distância (Minetti e Ardigo, 2002). Os antigos gregos
utilizavam estratégias detalhadas de periodização baseadas em ciclos de treinamento
de quatro dias, de modo que ocorria apenas uma sessão de treinamento intensivo a
cada quatro dias (Sweet, 1987). O uso do treinamento contrarresistência já tem
milhares de anos, mas apenas durante os últimos 30 anos essa prática deixou de ser
uma busca de um número relativamente pequeno de atletas de força para se tornar um
procedimento que faz parte integrante da rotina de treinamento da maioria dos atletas.
Embora, historicamente, o treinamento contrarresistência tenha sido considerado como
um meio de melhorar a força e o volume dos músculos, hoje a prática é utilizada com o
objetivo de aumentar a potência, a velocidade e a resistência; ajudar na reabilitação e
na prevenção de lesões; e ajudar na manutenção da função muscular na terceira idade.

RELAÇÃO ENTRE FORÇA, POTÊNCIA E RESISTÊNCIA DE FORÇA


Força e potência, importantes em muitos esportes, são capacidades relacionadas,
porém distintas. Um atleta pode ser forte, mas não potente, embora, para que seja
potente, ele deva ser forte. A compreensão da diferença entre essas duas capacidades
tem implicações importantes para o planejamento correto dos programas de
treinamento contrarresistência para atletas. A força e a resistência estão mais
intimamente relacionadas entre si, visto que o atleta mais forte gera determinada
quantidade de força com menos esforço do que o atleta com níveis mais baixos de força
e, portanto, tem mais resistência.
Força e potência
Força muscular é a quantidade de força (ou torque) que um grupo muscular pode
exercer contra uma resistência em um esforço máximo. Potência é a capacidade de
gerar níveis altos de trabalho (o produto da força e da distância ao longo da qual a força
atua) com rapidez. As capacidades físicas de força e potência são qualidades
importantes em muitos esportes.

Ações musculares
Uma vez ativado, um músculo tentará encurtar e exercer força sobre o tendão;
em seguida, essa força é transferida para as estruturas esqueléticas. A resistência
encontrada durante a ação muscular determinará o movimento resultante. A seguir, 16
apresentam-se os três tipos de ações musculares:
 Contração concêntrica (CON) ou de encurtamento:
Ocorre quando a tensão desenvolvida é maior do que a resistência, e o músculo
encurta. Essa ação é produzida pela fase de elevação (concêntrica) dos exercícios
de treinamento contrarresistência como supino, agachamento e flexão dos
braços.
 Contração excêntrica (EXC) ou de alongamento:
Ocorre quando a tensão desenvolvida é inferior à resistência e o músculo tenta
encurtar, mas, na realidade, é alongado. Essa ação muscular é produzida na fase
de abaixamento (excêntrica) dos exercícios de treinamento contrarresistência.
 Contração isométrica (ISOM) ou estática:
Ocorre quando a tensão desenvolvida é igual à resistência encontrada e o
comprimento da musculatura permanece essencialmente inalterado. Essa ação
muscular é observada quando o indivíduo tenta exercer uma força contra um
objeto imóvel, como, por exemplo, uma parede.
A ação desempenhada por um grupo muscular durante uma atividade é utilizada
para definir seu papel. Existem três papeis diferentes:
 Agonista ou motor primário: Esse é o músculo ou grupo muscular causador da
ação (p. ex., bíceps branquial durante um exercício de flexão do cotovelo).
 Antagonista: Esse músculo ou grupo muscular, localizado no lado oposto da
articulação, atua resistindo à atividade (p. ex., tríceps branquial durante um
exercício de flexão do cotovelo).
 Estabilizador ou fixador: A ação desse músculo ou grupo muscular serve na
estabilização das estruturas esqueléticas, de modo que a tensão pode se
desenvolver efetivamente pelo motor primário. Por exemplo, a musculatura em
torno das articulações do punho e ombro irão se contrair isometricamente
durante a realização de um exercício de flexão dos cotovelos, para estabilizar as
estruturas esqueléticas, de modo que o grupo do músculo bíceps branquial possa
gerar força efetivamente.
Biomecânica Óssea
O osso aparenta ser tecido morto ou pedaço de mineral seco.
Porém, uma das principais propriedades do osso é sua força e dureza. No entanto,
tecido ósseo é também elástico; isto é, quando submetido à ação de uma força, sofre
uma deformação; mas, cessando essa força volta ao seu estado inicial, ao contrário dos
corpos plásticos que, submetidos à ação de uma força se deformam, e cessada essa
força não voltam mais ao seu estado inicial. A propriedade elástica do osso lhe permite
suportar, até certo ponto, forças de compressão e de tração sem sofrer fratura. Quando
um corpo elástico é submetido a uma força de tração, ele sofre um certo alongamento. 17
Se a força de tração for maior, o alongamento sofrido também será maior, ou seja, o
alongamento sofrido pelo corpo é proporcional a intensidade da força aplicada.
Portanto, para os corpos elásticos, existe proporcionalidade entre as forças
aplicadas e as deformações produzidas. Este é o enunciado da lei de Hooke, segundo a
qual, se as forças forem aumentadas, o corpo sofre rotura: este é denominado ponto de
rotura, podendo o sistema ósseo suportar sobrecargas muito grandes, como aquelas
que ocorrem na prática esportiva. Por isso, acontece a elevação na densidade óssea em
relação aos indivíduos não atletas, necessitando de uma organização microscópica e
macroscópica que consiga dissipar o máximo possível esta força que, em muitos casos,
chega a ser destrutiva, a exemplo dos saltos, que verificam, através de modelos
matemáticos, que seis saltos seriam o suficiente para causar fratura óssea, orientando
assim que se invistam estudos sobre os calçados e outros suportes que possam reduzir
as fraturas.
Outro exemplo que envolve uma sobrecarga que atinge níveis muito altos para o
sistema ósseo é o salto triplo; no segundo salto, a reação do solo sobre o centro de
gravidade do atleta chega a onze vezes o peso corporal. Prova disso foi o caso do
triplista americano Stark, que, ao realizar um de seus saltos, próximo às Olimpíadas de
1992 em Barcelona, produziu uma fratura exposta da tíbia, um osso considerado de alta
resistência por sua constituição e forma. Estes exemplos nos apresentam um osso com
uma ruptura provocada por um esforço de alta magnitude.
Características Histológicas do Tecido Ósseo
Matriz Inorgânica
Cristais de Cálcio (carbonato e fosfato de cálcio) – dão rigidez ao osso e são
responsáveis pela resistência à compressão.
Matriz Orgânica
Colágeno (95%) – dá elasticidade ao osso e contribui para a resistência à tração.
Substância fundamental amorfa (5%) – glicoproteínas.
Células
Célula Osteoblasto Osteócito Osteoclasto
osteogênica (forma o tecido (Mantém o tecido (Atua na destruição da
(desenvolve-se ósseo, ósseo) matriz
em produz matriz É osteoblasto que óssea e, posteriormente,
osteoblasto) orgânica) perdeu a função reabsorvem
principal ficando a matriz, “remodelando” o
preso na própria osso) 18

estrutura, Devido à diminuição da


manutenção da atividade
matriz. Hormonal, mais evidente na
3ª idade,
onde há diminuição do
estímulo mecânico.
Secreta o material da matriz
óssea pelo rim.
Responsável pela renovação
da atividade óssea.
19

O osso é um material anisotrópico, isto é, resiste de maneira diversa à cargas


aplicadas em diferentes direções.

Medida do módulo de elasticidade ou módulo de YOUNG


EXERCÍCIO
INTENSO

TÉCNICA DE ↓ ABSORÇÃO
MOVIMENTO DE CHOQUE

20


RENDIMENTO SOBRECARGA
SOBRECARGA

O músculo precisa então ser preparado para proteger o aparelho locomotor.

**Qual atividade é ideal para estimular o aumento da massa óssea?

Um estudo de Drinkwater (1994) analisou a densidade óssea vertebral em 3 situações:

Nadadores apresentam osteopenia; quanto mais osso tem, mais afunda.

Médicos recomendam hidroginástica para idosos com osteopenia, mas eles não vão
ganhar massa óssea. Os idosos perdem massa óssea em decorrência da idade.

** Por que o exercício na água não produz adaptação óssea significativa?

Há na água força de empuxo agindo junto com a forca da gravidade. Quanto maior o
volume, mais empuxo ha. Não há sobrecarga externa, mas ha interna.

Quanto à adaptação óssea, astronautas excretavam cálcio na urina em cerca de 25%, o


que pode gerar insuficiência renal crônica. Na micro gravidade, os exercícios vigorosos
não foram suficientes para prevenir perda óssea.

Animais submetidos à centrifugação diminuíram sensivelmente a perda de massa óssea.


Isso porque há simulação da força de gravidade.

O osso exige força compressiva, há relação com a gravidade, portanto.

O osso distingue forças de compressão e tração através da piezoeletricidade.

Cristais mudam seu comportamento eletromagnético; o osso também apresenta cristais


(os de hidroxiapatita).
COMPRESSÃO → carga negativa → construção
TRAÇÃO → carga positiva → reabsorção

O osso reage bem à compressão em alta freqüência e também intensidade e


especificidade.

**Qual seria a intensidade ideal?

O que seria uma intensidade alta? Pode-se fazer o teste de carga máxima ou teste de 21
repetição máxima, entretanto, isso não daria certo para o osso, porque precisa ser
normalizado.

A relação da intensidade e relativa, depende do sujeito. Para alguém extremamente


sedentário, só a caminhada já traria grandes benefícios. Para o sujeito que costuma
andar frequentemente, uma atividade de alta intensidade seria o jogo, por exemplo.

Ponto limite e área fisiológica do osso nunca se aproximam, a distância entre os dois se
mantém. Devemos quebrar a homeostase óssea.

Estudos com animais:

Metodologia: 5 porcos nadaram 40km/semana, com intensidade variando entre 65-80%


da frequência cardíaca máxima durante 12 meses.

“Natação” com animais – jogar o animal na água e quando ganha proficiência é


acrescido lastro para forçar o animal.
Resultados: Remodelagem óssea, aumento na espessura do osso compacto associado
com aumento da resistência mecânica.

A proporção continua a mesma o que muda é a ação osteoblástica provocando aumento


da massa óssea.
Prevenção de lesões

O treinamento de força pode reduzir o risco de lesão por diversos modos. A maior força
muscular aumenta a estabilidade das articulações, o que funciona dissipando níveis
elevados de força de reação articular durante tiros de velocidade explosivos, saltos
aterrissagens e movimentos de grande agilidade. As estruturas de tecido conjuntivo 22
(tendões, ligamentos, ossos) se adaptam ao treinamento de força, o qual também
aumenta a rigidez dos tendões e a densidade mineral óssea. Em conjunto, esses dados
demonstram que o treinamento de força leva a adaptações do tecido conjuntivo que,
em última instância, reduzem o risco de lesão.
Sequência Didática – Atividade 2
São considerados conhecimentos prévios:
 Sistema Internacional de Unidades;
 Leis de Newton;
 Centro de Gravidade.

23
Apresentação de Slides com Comentários – Tópico Centro de Gravidade, Torque e
Lei de Hooke

Roteiro
Nº Slide Conteúdo Explicativo Momento
Métodos de Treinamento - Características
Individualização do exercício para cada dos músculos
tipo de pessoa, adequado a intensidade do
exercício com o biótipo, idade e
condicionamento de cada pessoa.
É importante procurar sempre superar a
homeostase (equilíbrio) do indivíduo para 24
18 sempre ter estímulos, mantendo contínua
a atividade de remodelagem óssea,
favorável à qualidade de vida.
Componente elástico do músculo
amortece o impacto não permitindo que o
mesmo chegue ao limite na estrutura
óssea. O músculo é um amortecedor muito
eficiente.
Atividade sobre Centro de Gravidade e Lei
de Hooke
O Slackline é um esporte praticado sobre
uma fita esticada entre dois pontos
19 distantes, de forma que o praticante ande
sobre a fita com extremo equilíbrio,
fazendo com que seu corpo movimente-se
como um todo, reajustando o seu centro
de gravidade afim de manter o equilíbrio.
Como evitar a
dor nas costas?
Momento – Como evitar a dor nas costas?
Iniciando com um vídeo com uma pessoa com dor nas costas após um longo
período sentada em frente ao computador, lançamos as questões: Como não ter dor nas
costas? O que gera a dor nas costas?
Pense...
Logo passamos ao próximo passo da sequência: Um vídeo de uma pessoa
trocando o pneu de um carro e outro com uma pessoa trocando o pneu de um
caminhão. Qual a diferença? O que muda em cada uma das situações?
Explanamos o conceito físico de torque levando-os a construírem a relação entre
Força e distância do ponto de aplicação da Força em relação ao ponto resistente 25
(Torque=Força x Distância) e apresentamos a denominação de Alavanca.
Voltamos à
situação-problema
inicial: O que gera a
dor nas costas? E
como não ter dor nas
costas?
Apresentamos
a distância entre o
ponto de apoio (osso
Sacro) e a ação da
força de gravidade
no centro de massa
de uma pessoa
sentada em uma
cadeira.
Com isso,
mostramos que na
posição sentado há um torque gerado pela aplicação da força da gravidade (P) no corpo,
e que o que impede de cairmos com a cara na mesa, literalmente, é a força exercida
pela musculatura lombar (F), a qual comprime os discos da coluna e por ser solicitada
uma tensão por um longo período provoca a dor na região lombar.
É importante levá-los a pensar na resposta à segunda pergunta: Como não ter dor
nas costas, usando os novos conhecimentos adquiridos de Física?
A resposta está em diminuir o torque, ou seja, a distância d que provoca o torque,
aproximando a ação da força da gravidade do ponto de apoio – dando aquela
escorregadinha que os pais e professores tanto criticam. Claro, uma segunda opção
seria fazer exercícios para o fortalecimento da musculatura lombar e o uso de uma
cadeira que respeitasse a curvatura natural da coluna.
Experimentos – Atividade 1
I. Experimento sobre densidade

Materiais usados:
· Aquário pequeno ou tapuer transparente;
· 4 copos descartáveis de 50ml;
· 2 cores diferentes de anilina (azul e vermelha);
· Fita adesiva.
· Água: na temperatura ambiente; quente; gelada.

Execução: 26
 Fazer um furo pequeno na lateral de 2 copos;
 Fixar os 2 copos com fita adesiva, em posições opostas, dentro do tapuer;
 Encher o tapuer de água na temperatura ambiente, até a altura dos copos;
 Colocar água quente em 1 copo e misturar com bastante anilina azul;
 Colocar água gelada em 1 copo e misturar com bastante anilina vermelha;
 Derramar o conteúdo dos copos, ao mesmo tempo, em cada um dos copos
fixados no tapuer. Colocar a mesma quantidade de água em cada um dos copos;
 Observar o que acontece.

Questões: (Estas respostas poderão ser respondidas com dados coletados durante o
experimento, pesquisas no livro e pesquisas na internet).

(Grupos de 2 pessoas)

1- O que aconteceu no experimento?

2- Neste experimento temos Densidade, Massa e Volume em cada um dos copos dentro
do tapuer. Qual deles varia de um copo pro outro?

3- Sabendo que a grandeza que varia chamamos de variável e a grandeza que não varia
chamamos de constante, escreva uma relação entre a variável e as constantes deste
experimento.

4- Explique cada uma das grandezas utilizadas neste experimento - Densidade, Massa e
Volume?

5- Analisando esse experimento a que conclusão você chegou?


Experimentos – Atividade 2
II. Experimento sobre descalcificação dos ossos

Materiais usados:
· Frasco de vidro com tampa;
· Um osso de frango não cozido;
· Vinagre/Coca-cola;
· Copo graduado em mililitros.
· Balança digital de cozinha.

Execução: 27
 Colocar o osso (seco) na balança e anotar a massa medida;
 Colocar o osso (seco) dentro do copo graduado com água e anotar a diferença de
volume;
 Colocar o osso no frasco de vidro e cobrí-lo com vinagre/coca-cola;
 Fecha-se o frasco com a tampa e deixa-se em repouso durante sete dias;
Osso e vinagre feito dia: ________/_________/________
Osso e coca-cola feito dia: ________/_________/_______

· Após 7 dias verificar, se o nível vinagre/ coca-cola baixar complete-o novamente até
cobrir o osso.

Questões: (Estas respostas poderão ser respondidas com dados coletados durante o
experimento, pesquisas no livro e pesquisas na internet).

(Grupos de 2 pessoas)

1- Qual a densidade do osso?

2- Qual o resultado esperado para esse experimento? Como isso irá ocorrer?

3- Qual o resultado obtido após o sétimo dia do preparo do experimento?

4- Em quantos dias obtivemos um resultado visível?

5- Analisando esse experimento a que conclusão você chegou?


Experimentos – Atividade 3
III. Experimento sobre esforços aos quais nossos ossos estão sujeitos

Materiais usados:
· Lata de refrigerante;
· Clips de 2 ou 3 tamanhos diferentes.

Execução:
Enquanto os experimentos são feitos, preste muita atenção às características e
diferenças dos materiais utilizados e como reagem aos diferentes tipos de esforços. 28
· Tentar comprimir, tracionar, torcer, amassar a lata de refrigerante, antes de abrir;
· Abrir a lata e beber o refrigerante;
· Tentar, novamente, comprimir, tracionar, torcer, amassar a lata de refrigerante -
primeiro longitudinalmente e depois lateralmente. Prestar muita atenção na posição das
suas mãos e dos seus braços ao realizar cada uma das ações acima. Se for possível,
repetir várias vezes o movimento;
· Pegar os clips e tentar comprimir, tracionar, torcer, amassar, primeiro
longitudinalmente e depois lateralmente. Se for possível, repetir várias vezes o
movimento;
· Comparar as observações feitas.
Questões: (Estas respostas poderão ser respondidas com dados coletados durante o
experimento, pesquisas no livro e pesquisas na internet).

(Grupos de 2 pessoas)

1- A quais esforços os nossos ossos estão sujeitos?

2- Segundo as suas observações, coloque em ordem crescente de dificuldade os


esforços aos quais os nossos ossos estão sujeitos?

3- Em relação aos testes feitos com o clips, comparando com a lata de refrigerante,
houve alguma diferença quanto ao limite na solicitação de esforços?

4- A posição das suas mãos e braços influenciou cada uma das ações, esforços
aplicados?

5- Reunindo as suas experiências e seus conhecimentos de Física e Biomecânica


relacione compressão com um modelo matemático.

6- Reunindo as suas experiências e seus conhecimentos de Física e Biomecânica


relacione torção com um modelo matemático.
Experimentos – Atividade 4
IV. Experimento sobre Centro de Gravidade e Lei de Hooke

Materiais usados:
· Pedaço de carpete, aproximadamente 4m x 50cm, papelão ou duas toalhas;
· Kit Slackline com 15mx50mm;
·Duas árvores ou pontos distantes, 10 a 15m, para ancorar o kit;
·Balança de banheiro;
·Trena de, pelo menos 5m.
Execução: 29
Enquanto os experimentos são feitos, preste muita atenção às características e
diferenças nas posturas do corpo.
· Antes de colocar a ancoragem colocar proteções nas árvores. Fixar a,
aproximadamente, 30cm do piso;
· Prestar atenção quando passar a fita pelo sistema de travas. Tem que passar pelas duas
peças metálicas;
· Procurar o lado correto da fita. Cuidado para não girar a fita;
· Puxar o gatilho para destravar a alavanca. Comece a tracionar a fita;
· Após tencionar a fita trave a catraca. Confira os dois pontos de fixação para ver se
estão bem ajustados à árvore para evitar que a fita escorre durante a utilização;
· Meça a distância entre os dois pontos de fixação;
· Suba na Slackline, caminhe até a metade da distância entre os pontos de fixação e
meça a distância entre seu pé e o piso e anote a medida, bem como a massa da pessoa
que está sobre a Slackline;
· Repita o passo anterior para todos os alunos da turma;
· Reunam os dados, montem um gráfico (Força Peso x Distância) e encontrem a
constante elástica da Slackline.
Questões: (Estas respostas poderão ser respondidas com dados coletados durante o
experimento, pesquisas no livro e pesquisas na internet).

(Grupos de 2 pessoas)

1- O que impedia as pessoas de permanecerem paradas em cima da Slackline?

2- Onde se localiza, aproximadamente, o Centro de Gravidade das pessoas?

3- Que característica, semelhante à dos músculos, permite que a Slackline se deforme


quando alguém está sobre ela e depois retorne à forma original?
4- Com base nas atividades feitas sobre a Slackline e suas observações construa um
modelo geométrico, um desenho, que descreva uma pessoa em equilíbrio e, outro
desenho que descreva, uma pessoa fora da posição de equilíbrio.

5- Ao caminhar, correr, saltar a posição do Centro de Gravidade é alterada? Se sim,


como a pessoa pode recuperar o equilíbrio?

6- Cite pelo menos 20 situações do dia a dia em que utilizamos os princípios estudados
até agora – Densidade, Anisotropia, Compressão, Tração, Cisalhamento, Torção, Flexão,
Centro de Gravidade e Lei de Hooke. Monte uma tabela (Princípio x Aplicação)
30
Atividades Extra – Aplicações Clássicas de Exercícios de Física e Biomecânica
1) Uma pessoa inicialmente em repouso salta de uma altura de 9,5m. Considerando
que sua massa e igual a 65 kg, e que ela e desacelerada em 0,006 s, calcule:
a) Qual a desaceleração sentida pela pessoa devido ao choque com o solo;
b) Qual a força sentida devido ao choque?
c) Qual a variação do momento linear?
d) Qual o impulso sofrido?
e) Considerando que a pessoa não flexiona as pernas ao cair e que todo o impacto seria
absorvido pela tíbia (seção reta de 3 cm²), cujo o módulo de Y oung é 1,7 x 10 8N/m², 31
as pernas quebrariam devido a queda? Obs: A força de compressão máxima
suportada pelo osso pode ser estimada por A x Y.
2) O módulo de Young de um osso compacto é 180 x 108N/m². Qual o encurtamento
relativo do comprimento desse osso, se sobre uma de suas extremidades for apoiado
uma massa de 70 kg, considerando a área da seção média do osso igual a 0,0027m².
3) Considere os
esquemas da figura 1
onde se encontram
representados os
ossos da anca, bem
como as força que lhe
estão aplicadas
quando o indivíduo se
mantém apoiado
apenas num pé
(situação que
acontece quando o
indivíduo anda
vagarosamente).
Admita que o peso
total do corpo é W e
que o peso da perna é
cerca de 0.185W. Use
os valores
apresentados na
figura para calcular a
força muscular, Fm, e
a força na articulação,
FR em função do peso
total do corpo.
4) Responda às seguintes questões:
a) Explique porque razão, quando um indivíduo se encontra de pé, a sua estabilidade
aumenta quando as pernas se encontram afastadas.
b) Calcule qual a força necessária para derrubar um indivíduo de massa 70 kg que se
encontre de pé, com os pés afastados de 0.9 m (ver figura 2). Assuma que o indivíduo
não escorrega.

32

5) Sabendo que o diâmetro do bíceps é 8 cm e que o músculo pode produzir uma força
de 70 N por cada centímetro quadrado de área, determine o peso máximo que o braço
suporta na posição da figura 3.

Considere a figura anterior. Imagine-se que a meio do antebraço (a 20 cm do fulcro) se


pendura uma massa de 14 kg. Qual será a força exercida pelo bíceps? E qual a força na
articulação?
6) Atendendo à figura 4, calcule a força na tíbia e no tendão de Aquiles em função do
peso do indivíduo, na circunstância apresentada. Sugestão: considere o fulcro no ponto
de contato da tíbia.

33

7) Calcule a altura máxima a que um corpo de 1 kg pode cair sobre a cabeça de um


indivíduo para que não cause fratura do crânio. Para resolver o exercício assuma que a
área de contato entre o objeto e a cabeça é de 1 cm² e que a duração do impacto é 10-
3
s. Se necessário use as informações da questão 1.
Referências:

Adams MA, Dolan P. Spine biomechanics. Journal of Biomechanics. 38:1972-83, 2005.

Adrian MJ, Cooper JM. Biomechanics of human movement. Indianapolis, Indiana,


Benchmark p. 772, 1989.

Amadio AC, Barbanti VJ. A Biomecânica do movimento humano e suas relações


interdisciplinares. Editora

Estação Liberdade: São Paulo, 2000.


34
Amadio AC, Duarte M. Fundamentos biomecânicos para a análise do movimento.
Universidade de São

Paulo, USP, 1996.

MOORE, K.L. Coluna Vertebral. In: ___. Anatomia Orientada para a Clínica. 3. ed.

Rio de Janeiro, 1994. p. 288-313.

http://www.gibbonslacklines.com.br/sobre1.html
Vídeos:

Vídeo Compressão Discal:


http://www.spinalcare.com/3d_spine/subluxation_degeneration/index.htm

Stress x Strain – Diversos Materiais:


http://www.absoluteastronomy.com/topics/Yield_%28engineering%29

Biomecânica do chute frontal do karatê: http://pt.scribd.com/doc/14888059/CEFET-RN-


abiomecanicadoChutefrontaldoKarate

Slackline - http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=4DpIY7PviXc

Montagem da Slackline - http://slacknordeste.blogspot.com.br/2010/06/montando-o-


kit-de-slackline.html

Caminhando na Slackline - http://www.gibbonslacklines.com.br/sobre4.html

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