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Apostila ArcGIS

Apostila de ArcGIS 10.1 10.5

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SUMÁRIO

1.ALGUNS CONCEITOS

1.1 O que é SIG?

1.2 Definições gerais

1.3 Por que tantos DATUM diferentes?

1.4 Como é no Brasil então?

2. ENTÃO VAMOS COMEÇAR COM O NOSSO PROJETO.

2.1. Como criar um?

2.2 Georreferenciando o projeto no ArcGIS, como se faz isso?

2.3 A criação de um ponto no mapa.

2.3.1 Tirando um ponto do Google Earth, para facilitar a sua vida

2.3.2 Depois de criado, vamos inserir o ponto, através da ferramenta edição.

2.3.3 Escolhendo um ícone para o ponto criado.

2.3.3.1 Dando um atributo ao ponto, ou seja, o que seu ponto representa?

Pulo do gato

2.4 Criação de uma linha, o que podemos representar com ela?

2.4.1 Criação de BUFFER, o que é isso? Pra que serve?

Pulo do gato

2.5 Criação de um polígono.

2.5.1 Configurando a representação da minha área.

2.5.1.1 Dando transparência ao polígono.

2.5.1.2 Deixando somente o contorno.

2.6 CURVAS DE NÍVEL, O QUE SÃO? COMO CRIAR? O QUE SÃO IMAGENS SRTM.

2.6.1 Como obter essas imagens?

2.6.2 Criando as curvas de nível

Pulo do gato

Pulo do Pulo do gato

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1.ALGUNS CONCEITOS

Neste tópico serão abordados alguns conceitos importantes relacionados com


o universo de um Sistema de Informações Geográficas (SIG). É importante
ressaltar que para manipular corretamente o aplicativo computacional
ArcGIS®10.2.2, será necessário, primeiramente, entender e interpretar
corretamente alguns conceitos relacionados com o SIG.Os assuntos abordados
neste tópico serão:

● Introdução ao SIG;
● Aquisição de dados para um SIG; e
● Objetivos e aplicações de um SIG.

1.1 O que é SIG?

Um Sistema de Informações Geográficas (SIG) é um conjunto de


técnicas empregadas na integração e análise de dados provenientes das mais
diversas fontes, como imagens fornecidas por satélites, mapas, cartas
climatológicas, censos, e outros (ASPIAZÚ e BRITES, 1989). O SIG é um
sistema auxiliado por computador para adquirir, armazenar e analisar dados
geográficos. Hoje, muitos softwares estão disponíveis para ajudar nesta
atividade. Segundo Felgueiras (1987), um SIG é um sistema que tem por
finalidade automatizar tarefas realizadas manualmente e facilitar a realização
de análises complexas, por meio da integração de dados geocodificados. Os
SIG’s têm como características principais a capacidade de coletar, armazenar e
recuperar informações provenientes de fontes e formatos distintos, além de
possibilitar a disponibilidade de programas computacionais para edição de
mapas, textos e gráficos.

Um SIG pode ser considerado um instrumento para mapear e indicar


respostas às várias questões sobre planejamento urbano e regional, meio rural
e levantamento dos recursos renováveis, descrevendo os mecanismos das

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mudanças que operam no meio ambiente e auxiliando no planejamento e
manejo dos recursos naturais de regiões específicas (FERREIRA, 1997).
Para exemplificar, a utilização de técnicas provenientes de um SIG constitui-se
em instrumento de grande potencial para o estabelecimento de planos
integrados de conservação do solo e da água. Nesse contexto, um SIG se
insere como uma ferramenta capaz de manipular as funções que representam
os processos ambientais em diversas regiões de uma forma simples e
eficiente, permitindo economia de recursos e tempo. Estas manipulações
permitem agregar dados de diferentes fontes (por exemplo: imagens de
satélite, mapas topográficos, mapas de solo, etc) e diferentes escalas. O
resultado destas manipulações, geralmente, é apresentado sob a forma de
mapas temáticos com as informações desejadas (MENDES, 1997). O SIG tem
sido chamado de um “capacitador tecnológico”, segundo Fisher e Lindenberg
(1989), porque ele tem o potencial para ser utilizado em muitas disciplinas, que
empregam dados espaciais.
As principais são: geografia, hidrologia, cartografia, sensoriamento
remoto, fotogrametria, agrimensura, geodésia, estatística etc. Segundo Assad e
Sano (1998), numa visão geral, podem-se identificar os seguintes componentes
num SIG (Figura 1):
➢ Interface com usuário;
➢ Entrada e integração de dados;
➢ Consulta, análise espacial e processamento de imagens;
➢ Visualização e plotagem;
➢ Armazenamento e recuperação de dados (organizados sob a forma de
um banco de dados geográficos).

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Figura 1: Arquitetura de um sistema de informações Geográficas. Fonte: Assad e Sano ( 1998)
adaptado pelos autores.

1.2 Definições gerais

➢ Projeção cartográfica: é definida como um tipo de traçado sistemático


de linhas numa superfície plana, destinado à representação de paralelos
de latitude e meridianos de longitude da Terra ou de parte dela, sendo a
base para a construção dos mapas. A representação da superfície
terrestre em mapas será sempre diferente e nunca sera verdadeira pois
sempre será possível ser modificada e nunca será isenta de distorções.
Nesse sentido, as projeções cartográficas são desenvolvidas para
minimizarem as imperfeições dos mapas e proporcionarem maior rigor
científico à cartografia.

➢ Datum (plural data), do latim dado, detalhe, pormenor em cartografia


refere-se ao modelo matemático teórico da representação da superfície
da Terra ao nível do mar utilizado pelos cartógrafos numa dada carta
ou mapa. Dado existirem vários data em utilização simultânea, na
legenda das cartas está indicado qual o datum utilizado. De uma forma
muito simplificada, datum providencia o ponto de referência a partir do

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qual a representação gráfica dos paralelos e meridianos, e
consequentemente do todo o resto que for desenhado na carta, está
relacionado e é proporcionado.

1.3 Por que tantos DATUM diferentes?

A diferença entre os datum são baseadas em modelos matemáticos


distintos da forma e dimensões da Terra e do fator adicional da projeção, seja
por razões históricas, seja para garantir uma representação gráfica mais
proporcionada; tomando como exemplo o Japão, onde usam um ponto da
projeção que não está no centro da terra, mas em algum lugar sob o Japão,
isto permite numa menor distorção numa projeção de uma esfera sobre plano
quando o Japão é representado, mas no entanto o uso dessa projeção para os
Estados Unidos resultaria em um mapa muito estranho.

A importância do datum prende-se à necessidade de projetar um corpo


curvo e a 3 dimensões (a Terra), num plano a duas dimensões mantendo no
entanto os cruzamentos em ângulos retos dos meridianos e paralelos (o mapa).
A primeira abordagem de sucesso foi a famosa projeção de Mercator, em que a
Terra é transformada num cilindro que toca a terra na linha do equador (latitude
0º 0' 0"). Posteriormente surgiram outras em que um cone intercepta
a Terra em duas latitudes com pontos acima do pólo, e outra ainda é
um cilindro tocando na Terra numa determinada latitude ou longitude. Todas
estas projeções criam representações gráficas diferentes, ou seja, data
diferentes.

A maioria de mapas dos serviços cartográficos nos EUA utilizam


o datum CONUS NAD-27 que usa os modelos matemáticos e uma projeção de
cones de Clarke de 1866. Mapas posteriores utilizam o datum NAD-83 e usam
a projeção UTM do centro da terra. Esta projeção a partir do centro da Terra
gerou a parte universal do UTM.

A projeção UTM (Universal Transverse Mercator) toca a Terra em várias


longitudes denominadas Meridianos Centrais e usa um ponto de projeção no
centro da Terra. O modelo matemático (datum) é WGS-84 que define
um elipsoide. O datum WGS84 foi criado a partir do datum de Clarke de 1866

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usado pela maioria dos mapas USGS. O datum WGS84(e o virtualmente
idêntico NAD-83) especificam que a terra é mais achatada, de modo que uma
medida do número de metros do equador para o norte é mais ou menos 200m
maior do que aquele medido com o modelo de 1866 de Clarke para pontos
nos EUA.

1.4 Como é no Brasil então?

➢ Conforme IBGE, atualmente o Brasil adota o DATUM SIRGAS 2000.


➢ Caracterização do SIRGAS2000 - Sistema Geodésico de Referência:
Sistema de Referência Terrestre Internacional – ITRS (International
Terrestrial Reference System)
➢ Figura geométrica da superfície terrestre: Elipsóide do Sistema
Geodésico de Referência de 1980 (Geodetic Reference System 1980 –
GRS80)
➢ - Semi-eixo maior a = 6.378.137m
➢ - Achatamento f = 1/298,257222101
➢ Origem: Centro de massa da Terra
➢ Orientação: Pólos e meridiano de referência consistentes em ±0,005”
com as direções definidas pelo BIH (Bureau International de l’Heure)
➢ Época de referência das coordenadas: 2004

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Figura 2: Designações e zonas do sistema UTM.

2. ENTÃO VAMOS COMEÇAR COM O NOSSO PROJETO.

Tudo pronto, vamos dar início agora ao projeto no software, mas


primeiro, precisamos criar um arquivo para edição, então vamos começar.

2.1. Como criar um?


Essa é fácil, siga os seguintes passos.

➢ FILE-SAVES AS…(demonstrado na figura 3)

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Figura 3: Salvando o projeto.

Estamos criando um projeto para trabalhar, a janela para salvar o projeto


é demonstrada na figura 4.

Figura 4: Janela que deve aparecer para salvar o projeto.

Crie uma pasta na sua unidade C e coloque o nome do seu arquivo, o


exemplo ficará PROJETO01.

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2.2 Georreferenciando o projeto no ArcGIS, como se faz
isso?
Agora que o projeto está criado, vamos adotar o nosso Datum, ou
simplesmente georeferenciar o projeto!

➢ Botão direito em LAYERS, como demonstrado na figura 5.

Figura 5: Direcionamento de “layers” ou “camadas em português.

➢ Agora é só clicar em PROPERTIES, como fizemos na figura 6.

Figura 6: Aba “properties”, ou propriedades, deve aparecer assim.

Agora seguiremos os seguintes passo:


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1. Clicar na aba –Coordinate System: Escolher a coordenada para se
trabalhar: usualmente o tipo de projeção –UTM-SOUTH AMERICA(Para
o caso do Brasil).
2. O sistema de coordenadas é SIRGAS2000
3. Como iremos trabalhar com uma área no Espírito Santo zona é 24S, o
S significa hemisfério sul.
4. Relembrando: SIRGAS 2000 UTM ZONA 24S, como demonstrado na
figura 7.

Figura 7: No final, devemos encontrar esta aba.

Agora é só selecionar, APLICAR e após OK e nosso projeto está


referenciado.

2.3 A criação de um ponto no mapa.


Tratado como ferramenta mais simples, o ponto pode ser altamente útil
para diversas ocasiões, como por exemplo:

➢ Criar referências, como entrada, saída, começo da trilha etc.


➢ Identificar objetos no projeto, como postes, bombas, dentre outros.

Vamos criar um ponto de georreferenciamento da localização de uma


pedreira, por exemplo.

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Primeiramente:

➢ CATALOG: Clicar da pasta criada onde está o projeto-clicar com o


botão direito na área branca ao lado da pasta do projeto, como
demonstrado na figura 8.

Figura 8: Aba lateral do Catalog no programa.

Vamos criar um Shapefile, que nada mais é que o formato da ferramenta


que o ArcGIS lê, a extensões são por exemplo ponto.shp.

➢ Com o botão direito vamos em New>Shapefile, como demonstrado na


figura 9.

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Figura 9: Demonstração do caminho para criação do shapefile.

Agora com a nova aba que irá abrir, em “name” nomeamos o ponto e
colocamos o nome do ponto, e sua classificação em feature type que é point.
como demonstrado na figura 10.

Figura 10: Nomeando e especificando o ponto.

Próximo passo é georreferenciar o ponto, afinal de contas precisamos


que ele possua o Datum tal qual nosso mapa é editado, certo?

➢ EDIT-Coordenadas planas-UTM-SOUTH AMERICA-SIRGAS2000 UTM


ZONE 24S(Como é demonstrado na figura 11)

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Figura 11: Georreferenciamento do ponto.

2.3.1 Tirando um ponto do Google Earth, para facilitar a sua vida


Identificando a área que deseja no google earth, vamos marcar um
ponto para salvá-la? Antes precisamos configurar o google para trabalhar com
as coordenadas métricas, ou UTM, que adotamos para nosso projeto.

➢ Ferramentas ->Opções ( como demonstrado na figura 12).

Figura 12: Caminho para configuração do google.

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Agora basta somente marcar a opção UTM como demonstrado na figura
13, caso desejem copiem as demais configurações para o seu google, ajudarão
posteriormente ;). Não se esqueça de clicar em APLICAR e OK.

Figura 13: Mudando a configuração do google earth.

Agora que estamos configurados, estamos prontos para trabalhar,


vamos a marcação do ponto para obtenção das coordenadas. Uma vez
selecionada a área, seguiremos os passos a seguir:

➢ Adicionar marcador -> posicionar o ponto com o mouse, como


demonstrado na figura 14.

Figura 14: Ícone do marcador no google earth .

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Agora basta anotar os valores para jogarmos no ArcGis, os valores
exemplo estão demonstrados na figura 15.

Figura 15: Valores do ponto a serem utilizados.

2.3.2 Depois de criado, vamos inserir o ponto, através da


ferramenta edição.
A edição e a ferramenta que permite editarmos qualquer shapefile
criado, pode-se também corrigir e alterar os mesmos caso haja algum erro
posterior.

Para começar a edição deve ir em:

➢ EDITOR -> START EDITING(Demonstrado nas figura 16).

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Figura 16: Aba onde deve mostrado a ferramenta edição.

Agora na aba “Create Features” que deve aparecer, vamos observar se


o “point” ou nosso ponto está selecionado para edição, como demonstrado na
figura abaixo.

Figura 17:Point devidamente marcado para edição.

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Agora que está tudo pronto, vamos apertar o botão F6 do teclado ou
botão direito ABSOLUTE X, Y f6, com isto a aba Absolute x e y deve aparecer,
como demonstrado na figura 18.

Figura 18: Aba absolute x e y.

Agora devemos colocar as coordenadas X e Y do nosso ponto. Como


estamos trabalhando em UTM, então jogaremos coordenadas UTM. Onde o a
longitude, representada com as letras N ou S por exemplo, serão os valores
em Y, e a latitude, representada por E ou W, serão valores em x. Portanto,
com isso podemos digitar a coordenada do ponto que estamos querendo
localizar ali, uma vez pesquisado este ponto nos softwares, ou adquiridos em
campo. os valores exemplos são mostrados na figura 19.

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Figura 19: Pontos digitados, só digitar “enter”.

Após criado o ponto clicar em EDITOR- STOP EDITING, sempre em


“save edits” quando aparecer, que significa, salvar as alterações que fizemos,
como demonstrado na figura 20.

Figura 20: Parando de editar salvando as edições.

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2.3.3 Escolhendo um ícone para o ponto criado.

Para a customização do ponto vamos fazer o seguinte:

➢ Clicar sobre símbolo do nosso ponto na Table of


contents(Tabela de conteúdos) na parte esquerda da tela, como
demonstrado na figura 21.

Figura 21: Tabela de configurações dos pontos.

2.3.3.1 Dando um atributo ao ponto, ou seja, o que seu ponto representa?


Dar atributo ao ponto nada mais é do que dizer ao seu programa o que
representa, podemos por exemplo registrar as coordenadas do ponto em sua
tabela de atributos esta função será muito útil para quando começarmos a
trabalhar com os polígonos, desta forma podemos por exemplo, dar um atributo
“área” para nosso polígono e assim o software registrará o mesmo como área
da superfície que o polígono abrange. Porém vamos trabalhar com o ponto
agora para conhecer melhor a tabela de atributos, faremos o seguinte:

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➢ Com o botão direito em cima DO NOME do ponto criado na Table of
contents -> e após clicar em OPEN ATTRIBUTE TABLE, como
demonstrado na figura 22.

Figura 22: Abrindo a tabela de atributos.

➢ ADD FIELD(essa opção cria uma coluna nas especificações do


shape. Com essa coluna você poderá atribuir a especificação
desejada. A coluna tem a opção de criar texto ou formato de
DOUBLE, este formato é o que gera automaticamente as
coordenadas do ponto, comprimento de linha e área de polígono)
Como demonstrado na figura 22 e 23

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Figura 22: Adicionando atributos na tabela.

Figura 23: Tipo da variável que iremos utilizar para coordenadas.

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Para o nosso exemplo, eu refiz o passo anterior duas vezes, e criei
duas colunas, no espaço NAME eu digitei COOR_X (O programa não aceita
espaços) e COOR_Y, para acharmos os valores da coordenada. Para o
próximo passo, vamos EDITOR -> START EDITING, que foi ensinado no
começo deste capítulo, desta forma poderemos editar nossos atributos. Não é
possível criar colunas na tabela de atributos no modo “Start editing” cuidado
com isso! portanto vamos criar com este modo desligado, e depois vamos
calcular estes atributos com o editor ligado.

➢ Para gerar as especificações basta clicar com botão direito no NOME da


coluna criada -> Calcular geometria, como demonstrado na figura 24.

Figura 24: Calculando os atributos.

Para a aba que aparecer, nos atentaremos para a aba “property”, se


desejarmos calcular coordenadas x escolhemos x, se y escolhemos y. Agora
notar o sistema de coordenadas que estamos usando, para ser compatível com
o mapa, e a unidade de medida, sempre em metros. Depois é só dar ok, como
demonstrado na figura 25.

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Figura 25: Tabela de cálculo para geometria.

Repetiremos os passos anteriores para calcular o y, a única diferença na


aba “property” que escolheremos a opção Y COORDINATE. Pronto, agora se
quisermos saber a coordenada do ponto, podemos abrir a tabela de atributos e
anotar, sempre que necessário. Agora para salvar as edições vamos em
EDITOR -> SAVE EDITS.

Pulo do gato
Este tipo de criação de shape funciona tanto para ponto, quanto para linha e polígono.
Uma observação importante é quando criar o polígono você deve ir primeiro em editor
–options-general-sticky move tolerance- na parte onde está PIXELS deve-se colocar
(10) para maior precisão. Podemos também separar polígonos que vem juntos, por
exemplo, os polígonos do DNPM, estes vem todos juntos numa só arquivo shape.
Temos então a possibilidade de separá los, selecionando uma, depois clicando com o
botão direito no arquivo em que deseja separar, em layers-DATA-EXPORTR DATA-
selecionar-THE DATA FRAME- escolher o nome para salvar o nome do arquivo e
depois clicar em YES. Desta forma salvaremos onde escolhermos o arquivo
individualizado.

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2.4 Criação de uma linha, o que podemos representar com ela?
As linhas são super úteis para delimitação de corpos d’agua, rios e etc.
Também é super útil para marcar vias, estradas, dentre outros acessos.

Como demonstrado no capítulo do ponto, vamos revisar e fazer o


seguinte:

➢ CATALOG -> Na pasta do projeto vamos em NEW SHAPEFILE - > (Em


feature point) POLYLINE ->NOMEAR - > EM Description vamos
Projected coordinate system -> UTM -> SOUTH AMERICA -> SIRGAS
2000 zone 24s.
Vamos ligar o modo editor em EDITOR ->START EDITING e selecionar
a nossa linha para edição, no canto esquerdo no “table of contents”, devemos
atentar para as partes demarcadas abaixo, na figura 26.

Figura 26: criando uma linha.

Uma linha é bem fácil de editar, é só clicar no mapa para começar e ao


terminar dar dois cliques, simples não?

2.4.1 Criação de BUFFER, o que é isso? Pra que serve?


Um buffer nada mais é do que um contorno para sua linha. Ele serve
para delimitar áreas, e é muito útil para corpos d’água por exemplo, onde é
necessário se delimitar uma distância mínima para área de preservação
permanente. Vamos aprender como?

➢ Primeiro selecionamos a linha que desejamos editar com o “edit tool”


como demonstrado na figura 27.

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Figura 27: Edit tool e sua localização.

É só clicar na linha, ela deve ficar azul quando selecionada.

➢ Depois clicamos em editor e depois em buffer como demonstrado na


figura 28.

Figura 28: Aba do buffer.

Após na janela que se abre escolhemos a distância em “distance” sempre, esta


medida está em metros, e depois clique em OK, o resultado está na figura 29

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Figura 29: Buffer de um corpo hídrico por exemplo

Pulo do gato
Uma outra aplicação importante das linhas são as linhas de fluxo, isto é, na parte de
criação da linha, podemos fazer várias “pequenas linhas” clicando uma vez para a criação e
duas vezes para onde o fluxo de água vai, pensando nela como uma seta, onde o “ final da
linha” seria o sentido para onde a seta apontaria. Depois podemos dar dois cliques nos
símbolo da linha na parte esquerda do programa em “table of contents” , como se fossemos
escolher os símbolos de representação, porém vamos clicar em edit simbol, como
demonstrado na figura 30, depois na aba “line properties” como demonstrado na figura 31, e
ok, o resultado é demonstrado na figura 32. Podemos dessa forma distribuir o fluxo d'água em
topos de morro, telhados etc.

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Figura 30: Botão edit symbol

Figura 31: Escolhendo nossa seta.

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Figura 32: Resultado,

2.5 Criação de um polígono.


Os polígonos são ferramentas muito úteis para zonear áreas, ou seja
delimitar territórios demarcados isto é utilizado para delimitar propriedades,
áreas de preservação, dentre outras coisas.

Como demonstrado no capítulo do ponto, vamos revisar e fazer o


seguinte:

➢ CATALOG -> Na pasta do projeto vamos em NEW SHAPEFILE - > (Em


feature point) POLYLGON ->NOMEAR - > EM Description vamos
Projected coordinate system -> UTM -> SOUTH AMERICA -> SIRGAS
2000 zone 24s.
Vamos ligar o modo editor em EDITOR ->START EDITING e selecionar
a nosso polígono para edição,como demonstrado na figura 33, atentando par a
o de sempre. Começamos o polígono com um clique, e terminamos com dois.

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Figura 33: Criação do polígono.

➢ Agora sempre lembrar que devemos ir em EDITOR->SAVE


EDITS, quando terminar o polígono.
Configurar a “arte” do polígono e fácil, basta clicar no ícone do mesmo
com dois clicks e escolher nas artes ao lado a que melhor te representa. Isto é
importante para diferenciar os polígonos na legenda.

2.5.1 Configurando a representação da minha área.

Normalmente, o seu polígono fica preenchido com um borrão azul, mas


muitas vezes, nós precisamos que haja uma transparência nesta área, para
enxergar por exemplo moradias, ou vegetação, ou então precisamos que haja
somente o contorno. por isso vamos aprender agora algumas configurações
para nos ajudar nestes quesitos.

2.5.1.1 Dando transparência ao polígono.


Basta clicar no título do polígono com o botão direito e selecionar
“properties”, na janela que abrirá, vamos na aba “Display” e no quadro
“Transparency” vamos ajustar o quanto queremos de transparência, depois
basta aplicar e pronto é só clicar em ok, a janela e o resultado estão nas figuras
34 e 35 abaixo.

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Figura 34: Ajustado a transparência.

Figura 35: Resultado com 50% de transparência.

Lembrando sempre que o limite de transparência fica a seu critério.

2.5.1.2 Deixando somente o contorno.


Basta clicar no ícone do polígono criado com dois clicks, deverá abrir a
janela Symbol selector, nesta janela, vamos em “fill color” ou “cor de

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preenchimento” vamos clicar e selecionar no color. Podemos também para
destacar o polígono, ir em “outline width” e aumentar o valor, isto engrossará a
linha. Podemos também customizar a cor da linha de contorno em “outline
color” como demonstrado na figura 36 abaixo.

Figura 37: Customizando o polígono.

2.5.1.3 Separar polígono ou qualquer ou shp de um arquivo com vários


layers.

Exemplo: Quando feito download dos requerimentos do DNPM no aquivo


temos várias áreas em um só shapefile. Portanto, esta função seleciona o
polígono desejado e cria um novo arquivo shp somente com aquele polígono
escolhido.

1º - Selecione o polígono desejado.

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2º - Botão direito no arquivo “shp” em camadas (Layer) ------Data----Export
data.

3º - A janela que for abrir você deve selecionar (The data frame), após escolha
o local de salvar e nome para o arquivo, depois aperte ok.

2.6 GEORREFERENCIAMENTO DE IMAGEM DE


SATÉLITE(GOOGLE), POR QUE E COMO FAZEMOS?.

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O georreferenciamento de imagens é um passo muito importante pois as
imagens de satélite são geralmente a base para qualquer mapa, portanto
georreferenciar elas no ArcGis é super importante.

Para georreferenciar uma imagem do google Earth primeiro devemos


criar um shape de polígono no ArcGis, depois transformá-lo em kml e após
abrir ele no google Earth(inserir uma imagem ensinando e nomealá 38). O
google Earth só abre arquivo em extensão kml. Após abrir o arquivo salvamos
a imagem e abrimos a mesma no ArcGis. Depois juntamos o polígono criado
no ArcGis com o polígono criado na imagem do google Earth. Usamos a
ferramenta.

➢ Para gerar o KML você deve ir em ARCTOOLBOX->CONVERSION


TOOLS->TO KML->LAYER TO KML, como demonstrado na imagem 39,
em layer a área que vamo referenciar, .

Figura 39: Caminho para exportar kml.

Após criado o seu arquivo KML é só abri-lo no google Earth , em arquivo


-> abrir, e seguir o próximo passo.Algumas configurações serão necessárias:

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➢ Para abrir o arquivo KML no google o posicionar a imagem de
forma correta primeiro temos que tirar a elevação em 3D,
FERRAMENTAS-OPÇÕES. Ela varia de 0,01 até 3, a opção 0,01
deve ser a escolhida. Lembrando sempre que estamos
trabalhando em UTM, portanto identificar isso também, como
demonstrado na figura 40.

figura 40: Configurações.

Para abrir o arquivo KML no google o posicionar a imagem de forma


correta primeiro temos que tirar a elevação em 3D, FERRAMENTAS-OPÇÕES.
Ela varia de 0,01 até 3, a opção 0,01 deve ser a escolhida. Lembrando sempre
que estamos trabalhando em UTM, portanto identificar isso também.

A navegação deve ser também selecionada.

➢ NÃO INICIAR AUTOMATICAMENTE AO APLICAR O ZOOM.


“Observação” a imagem deve estar com o norte na vertical
alinhado, como demonstrado na figura 41.

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Figura 41: Não iniciar a navegação automática.

Após feito isso basta apenas salvar o arquivo de imagem na opção:

➢ ARQUIVO-SALVAR->SALVAR IMAGEM.
Agora basta abrir a imagem no ArcGis e juntar os vértices da imagem
com o do polígono.

➢ Na barra de georreferenciamento ADD CONTROL POINTS.


Basta agora clicar no vértice do polígono da imagem e após o
polígono georreferenciado criado no ArcGis como
demonstrado na figura 42.
○ ps: se perder a imagem ou o polígono, pode ir no table of contents do
lado esquerdo, clicar com o botão direito em cima do que deseja
localizar e selecionar “zoom to layer” e o programa te leva ao local
desejado.

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Figura 42: Caminho para selecionar os vértices.

Você deve repetir até o polígono e a imagem estarem sempre


centralizados, na primeira vez deve ficar como a figura 43.

Figura 43: Resultado do primeiro passo.

Fazer isso para todos os vértices até que fiquem alinhados. Para juntar os
vértices é só ir na opção georeferencing-update georeferencing. Agora já temos
uma imagem do Google Earth georreferenciada, como demonstrado na figura
44.

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Figura 44: Referenciamento final.

2.7 CURVAS DE NÍVEL, O QUE SÃO? COMO CRIAR? O QUE


SÃO IMAGENS SRTM.
Curva de nível é o nome usado para designar uma linha imaginária que
agrupa dois ou mais pontos que possuem a mesma altitude. Por meio dela são
confeccionados os mapas topográficos, pois a partir da observação o técnico
pode interpretar suas informações através de uma visão tridimensional do
relevo. Uma curva de nível refere-se a curvas altimétricas ou linhas isoípsas
(ligam pontos de mesma altitude), essa é a mais eficiente maneira de
representar as irregularidades da superfície terrestre (relevo), de acordo com o
mundo da educação.

A Embrapa e a Nasa disponibiliza imagens STRM, a nasa do mundo


todo, já a embrapa somente do Brasil. As imagens SRTM são imagens do
relevo digital de elevação da terra.

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2.7.1 Como obter essas imagens?
Basta acessar o site da embraba “Brasil em relevo” link:
https://www.cnpm.embrapa.br/projetos/relevobr/download/ e escolher o estado
e carta que abrange a sua área, como exemplo, escolhermos o espírito santo
na figura 45.

Figura 45: Site da embrapa para baixar cartas. Fonte: EMBRAPA

2.7.2 Criando as curvas de nível

➢ Para criar as curvas de nível vamos utilizar essa cota Z que a imagem
traz. Abrimos a imagem desejada da área em Add data- escolhe o
arquivo como demonstrado na figura 46.

Figura 46: Função add data.

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➢ Com a imagem aberta vamos em ARCTOOLBOX-3D ANALYST-
RASTER SURFACE- CONTOUR. Nas especificações que aparece você
pode escolher a distância das cotas das curvas de nível como
demonstrado na imagem 47.

Figura 47: Sequência para criação das curvas de nível.

As curvas devem ser criadas dentro da pasta onde está a imagem


SRTM pois o programa não cria fora desta pasta, depois você pode até trocar
de lugar. A criação de curva de nível deve demorar alguns minutos.

Como foram criadas as curvas de toda a imagem, como demonstrado na


figura 48, fica difícil de se trabalhar e de forma pesada no programa. É
aconselhado cortar um polígono com as curvas de onde se quer trabalhar,
somente da sua área de interesse.

40
figura 48: Curvas de nível criadas.

Pulo do gato
As imagens de curva de nível criadas anteriormente são extremamente pesadas, e podem
bugar o programa, de acordo com a capacidade do seu pc, e até levar você a perder todo seu trabalho
até aqui. Portanto seguindo os passos em diante você consegue cortar somente o que te interessa nas
curvas de nível e pode jogar o resto fora. para isso vamos criar um polígono abrangendo toda a área de
trabalho para usarmos de referência no corte.

➢ ARCTOOLBOX->ANALYSIS TOOLS->EXTRACT-CLIP como


demonstrado na figura 49. onde se pede “ input features” selecionamos
as curvas de nível, em segundo onde se pede “clip features”
selecionamos o polígono referência.

41
Figura 49: Passo a passo para cortar a curva de nível.

Agora a curva de nível está cortada e fácil de trabalhar, o resultado


aparece na figura 50.

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figura 50: Resultado do corte das curvas de nível.

Pulo do Pulo do gato


Percebemos que as curvas geradas estão angulosas, com arestas vivas, e sem contorno. O
programa tem uma opção de suavizar as curvas com uma tolerância aceitável.

➢ ARCTOOLBOX->CARTOGRAPHY TOOL->GENERALIZATION->SMOOTHLINE como


demonstrado na figura 51. Input: curvas que deseja suavizar e output: onde deseja
salvar curva suavizada(melhor por na pasta do projeto).

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figura 51: Suavizando as curvas de nível

A tolerância máxima é de 25 metros.

3 CRIAÇÃO DE MAPA

Vamos primeiro configurar a página para a criação do mapa.

➢ FILE -> PAGE AND PRINT SETUP, como demonstrado na figura 52.

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Figura 52: Caminho para Page and print setup.

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Em page and print setup você escolhe o tamanho e posição do seu
mapa, na horizontal ou vertical por exemplo, e também o tamanho da folha que
vamos trabalhar, por exemplo vamos utilizar a folh A4, como demonstrado na
figura 53.

Figura 53: Janela de configuração de folha de mapa.

Pronto agora com tudo preparado, vamos para o próximo passo.

➢ Clique em LAYOUT VIEW para iniciar a preparação do seu mapa, ele é


o segundo quadrinho discreto no canto inferior esquerdo do programa,
como demonstrado na figura 54.

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Figura 54: Layout view no cantinho.

Na parte superior vamos clicar em:

➢ INSERT você encontra texto para ser inserido, seta norte,


legenda e escala . Esses elementos devem se adequar ao tipo de
mapa escolhido, como demonstrado na figura 55.

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Figura 55: Aba insert

No caso da legenda,clicamos em legend, como demonstrado na figura 56, podemos escolher o


que irá aparecer na legenda clicando em > e o que sai da legenda clicando em <, como
demonstrado na figura 56.

Figura 56: Adicionando e retirando itens da legenda.

Agora vamos clicar em avançar e escolher o título da legenda, que é


comum que seja “legenda” :l… segue a imagem 57. Podemos configurar fonte,
cor da fonte e outras coisas nesta aba também.

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Figura 57: Título, fonte e cor da legenda.

Após isso vamos só ir clicando em seguir,.

Ainda na aba insert, vamos escolher agora uma escala, clicando em


“scale bar” para escala gráfica, e scale text, para escala escrita.

➢ Para escala escrita, vamos clicar em “scale text” -> Properties ->
absolute scale, para escala absoluta, que é o padrão da maioria de
mapas, como demonstrado na figura 58

49
Figura 58: Adicionando escala absoluta.

Agora é só clicar em ok, e está tudo certo. A escala é controlada


naquele quadro branco superior no programa, la voce add a escala que desejar
para o mapa, como demonstrado na figura 59. Ainda na aba do insert podemos
também adicionar uma rosa dos ventos, basta ir em “North arrow”.

Figura 59: Controlar a escala de acordo com o desejado.

Adicionar grade no mapa, estas grades podem ajudar na localização, ja


que contam com latitudes e longitudes que seu mapa abrange.

50
Em new grids você pode adicionar a grade de coordenadas em seu mapa.

TRANSFORMAR DE SHAPEFILE PARA DWG (CAD)

1º - Botão direito no arquivo “shp” em camadas (Layer) ------Data----Export To


CAD.

2º - Selecione o arquivo que queira transformar e após escolha a pasta e nome


onde deseja guardar.

3º - Em seguida aperte ok e estará pronto o seu arquivo em DWG para ser


aberto em CAD.

51
EXTRA- COLETA DE DADOS EM CAMPO? CRIAÇÃO DE PONTOS EM
COORDENADAS Z e interpolação desses pontos para gerar curvas de
nível.

Para colocar a coordenada z de um ponto basta abrir a tabela de atributos e


acrescentar uma coluna em formato DOUBLE, essa será a coluna onde
colocaremos a cota z.

Para ativar o campo de edição na coluna deve está com o shape em start
edição.

Colocando todas as cotas em cada ponto podemos criar um arquivo em TIN


3D, e após criar a interpolação das curvas de nível.

A opção que cria o tim é a Create TIN From Feutures, para ativar esta opção
deverá ir em customize-customize mode, abrir a aba commands selecionar a

52
ferramenta CREATE TIN FROM FEATURES e arrastar até a barra de tarefas.

Com a ferramenta ativa agora podemos trabalhar.

Clique em CREATE TIN FROM FEATURES

Escolha o shape que deseja criar o TIN depois em HEIGHT SOURCE escolha
a camada da tabela de atributos onde está suas cotas. Coloque um local
desejado para salvar e dê OK.

53
CRIAR CURVA DE NÍVEL A PARTIR DE PONTOS....

54

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