Você está na página 1de 4
Outubro -- 1929 0 VIOLAO (hore ww poesia (Hiontem ao luar) Musica de Pedro de Alcantara (2? parte) Hontem, ao luar, 165 dois, n’'ma ci tu_me perguntaste © que era a dor de uma paixio. Nada respondi, calmo, assim, fiquei, mas, notando o azul do azul do céo, a lua azul eu te mostrei!. Mostrando-a a los othos meus correr senti uma nivea lagrima assim, te respondi iquei a sorrir, por ter © prazer de ver a lagrima dos olhos a correr. versagiio, 2" vex da 1° parte Mas quando a impiedade, te vier n'alma esfothar dos agros pesares o nigerrimo pesar, a magua cruel, dor mais revel a que tem mais fél € que contém doce mel das flores todas de um vergel a que me faz enlanguescer, dor que, dia a dia, eu vejo rejuvenescer!. .. Tu has de sentir no peito, a sangrar, © coracio, gotta por gotta, a lacrimar. parte) A dor da paixio no tem explicagio! Como definir © que eu sb sei sentir?! E! mister soffrer. para se saber © que no peito, 0 coracio nao quer dizer. 2° ver da 2* parte Pergunta ao Ivar, travesso € tao taful, 4 onda a rolar niareia, toda azul!.. Pergunta ao luat dos eéos a-cangio, qual o mysterio que ha na dér de uma paixao. (1 parte) Olha como a tulipa cenvelhece a desmaiar © como languesce n'um adeus crepuscular!. E-cheia de amor, toda multi a0 doce frescor do solucar, de suspirar da sonorosa, harmoniosa € generosa rac, suspira © atira as suas petalas no chao Owe a flor brotar. owee-a, pois marcha! Sente-a morrer ea dor On, da flor has de entender. (3* parte) Se tu quizeres saber ‘© que € 0 amor € sentir o seu calor, © amarissimo travor do sew dulgor, sébe um monte, 4 beira mar, ao luar. ouve a onda la nareia a lacrimar! Ouve o silencio a chorar Versos de Catullo Cearense na solidao do calado coragio, a sonhar, a derramar os prantos seus! Ouve 0 chéro perennal, silente. universal, or. a dor ea dor ma que é a dor, de Deus, 2 vex da 3° parte Quando Jesus. meigamente solitario, no cimo do Calvario, seus olhos, indulgentes, erguia aos eéos, quanta d6r, quanta poesia © penar nos sews othos huz-luzia, a meditar, nado era a dor de nao ter esse poder de remir a humanidade dla eterna atrocidade do Soffrer!. Era, sim, a erucea pena de sentir por Magdalena © coragao «lesfalecer. (a partey Se tu queres mais saber a fonte dos meus aii p5e 0 ouvido, aqu na rosea flér do cora Ouve a inguietagao da merenedria pulsagio, busca saber qual a razio, por que elle vive assis to triste a palpitar: a solucar, em uma desesperacio, morrendo de amar uum insencivel coragao, que a ninguem di no peito ingrato em que elle es mas que ao sepulcro, fatalmente, © levara im, Cinearte — Uma revista exclusivamente cinematographica. OMS ALLO N09 er Outubro | 1029 CHORO PoESIA Pate Mimoso -Danza Nativa-Brazileira- Alcantara - Rodriguez Cee ea ce = 4 oT Mayore RINGS CL L pda ves c2 o| fer 0 VIOLAO Outubro ~- 1929 ten re teS 34 28 if © ! ot D.C, poi +

Você também pode gostar